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História Tempestta - Eniac


Escrita por: KrikaHaruno

Capítulo 19 - Eniac


Um policial fazia a patrulha da área oitenta e cinco no nordeste da galáxia. Estava a horas naquele local não tendo incidência nenhuma. Já pensava em ir embora quando viu um ponto no horizonte. Usando a câmera da nave deu um zoom... viu o ponto virar dezenas de naves. Rapidamente emitiu um alerta a todas as áreas ao redor, sendo a ultima coisa que fez...

O som da sirene tocou em vários locais do norte, nordeste, oeste e sudoeste da GS. As naves da galáxia de Giovanni rapidamente entraram em combate com as de S1.

O alerta chegou a sede da policia e Rihen ordenou contra ataques. Imaginou que seria pontos isolados, mas estava enganado.

Em Shermie, Mask estava em reunião com os cavaleiros mais Marius e Ren.

- Precisamos ficar preparados. - disse o chanceler. - não sabemos quando eles atacaram novamente.

Mal acabou de falar, Hely entrou as pressas na sala.

- Alteza! S1 está atacando!

- Onde? - Mask levantou na hora.

- Em dezenas de partes da galáxia. Não é um alvo único.

 

O.o.O.o.O

 

 

Urara correu para sua nave, havia recebido pedido de reforços na área que fazia divisa com a área do diretor Athos.

Quando ela atingiu o espaço e chegou na área de combate assustou-se.

- O que é isso?

Naves de S1 eram superior em número, fazendo as naves da policia caírem como moscas.

A diretora notou duas naves atrás dela, fez uma manobra para esquerda e entrou em combate. Tinha que parar aquele ataque de qualquer forma.

- Lideres de esquadra, em linha. Não podemos deixá-los avançar.

- Coronel precisamos de reforços. - disse um dos lideres.

Urara ligou o painel de comunicação.

- Aqui é a Coronel Triste. Responda capitão.

- Kopal.

- Capitão precisamos de reforços, se eles continuarem avançado chegaram a Obi.

- Entendido.

Ela desligou.

- Lideres vamos conte-los até a Galaxy chegar.

As coisas não estavam diferentes para Niive. A diretora estava combatendo no norte da galáxia.

- Mas que droga!! - viu duas naves da policia serem abatidas.

- Capitã já solicitamos reforços. - disse Yoku.

- Querem que formem um paredão. Essas naves não podem avançar!

Na jurisdição de Athos, ele comandava o contra ataque da sede da área.

 

 

O.o.O.o.O

 

Depois de conseguir uma nave, Iskendar partiu em direção a S1. Usou uma rota alternativa passando pelo norte. Assim chegaria mais rapido aos planetas que ficavam posteriores a Bellji. Algo dizia que as naves vistas mais cedo eram só a ponta do iceberg.

Entrou no território, mas teve que se esconder várias vezes pois a área estava bem vigiada.

Seguindo as orientações repassadas pelo amigo de Dara, chegou ao planeta Vinyl que ficava a cerca de trinta milhões de quilômetros de Bellji. A principio não viu nada que indicasse um grandioso exército, contudo... a nave aproximou ainda mais e a expressão de Iskendar foi de medo. Na orbita do planeta havia três naves maiores que a maior nave de GS, a Antares.

- Seremos dizimados...

 Não quis ver mais nada, aquilo já era a prova que GS não teria chance. Tomou a decisão de encontrar Eron cara a cara.

Devido aos ataques, vários hadrens estavam fechados o que dificultava a ida de Dara para Obi. O governador teve que fazer um desvio e aquilo custaria duas horas a mais de viagem.

 

 

O.o.O.o.O

 

Mask andava de um lado para o outro, a cada momento recebia noticias que as naves da policia não estavam suportando o ataque.

- Mas que droga! - deu um murro na mesa.

- Alteza, temos uma comunicação do senhor Kopal. - disse Hely.

A dama real abriu o canal de comunicação.

- Alteza, estamos indo para as fronteiras da área três e quatro. A coronel Urara pediu reforços.

Shaka o fitou imediatamente.

- E onde ela está?

- Tentado segura-los.

- Onde está o Rihen?

- Estou na sede, alteza. - a tela com o presidente abriu. - peço permissão para enviar a Antares ao norte. As tropas de Niive estão com dificuldades.

Kanon levantou.

- Imediatamente. Ponha todos os planetas em alerta. Evacuem as cidades.

- Sim senhor.

- Ren, - virou-se para o filho de Marius. - destaque as nossas para Alaron e Clamp, eles ainda não recuperaram do ataque e podem ser alvos novamente.

- Sim senhor.

- Fechem todos os hadrens, todos. Proíba que naves não militares decolem dos planetas. As que estiverem no espaço são para pousar no local mais próximo e permaneçam até segunda ordem.

- Mask e o Aioria? - indagou Shaka.

- Recebi uma comunicação, já estão em Orion.

 

O.o.O.o.O

 

Com os avisos dado a toda a galáxia, o povo de Eniac estava nas ruas, aguardando ordens para a evacuação. O clima era tenso e as pessoas falavam apenas o necessário.

- Mãe. - um menino puxou a barra da calça dela. - o que é aquilo?

A jovem senhora olhou para o céu, para onde a criança apontava. As pessoas próximas voltaram a atenção. De todos os pontos da capital, Antioquia, as pessoas olhavam para o alto. Primeiro foi um ponto, em seguida dois, três, quando as defesas do planeta perceberam centenas de naves inimigas estavam no espaço aéreo. Sem se importarem com os alvos, elas começaram a atirar.

Desesperadas as pessoas corriam tentando se salvar do ataque...

 

O.o.O.o.O

 

A nave que conduzia Aioria e Shura atracou numa estação na orbita de Orion. Devido aos ataques nas redondezas do planeta, os dois foram levados para a Titan que faria a segurança das naves secretas de GS.

- Nem acreditei quando o príncipe disse que viriam. - disse Stiepan.

- Ele nos contou sobre as naves. Faremos o possível para protegê-las. - Aioria o seguia.

- Agradeço. - sorriu. - Aquelas naves são a esperança de GS.

- Como podemos ajudar? - indagou Shura.

- Estamos tendo ataques nos arredores da lua artificial. A missão da Titan é evitar que eles cheguem perto.

- Não hesite em nos chamar.

 

O.o.O.o.O

 

Orrin recebia o relatório dos ataques. Sua nave chegaria a menos de uma hora na orbita de Eniac. O plano de seu senhor estava dando certo. A atenção de GS estava nos vários ataques, deixando a região ao sul um pouco desprotegida.

- Senhor. - um soldado bateu continências. - o ataque em Eniac começou.

- Envie uma mensagem a todos que cessem os demais ataques. As naves que estiverem ao norte e oeste retornem para S1. As ao leste e sul juntem-se a nós.

