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História Tempestta - Alaron e Clamp


Escrita por: KrikaHaruno

Capítulo 17 - Alaron e Clamp


Tudo que se via na orbita de Alaron era uma chuva de raios azuis e vermelhos. Enquanto as naves menores de S1 atacavam as naves dos atlantiks, a nave maior lançava seu arsenal na barreira que protegia o planeta.

Em terra, Alisha e os demais viam o céu ficar amarelado.

- Não vai agüentar por muito tempo... - murmurou Alisha. - senhor Magni, ordene que as naves de defesa estejam apostas caso não conseguirmos dete-los no espaço.

- Sim senhorita.

- Alisha tem algo que podemos fazer? - indagou Dohko, preocupado com a situação.

- Torcer que tudo dê certo.

Como a princesa havia predito, a barreira em torno do planeta não agüentou a investida. O poder de fogo de S1 estava superior.

A nave mãe entrou na atmosfera, seguida pelas outras.  As pequenas começaram a atirar em todas as direções. A grande já tinha um alvo, que era o palácio real, mas foi cercada por dezenas de naves atlantiks que começaram a atirar. Em terra, as pessoas corriam assustadas.

- Por Atena... - murmurou Dohko.

- Ativem a barreira de proteção da cidade! - gritou Alisha. - Rana abra os portões tragam as pessoas.

Ela saiu correndo, Dohko foi atrás.

- Eu te ajudo.

O ataque das atlantiks não surtia qualquer efeito na nave S1, então elas tomaram posição, contornando toda a nave de formato de cogumelo, criando uma barreira, para tentar conter o avanço.

O libriano que estava do lado de fora do palácio olhava assombrado para aquilo.

- O que é... - nem tinha palavras para explicar.

Shion também estava de boca aberta.

- Por favor... - murmurava a princesa. - precisamos de reforços...

 

O.o.O.o.O

 

A cidade de Bright começou a ser bombardeada. Rapidamente Anesha deu a ordem para o contra ataque.

Niive olhava abismada para as dezenas de naves.

- Não acredito... - murmurou.

Ela viu outras dezenas tomando o rumo norte e sul da capital. O ataque seria no planeta todo. Seu temor aumentou quando viu duas naves grandes surgir bem na sua frente.

- Mais que droga. - puxou o controle para trás a todo vapor. Com habilidade fez uma manobra evasiva.

- De onde são essas naves? - indagou Deba.

- Boa pergunta. - ela ativou os escudos de segurança.

- Niive. - Kanon a chamou sem tirar a atenção do vidro. - olhe aquilo, está indo em direção a Niniveh.

Olharam. Uma das naves seguia rumo ao norte.

A diretora arregalou os olhos. Depois de Niniveh....

- Vamos para lá.

Seguiram a todo vapor em direção a cidade. Aldebaran estava preocupado com os pais de Célica. Indo ao limite de velocidade Niive chegou a Niniveh. A situação era tão grave quanto na capital.

- Eu vou ficar aqui. - disse Deba. - Tem algum abrigo aqui?

- A sede do governo da cidade tem uma barreira. Vou te deixar perto da casa da Célica...

A nave foi acertada e por pouco  Niive não perdeu o controle.

- Droga! - ela olhou para Kanon. - sabe atirar?

- Aprendo.

- Pegue esse comando azul e atire em tudo. Temos que abrir caminho para deixá-lo mais perto da superfície.

- Está bem.

Com a diretora na direção e Kanon atirando, deixaram o taurino mais próximo da casa de Célica.

- Leve isso. - deu a ele um dispositivo. - só apertar o botão verde e falar. Vou receber a mensagem.

- Tudo bem.

Niive fez a nave aproximar um pouco mais da superfície. Deba abriu o compartimento de carga e pulou.

- "Deveríamos ter trago nossas armaduras." - pensou o geminiano ao ver o amigo desaparecer em meio as pessoas.

A nave de Niive fez um contorno e partiu em direção a cidade dos avós.

 

 

 

O.o.O.o.O

 

O toque de recolher, mostrava a todos que era para irem para o palácio. Rana e Dohko auxiliavam. Enquanto isso o céu estava um caos. Naves abatidas de ambos os lados caiam sobre a cidade, provocando destruição.

Um som ensurdecedor chamou a atenção de Shion e Dohko já que não estavam acostumados. De vários pontos da cidade, o chão se abriu a raios quilômetros e estruturas semelhantes a peões de brinquedo surgiram. Quando todas estavam em solo, do pico delas, raios azuis foram lançados ao céu. Ao atingirem determinada altura converteram -se em uma barreira azulada.  Uma das naves de S1 começou a abrir fogo contra um "pião" até destrui-lo. A barreira se manteve, mas provocou um buraco.

- Princesa. - um soldado entrou no recinto. - a barreira foi ativada, mas uma das turbinas foi atingida.

- Conseguem consertar?

- Vai levar tempo.

Shion fitou a barreira. Realmente havia um buraco a menos de dois quilômetros dali, as naves inimigas poderiam chegar rapidamente ao palácio.

- Alteza. - Rana aproximou. - precisamos de mais de tempo.

- Se a barreira for consertada, quanto tempo conseguimos resistir? - indagou Shion.

- Esquadras de Eike e Lain estão vindo para cá. - disse o soldado.

- Dohko venha comigo. - Shion tomou a frente.

- O que pensa em fazer Shion? - Alisha foi atrás.

- Ganhar tempo. - nem a fitou.  - você será a defesa do palácio. Não deixe nada passar.

- Está bem.

- Eu vou cobrir o buraco.

- Vocês ficaram loucos? - exclamou Rana. - vão morrer.

- Já morremos muitas vezes, Rana. - brincou Dohko. - não se preocupe.

- Não estão protegidos. - Alisha temia o pior.

- Dohko está. - disse Shion.

O libriano elevou seu cosmo. A armadura de Libra cobriu seu corpo, deixando Rana, Alisha e Magni impressionados.

- Oricalco? - indagou a princesa.

- Atlantiks de VL faziam isso. - respondeu o grande mestre. - fiquem aqui.

Os dois partiram. Alisha correu atrás, não ficaria enclausurada enquanto eles corriam risco.

 

 

O.o.O.o.O

 

Deba corria em meio as pessoas. Vez ou outra olhava para o caos que estava o céu. Felizmente Niive tinha deixado-o bem próximo a residência. Usou a velocidade da luz para atingir o alvo. A casa deles estava destruída.

- Enya! Kaleb! - gritou.

- Aldebaran...? - o homem saiu de outra casa.

O taurino respirou aliviado ao vê-los.

- O que faz aqui?

- Depois explico. Precisamos chegar a sede, venham.

