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História Tempestta - Batalhas


Escrita por: KrikaHaruno

Capítulo 27 - Batalhas


Um dia passou desde então...

... Eniac, Orin, Alaron e Clamp bastante destruídos pelos ataques seguiam com as reconstruções. Depois da destruição da sede da policia, o presidente Sttup havia se mudado para Maris.  Não houve batalhas, apenas a rede de inteligência realizando todas as investigações mas sem sucesso. Não tinham descartado a possibilidade de Iskendar ter sumido por conta própria, mas a versão de seqüestro era a que mais ganhava corpo. Ainda mais com Mask afirmando que algo acontecera. Lirya e Marius tentavam a todo custo manter a informação do desaparecimento oculta, porem estava difícil. Não demoraria muito tempo para espalhar. Dara fora imediatamente para Ranpur e praticamente exigiu que o colocasse a frente das investigações. Mask acatou pois o governador de Sidon tinha muitos contatos e aquilo poderia ajudá-los.  Pensaram também em Jhapei, mas não conseguiram contato com ela.

Os dourados permaneciam ao lado do italiano e praticavam seus novos poderes. As únicas exceções eram Dohko e Shura que até o momento não tiveram suas condições alteradas.

Manhã do vigésimo terceiro dia em solo de GS. Os dias corriam sem que os cavaleiros dessem conta, devido ao envolvimento na guerra. No palácio, reinava o sentimento de apreensão. Há mais de vinte e quatro horas não tinham noticias de Iskendar. Dara ajudava nas buscas. Mask não poupava esforços e gente para achar o irmão.

O cavaleiro estava na sala de reunião em silêncio.

- Alteza. - Ren surgiu com alguns policiais.

- Tem noticias?

- Infelizmente não, mas estamos fazendo todo o possível. O senhor Sttup também nos auxilia.

- E onde ele está? - indagou Lirya.

- Maris.

- Cada minuto é precioso. - Giovanni começou a andar. - e quanto a S1?

- Estão quietos e isso me preocupa.

- Pedi que a Euroxx permaneça aqui, alteza. - iniciou Marius. - que a Antares fique nas proximidades de Obi, Orion e Eniac e que a Galaxy entre Alaron e Clamp. Esses três últimos planetas estão fragilizados principalmente Eniac.

- A Genesis?

- Aportada em Ikari.

- Fez bem. Coloque todos em alerta máximo.

 

O.o.O.o.O

 

Craig observava com atenção a tela dividida em pequenos quadrados. Em cada, via-se a imagem de um cavaleiro. Depois do seqüestro, os homens de Atena resolveram treinar. Apenas Mu, Shura, Afrodite, Dohko e Shion permaneceram no palácio para segurança.

Deba estava dentro de uma câmara. A temperatura batia a casa de cem graus, mas brasileiro resistia bem.

Em outra, Saga e Kanon treinavam o poder novo. Como era muito recente, na maioria das vezes, o teleporte entre dimensões não funcionava e eles batiam com o corpo contra uma parede.

Aioria estava com os olhos fechados, enquanto sentia a eletricidade percorrer seu corpo. Já estava tão acostumado que parecia ser um evento natural. Aldebaran e ele, eram os que mais estavam com as habilidades desenvolvidas.

Shaka projetava seu espírito para fora do corpo e tentava combater como se estive com o corpo físico. As vezes tinha que controlar seu cosmo, pois sem um corpo para limitá-lo ele aumentava drasticamente de repente.

Depois do evento na sala de reuniões, o poder de Miro não se manifestou. O grego ainda não entendia como ele manifestava, mas decidiu treinar. Poderia fazer a diferença numa batalha.

A sala onde Kamus estava havia congelado por completo. Já conseguia manipular o gelo, fazendo paredes, estacas sem o uso do cosmo, o que era uma grande vantagem.

- Eles são especiais, não acha doutor? - disse Etah, que tinha acompanhado-os.

- Sim. Você usou a vestimenta deles?

- Só o elmo. É muito pesado. O tal cosmo deve influenciar mesmo. Eles vestem como se não fosse nada.

- Marius me contou sobre Ikari. É incrível pensar que os elementares estão mais presentes do que nunca.