- Sim senhor.

- Baixas?

- Tivemos. Mas nada significativo. Pegamos todos de surpresa.

- Ótimo. Prepare a nave para ataque total.

- Senhor! - outro oficial entrou na sala. - a Galaxy está vindo na nossa direção. Ela vai ajudar as tropas entre Obi e Orion.

- Desvie nosso trajeto. Um confronto com ela pode prejudicar nosso plano. Certifique-se que eles não nos detecte.

Os dois homens foram cumprir as ordens.

Orrin voltou o olhar para a janela vendo o azul do hadren.

- Não resistirão a nós.

 

O.o.O.o.O

 

 

As entradas para Obi estavam fechadas. Dara teve que mostrar sua credencial para ter livre acesso ao planeta. Pegou uma pequena nave indo diretamente para a casa de Noah. Horas antes tinha entrado em contato com ele. O conselheiro de Obi o aguardava.

- Estou aliviado que esteja aqui. - Noah estendeu a mão.

- Não era o que eu queria. - retribuiu. - mas as circunstancias me obrigam.

- Noticias de sua terra?

- Está tomada por S1. Só um milagre para que ela volte ao normal.

- Eu preciso ir até o conselho. A casa é sua.

- Obrigado.

Noah o deixou. Dara foi para o quarto tentar alguma comunicação com Iskendar. Há horas não tinha noticias dele. Foi com alivio que viu seu aparelho apitar.

- Dara.

- Onde está?- indagou o governador.

- Obi e você? - indagou temeroso pela resposta.

- Estou a caminho de Ranpur. - ficou em silencio por segundos. - espero que tenha juízo e fique por aí por algum tempo, pelo menos por enquanto...

- Por que? Descobriu alguma coisa?

- S1 tem um grande exército. Eles têm três naves maiores que a Antares. Olhe essas imagens. Será um milagre se não dizimarem GS.

Dara ficou pálido ao ver. Sabia que S1 tinha um grande arsenal, mas não imaginava que fosse tanto.

- Quando eu chegar em Ranpur te aviso.

- O que fará?

- GS precisa saber sobre essas naves.

- Vai se encontrar com o príncipe???

- As coisas mudaram um pouco caro amigo. - sorriu. - chegou a hora de levar um pouco de Tempestade a casa real de Ranpur. Por enquanto não conte a Noah sobre as naves.

- Tudo bem. Boa sorte.

- Para você também.

 

 

O.o.O.o.O

 

Mask recebia as noticias da parte sul da galáxia com preocupação.

- Alteza, a segurança foi reforçada em todos as áreas ao redor de Ranpur. - disse Ren.

- E quanto as áreas ao norte?

- Parece que os ataques estão diminuindo.  Muitas naves de S1 retrocederam.

- Fugiram? - indagou Saga.

- Não. Partiram de forma espontânea.

- Não parece uma distração? - Shaka fitou o italiano. - queriam apenas mantê-los entretidos.

Todos olharam para o indiano, a hipótese dele era realista. Kamus abriu o mapa que tinha.

- Ataques ao norte, leste, oeste e sul sem grande alvos. - murmurou o aquariano.

- Eles tem um alvo. - Dohko aproximou. - mas qual?

- Aqui? - sugeriu Deba.

- Não... - murmurou Mask olhando fixamente para o mapa 3D. - Ren, mova a Euroxx para a área 67. - algo passou por sua mente. - ela ficará entre Lain, Ranpur, Maris, Obi e Orion.

- A Galaxy já se encontra lá.

- Faça por precaução. Se for apenas para nos distrair precisamos estar preparados.

 

 

O.o.O.o.O

 

Serioja estava reunido com seus aliados. A recente declaração de guerra, havia atrapalhado os planos. Agora discutiam quais seriam as próximas ações.

- Agora mesmo recebemos a noticia que estão tendo ataques em várias partes da galáxia. - disse o premier.

- Julgamos errado o silêncio de S1. - disse um senhor. - até levantarmos o poderio deles, não devemos agir. - olhou para todos.

- E o que iremos fazer? - indagou outro.

- Ficaremos em silencio. - disse, o que parecia ser o líder do grupo. - essa guerra pode durar meses ou até anos. De toda forma, Eron pode sair perdedor e aí teremos uma chance.

- Concordo. - Serioja o fitou.

- Nos mantenha informado de tudo que se passa. - o fitou. - eu irei para um planeta pequeno. Não quero me envolver no conflito.

- Yumeria era um planeta pequeno e foi destruído. - lembrou o premier. - não estamos tão seguros assim.

- Que seja. Vamos esperar os acontecimentos. Por enquanto suspenda a ideia de arrumar um traidor, o príncipe estará ocupado com outras coisas. A não ser que arrume um traidor ligado a S1, aí sim poderá ter uma boa chance.

- Já estava pensando nisso. - Serioja o fitou. - os manterei informado.

- E a sua fonte de informação? - indagou uma senhora.

- Ainda não fez contato, mas fará em breve.

A reunião terminou com o compromisso de aproveitarem ao maximo a guerra de S1 contra GS.

 

O.o.O.o.O

 

Toda a força de combate de Eniac estava na batalha. Apesar dos esforços em proteger o planeta, as naves de S1 eram mais poderosas e produziam baixas no exército de Eniac. Na capital e nas cidades a destruição se espalhava.

Lancy, o primeiro ministro do planeta, acompanhava os relatórios das batalhas da sede do governo. Seu semblante estava fechado.

- Senhor, - um policial apareceu. - o presidente da policia está enviando mais tropas.

- E a Antares? - indagou, pois sabia que não tinha tropas suficientes pois muitas estavam em Alaron e Clamp.

- Não nos informou.

- Empregue a força maxima. Precisamos derrotá-los.

- Senhor!!!! - um policial entrou as pressas na sala. - temos problemas!!

- O que houve?

- Uma nave de grande porte se aproxima. Está a menos de duas horas da orbita.

- Tamanho?

- Da Euroxx.

O rosto ficou sério.

 

O.o.O.o.O

 

Niive atirou pela ultima vez, suspirando aliviada ao ver as naves inimigas retirarem-se. A Rapidamente retornou para a sede da diretoria. Precisava contabilizar as perdas e informar a sede central tudo que tinha acontecido.

Urara continuava em combate, auxiliada pela chegada da Galaxy.

Na sede da policia, Rihen recebia as informações. Tudo estava acontecendo conforme o plano. A Antares, a nave mais importante de GS, continuaria aportada em Maris.

 

 

O.o.O.o.O

 

A investida contra Eniac seguia conforme o plano de Haykan.  Apesar dos Router serem conhecidos por sua defesa forte, não estavam agüentando o poderio de S1. As naves inimigas estavam muito bem preparadas e contavam com defesas fenomenais. Em conseqüência, Antioquia já estava parcialmente destruída. O primeiro ministro enviou pedido de ajuda a todos os planetas próximos, principalmente para Obi que era o mais equipado daquela região.