Ele não ajudou apenas os dois, outros que estavam com eles os seguiram.

As habilidades de Niive ao comando de uma nave, salvaram os dois inúmeras vezes, pois o espaço aéreo estava tomado por naves aliadas e inimigas.

Niive fez um pouso de emergência nos arredores da vila e de lá seguiram a pé.

- Ficarei aqui até que volte. - disse Kanon parando na ponte.

- Mas aqui é um alvo.

- Vá Niive.

Ela partiu.

 

 

O.o.O.o.O

 

Dohko e Shion trocaram olhares ao verem o pandemônio que estava a cidade.

- Fique aqui e cuide de todos.

- Está certo. Tome cuidado. Está sem armadura.

O grande mestre apenas acenou usando seu teletransporte.

- Shion! - gritou Alisha.

- Acredite nele princesa. - o chinês a segurou.

- Mas...

- Eu ficarei do lado de fora tentando acertar as naves. Não saia daqui.

- Ficou doido Dohko? - indagou Rana. - pode morrer.

- Confie.

O cavaleiro de Libra saltou para fora da barreira. Ficando no alto do que tinha restado de um prédio. O barulho dos tiros e dos motores das naves incomodava muito.

- Se for como nos filmes...

Saltou para cima de uma nave que sobrevoava baixo. Acumulando cosmo nas mãos disparou no teto da espaçonave. Devido ao cosmo, a energia da nave foi cortada. Antes que ela caísse Dohko saltou para outra.

Shion teleportou para o ponto mais alto do gerador da barreira. Realmente estava bem danificado. Ele olhou para cima. Havia um rombo de cerca de trezentos metros de extensão.

- " A muralha de cristal não é tão longa..." - pensou.

As naves inimigas viram o buraco e começaram a entrar.

- Não no meu planeta. - O grande mestre elevou seu cosmo. - Extinção Estelar!

Mirou nas naves. Não sabia se daria certo, mas abriu o sorriso quando elas foram acertadas e abatidas. Mas sabia que aquela ação era temporária, tinha que fechar o buraco.

Dohko tinha derrubado várias naves, mas dezenas de outras surgiam.

- Parece insetos. - parou próximo ao palácio.

- Dohko. - Alisha correu até ele mas não transpassou a barreira que envolvia o palácio. - está se arriscando.

- Esse é o meu trabalho. - a fitou. - e a senhorita não saia daí, ou Shion me mata. - sorriu.

- Dohko... - sorriu. - cuidado!

Ele olhou para trás, cinco naves aproximavam e atiravam contra a barreira.

- Afaste-se princesa.

Ascendeu o cosmo. Alisha e todos que estavam por perto viram uma áurea dourada circundar o corpo do libriano.

- "O que é isso..." - a princesa ficou surpresa.

- Cólera do Dragão!

Disparou mirando no grupo. A energia dourada partiu violentamente contra as naves, atingindo-as. Elas explodiram.

Enquanto isso Shion elevava ainda mais seu cosmo, faria o possível para proteger aquela população.

- Muralha de Cristal!

Direcionou o cosmo para o alto.  No palácio viram uma torre de energia surgir do gerador destruído.

- Shion... - murmurou Alisha.

A muralha se formou exatamente onde existia o buraco, contudo o tamanho foi insuficiente. Ainda faltava muitos metros para vedá-lo.

- "Droga." - despejou mais poder, entretanto pouco aumentou. - não vou desistir. Não agora que encontrei minhas origens...

O cosmo aumentou,  a muralha outrora translúcida ficou azulada e cobriu toda a extensão da barreira.

- Ele conseguiu! - gritou Rana de felicidade.

Com o buraco fechado, Dohko tratou de eliminar as naves que ainda estavam naquele perímetro e as naves aliadas puderam se concentrar nas naves exteriores.

A batalha parecia ganha para Alaron contudo a nave mãe começou a atirar ferozmente contra um ponto da barreira no intuito de destruir um gerador.  Quando dois foram atingidos a barreira se desfez. A penúltima defesa de Alaron havia caído. Sem impedimentos a espaçonave foi em direção ao palácio.

As pessoas começaram a gritar assustadas. Rana abraçou Alisha.

- Droga! - exclamou Dohko.

- Dohko. - Shion apareceu ao lado dele.

- Se essa coisa chegar até nós...

- Eu sei. - o ariano olhava fixamente para o objeto. - temos que atacar.

- Tudo bem.

Os dois começaram a elevar seus cosmos.

- Cólera do dragão!

- Revolução Estelar!

As energias combinaram, partindo em direção a nave. Como o objeto era muito grande seria impossível derrubá-lo, por isso concentraram onde parecia ter um motor.

Tamanha era a energia desprendida pelos dois que o chão afundava. Alisha assistia a tudo pasma. Aquele poder era devido serem servos de uma elementar?

O plano surtiu efeito. Viram uma explosão em um dos lados da nave. Outras de Alaron ajudavam nos tiros.

Surpreendendo a todos, surgiu entre as nuvens a Euroxx, abrindo fogo contra a nave. As naves inimigas menores que haviam sobrado partiram em retirada, e mãe fez uma manobra evasiva. Enquanto atirava na Euroxx, as menores entravam num compartimento de carga. Quando o processo foi concluído a nave mãe aumentou a velocidade, escapando. A Euroxx seguiu atrás.

- Não os deixe fugir. - ordenou Evans da cabine de controle.

A perseguição durou dez minutos até que subitamente a nave inimiga desapareceu dos radares.

- Perdemos senhor. - disse um dos controladores.

- Siga para Clamp, devem ter ido para lá.

 

O.o.O.o.O

 

Em Ranpur, todos aguardavam noticias. Rihen tinha entrado em contato dizendo que a Antares e a Galaxy já estavam indo em direção a Alaron e Clamp. Mask nervoso andava de um lado para o outro. Saga estava calado num canto. Kanon estava no meio daquele fogo cruzado.

Iskendar estava no quarto do hotel, quando soube por Dara sobre os ataques.

 

O.o.O.o.O

 

As naves de Clamp combatiam ferozmente as naves inimigas. Apesar de estarem preparados, o aparato inimigo era bem forte.

Deba conduzia os pais de Célica e o grupo em direção a sede.  A batalha estava equilibrada, mas a nave maior começou a atirar e abater as espaçonaves do planeta.

- Vamos todos morrer... - murmurou uma senhora.

- Não vamos. - respondeu o taurino. - Kaleb siga com todos, falta pouco para chegarem.

- O que vai fazer?

- Parar aquilo.

- Como? Está sem nave, nem tem uma arma!

- Tenho. - fechou o punho. - vão.