- Eu também era um cético mas... agora tenho esperança de vitória.

Os dois voltaram as atenções para a tela.

 

 

O.o.O.o.O

 

Haykan acompanhava a inspeção em algumas naves. Caminhava ao lado de Orrin, quando um soldado apareceu trazendo um objeto.

- Desculpe, senhor. - fez uma mesura. - o que me pediu.

- Ótimo. - pegou o objeto. - continue a inspeção Orrin.

O comandante apenas assentiu, vendo seu governador tomar o rumo de sua sala. Haykan entrou e fechou a porta. Se seus pensamentos estavam corretos, aquela informação não poderia vazar.

Ligou o objeto a sua mesa, vendo aparecer uma tela repleta de informações. A medida que lia o rosto outrora surpreso passava a risonho.

- Ranpur terá uma grande surpresa. - sorriu. 

 

 

O.o.O.o.O

 

Shura estava na varanda do seu quarto, olhando o vai e vem das naves.  Pensava nos ocorridos dos dias anteriores. Mu, Shaka protegeram as pessoas em Ox. Kanon e Deba em Clamp, Dohko em Alaron. Dite e Kamus em Ranpur e ele? Torin havia dito ele tinha um dom, mas será que tinha mesmo? A única coisa de diferente que conseguia fazer era pilotar naves.

- Algum problema Shura?

Ele olhou para o interior.

- Estava pensando no meu "poder". Torin disse que é algo relativo ao metal, mas...me sinto um inútil. Eu não pude ajudar em nada.

- Seu dom vai aparecer, quando for a hora. - Mu parou ao lado dele.

- Assim espero. E o Giovanni?

- Está reunido com os militares.

- Não tiveram nenhuma pista? - indagou surpreso.

- Não. - o ariano balançou a cabeça. - é como se ele tivesse sido apagado. Não descartaram a hipótese dele ter sumido por conta própria.

- E o que senhor Dara acha disso?

- Pouco provável. Ele entrou em contato com sua rede de informantes e ninguém sabe de nada.

- Essa guerra e agora isso. - Shura voltou a atenção para o céu. - só espero que não piore.

- Vamos rezar que não.

O ariano o deixou. O espanhol olhava as naves passarem. Mesmo Mu pedindo paciência não tinha. Talvez seu poder nunca manifestasse. Soltou um suspiro desanimado. Estava tão absorvido em seus pensamentos que não notou que a mesinha de canto tremia.

 

 

O.o.O.o.O

 

Dohko estava mais afastado enquanto Shion conversava com Alisha. A cada sorriso bobo do grande mestre queria gargalhar. O ariano estava completamente apaixonado e estava feliz por ele. Shion merecia.

- Alisha mandou lembranças. - disse colocando o comunicador sobre a mesa.

- Precisava ver sua cara. - zombou.

- Mesmo aqui sou o grande mestre, respeite. - sentou.

- Tudo bem oh senhor grande mestre. - sentou numa cadeira a frente. - vai ficar aqui mesmo?

- Sim. Aiolos será um bom líder.

- Não tenho duvida.  O governo dele será menos careta. - sorriu.

- Dohko...

- E mais moderno. Aposto que vai abolir um monte de leis estúpidas.

- Não são estúpidas. - Shion pegou uma jarra de água. - são necessárias para manter a ordem. - despejou o liquido num copo.

- É um santuário, não uma base do exército. Aposto que até festas serão liberadas.

- Dohko.

- E a primeira será o aniversário de um ano do filho de Shion e Alisha.

Shion engasgou com água e acabou derrubando o copo.

- Hian! - exclamou. - olha aí, quebrou porra!

- O grande mestre falando "porra"? - fez cara de assombrado.

- Vá procurar por algo que possa usar para limpar.

A risos Dohko levantou. Pediria alguém um pano e algo para juntar os cacos.

- Merda. - Shion olhou o corte no dedo.

- Eu precisava de um gravador.

- Idiota...

- Deixe eu ver o corte. - sentou ao lado dele. - não foi tão profundo. Alisha nem vai notar que o príncipe dela machucou.

- Quer parar Dohko?! - ficou vermelho.