Em orbita, Orrin olhava o planeta azul. Ele seria o primeiro do grupo dos nove a cair.

- Os torpedos estão em posição?

- Sim senhor. - disse um controlador.

- Podem atirar.

Os armamentos foram ligados. Orrin estava ansioso. Aquela nave fazia parte das novas naves construídas por S1 utilizando a tecnologia mais nova. Era a primeira vez que a veria em combate. O som de sirenes ecoou pelo compartimento de armas. Os torpedos foram armados. Eram cinco no total e já com alvos definidos. Eles iriam para as cidades principais de Eniac.

Foram disparados.

Em terra, na sede do governo, os radares soaram.

- Cinco torpedos foram disparados!

- Estamos traçando as rotas!

- Do que são feitos? - indagou Lancy.

- Não sabemos senhor.

- Abatem-os imediatamente!

Na sala era uma gritaria por causa das ordens. Lancy olhava apreensivo para a imagem dos torpedos entrando na atmosfera. Nunca os tinha visto e se tratando de S1 não eram fracos. A rota das bombas foi descoberta: Nasra e Naki, as maiores cidade ao norte do planeta, Suzanna a leste, Kaissarah ao sul e Enait a oeste.

- Dois minutos para o impacto.

- Não teremos tempo de evacuar... - murmurou. - estamos perdidos.

Os radares acusaram a explosão, por alguns minutos todos ficaram em silencio, aguardando noticias.

Em orbita, Orrin deu a ordem de entrar no planeta. Estava na hora da arma principal ser testada.

- Temos noticias rapazes? - indagou Lancy, olhando para os monitores.

- Conseguimos uma comunicação senhor. Alguns Legos estavam em Suzanna. Temos imagens.

- Coloque na tela.

As imagens seriam transmitidas para todo o recinto. O Lego que estava próximo da cidade, filmou a queda do torpedo. Antes mesmo de tocar a superfície, explodiu. A câmera ficou fora do ar por alguns segundos, mas depois voltou a gravar. Noventa por cento da cidade estava destruída.

Lancy não conseguiu dizer nada tamanho o assombro. O corpo caiu na cadeira.

- Envie essas imagens para a sede da policia e para Ranpur.

 

 

 

O.o.O.o.O

 

 

Os combates nos arredores de Orion continuavam intensos, mas eles estavam tendo uma ligeira vantagem, com a ajuda da Titan.

Aioria e Shura assistiam as batalhas. Aquilo era completamente surreal para eles. Só tinham visto esse tipo de ação nos cinemas e as imagens da grande tela não retratavam nem cinqüenta por cento da realidade. Não ouviam o som das explosões mas os brilhos eram intensos.

- Isso é fora da nossa realidade... - murmurou Shura. - me sinto um aspirante perto de uma batalha entre titãs.

- Como poderemos ajudar? - Aioria o fitou receoso. - só temos nossos cosmos...

- Mask precisa saber sobre isso. - a voz de Shura saiu grave. - Ele não tem noção.

A conversa foi interrompida por um impacto. A Titan tinha sido alvejada.

- Derrubem essas naves! - ordenou Stiepan. - elas não podem passar daqui!

Aioria e Shura trocaram olhares.

 

O.o.O.o.O

 

A nave, de nome Zaphyr, lembrava um morcego com as asas abertas. Era toda negra e aproximava em alta velocidade da atmosfera. Ela possuía escudos que a protegia das naves de Eniac.

Na sala do governo o alarme soou. Mesmo contra suas ordens, o prédio do governo foi evacuado e Lancy levado para o abrigo subterrâneo.

- Eu quero imagens! - gritou.

- Ela está dirigindo para cá.

As imagens foram mostradas. Todos na sala ficaram impressionados com a grandiosidade da nave. Ela parou exatamente no meio da capital.

- Desde quando S1 tem uma nave assim...? - murmurou um dos policiais.

- Quero que mande essas imagens em tempo real para a sede e para Ranpur. Eles precisam ver isso.

Na sede da policia, Rihen foi comunicado. A expressão ficou séria diante da visão da nave. Não tinha ideia do poder de fogo de S1.

No palácio real...

- Alteza, comunicação de Eniac.

- Coloque na tela Hely.

A imagem foi vista por todos os presentes.

- Isso é uma nave?? - indagou Miro atordoado.

- Não imaginava que S1 estivesse tão equipado. - disse Marius, olhando o objeto.

- Qual o poder disso? - Mask fitou Ren.

- Não temos ideia alteza, mas com certeza são mais sofisticadas das que atacaram Alaron e Clamp.

De volta a Eniac, o assombro continuava.

- Realizem um grande ataque contra essa nave. - pediu Lancy. - temos que neutralizá-la.

As várias naves foram em direção a Zaphyr, começando a atirar, mas tudo em vão devido ao escudo que ela possuía.

- Hora do teste. - disse Orrin. - carreguem a arma principal.

Por baixo da nave surgiu varios raios azuis acumulando no centro. Na sede, Rihen e no palácio real acompanhavam a cena.

As naves de Eniac tentavam de toda forma neutralizar, mas não estavam tendo sucesso.

O processo de acumulo de energia durou poucos minutos. No centro da nave surgiu uma grande bola de energia azul. Quando ela atingiu certo tamanho foi lançada como uma bola de canhão. Ela atingiu um prédio. Primeiro o ar expandiu-se de forma violenta e a explosão foi em cadeia, propagando como uma onda feita de fogo. Tudo que estava no raio da onda era dizimado. As naves que estavam no alto, olhavam o rastro de destruição. No subsolo, Lancy estava pálido.

Rihen continuava com a mesma expressão.

Lirya, Marius, Hely e Ren estavam espantados, mas os cavaleiros estavam completamente estarrecidos. Não imaginavam que existisse uma arma tão poderosa.

- Por Atena... - murmurou Afrodite.

Quando o rastro de destruição dissipou deixou uma cenário de desolação. As principais cidades de Eniac estavam destruídas.

Orrin olhava as imagens impressionado, S1 tinha alcançado o objetivo.

- Se a Zaphyr tem esse poder de destruição, imagine as HAY's. - sorriu. - retirada.

Sem qualquer impedimento, as naves voltaram para S1.

Nos limites das áreas, a tropa de Urara e a Galaxy tinham ganhado a batalha. Agora seguiam rumo a Eniac para ajudá-los.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

A Titan estava conseguindo conter os ataques nas redondezas de Orion. Tudo caminhava para uma vitória, até que surgiu diante deles uma nave, saída de um hadren.

- Senhor, detectamos uma nave saída de um hadren!

- A Galaxy?

- Não... - a voz do controlador saiu fria. - inimiga.