Ainda meio reticente Kaleb liderou o grupo. Quando viu que eles estavam seguros, Deba correu para o ponto mais alto de Niniveh que ainda estava de pé. Teria que agir rápido e preciso pois estava sem armadura, se machucasse...

Cruzou os braços sobre o peito, no momento certo atacaria, mas o plano não deu muito certo, o fogo cruzado poderia acertá-lo a qualquer momento.

- Tem que ser agora.

Elevou seu cosmo.

- Grande chifre!

Disparou. A energia do taurino chocou-se contra um lado da nave. As de Clamp ao verem, começaram a ajudar mirando em outras partes. Apesar dos esforços, a nave inimiga estava resistindo.

- Já me tiraram a Célica, não vão matar mais ninguém.

Aumentou ainda mais seu poder. O local onde estava começou a ruir devido o impacto do desprendimento de energia. O aumento surgiu efeito. Aquele lado da nave explodiu. Tudo foi em cadeia e minutos depois a estrutura espacial entrou em colapso. Temendo que a queda impactasse na sede, o taurino começou a derrubar todos os prédios que estavam próximos, fazendo uma espécie de muro. Aquela ação conseguiu parar o impacto.

Niive corria pelas ruas. Enquanto tentava se localizar, atirava nas naves que sobrevoavam baixo. Achou sua família em meio as outras.

- Tia Niive! - Estelli pulou nela.

- Está bem? - segurou o rosto.

- Estou com medo. - começou a chorar.

- Vai ficar tudo bem.

- Niive. - Ethel a abraçou.

- Vô, vó precisamos ir para o abrigo. Cadê Usain?

- Foi pegar uma arma.

- O que?

- Eu também sou da policia. - ele apareceu já carregando o equipamento.

- Então leve eles para o abrigo, eu volto para buscar vocês.

- Onde vai? - indagou Lya.

- Buscar o Kanon.

Mal acabou de falar escutou uma explosão vindo do lado da ponte.

- Idiota... vão. - empurrou os familiares. - encontro com vocês depois. - saiu correndo.

- Usain. - disse Ethel indicando que era para ele ir atrás da tia.

O trio partiu em direção oposta de Usain e Niive.

Kanon movia-se a velocidade da luz para escapar dos raios.

- São muitos...

- Kanon!

Ele olhou para trás. Niive estava no portão de um dos bairros.

- Tia Niive.

Ela olhou para trás. Arregalou os olhos ao ver uma nave inimiga bem atrás de Usain.

- Cuidado!

Tudo que viu foi um raio dourado passar próximo ao seu rosto e atingir a nave que foi ao chão. Ela virou o rosto. Kanon estava com o braço estendido.

- Pega ele e saia daqui. - disse sério.

- Você vem comigo. - Niive deu um passo.

- Usain leve sua tia daqui. - fitou o garoto. - agora. - a voz saiu dura.

- Ficou doido!? - exclamou a diretora. - vai morrer!

- Um lado já está vazio, certifique-se que o outro esteja. Usain leve sua tia, agora.

Ele concordou. Pegou a tia pelo braço, arrastando-a.

- Seu grande idiota o que pensa que vai fazer!? - berrou.

Kanon acertou uma nave, o que fez com que todas mirassem nele.

- Mexeram com a pessoa errada. - elevou seu cosmo.

- Kanon!

Niive gritava nos braços de Usain. O garoto também estava apreensivo. Foi então que viram uma grande quantidade de aura amarela circundar o corpo do geminiano. Niive parou de se debater.

As naves miraram.

- Explosão Galáctica!

O poder destrutivo partiu em direção a elas. O desprendimento de ar, fez com que a ponte e os portões rachassem. Niive, Usain e até Ethel e outras pessoas que estavam a certa distancia foram jogadas no chão. As naves que estavam sobre a vila foram destruídas.

 

O.o.O.o.O

 

 

Shion e Dohko só sumiram com seus cosmos quando certificaram que não havia sobrado nave nenhuma. A barreira no entorno do palácio foi desfeita.

- Shion! - Alisha pulou sobre ele. - fiquei preocupada.

- Esse não morre tão cedo princesa. - brincou Dohko.

- O que foi aquilo que fizeram? - Rana aproximou. - e... eu posso tocar? - referia-se a armadura.

- Claro.

- É de oricalco mesmo... não sabia que podíamos fazer isso.

- Na Terra há doze. Shion vestia uma delas, mas passou para Mu.

- Seus poderes... - Magni aproximou. - são fantásticos.

- Eles terão tempo para explicar. - disse Alisha. - precisamos de um relatório de estragos.

Voltaram para o palácio. Na sala de reuniões o chefe da proteção mostrava os estragos da invasão através de um mapa 3D.

- Todo o setor sul foi destruído. Três pontes foram destruídas e duas estão em estado critico. Perdemos três geradores de barreira e a que envolve o planeta foi bastante prejudicada. Perdemos uma frota de naves e Legos. O lado sul, sudeste e leste está sem energia e água.

- E quanto aos danos humanos?

- Ainda não contabilizamos alteza, mas estamos projetando que seja por volta de trinta mil.

Alisha deixou o corpo cair sobre a cadeira. Trinta mil vidas.

- Responsáveis pelo ataque?

O comandante ficou em silencio.

- Diga comandante.

- Ainda não confirmamos, mas parece que se trata de S1.

A sala ficou em silencio.

- E como será o sistema defesa, se isso voltar a acontecer?

- Estamos tentando consertar os geradores e a barreira do planeta. Vamos trazer nossas equipes baseadas nas áreas dezenove, cinco e seis para que façam um cerco em torno do planeta. As naves Nias 1 e 2 estão sendo reforçadas. Enviamos também um pedido de reforço para a policia.

A princesa ficou em silencio pensando. Shion a fitava, gostaria muito de ajudá-la.

- Se nós pudermos ser úteis princesa. - o libriano adiantou-se.

- Obrigada. - o fitou. - senhor Magni os abrigos subterrâneos estão completamente desativados?

- A maioria.

- Faça o possível para ativá-los. Instale postos de saúde em todos.

- Sim senhora.

- Ligue a linha de comunicação, farei um pronunciamento agora a todo planeta.

Assim foi feito. Em dez minutos a imagem da princesa era transmitida a todo o planeta. Ela pediu que enviasse um sinal a Ranpur. Mask aguardava noticias da Euroxx quando recebeu o sinal.

- Coloque na tela. - disse.

- Boa tarde cidadãos de Alaron. - a voz começou firme. - é com pesar que venho até vós informar do ataque cruel e covarde que recebemos hoje. Nosso povo pacifista foi atacado e dezenas de vidas ceifadas. Por isso declaro estado de emergência. Nossos antigos abrigos serão reativados. Convoco também todo profissional ligado a saúde e segurança. Fiquem de prontidão. Vamos encontrar os culpados e eles serão duramente punidos. Boa tarde.