O libriano gargalhou. Sob os protestos de Shion, Dohko segurou o punho do ariano e despejou um pouco de água sobre o machucado. Foi algo imperceptível para os dois, mas um pouco da água passou pelos dedos de Dohko e em seguida caiu no ferimento. Este cicatrizou.

- Olha... o senhor bicentenário tem capacidade de cura. - levantou. - vou chamar alguém.

Saiu. Shion nem se mexeu. Olhava atentamente para o dedo. Era como se não tivesse cortado e ele sabia muito bem que não tinha capacidade de cura.

- Como...?

A pergunta se perdeu no ar.

 

O.o.O.o.O

 

Afrodite pensava em como poderia proteger a rainha. O seqüestro de Iskendar poderia ter sido arquitetado, então todo o cuidado com Lirya era pouco. Não se perdoaria se algo acontecesse a ela. Quando a noite chegasse, por precaução colocaria rosas vermelhas na porta do quarto e as azuis na varanda, para impedir a entrada de qualquer invasor.

- Afrodite.

A voz de Hely chamou sua atenção.

- Desculpe. Estava distraído.

- Será que pode vir comigo um segundo? Quero te mostrar um quarto especifico no palácio. Caso haja algo, a rainha ficará em segurança.

- Claro. - olhou ao redor.

Hely andava muito preocupada com a segurança de sua soberana. Ultimamente estava tendo sonhos e sensações esquisitas e por isso mandaram reforçar a segurança de um quarto no palácio. Ele ficava numa região estratégica e agüentaria qualquer batalha no entorno do palácio.

 

 

O.o.O.o.O

 

Giovanni tentava pensar. Onde o irmão estaria?

- Acharam algo? - indagou Shura sentando ao lado dele.

- Nada...

- Olharam as câmeras de segurança do hotel? - jogou essa possibilidade.

- Todas Shura. - respondeu Ren. - Misteriosamente, elas tiveram pane durante quinze minutos. As câmeras do hotel e do entorno.

- Quem tem acesso a isso?

- Apenas o gerente e dono do hotel. Estavam lá na suposta hora do ocorrido.

- O meu irmão esteve no hotel, Shura. - disse Mask fitando-o. - consta nos registros que ele abriu a porta do quarto.

- Mas as imagens feitas antes ou depois da pane mostram ele saindo?

- Esse é o mistério e o grande problema. - Ren sentou em frente a eles. - não há imagens dele nem antes nem depois, mas o príncipe tem o poder de teleporte. Pode ter saído do quarto e ninguém notaria.

O espanhol ficou em silencio. Realmente era um mistério.

- Vamos continuar procurando. - Ren levantou.

- Procure por Dara, ele pode ter noticias. - pediu o italiano.

- Sim alteza.

Shura pensava. Nenhum crime poderia ser perfeito. Mesmo Iskendar querendo se esconder, ele deixaria alguma pista.

- Arong, Alaron ou Sidon. - as palavras saíram.

- O que disse? - Mask o fitou na hora.

- Já pensaram na possibilidade dele ter ido para esses lugares? Arong é seu planeta natal, Alaron onde foi criado e Sidon onde conviveu com Dara.

- Faz sentido... - murmurou o canceriano. - Sidon eu descartaria por causa da guerra, mas Alaron e Arong...

- O trafego aéreo está reduzido. Não há muitas naves entrando e saindo de Ranpur. - disse Ren.

- Pegue todas as naves que chegaram e decolaram naquelas vinte e quatro horas. - pediu Eron. - naves civis e militares. Quero todos os dados, direção, motivo da viagem e quem estava nelas. Faça uma varredura minuciosa.

- Sim alteza.

- Ele saindo por conta própria ou não precisou de uma nave. - rematou Shura.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

Um hadren abriu na região da área trinta e oito. A Nau Hay 2 era maior que sua antecessora em tamanho e capacidade de destruição.

- A Zapyhr seguirá para Lain junto com o restante da tropa. - disse Rihen, aos demais capitãs das outras naves. - nós aguardaremos as tropas de GS se deslocarem para lá para seguirmos nosso destino.

- A arma portada pela Zaphyr está carregada. - um controlador o fitou.

- Ótimo. Partam imediatamente.