Quando as atenções voltaram para o vidro da cabine, todos ficaram pálidos.

- Por Atena... - murmurou Aioria vendo a dimensão da nave inimiga. - é uma nave...? - a voz saiu tremula.

A menos de dois quilômetros a Zaphyr apontava para eles.

- Atirar. - ordenou Orrin.

Na Titan...

- Senhor apontaram para nós!

- Manobra evasiva!!

Tudo se transformou num caos. O capitão da nave forçou os motores ao limite para uma manobra evasiva, com esse movimento, as pessoas foram ao chão.

Eles ativaram os escudos, mas não foram suficientes para conter o impacto. A Titan foi acertada.

Certificando que o alvo foi atingido Orrin deu a ordem de retirada.

Na Titan, sirenes começaram a ecoar freneticamente, luzes vermelhas apareceram nos painéis.

- Relatório de danos. - pediu o capitão.

- Acertaram os motores principais. Estamos sem energia.

Mal acabou de falar as luzes apagaram.

- Usem a energia auxiliar.

- Foram danificadas senhor.

- O que acontece quando isso falha? - Shura temia a reposta.

- A nave para. - disse Aioria. - E no espaço... a gente cai...

Sem energia, a Titan estava sem condições de operar. Rapidamente ela inclinou para o lado direito, levando todas as pessoas que não conseguiram segurar. Aioria e Shura agarraram numa barra de ferro.

- Senhor vamos cair. - o controlador olhou para Stiepan. - estamos sendo atraídos pela gravidade de Orion.

- Tentem ligar os motores!

- Eles não respondem senhor. Precisamos religar o reator.

A nave não demoraria entrar no espaço aéreo de Orion. Shura e Aioria ficaram temerosos. Se a nave caísse não era apenas os tripulantes que morreriam, mas também todos em terra.

Novas explosões. O controladores tentavam de toda forma restabelecer a energia.

- O que precisa para religar os motores? - Aioria indagou ao presidente.

- Uma alta concentração de energia. Infelizmente os geradores do reator foram danificados. - a voz saiu sombria. - a Titan vai cair. Temos que evacuá-la.

No espaço aéreo da área sessenta e sete a Euroxx recebeu o pedido de ajuda da Titan.

- Senhor Evans. - chamou um tripulante. - a Titan foi acertada, ela vai cair no planeta.

- O que?!?

- Recebemos o pedido de ajuda.

- Abra um canal para Ranpur.

No palácio todos estavam anestesiados pelas cenas em Eniac.

- Alteza, é o senhor Evans. - Hely colocou imediatamente na tela.

- Alteza, estamos indo para Orion, a Titan foi danificada e nos solicitou ajuda.

- O que houve?

- Foi alvejada e irá cair no planeta.

- Como?? - exclamou Lirya.

- Mask... - Mu aproximou. - Aioria e Shura...

- Vá imediatamente Evans. - pediu o canceriano. - a todo vapor.

Enquanto isso, na Titan todos os esforços estavam sendo em vão. Aioria via o medo nos rostos. Se os motores não fossem ligados, ninguém teria chance de salvação. Ele tinha que fazer alguma coisa.

- Shura tome conte de tudo, vou tentar resolver.

- Como? - o espanhol o fitou.

- Vou usar o relâmpago de plasma. Talvez tenha uma chance.

- Ficou louco? - Stiepan que havia escutado o fitou. - mesmo que tenha poder, não irá suportar a radiação. Irá morrer antes de ligá-lo.

- Confie em mim. - com um sorriso Aioria vestiu sua armadura. Todos na sala ficaram surpresos ao vê-lo com a vestimenta, ate se esqueceram que a nave estava caindo.

- Tem certeza Aioria? - indagou Shura.

- É o único jeito. - virou-se para um controlador. - me mostre onde é.

O controlador olhou para Stiepan.

- Tem certeza garoto? - o presidente olhava para a vestimenta. Sem duvidas aquilo deveria ser obra de um elementar.

- Sim senhor. A missão de um cavaleiro é proteger todos.

- Leve-o.

Os dois saíram correndo, durante o trajeto o controlador tentava explicar os mecanismos do reator para Aioria. Vez ou outra tiveram que segurar, pois a nave estava fora de controle. Na cabine, Stiepan obrigou Shura a ir para a ala de evacuação. O espanhol recusou-se veemente. Não tendo alternativa, o presidente pediu que ele se segurasse.

Aioria e controlador desceram vários níveis, com o som de sirenes tocando freneticamente e desviando de partes da nave que soltavam.

- É aqui. - disse o homem apontando para uma porta de chumbo. - seguindo por um corredor estreito, cairá num vão. É uma sala oval. Tem duas hastes uma saindo do teto e outra do chão. Verá no encontro delas uma bola cinza, precisa energizar essa bola para ela voltar a funcionar.

- Entendi.

- Ela usa radiação. - o rosto do controlador ficou sério. - apesar de se assemelhar a nós Tooi, não poderá suportá-la... tem certeza disso?

- Tenho. Confie em mim.

Ainda meio reticente o homem foi para o painel de controle. Apertando vários botões abriu a porta. Aioria entrou.

Na hora começou a sentir-se diferente. Seguindo as orientações tentava chegar ao alvo, mesmo com o sacudir da nave. Viu ao final do túnel dezenas de luzes vermelhas.

- É aqui. - disse olhando para as hastes.

Na sala de controle todos tentavam se segurar devido aos rodopios da nave, como se ela estivesse sendo puxada por um redemoinho. A fuselagem começava a desintegrar a medida que aproximava do planeta Orion. O barulho do casco abrindo era sombrio. Shura jamais se imaginou numa situação como aquela, estava numa galáxia distante, caindo de uma nave, prestes a morrer.

- Vamos Aioria... - Shura tentava se segurar.

- Ele não vai conseguir... - murmurou Stiepan.

- Vai. Aioria não é de desistir facilmente.

- A radiação vai matá-lo antes. Mesmo que esteja com uma roupagem feita de oricalco, seu corpo vai absorver a radiação.

No local, Aioria mirou na bola.

- Vamos cosmo. - sua energia começou a ser liberada.

O cosmo do grego partiu em direção a bola. Apesar da quantidade de energia, ainda era pouco. A nave descontrolada descia cada vez mais rápido em direção ao planeta e o cavaleiro começava a sentir os efeitos da radiação. Foi de joelhos ao chão.

- Droga... - murmurou.

A nave entrou na atmosfera.

- Estamos descendo rápido demais capitão. - disse uma controladora.

- Qual o local do impacto?

- Remus.

- Avisem para evacuar a cidade. Imediatamente!

Shura fitou a janela, a nave estava entre as nuvens.

- "Rápido Aioria."

O leonino levantou, apoiando-se na parede metálica. Aquela situação era completamente diferente do que já tinha enfrentado. Não estava combatendo ninguém, mas o corpo sofria os efeitos. Morreria num piscar de olhos.