A transmissão foi encerrada. Mask trazia a expressão séria.

- Marius, convoque agora todos os lideres do grupo dos nove, quero todos os diretores de área, quero Rihen. Sei que ele deve está ocupado, mas quero ele aqui. Traga os comandantes da Euroxx, Galaxy e Antares. Ren, - fitou o garoto. - reforce a segurança no entorno de Ranpur. Beatrice, - olhou para a garota. - emita uma nota ao conselho. Quero todos amanha cedo na sede da policia. Todos.

- E o Stiepan? Ele chegará em quatro ou cinco horas.

- Começamos sem ele, mas quero o aqui.

 

 

O.o.O.o

 

Recebendo o alerta de Clamp, a Euroxx entrou na atmosfera e abateu a nave mãe que assolava a capital. Com a situação controlada, a nave de Ranpur voltou para casa.

Kanon olhava para os fragmentos das naves destruídas. Seu golpe mostrou-se bem útil, mas se aquele tipo de guerra atingisse proporções maiores seria muito difícil combater. Ele olhou para o braço, estava sangrando. Niive nos braços de Usain estava assustada. Por segundos achou que ele tivesse morrido, mas em seguida viu as explosões. Ele derrubou dez naves apenas com as mãos? Seria aquilo o tal cosmo?

- Você está bem? - ele agachou diante dela.

- Sim... - fitou o braço sangrando. Mesmo com tanto poder, ele poderia se machucar.

- Vamos sair daqui. Eles podem voltar.

Ouviram barulhos de naves, mas desta vez era as equipes de resgate de Clamp. Como a vila tinha sido completamente destruída, levariam os moradores para a capital. Quando os avós de Niive a viram começaram a chorar.

- Está tudo bem querida? - Lya a abraçou.

- Sim vó.

Ethel olhava fixamente para o jovem de VL. Para ter aquele poder só poderia mesmo servir a um elementar.

- Tio Kanon. - Estelli o abraçou.

- Não se machucou?

- Já sarou. - mostrou a perna. - você machucou! Por que não cura?

- Ele não é como nós Estelli. - disse Usain.

- Não está doendo. - brincou com os cabelos dela.

Surpreendendo a todos, a garota cortou um pedaço de sua roupa e amarrou no braço dele.

- Pronto.

- Obrigado.

Niive levou os parentes para sua nave e depois passaria em Niniveh para pegar Aldebaran.

Depois da queda da nave, Deba foi para a sede do governo.

- Não se machucou?

- Não senhora Enya.

- Obrigado. - disse Kaleb. - sua força de elementar salvou a todos.

- Vou avisar a Niive sobre nossa localização.

De posse do dispositivo Niive pegou Deba e os pais de Célica levando-os para Bright. Todos foram acomodados no apartamento dela que tinha resistido ao ataque. Ela e Anesha receberam a intimação de Eron para irem a Ranpur imediatamente. Kanon e Deba os acompanharia.

 

 

O.o.O.o.O

 

Depois da fuga em Alaron a nave mãe juntou-se a nave maior e entraram no hadren sem levantarem suspeitas.

Haykan estava em seu escritório aguardando noticias sobre o ataque.

- Senhor. - Orrin bateu continência.

- Terminou?

- Sim senhor. Recebemos a noticia a pouco.

 O líder de S1 indicou a cadeira. Assim que sentou iniciou.

- Nossos motores funcionaram perfeitamente dentro do hadren. Fizeram o trajeto em oito horas. Com as Naus o tempo cairá pela metade.

- Bom.

- Em Clamp tivemos muitas baixas, pois eles estavam mais preparados. A Euroxx conseguiu derrubar uma das nossas naves.

- Alaron?

- Tivemos mais sucesso. A nave mãe está voltando. Ela conseguiu resistir aos ataques de Alaron e a da Euroxx. Ao que parece, assim que o ataque começou, Ranpur ordenou a ida dela.

- Muito bem. Assim que chegarem passe todos os dados para os demais comandantes.

- Quais serão os próximos planos?

- Paciência velho amigo. Ranpur precisa se recuperar primeiro. Entre em contato com todos os nossos informantes. Quero todas as noticias de lá.

- Sim senhor.

- Ah... - deu um sorriso maldoso. - daqui algumas horas vamos enviar uma mensagem a Ranpur dizendo que os ataques foram nossos.

 

 

O.o.O.o.O

 

Iskendar teve mais detalhes dos ataques através do seu canal de comunicação da policia. Rapidamente foi para o palácio real. Queria ver de perto as ações de Eron.

Na sede da policia, Athos, Rihen e Stiva estavam reunidos.

- Senhor presidente desculpe interromper. - disse um policial. - mas é um comunicado do palácio.

- Qual?

- O príncipe solicita a vossa presença e a do diretor Eduk. Imediatamente.

- Não posso me ausentar diante desse caos que instalou na galáxia. - disse Rihen.

- Desculpe senhor, mas o senhor Marius deixou ordens expressas vinda do príncipe. Ele exige sua presença.

- Pode confirmar. - disse Athos. - já estamos a caminho.

O policial bateu continência e saiu.

- O que pensa que é Athos?

- Mais inteligente que você. - o fitou. - não é uma boa hora para contrariar o príncipe.

- Ele não tem direitos sobre mim.

- Tem. E é melhor começar a pensar numa explicação caso ele pergunte porque as tropas foram desviadas de Alaron e Clamp.

- Por que outros planetas foram atacados primeiro. - respondeu impaciente.

- Só que dessa vez foram Clamp e Alaron. Principais parceiros de Ranpur. Eles foram atacados e o presidente não pode responder a uma intimação do príncipe? Não é uma boa hora para eles começarem a fazer perguntas sobre seus atos.

- Desculpe presidente, mas o diretor está certo. - disse Stiva. - ele pode ser um merdinha, mas é um Tempestta.

Rihen bufou, mas concordou no final.

- Vamos.

A convocação foi recebida por todos com surpresa, mas rapidamente foram cumprir, com exceção de Noah que mandaria Urara no seu lugar.

 

O.o.O.o.O

 

 

A viagem em direção a Ranpur seguia em silencio com cada um absorvido nas batalhas momentos antes.

Vez ou outra Niive olhava Kanon. O pedaço de pano que envolvia o corte no braço tinha sido substituído por um curativo profissional. Era estranho pensar que mesmo com tanto poder seu corpo fosse frágil.

- Não sente dor? – indagou quebrando o silencio.

- Isso não foi nada. Já tive machucados bem piores. – sorriu. – as agulhas do Miro doem bem mais. – riu.