As ordens foram cumpridas.

- O fim de Lain está próximo. - comemorou.

 

 

O.o.O.o.O

 

Noah olhava de forma aflita para a Enraiha. A bola azul não parava de brilhar, entretanto não mostrava imagem alguma.

- Isso é normal? - indagou Urara ao lado do conselheiro.

- Não... mas pressinto que algo muito grave irá acontecer. Emita um aviso a todos os planetas.

- Sim senhor.

A diretora saiu, um pouco agoniada. Temia que algo acontecesse a Shaka. Por mais que ele tivesse poder de um elementar, seu corpo era mortal.

O conselheiro estava quase desistindo de ver alguma coisa, quando viu a imagem de um planeta azul envolvido por uma mancha negra. Planetas naquela coloração eram muitos principalmente Obi, Eike, Lain e Eniac.

- Algo vai acontecer há algum deles... mas qual?

 

 

O.o.O.o.O

 

Dara estava nervoso. Nem com seus anos de governador de Sidon conseguira alguma pista do paradeiro de Iskendar. Sentia-se um fracassado por não ter conseguido protegê-lo. Agora ele estava a mercê dos inimigos. A passos duros entrou na sala de reunião do palácio de Ranpur. Encontrou o príncipe junto com Shura e Marius.

- Alteza. - reverenciou.

- Espero que tenha tido mais sucesso.

- Infelizmente. - cerrou o punho. - não há sinal dele. Me perdoe, não pude proteger seu irmão.

- Não se sinta culpado. - Mask deu um sorriso fraco. - a culpa é exclusivamente minha. Primeiro por ter brigado e depois não colocar homens suficientes na cola dele.

- A responsabilidade não é sua alteza. - disse Marius. - nem sua Dara.

- Alteza. - Ren entrou bruscamente acompanhado por Beatrice. - aqui está a lista de todos os pousos e decolagem do dia.

- Ótimo. Cada um pega um período. - distribuiu as tarefas. - levantem todos os dados. - Mask explicou para Dara a ideia de Shura.

Cerca de meia hora depois, não havia nada de anormal. A maioria do tráfico pertencia a naves militares. Ainda mais que naquele dia houvera combates.

Shura olhava a tela do computador. Não havia nada suspeito, até que...

- O que é USSE? - fitou os demais.

- É uma nave oficial de Eike. - disse Beatrice. - para ser mais precisa, é da policia de Eike.

- Mas o senhor Simon não veio para cá, ou qualquer outro membro do governo. - disse Mask.

- Nem o alto escalão da policia. - Ren fitou os demais. - elas são usadas apenas para transporte ou em ultimo caso para guerras, mas naquele dia, tivemos poucas naves de Eike.

- Posso ver? - Marius pegou a tela. - apenas por meia hora? - estranhou. - Depois de meia hora aqui ela retornou para Eike.

- Qual o horário? - indagou Shura.

Marius respondeu, mostrando a todos a tela. Shura e Mask trocaram olhares. Coincidia com o horário que as câmeras do hotel deram pane.

- Ren, descubra o nome do piloto e sua localização.

O superintendente jogou os dados.

- Está em Eike agora.

Shura e Mask levantaram na hora.

- Estamos indo para Eike. - disse Mask. - mande um aviso para o presidente e peça que vigie esse cara, mas sem levantar suspeitas. Eu quero vê-lo.

- Vou providenciar agora mesmo. Vou comunicar ao capitão Evans...

- Iremos numa nave pequena. - a voz cortou-o. - a Euroxx ficará aqui caso aconteça algo, além do mais não quero contingente de policiais. Vou fazer do meu jeito.

- Mas é perigo alteza. - disse Marius. - não podemos arriscar a sua vida.

- Não se preocupe chanceler. Shura e eu daremos conta do recado. Mantenha naves de prontidão caso seja necessário.

- Irei com vocês. - prontificou Dara. - minha nave é discreta.

- Tudo bem. - olhou para os demais. - nenhuma palavra a ninguém de onde iremos. Se minha mãe perguntar, diga que estou na sede do governo. - fitou Marius.

- Sim alteza.

E assim fizeram.