- Não antes de salvar todos.... - deu alguns passos a frente. - seja na Terra, seja em GS...

Deu dois passos para trás. Elevou novamente seu cosmo, tentando acumular o maximo de poder. Já respirava com dificuldade e custava a permanecer de pé.

- Brilhe mais uma vez cosmo... RELAMPAGO DE PLASMA!

O ataque partiu ferozmente em direção a bola. Centenas de milhares de raios, dourados e azuis cruzavam o recinto por todos os lados, formando um espetáculo maravilhoso.

- Ah!!!!! - Aioria liberou ainda mais energia.

A bola brilhou reagindo e depois emitiu um forte estrondo. Aioria foi jogado longe, batendo de forma violenta na parede...

Na sala de controle, todos esperavam o triste desfecho quando os sistemas de energia secundários restabeleceram.

- Voltaram! - gritou um controlador.

- Coloquem os motores auxiliares ao limite! - ordenou Stiepan.

Os motores começaram a funcionar, impulsionando a nave para cima. Ela começou a tremer devido a força que a gravidade de Orion exercia sobre ela. Os motores foram forçados ao máximo e minutos depois a Titan estava novamente em orbita.

Shura respirou aliviado.

- Foi por pouco...

Stiepan nem comemorou, saiu as pressas. Shura foi atrás. No caminho dava as ordens.

- Preparem a câmara de descontaminação, ele tolera apenas vinte por cento de radiação. - andava apressado. - preparem a transfusão. Traga uma equipe para levá-lo.

Chegaram ao nível onde o cavaleiro estava.

- Senhor. - disse o homem aproximando.

- Onde ele está?

- Dentro da câmara.

Shura passou direto parando na porta.

- Ele esta atrás dessa porta? - indagou já preparando o braço para cortar.

Stiepan olhou para o controlador.

- Ele não saiu de lá senhor.

O rosto de Stiepan tencionou. Somente a equipe especializada poderia tira-lo de lá e ela não tardou. Shura tentou aproximar mas foi contido por risco de contaminação. O cavaleiro saiu carregado. O espanhol ficou preocupado ao ver o rosto e mãos do leonino cobertos por queimaduras graves.

Aioria foi levado para a sala de descontaminação, do lado de fora Shura e Stiepan aguardavam. Cinco minutos depois o médico saiu.

- Como ele está? - indagou Shura aproximando.

- Mal. A roupagem feita de oricalco retardou o acumulo de radiação, mas ele foi muito contaminado, além disso temos outro problema.

- Qual? - perguntou Stiepan.

- Para darmos continuidade, precisamos substituir o sangue contaminado por um novo, mas...

- Mas o que? - o presidente praticamente avançou sobre o medico.

- O tipo sanguíneo dele senhor. Não existe na galáxia.

Stiepan recuou um passo, tinha esquecido completamente daquele detalhe. Kasideri havia dito.

- Como não existe? Eu não entendi. - murmurou Shura.

- Para auxiliar na descontaminação, vamos substituindo o sangue contaminado por outro, ate que o sangue todo do individuo seja trocado. - o medico o fitou. - Acontece que o tipo sanguíneo de Aioria não existe na galáxia. Não há entre os povos o tipo O.

- E o que acontece se não trocar?

- O processo não terá cem por cento de eficácia. Se ele não morrer, o que será um milagre, ficará com graves seqüelas.

Shura recuou. Aioria corria risco de morte?

- Qual o seu sangue? - indagou Stiepan visivelmente transtornado.

- É B... Se Aiolos estivesse aqui... eles são irmãos... mas...

- Não há como doutor? - Stiepan o fitou.

- Faremos o possível, mas sem o sangue...

O espanhol abaixou o rosto. Aioria morreria por causa de radiação? Um cavaleiro de Atena que lutou até contra os deuses morreria por causa disso? Era até absurdo pensar nisso.

- Eu posso vê-lo?

- Sim. Ele está dentro da cápsula. Venha.

Shura e Stiepan entraram. Aioria estava dentro de uma cápsula sem roupa. A armadura estava desmembrada dentro de outro compartimento já que também estava contaminada. O cavaleiro da décima casa aproximou, ficando temeroso pelo estado do amigo. O corpo dele estava coberto de queimaduras.

- "Como vamos voltar sem você Aioria?"

- Eu sinto muito. - disse Stiepan. - não queria envolvê-lo nisso.

- Ele faria exatamente o que fez. Aioria não deixaria ninguém morrer.

- Vamos fazer o possível para salva-lo. - o presidente tocou no ombro de Shura.

Cerca de duas horas depois a Euroxx chegou a Orion. Shura pediu a Evans que ligasse para Mask.

A imagem do cavaleiro de capricórnio foi projetada na tela do palácio.

- Como vocês estão? - indagou Deba.

- Não tenho boas noticias... - a expressão estava séria.

- O que houve com o Aioria? - indagou Kamus.

Shura contou aos amigos o que tinha acontecido.

- Ele vai morrer? - berrou o escorpião.

- Eles estão tentando de tudo, mas sem um sangue compatível...

- Qual é o sangue dele? - indagou Dohko.

- O. Não existe isso aqui.

- Eu! - exclamou Dite. - Meu sangue é O.

Nem foi preciso repetir. Stiepan ao saber, mandou a equipe médica ir para Euroxx e de lá para Ranpur. Evans usou a velocidade máxima, mesmo assim demoraria certo tempo para chegarem ao planeta.

No seu quarto, Mask estava sentado na cama, com a expressão abatida. Célica tinha sido a primeira vitima, agora Aioria? Levantou, andando de um lado para o outro. Levaria quatro horas para chegarem a Ranpur. Era um tempo precioso que não poderia ser perdido.

- Esses hadrens poderiam ser mais curtos... - murmurou. - deveria existir hadrens mais eficientes...

As quatro horas foram agonizantes para todos. Em Ranpur, Afrodite foi conduzido para o hospital, onde o procedimento seria feito. Por ter apenas um doador, o processo seria lento, já que não poderiam substituir todo o sangue de Aioria de uma vez. Uma nave já esperava a Euroxx para conduzir o leonino ao hospital. Os dourados fizeram questão de acompanhar. Ficaram na sala de espera.

- O que realmente aconteceu? - indagou Lirya a procura de mais detalhes.

Shura contou tudo.

- Se ele não tivesse agido, todos na Titan tinham morrido, mais centenas na cidade.

- E essa história da radiação?

- Parece que as pessoas que moram em Orion suportam um nível maior de radiação do que nós por exemplo, Kanon. O corpo deles são mais resistentes. Acontece que Aioria está num patamar entre nós e eles. Por isso ele conseguiu entrar na câmara e resistir até agora.