- Como conseguiu abater aquelas naves? Isso inclui você Aldebaran. É o tal cosmo?

Os dois cavaleiros trocaram olhares.

- Todo ser humano tem os cinco sentidos, alguns têm o sexto que é chamado de intuição e tem o ultimo o sétimo. Essa força fica latente dentro de si, mas que se não for desenvolvida, fica atrofiada. O treinamento de um cavaleiro consiste em desenvolver essa energia, o mais cedo possível.

- Por isso normalmente os treinos começam quando se tem seis, sete, oitos anos... – disse Deba. – após essa idade fica cada vez mais difícil.

- E como exteriorizam isso?

- Fazemos essa energia ser transferida para nossos pés e punhos. – retornou Kanon. – para cada poder de energia, o aprendiz recebe um tipo de armadura. Bronze, prata e ouro. Para ser cavaleiro de ouro é necessário desenvolver o sétimo sentido, dentre outras habilidades. É o treinamento mais duro que se tem e o que te proporciona o maior poder de destruição.

- Cada um tem um tipo de poder? Ou são os mesmos? – indagou curiosa. - Aioria usa a eletricidade, já Aldebaran é a força.

- Cada um tem conforme sua estrela guardiã, assim como armaduras diferentes.

- E o que mais podem fazer?

- Podemos nos comunicar usando o cosmo, usar a velocidade da luz...

Niive ficou calada. Que tipo de treinamento Eron e os demais passaram, para serem tão especiais?

- São tão difíceis assim? – fitou o marina.

- É como submeter uma criança a um treinamento de guerra. Imagine a Estelli sendo treinada na academia de policia.

Com a comparação Niive entendeu.

- Estou transportando duas bombas. -  sorriu.

- Acha que a gente é bomba? – Deba a fitou. – bomba é o irmão dele. – apontou para Kanon. Que concordava com a comparação. – não conheceu o Saga na sua “melhor” fase. Aquilo era uma bomba ambulante.

A diretora franziu o cenho. Não entendeu muito bem, mas a julgar pela expressão de Kanon percebeu que Saga deveria ser ainda mais devastador do que ele.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

No palácio, a sala de reunião era preparada para receber todos os convidados. Ao todo seriam mais de trinta pessoas. Beatrice e Hely cuidavam de todos os detalhes. Enquanto isso Mask estava com os demais cavaleiros.

- Só espero que o mestre esteja bem. - disse Mu.

- Todos estão bem. - falou Miro. - ele, Dohko, Shaka, Kanon e Deba. Em breve estarão aqui.

- O que vai fazer caso se confirme um ataque de S1? - indagou Shura fitando Mask.

- Eu não sei... meu papel era obedecer as regras e não dita-las. O que acha Saga e Kamus?

- Todos os acontecimentos apontam para um único culpado. - iniciou Saga. - o que precisa saber agora é o quão forte eles podem ser e o quão forte GS é. Subestimar um inimigo pode levar a ruína.

- Evans viu as naves nos dois ataques. - disse Kamus. - ele saberá avaliar.

- Vou precisar da ajuda de todo mundo. - o italiano sorriu.

- Claro que pode contar conosco. - Dite puxou a orelha dele. - vamos proteger seu lar, assim como protegemos a Terra.

- Pode contar conosco. - disse Shura.

- Vou colocar as aulas de Lego em prática. - Miro sorriu.

Três horas se passaram desde a convocação, o único que faltava era Stiepan. Mask não quis esperá-lo, mas fez uma comunicação entre a sala e a nave que ele viajava. Rihen assim que viu todas aquelas pessoas ficou ressabiado. Não imaginou que o príncipe fosse convocar todos.

Estavam numa grande sala oval. Mask estava na cabeceira tendo Lirya e Marius a esquerda e direta respectivamente.  Depois seguiam os lideres do grupo dos nove, um de frente para o outro. Urara estava sentada na cadeira que pertencia a Noah. Rihen, Niive, Athos e Ren de um lado, Evans, Kopal e Yahiku do outro. E por ultimo os cavaleiros. Stiepan assistia por holograma e Beatrice estava a parte fazendo as anotações.

- Obrigado pela presença de todos. - disse Mask ficando de pé. - não preciso explicar o motivo da reunião e vou direto ao ponto. O ataque supostamente partiu de S1.

Os que não sabiam ficaram apreensivos.

- Evans o que diz sobre as naves?

As atenções voltaram para o capitão da Euroxx.

- São muito mais sofisticadas do que do ataque a Ox. Prova disso que destruíram as barreiras de Alaron.

- Destruíram a barreira externa do planeta, - iniciou Alisha, - a que protege a capital e por pouco não destruíram a que protege o palácio.

- Pelas imagens que captamos, foram três naves de médio porte. Duas abatemos e uma escapou. - Evans voltou a falar.

- Elas seguiram pela área cinqüenta alteza. - disse Rihen.

- Mas nossos radares não foram capazes de detectá-las? - indagou Niive.

- Não senhorita. - o presidente a fitou. - entraram e saíram calados.

- A pergunta é como? - Mask voltou a falar. - ao que tudo indica eles não tem tecnologia para usar hadrens e apenas com o uso deles conseguiriam chegar e sumir rapidamente.

- Não podemos descartar essa possibilidade. - disse Lancy.

- Eles tem tecnologia para isso? - indagou Kopal.

- Se tem devemos nos preparar. - completou Simon.

- É fato que S1 nos fez uma declaração de guerra. - disse a rainha.

- Eles também são responsáveis pelos outros ataques? - indagou Urara. - o atentado contra Beatrice, a invasão dos outros planetas, o atentado contra a rainha?

- Nos ataques de Ox e contra a rainha foram feitos por pessoas de GS, hoje foi diferente.

- Podem ter sido recrutados. - disse Lancy. - tivemos muitos piratas envolvidos. Se venderam para S1.

- Se esse fato se confirmar, teremos dois inimigos. - Radesh pronunciou.

- Ainda tem um detalhe... - Niive fitou a todos. - as naves abatidas no planeta Drima.

- Você pegou o culpado. - disse Rihen, ligeiramente incomodado com a lembrança.

- É um pirata, pode ter se vendido para S1. Investigamos a nave que ele usou, não era uma tecnologia qualquer.

- Acredita que os ataques começaram aí? - indagou Athos.

- Certamente, senhor diretor. S1 é capaz de tudo e nossa bandidagem idem.

- O fato é. - Mask tomou a palavra. - o quão forte eles estão?

- Não creio que tenham poderio suficiente para fazer frente a nós. - disse Athos. - Nós avançamos muito nesses últimos quinze anos.

- Anesha? - o príncipe fitou o presidente de Clamp que estava em silêncio.