Mask estava num canto em silencio. Se algo acontecesse a Aioria não se perdoaria.

Depois de uma hora, o médico da Titan apareceu.

- E então doutor?

- O estado dele ainda é delicado. Não pudemos tirar mais que quatrocentos ml de sangue de Gustavv o que retarda o tratamento, mas a partir do sangue coletado vamos fabricar um sangue genérico. Se não houver rejeições e agravantes em uma semana Aioria estará num quadro estável.

Os dourados respiraram aliviados.

- Ele terá seqüelas?

- Ainda é cedo para dizer majestade.  O nível de contaminação foi alto, mas o garoto é jovem e saudável.

- E Gustavv? - indagou Mask.

- Dentro de uma hora estará com vocês. Com licença.

Mask foi o único autorizado a entrar para ver Aioria. O canceriano engoliu a seco ao ver o corpo do grego coberto de queimaduras. Nem parecia o leão dourado decidido e forte que confrontou no bar em Asgard.

- Você vai sair dessa...

 

O.o.O.o.O

 

Depois da invasão, Lancy supervisionava a cidade. Antioquia estava debaixo de escombros.

Ele ordenou que todos os sobreviventes fossem reunidos numa área e que as forças remanescentes fizessem a proteção caso ocorresse um novo ataque.

A noticia do forte ataque a Eniac espalhou-se por toda a galáxia. Noticias sobre a Titan também foram relatadas.

Na sede da policia, Rihen as recebia com apreensão.

- Senhor presidente, o senhor Eduk.

O diretor entrou.

- Viu as imagens de Eniac? - indagou o presidente.

- Não imaginava o poder de fogo deles. - Eduk sentou. - Eniac levará tempo para se recuperar. Somado a isso Alaron e Clamp.

- Três do grupo dos nove estão enfraquecidos. - murmurou. - soube da Titan?

- Sim. Se não fosse o amigo do príncipe, ela tinha caído. Stiepan iria para o espaço, literalmente.

- Isso me preocupa. - Rihen levantou. - ainda não tenho detalhes, mas como um garoto conseguiu energia para uma nave do porte da Titan? Usando as próprias mãos?

- Ainda tem o rapaz que fez uma barreira em Alaron, os que destruíram naves em Clamp, a neve no mesmo planeta e a barreira protetora em Ox. Tem certeza que eles não serão empecilhos?

- Não sei... - o presidente o fitou. - por conta do ato heróico ele corre risco de vida, já que não é um Tooi.

- O que faremos com relação a eles?

- Por enquanto nada. Vamos ver os próximos passos de S1.

 

O.o.O.o.O

 

No palácio, o clima era de apreensão. As recentes noticias de Eniac não eram boas. O planeta tinha sido parcialmente destruído. De volta a sala de reuniões, Marius, Evans e Ren conversavam sobre o ocorrido. As informações transmitidas por Niive e Urara também não eram animadoras. Tudo levava a crer que S1 estava forte.

Mask estava calado, não sabia o que fazer.

- Alteza, o senhor Stiepan mandou entregá-lo. - disse Hely.

Olharam para um container de tamanho médio. A armadura de leão estava dentro.

- Temos um problema. - disse Saga. - a armadura ainda poderá está contaminada. Aioria não poderá usar mais.

- Acho que posso consertar. - Mu os fitou. - com o oricalco de Alaron talvez eu consiga.

- Mas é perigoso. - disse Deba. - e se você se contaminar?

- A armadura passará por mais um processo. - disse Shura. - acho que poderá consertá-la. É um risco, mas não podemos voltar sem ela. A proteção de Atena depende disso. Ainda mais com uma guerra.

- Shion saberá o que fazer. - Dohko falou. - Vamos esperá-lo voltar. Aioria ainda está se recuperando, teremos tempo.

Mask não disse nada, saindo de perto. Tres planetas destruídos e Aioria correndo risco de vida.

- Não se culpe por isso. - Lirya aproximou notando os pensamentos do filho. - S1 é capaz de tudo.

- Eu sei... alias não sei... Acredito que isso é apenas o começo. As naves de hoje são mais potentes do que dos ataques a Alaron e Clamp.

- Precisa manter a cabeça fria. - disse Shaka. - as coisas vão se resolver.

- Espero que sim...

 

O.o.O.o.O

 

Em Alaron, Shion observava a movimentação dos policiais. A cidade estava sitiada e o alerta em vermelho.

- O que foi? - Alisha aproximou, tocando -o nos ombros.

- Guardando as devidas proporções estou me lembrando quando o santuário entrou em guerra, na minha juventude. - a fitou. - nós vivíamos em alerta.

- Não queria que passasse por uma guerra novamente. - pegou nas mãos dele.

- Tem certeza que quer ficar aqui? - acariciou o rosto dela. - você é a governante, precisa ficar num local seguro.

- Não conseguiria me sentir tranqüila sabendo que ha pessoas a mercê de ataques. É o meu dever permanecer junto a elas.

Ele sorriu. Atena tinha os mesmos pensamentos.

- Eu farei de tudo para protegê-la.

- Eu sei...

- Alteza. - Rana aproximou. - trago noticias de Ranpur. -a voz saiu séria.

- Aconteceu alguma coisa?

Rana contou sobre o incidente com Aioria.

- Por Atena... - murmurou Shion. - eu preciso vê-lo.

- Uma nave irá levá-lo. - disse Alisha.

- Se não for abusar, pode me arranjar uma quantidade razoável de oricalco?

- Sim. - respondeu sem entender. - Rana providencie.

Em duas horas, Shion partiu em direção a Ranpur.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

Dara olhava para a Enraiha. A bola azul estava apagada, como se fosse um objeto comum, sem vida. Noah, estava parado a certa distancia, observando-o.

- Nunca gostei desse objeto. - disse Dara sem olhá-lo.

- Ele pode ser util. - caminhou em direção a ele. - conseguimos evitar muitas coisas.

- Mas não o suficiente. - o fitou. - e os ataques? - voltou a atenção para a bola.

- Eniac foi parcialmente destruída. E um amigo do príncipe está entre a vida e a morte. - Noah lhe deu mais detalhes. - S1 está mais forte. E isso não é novidade para você.

- Não... - as iris azuis fixaram o olhar. - qual foi a ultima previsão?

- Naves atacando. Ela se confirmou. Além disso... eu vi o Soren.

O governador de Sidon o fitou imediatamente.

- Como?

- Vi a imagem de Soren entrando no palácio. Foi muito estranho e não faço ideia do significado.

Dara sorriu. A Enraiha nunca errava. Em um período breve aquela visão se confirmaria.

- Entenderá o significado quando for a hora. - o fitou.

- E o que fará? - Noah não ligou para a resposta. -  Vai se aliar a S1 ou permanecer neutro?

- Eu não ganharia nada me aliando a S1, tão pouco permanecendo neutro.