- Em termos de defesa, os escudos de Alaron são os mais fortes e foram inutilizados. S1 está por muito tempo em silêncio e ainda contando com o apoio dos bandidos... não duvido que tenhamos espiões infiltrados.

Todos na sala fitaram uns aos outros.

- Espiões? - Marius o fitou.

- Não duvide disso senhor Marius. - Mask sorriu. - sei bem como essas coisas funcionam. Podem se sentir um pouco deslocados nessa conversa, mas não se preocupem. - voltou a atenção para os cavaleiros. - Mestre.

- Não subestime o adversário. - disse. - Eu não entendo de naves, mas se ele não teve pudor em atacar Sagitário, deve está muito bem preparado.

- Acham que ele pode chegar a sala do mestre sem notarmos? - a pergunta foi para todos. Trazendo o problema para a realidade que conheciam poderia ajudá-lo a entender a dimensão dos fatos.

- É uma possibilidade. - disse Saga tendo a concordância de todos.

Mask desviou a atenção para a mãe. Eliminar Atena seria um trunfo.

As demais pessoas de GS olhavam para os cavaleiros sem entenderem nada. O que era Sagitário e sala do mestre?

- Alteza... - Rihen não queria perder tempo com as excentricidades do príncipe. - qual o passo a seguir? Posso tomar a frente?

Quando ele ia responder, anunciaram a chegada de Stiepan.

- Senhores, Senhora e senhoritas.

- Acompanhou tudo? - Mask o cumprimentou.

-  Até a parte de Sagitário. - sorriu.

- Ótimo.

Beatrice que acompanhava a reunião recebeu uma comunicação.

- Alteza, temos uma comunicação.

- De quem?

- Anônima.

- Coloque em tela.

A auxiliar providenciou. Logo a imagem começou a ser transmitida para todos.

- Saudações família real. - era Haykan, em holograma.

- É um ultraje! - Anesha deu um murro na mesa.

- Aquiete-se kalahasti. Minha conversa não chegou nos servos. - deu um sorriso cínico. - vejo que ficou a cara do rei Soren, Eron. - fitou o italiano.

- O que quer?

- Não esperava outra recepção as minhas naves. - disse.

- Não esperava a ousadia. - Mask sorriu. - chegou perto.

- Sim e isso é apenas o começo. - a expressão tornou-se fria. - é uma declaração de guerra.

O holograma sumiu.

- É um blefe. - disse Rihen. - isso é para nos desestabilizar.

- Não é. - Kopal o fitou. - ele lutou na guerra, tudo que Haykan não é, é ser leviano.

- O conheceu? - indagou Rodhes.

- Tivemos nossas batalhas. Claro que as pessoas podem mudar, mas acho pouco provável. Se ele declarou guerra, teremos guerra.

- Eu cuidarei para que se arrependam disso. - disse Rihen um pouco exaltado.

- Acalme-se Rihen. - a voz tranqüila de Mask deixou até seus amigos surpresos. - impulsividade não leva a lugar nenhum.

- Você não sendo impulsivo? - Miro teve que comentar.

- A gente aprende Escorpião.  - fitou os demais. - primeiro, - olhou para Evans. - a Euroxx não sai da orbita de Ranpur, sem minhas ordens. Ren, - fitou o jovem. - dobre a vigilância no palácio. Ninguém chega perto da minha mãe, ninguém.

- Sim alteza.

- Você é prioridade maior filho.

- Não sou. Afrodite, na cola da minha mãe, se tiver que usar a força, use.

- Sim alteza. - sorriu.

- Ele não sabe usar arma. - disse Rihen inconformado por não está no comandando.

- Não precisa. - o olhar de Mask tornou-se frio. - ele pode matar todos nessa sala sem mover um dedo.

Os presentes ficaram ressabiados ao ouvir.

- Senhor Yahiku, a Antares ficará na orbita de Maris. - o capitão e Rodhes trocaram olhares. - só saia de lá sobre minhas ordens. A Antares tem que ser preservada.

- Sim senhor.

- Senhor Kopal, a Galaxy vai para Obi. Tivemos muitos ataques naquela área.

- Sim senhor.

Rihen e Athos trocaram olhares.

- Peço a todos os lideres dos planetas que fiquem em seus respectivos lares. Vamos evitar viagens desnecessárias. Aos diretores, reforços em suas áreas.

Eles acenaram.

- Senhor Rihen, - o fitou. - quero um plano de evacuação.

- Evacuação? - indagou.

- Sim. Se ataques semelhantes a Alaron e Clamp acontecerem, quero um plano de evacuação das grandes cidades. Já perdemos vidas demais.

- Sim senhor.

- Tome as medidas cabíveis para a proteção. Beatrice, reforce a convocação de amanha. Vamos deixar todos a par.

- Acha prudente? - indagou Urara. - poderia deixar todos em pânico.

- Vamos deixar todos preparados senhorita. Assim ninguém será pego de surpresa.

- Posso ajudar nisso, tenho boas noticias...- iniciou Stiepan.

- Depois conversaremos sobre isso. - Mask o fitou. - eu não esqueci daquela vez.

- Como quiser. - respondeu sem entender.

- Como amanha todos estarão na reunião do conselho, aconselho a ficarem aqui em Shermie.

A reunião foi encerrada. Os comandantes da Galaxy e Antares ficariam na residência de Evans. Os lideres, com exceção de Alisha, ficariam em residências próprias que tinham na cidade. Niive e Urara também ficariam no palácio, já Athos ficaria na casa que Rihen tinha na capital.

As ações para a proteção do planeta estavam esquematizadas e nem imaginavam que eram espionados por Jhapei que partiu assim que a reunião acabou e por Iskendar que infiltrou-se no palácio.

Stiepan esperou todos saírem para se aproximar do príncipe.

- Desculpe as palavras senhor Stiepan.

- Tudo bem, só não entendi o propósito.

- Quais são as novidades?

O presidente de Orion contou sobre a Genesis e Ramaei Enterprise. Giovanni ouvia tudo pasmo.

- Já estão prontas?

- Podem ser usadas a qualquer momento.

- Quem mais sabe disso?

- Sua mãe e Marius que inspecionaram.

- Continue mantendo silencio disso.

- Mas todos deveriam saber sobre nossa capacidade.

- Eu sei. - Mask tocou no ombro dele. - mas as vezes é bom esconder nossas melhores armas. E para enganar o inimigo precisamos enganar primeiro os amigos. Nenhuma palavra a ninguém, nem mesmo ao presidente da policia. Ele é uma figura central e importante, pode ter um monte de espiões ao redor dele.

- Tem razão.