- Sabe que tem um lugar no conselho. É filho de Bertie.

- Não sou clérigo, pertenço as armas. Deixo a política para os estudiosos. - Dara sorriu. - Meu lugar é dentro de uma nave.

- Vai lutar? - indagou surpreso.

- Não sou simpatizante a Obi, mas é o lugar onde nasci. Além do mais tenho pessoas para proteger. Você está incluído nessa lista.

- Me sinto lisonjeado Dara Bertie. E o que fará?

- Primeiro, - deu a volta, indo para a saída. - preciso proteger o futuro da galáxia, após, irei solicitar a minha convocação. Irei para Ranpur.

- Não se arrisque. - a voz saiu divertida. - é o meu substituto no conselho.

- Você ainda viverá muitos anos, filho de Shoo. - sorriu.

 

O.o.O.o.O

 

 

Iskendar pousou em Ranpur. Não gostava daquela cidade, mas ficou aliviado ao ver a paisagem. Sem demora foi para o hotel. Traçaria uma estratégia para encontrar-se com Eron. Deitado na cama olhava para a pequena nave feita de oricalco. Era uma das poucas lembranças do rei de Alaron.

A mente viajou para aqueles tempos. Era feliz quando morava em Sora. Apesar de mentira, tinha uma vida tranqüila, até a guerra estourar. S1 arruinou sua vida e agora iria arruinar novamente. Não estava nos seus planos conversar cara a cara com Eron, mas era preciso. A segurança da galáxia dependia disso.

Cortando seus pensamentos seu comunicador apitou. Estranhou  a freqüência, já que supostamente ele tinha sido "morto" por S1.

Era uma transmissão para toda a policia. Nela contava sobre os ataques a Eniac. Iskendar ouvia abismado. A situação era ainda pior.

- Dara! Você sabia disso! - gritou.

Pegou outro aparelho ligando para o amigo.

- Dara.

- Onde está?

- Indo para Ranpur. Está sabendo dos últimos acontecimentos?

- Sim. Está surpreso?

- Claro!

-  Não sei porque. Eu ainda te perguntei se S1 era uma ameaça e você disse que

eles nem fariam cócegas. Destruíram Eniac! - gritou irritado.

Dara ficou em silencio.

- Eles podem usar os hadrens Dara, isso é muito grave. Somado a isso... - passou as mãos pelas madeixas brancas. - eles tem naves superiores a Antares. Se com uma nave simples destruíram metade de Eniac imagine com essas naves!

- Eu sei. Estou esperando noticias de Jhapei.

- Amanha cedo irei ao palácio. Eron precisa saber disso.

- Tem certeza que vai se expor?

- Absoluta. Não posso prejudicar a galáxia por conta de uma estupidez de Soren.

- Irei com você. Se é para acabar com as mentiras, também tenho minha parcela de contribuição.

- Como quiser. Irei esperá-lo.

Terminaram. Iskendar deixou o corpo ir a cama. Amanha a história iria mudar radicalmente e com isso, talvez, a guerra teria outro desfecho.

Em S1, Haykan lia os relatórios com um sorriso. Ate aquele momento seu plano estava dando certo. Com esses pequenos ataques visava desestabilizar a policia e o governo de Ranpur. Três planetas já tinham sido atingidos e agora era hora da parte dois do plano. Aqueles ataques tinham sido só o começo.

A noite logo caiu em Ranpur, Aioria continuava em coma, mas recebendo todo auxilio. Os alertas continuavam nos planetas.  No palácio o clima era de apreensão. Tudo poderia acontecer. Depois de conversar com Urara, Shaka tinha se recolhido. Seu sono começou tranqüilo, contudo a mente foi invadida por imagens. Via o rei Soren, Mask criança e outro garoto. Depois se viu no grande salão, olhando para a pintura da família real. Ela não tinha nada demais exceto por um sombra esbranquiçada ao lado de Soren. Acordou assustado.

- Algum problema Shaka? - indagou Afrodite.

- Não. Desculpe por acordá-lo, ainda está se recuperando.

- Me sinto melhor. Teve outra visão?

- Não sei bem se foi uma visão. Eu sonhei com o rei e o Giovanni.

- E?

- Havia outra pessoa. Um menino, muito parecido com os dois. Sabe aquela pintura no salão? - Dite balançou a cabeça afirmando. - tinha um sombra ao lado de Soren.

- Acha que pode acontecer algo ao Gio?

- Eu não sei ao certo.... algo ruim não, mas no mínimo perturbador. Estou com a sensação que alguma coisa vai acontecer e mudar o rumo da história.

Dite franziu o cenho. As previsões de Shaka sempre aconteciam. Qual evento iria acontecer?

Do outro lado da cidade, Iskendar também estava tendo sonhos... sonhava com a mãe e com o pai...

Era mais uma madrugada, na prisão do planeta Wan. Devido ao prenuncio de guerra, a segurança daquele complexo estava reduzida. E por conta disso, o administrador não esperava um ataque furtivo e ágil. Em menos de uma hora, a prisão estava destruída com seus criminosos a solta. Com um sorriso, Kany embarcava numa nave de S1. Era a chance para realizar sua vingança.

Antes do sol nascer, Dara desembarcava em Ranpur. Havia passado em Kiesza antes, certificando que os moradores de Sidon estavam bem. Olhou para o palácio real que erguia-se na paisagem. A ultima vez que tinha pisado ali, como um eiji, foi quando era um rapaz de vinte anos, para assistir a cerimônia de coroação de Soren. Ele e o irmão, filhos do magistrado Shoo Bertie, eram convidados representantes de Obi. Shoo tinha sido auxiliar da rainha Bruni.

- As coisas mudaram não é Soren...? - soltou a frase.

Lembrou-se da guerra e da tropa de naves que comandava. Shoo queria que os filhos seguissem a carreira política ao lado do conselho de Obi e dos Tempesttas, mas Dara interessou-se pela militar. Lutou na guerra, onde seus dons eijis o ajudaram muitas vezes, mas também o fez sofrer outras por não conseguir evitar mortes. Ao termino jurou nunca mais usar seu dom e nem seguir as determinações de sua raça, acreditava que o destino não deveria ser mostrado. Ficou por anos "desaparecido", isolado nos confins da galáxia e depois se tornou o governador de Sidon, um reduto para criminosos. Escondeu suas origens e levava uma vida pacata, até encontrar o jovem Iskendar. Havia tido uma visão e nela mostrava que ele encontraria um rapaz especial e que era seu dever protegê-lo até o momento oportuno.

- "No fim não consegui fugir do meu destino." - parou diante da porta do quarto de Iskendar.

- Não chegaria mais tarde? - o garoto estava sonolento.

- Tenho um dever a cumprir. - sorriu.

- Noah te liberou? - deu passagem a ele.