 

O.o.O.o.O

 

 

A noticia que os ataques partiram de S1 chegavam aos principais planetas da galáxia. E com Serioja não seria diferente. Seus planos deveriam ser mudados. Levar um traidor a Eron nessa ocasião não surtiria o efeito desejado. S1 era um problema muito maior.

Estava na varanda olhando a paisagem de Eike quando sentiu uma sombra perto de si.

- Trago noticias do palácio, senhor.

- Diga Niahm.

- O príncipe convocou uma reunião com o grupo dos nove, os diretores, o presidente da policia e os comandantes da três naves principais.

Serioja o fitou na hora.

- Então o ataque foi de S1? - para uma convocação como essa só um motivo importante.

- Sim. O governante mandou uma mensagem. Foi uma declaração de guerra.

O conselheiro levantou, passando a andar de um lado para o outro.

- Deve receber em minutos uma convocação. - disse. - o príncipe quer todo o conselho reunido amanha cedo.

- Ele quer agir rápido. - murmurou. - ele decidiu alguma estratégia?

- Aumentou a segurança. Creio que ele dará mais explicações amanha.

- Ainda consegue me enviar informações? - o fitou.

- Precisarei ver como será esse esquema. - disse. - eu entro em contato.

Niahm pediu licença e saiu. Serioja caminhou até o para peito da varanda.

- S1 não estava nos meus planos... mas pode ser util.

- Senhor Serioja. - Iesa apareceu na porta. - uma convocação. O conselho irá se reunir amanha cedo.

- Você ainda tem contato com aquele homem que não executou o serviço em Ikari?

- Sim.

- Diga a ele para ir para a fronteira leste. - Serioja fitou o assistente. - mande-o colher informações sobre S1.

- É verdade?

- Sim. Preciso avaliar as novas possibilidades. S1 é uma variável que não podemos descartar.

 

 

 

O.o.O.o.O

 

Rihen entrou no seu pequeno apartamento no centro de Shermie bufando. Em seus planos Eron não poderia assumir o controle da ação.

- O que faremos agora Rihen? - Athos sentou no sofá. - Ele vai querer acompanhar tudo de perto.

- Boa hora para ele querer assumir o seu lugar! - bradou. - pode colocar tudo a perder.

- Ele vai contar com o apoio do grupo dos nove, mais dos comandantes.

- Eu sei... - andava de um lado para o outro. - se fosse com a rainha seria fácil manipular, mas ele não faz esse tipo. Ainda tem aqueles terráqueos...

- As informações são verdadeiras?

- São. Em Clamp, dois destruíram naves, usando as mãos. Em Alaron, um criou uma barreira.  Eles podem se tornar inconvenientes.

- E o que pensa em fazer?

- Em relação a eles por enquanto nada. - o fitou. - vamos deixar a guerra evoluir, em ultimo caso os despachamos para VL.

- E o príncipe?

- Se Haykan não o eliminar primeiro, fazemos Serioja executar o serviço.

 

O.o.O.o.O

 

 

Os três comandantes das Naus de GS seguiram para a casa de Evans no subúrbio de Shermie. Era uma casa grande com um bonito jardim frontal.

- Não pensei que S1 fosse nos atacar tão cedo. - disse Evans.

- Acha cedo? - Yahiku o fitou. - até que demorou.

- A questão nem é essa. - Kopal se pronunciou. - como Haykan subiu ao poder e o que S1 fez nesses últimos quinze anos? Precisamos pensar que vamos enfrentar um inimigo muito mais poderoso que no passado.

- Podemos esperar uma guerra mais sangrenta. - disse o comandante da Antares. - Espero que o príncipe seja um bom estrategista e líder.

- Eu confio nele. - falou Evans. - apesar do rosto juvenil e não ter experiência nas nossas batalhas e no funcionamento da galáxia, creio que ele se mostrará muito habilidoso. Será uma peça surpresa no tabuleiro. - olhou para os amigos. - tanto nós quanto Haykan não sabemos como ele irá proceder. Fora os amigos dele, aqueles doze rapazes são especiais e farão muito diferença.

 

 

O.o.O.o.O

 

Marius estava reunido com o filho repassando alguns detalhes para a segurança do castelo e da cidade.

- Senhor Marius.

- Alteza.

- Quero lhe pedir um favor. Me arrume todos os arquivos que possuir sobre a guerra de quinze anos atrás. Quero todas as informações inclusive sobre Haykan.

- Posso providenciar agora se quiser. - disse Ren.

- Por favor. Estarei no meu quarto.

Ren saiu para cumprir as ordens.

- O que pensa em fazer alteza?

- Eu preciso estudar o adversário e essas informações servirão de apoio. Stiepan me contou sobre as naves. Eu pedi a ele que as mantenha escondidas.

- Por que?

- Precaução. Se piratas estão ajudando, não duvido que tenha espiões em todas as partes. Peço que mantenha sigilo sobre isso até o momento oportuno.

- Claro.

- Não perca de vista também Serioja. Não descarto que tenha dedo dele em algum fato.

- Acha que ele está aliado a S1?

- Ele tem a ganhar com isso. Serioja é o tipo de pessoa que se vende para quem pagar mais.

 

O.o.O.o.O

 

 

Depois de contar a Noah sobre os planos do príncipe, Urara permitiu-se relaxar na banheira do seu quarto. O corpo estava tenso e os últimos acontecimentos não ajudaram muito. Não precisava ter os dons premonitórios para saber que uma guerra pairava sobre GS. Só tinha que desejar que fosse rápida, com menor perdas humanas e que Shaka não tivesse no meio. A diretora enrolou-se na toalha e saiu. Vestiria uma túnica de seda e cairia na cama. O dia seguinte seria movimentado. Ajeitava a cama quando ouviu batidas a porta. Pensou que fosse Niive por isso apenas disse: entre.

- Atrapalho?

O rosto ficou surpreso, mas não pode deixar de sorrir ao vê-lo.

- Não. Estava terminando uns relatórios.

- Posso entrar?

- Por favor.

Shaka entrou timidamente.

- Deseja algo? - ela indagou para parecer desentendida.

- Não... vim apenas saber se o senhor Noah disse mais alguma coisa.

- Não. Ele avisará se algo acontecer.

- Teremos uma guerra? - aproximou-se  sentindo na hora o perfume suave que exalava dela.

- Acredito que sim. O governador Haykan foi bem explicito em suas palavras.

- Não consigo imaginar uma guerra como as suas. - afastou um pouco pois o cheiro mexia com ele. - é muito longe do meu mundo.

- Longe como? - aproximou inconscientemente.

- Naves e batalhas espaciais. Sempre lutei usando minhas mãos. - olhou para elas.

- Eu gostaria muito que ficasse dentro do palácio e se mantivesse fora disso. - Urara tocou-lhe nos ombros.

- E ver todo mundo lutar? Eu não consigo. Ajudarei como puder.

- Mas essa batalha não é sua.

- É minha. Por Giovanni, pela acolhida da senhora Lirya e do senhor Noah e por você. É o seu lar.

Ela sorriu.

- Agradeço. - tocou no peito dele.

Ele não respondeu, apenas olhava-a fixamente. Urara desviou a atenção para suas mãos no peito do indiano. Olhava para os dedos tentando ver a linha vermelha.

- Por que não podemos? - indagou o virginiano.

Entendeu a pergunta, mas não respondeu de imediato.

- Por vários motivos. Pertencemos a mundos diferentes e principalmente... - o fitou. - tenho idade para ser sua mãe. Está iludido comigo Shaka. Quando voltar para VL verá que tudo não passou de ilusão.

- Eu entendo de ilusão e sei que o que sinto não é. - disse sério.

- Olhe para mim! - silenciou. - tenho certeza que vai conhecer alguém da sua idade e verá que esteve enganado. Boa noite Shaka.

Ela não conseguiu distanciar, pois Shaka a segurou. No instante seguinte a beijou.

- Eu não me importo com a idade e a aparência física. - disse sem afastar o rosto. - Eu me importo com o caráter.

- É passageiro.

- Não é.

Shaka a beijou novamente, dessa vez a envolveu em seus braços para que ela não esquivasse. Urara resistiu por alguns segundos mas acabou se entregando. O indiano intensificou o beijo. Seu corpo reagia a cada segundo. Já ouvira Miro e os demais contarem sobre essas horas, mas nunca conseguiu se imaginar. Não havia ninguém que o fizesse pensar nisso, até aquele momento.

- Shaka...

- O Giovanni não teve a chance de conviver com a Helena, assim como o Aldebaran. Eu não quero perder essa chance...

Os dois fitaram-se para voltarem a se beijar. Delicadamente o indiano desamarrou a túnica de Urara. Ela sentiu vergonha ao ficar exposta. O corpo era bem trabalhado por causa da atividade, mas não era um corpo de vinte anos. Shaka a olhava atentamente. Já tinha visto corpos femininos, mas nenhum chamava tanta a sua atenção quanto o da diretora. Para ele, ela era perfeita.

- O que foi...? - indagou constrangida.

A resposta foi um beijo. Durante anos, Shaka deixou os sentimentos mundanos de lado, agora os deixaria extravasar. Urara ainda se prendia, apesar do coração e corpo quererem o cavaleiro, mas suas responsabilidades diziam que era para parar, pois era um caminho sem volta. Ela apenas sentiu o corpo ir de encontro a cama.

- Eu gosto de você Urara. - a voz saiu suave.

A declaração a fez sorrir.

- Diz isso para todas? - brincou.

- Não. - ele achou que ela perguntou sério. - você é a primeira pessoa da minha vida.

- Como assim? - estranhou.

- Eu nunca estive com uma mulher antes. - disse naturalmente. - nenhuma me interessou.

Urara  fitou os olhos azuis. Não eram hesitantes ou brincalhões, eram sérios. Ela sorriu, pois um pensamento egoísta passou por sua mente. Ela seria a primeira de Shaka.

- Eu gosto de você. - a voz dele, cortou-lhe o pensamento. - mesmo que não fiquemos juntos isso não vai mudar.

- Eu sei que não.... pois sinto o mesmo.

Acariciou a face dele. Urara ergueu um pouco o rosto, iniciando um beijo...

 

 

O.o.O.o.O

 

Mask procurava por todo o quarto um lugar que tivesse papel e caneta, mas parecia que aquele tipo de coisa não era usado ali. Precisava anotar todas as informações que conseguisse para traçar uma estratégia. Sabia que poderia delegar aquilo a Marius, Rihen e as outros membros da policia, mas queria puxar a responsabilidade para si. Seu pai morreu tentando levar paz a GS, era o mínimo que poderia fazer.

Sentou na cama, pegando a miniatura da Euroxx que ficava ao lado.

- Queria muito que estivesse aqui... - murmurou.

Giovanni não imaginava que era observado por alguém. Iskendar havia ouvido toda a reunião e perguntava-se o que o príncipe faria. Ao ver que Mask foi ao toalete, aproveitou a chance. Olhou ao redor vendo a miniatura da Euroxx sobre o móvel. Era exatamente igual a dele.

Iskendar tirou do bolso uma caderneta e um lápis. Apesar da tecnologia em GS, Sidon ainda usava coisas do passado. Se usasse algum dispositivo eletrônico poderia ser identificado. O rapaz escreveu algumas coisas. Procurou por um lugar onde pudesse deixar, viu um porta retrato. A fotografia retratava Eron e os pais.

- Você sempre teve tudo não foi? - a voz saiu com ódio ao pegar o objeto. - mesmo desaparecido num fim de mundo, ainda encontrou sua mãe... - Mask era a cara da rainha. - até a sorte de parecer com ela. - olhou para os cabelos azuis, tocando-os. Balançou a cabeça recriminando-se. Colocou o porta retrato de volta no lugar e saiu por onde entrou, quando escutou ruídos.

- Como eu queria uma ajuda... - soltou um suspiro, ao olhar para uma mesinha viu um pedaço de papel. - tinha isso...? - estranhou.

Leu os dizeres. Apesar de está na língua antiga dos elementares, conseguiu ler sem problemas. Teve um estralo.

- Pai? - levantou as pressas. - pai!

Andou por todo o quarto, depois foi para a varanda. Sentiu ali uma presença. Era como se resquícios de seu próprio cosmo estivessem se espalhado pelo local. Se sentia tanta familiaridade só poderia ser seu pai.

- Obrigado pai. Juro que vou proteger nossa galáxia.

Iskendar sorriu ao ouvir aquilo.

- "Pensa que o pai, é um estúpido." - teleportou.

Já em seu apartamento ligou para Dara.

- Onde esta?? - berrou o governador de Sidon.

- Em Ranpur. As noticias já chegaram aí?

- Foi um grande ataque.

- Haykan enviou uma mensagem a Eron. Uma declaração de guerra. O conselho irá se reunir amanha cedo. A guerra voltou Dara.

- Imaginei... e o que o príncipe fará?

- Aumentou a segurança. Ainda é cedo para dizer o que o pirralho vai fazer. Eu estarei na reunião, te deixarei a par. E qual será a sua posição?

- Não sei. E você?

- Não morro de amores por GS, mas sou um policial. Fiz um juramento.

- Vai apoiar Eron?

- Te deixarei informado. - disse.

- Tudo bem. - Dara não insistiu. - tome cuidado.

- Pode deixar.



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