- Apesar de não saber a verdade, meu irmão sabe que estou cumprindo o meu destino. Nossa família auxilia os Tempesttas há muitos anos. Não seria diferente agora.

Iskendar sorriu.

 

O.o.O.o.O

 

O estado de Aioria ainda era delicado. A contaminação estava controlada, mas ainda existia o risco de morte. A equipe médica de Orion e Ranpur tentavam fabricar, a partir da amostra colhida de Afrodite, o sangue tipo O.

Só o tempo poderia dizer se o cavaleiro de Atena teria alguma seqüela.

 

O.o.O.o.O

 

Jhapei circulava pelos corredores da base de S1 em Sidon. Depois dos ataques não tinha procurado Serioja, sob o codinome de Niahm. O encontro dela com o chanceler tinha sido planejado por Haykan que queria controlar os passos dele. Através de alguém dentro da policia soube do fato. Jhapei agia como agente triplo. Era espiã de S1, de Serioja e de certa forma de Dara. Se tinha chegado a idade adulta era graças ao governador de Sidon que a resgatou de mercenários. Sentia gratidão e ficou aliviada ao saber que ele e alguns habitantes tinham sido resgatados por Ranpur. Há dias não tinha contato com ele, com medo das comunicações serem interceptadas.

A humana de cabelos vermelhos e olhos verdes seguia para seu quarto quando ouviu vozes. Escondeu-se num corredor e ficou surpresa ao ver um alto funcionário de Haykan conversando, através de um holograma, com o diretor Eduk. Ela sabia que o líder de S1 tinha um cúmplice no alto escalão da policia mas não imaginava que fosse ele. Usando suas habilidades gravou a conversa. Aquilo era uma clara confissão que Eduk servia a S1. Assim que teve informação suficiente saiu do prédio, pegando uma nave para ir a um planeta distante. De lá poderia fazer uma comunicação a Dara e deixá-lo a par de tudo.

 

O.o.O.o.O

 

Serioja aguardava um contato de Niahm, há algum tempo não tinha qualquer noticia dele e com uma guerra em curso, qualquer informação obtida dentro do palácio era fundamental.

Ele fitava o sol nascer no horizonte.

- Preciso agir por conta própria. - disse. - Iesa.

O secretário abriu a porta.

- Entre em com o atlantik  e veja se ele conseguiu alguma coisa.

- Imediatamente. - saiu para cumprir as ordens.

- Terei que usá-lo mesmo... - pensou em voz alta.

 

O.o.O.o.O

 

Shion estava sentado de frente para a caixa que continha a armadura de Leão.

- Eles disseram quinze dias mestre. - falou Mask.

- É muito tempo. Ainda mais com uma guerra.

- E o que podemos fazer? - Dohko sentou ao lado do ariano. - ela não está com rachaduras para ser consertada do modo tradicional.

- Do jeito que está posso tocá-la? - fitou o canceriano.

- Não acho prudente. - coçou a cabeça. - é pouca radiação mas ainda poderá afeta-lo.

- E o Aioria?

- Tive noticias a pouco. Está se recuperando e o risco de morte passou. Ainda permanece inconsciente, mas deve acordar amanhã ou depois.

- Seqüelas?

- Ainda é cedo para dizer.

- Talvez até lá a armadura fique intacta. - levantou. - trouxe oricalco. Irei banhá-la novamente, talvez ajude.

- Talvez...

- Eu não esperava um ato menor dele. - disse o grande mestre. - Aioria agiu como um perfeito cavaleiro. Mesmo numa situação totalmente adversa conseguiu utilizar seu cosmo.

- Aiolos não vai acreditar que o irmão virou "combustível" para uma nave. - brincou Miro. - Relâmpago de plasma usado como fonte de energia. Atena tem sua própria usina geradora.

- Não brinque. - disse Deba. - ele poderia ter morrido.

- Eu sei. Eu espero que possamos ser úteis como ele foi.

- Não fiquem preocupados com isso. - Mask fitou os amigos. - eu agradeço por qualquer ajuda ao meu povo.

Ficaram surpresos pela frase, Giovanni nunca tinha pensado naquelas pessoas como seu povo.

- Vamos fazer o possível para trazer paz a GS. - disse Shaka.

- Alteza. - Hely surgiu na porta. - o chanceler na linha quatro.

Mask caminhou até um painel.

- Senhor Marius.

- Alteza, recebi um pedido de audiência por parte do governador de Sidon.

- Dara?

- Ele deseja falar comigo e com o senhor. Pediu para que seja no palácio e disse que é urgente.

- Ele adiantou o assunto?

- Não, mas disse que se trata de informações sobre S1.

Mask fitou Kamus e Saga.

- Diga para vir quando quiser, estarei esperando.

- Sim. Virá ele e o superintendente da área quinze, Iskendar Madden.

- Tudo bem.

Desligaram.

- O que será que ele quer?

- Se o planeta dele está num lugar estratégico, deve trazer informações importantes. - disse Shion.

- Vou chamar Evans e o Ren.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

Iskendar contava para Dara tudo que tinha visto em S1. O eiji ouvia tudo num profundo silencio.

- Se aquelas naves chegarem até aqui, GS não terá chance.

- Realmente é muito grave. - olhava as imagens.

O comunicador de Dara começou a apitar.

- Dara.

- Jhapei. - um holograma apareceu. - tenho noticias.

- Você sabia das naves? - Iskendar a fitou imediatamente.

- Sim... - murmurou. - mas esse não é o maior problema de GS.

- O que poderia ser então.... - o garoto ironizou.

- Iskendar, por favor.... fale Jhapei.

- Ranpur tem um traidor.

- Grande novidade. Todos os piratas são traidores.

- É um traidor dentro da policia, Madden. - Jhapei o fitou fria. - e não é um misero policial, vejam isso.

Ela mostrou a gravação que fez. A medida que assistiam os dois ficavam pálidos.

- Aquele ordinário! - exclamou Madden. - era por isso que S1 sempre estava um passo a frente.

- Tem certeza disso Jhapei? - Dara a fitou.

- Absoluta. Não duvido que ele soubesse de todos os ataques. Desde a auxiliar do chanceler de Ranpur até o ataque a Eniac. Ele está fornecendo informações a S1.

- Onde você está?

- Num local seguro Dara. Não se preocupe comigo.

- Queria que estivesse junto com os outros em Kiesza. Não pode fugir?

- Haykan colocaria minha cabeça a premio. Por enquanto não posso abandonar meu posto. - sorriu. - se eu tiver mais alguma informação entro em contato.

- Tome cuidado. - pediu.

- Pode deixar.

A comunicação cessou.

- E agora? - Dara fitou o policial.

- Eron precisa saber disso.

- Ele vai acreditar?

- Nós temos o vídeo. – mostrou o aparelho. - Se ele diz tão esperto vai acreditar.



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