 

 

O.o.O.o.O

 

Lain, juntamente com Eike e Maris eram um dos únicos planetas que ainda não haviam sido atacados por S1. Talvez por ser um planeta essencialmente agrícola não era de interesse de Haykan. Na sede do governo, na capital Nauty, o chanceler Radesh relia os relatórios sobre a produção de alimentos. Lain era responsável por mais da metade do abastecimento e em tempos de guerra, a produção deveria ser muito bem remanejada.

A estação orbital de Lain estava reforçada e uma barreira em torno do planeta fazia a proteção.

Tudo estava tranqüilo, quando um policial vigilante soou o aviso. Uma grande esquadra de S1 se aproximava.

Não demorou muito para o aviso também chegar a Ranpur.

- Majestade. - Hely entrou na sala de reunião. - recebemos um aviso de Lain.

- Até lá... - murmurou.

- Envie nossas tropas imediatamente. - pediu Marius. - solicite a Evans que leve a Euroxx.

- A Galaxy está nos arredores de Alaron. - disse Ren.

- E meu filho? - indagou a rainha.

- Está na sede do governo reunido com alguns ministros. - o chanceler disse rapidamente.

- Dê a ordem para a Euroxx seguir para Lain. - olhou para Hely. - reforce a segurança na sede do governo.

- Sim majestade.

Shion e Dohko que estavam perto dali viram a movimentação.

- O que aconteceu Hely? - indagou o libriano.

- Lain está na iminência de ser atacado.

- E o Giovanni?

- Está ocupado. - disse Shion. Mask havia contado-o sobre a possível descoberta do paradeiro de Iskendar. - Os meus subordinados ainda estão em treinamento?

- Sim.

Shion chamou por cosmo Afrodite e Mu. A este ultimo pediu que trouxesse os cavaleiros através do teleporte. Com essa habilidade bem desenvolvida, o ariano não teve dificuldades para trazer o grupo.

- Aconteceu alguma coisa mestre? - indagou Aioria.

- Mais um planeta está sendo atacado. Dohko, Aldebaran, Aioria e Shaka quero que sigam para lá.

- Sim. - respondeu os quatro.

- E quanto a nós?

- Pode ter mais ataques, então por enquanto permaneçam aqui. Afrodite não saia de perto da rainha.

- Tudo bem.

 

O.o.O.o.O

 

A viagem até Eike foi feita em silencio. Assim que chegaram, Dara conduziu sua nave para o local apontado pela investigação. A nave pousou nos arredores de Imega. Sem levantar alarmes, os três seguiram para uma área residencial da cidade. Mask tampava um pouco o rosto para não ser reconhecido. Os três param perto de uma pequena casa, que ficava no final de rua. Por causa da guerra, era pouco o movimento.

- E agora alteza? – indagou Dara.

- Shura. – Mask o fitou.

O espanhol afastou-se. Mask deu um passo para trás para se esconder um pouco mais.

- Shura foi ver se ele está sozinho. – cruzou os braços sobre o peito. – não quero testemunhas tão pouco envolver pessoas inocentes.

Shura circundou a casa na velocidade do som e voltou para onde estavam os outros dois.

- Ele está sozinho. Está na sala.

- Sinais do meu irmão?

- Aparentemente não.

- Vamos.

Aproximaram da casa, Mask não teve cerimônia, derrubou a porta e antes que homem percebesse estava sendo segurado por Shura.

- Quem são vocês? O que querem? - ele tentava se soltar.

- Não precisa saber quem somos, apenas responda. - o italiano parou na frente dele.

O homem o fitou. Nos primeiros segundos não o reconheceu, contudo...

- Alteza?

- Comece a falar. - Mask segurou o pescoço dele. - cadê o meu irmão?

- O que?! - tentava respirar. - eu não sei do que fala.

- Não minta! - apertou mais forte. - esteve em Ranpur um dia atrás. O que foi fazer lá?

- Eu... - gaguejou.

- É melhor falar senhor Darick. - disse Dara. - sua situação já está complicada por usar a nave do governo para motivos particulares e irá complicar ainda mais pois pode está envolvido com o desaparecimento do príncipe Iskendar.

- Eu não fiz nada. Eu juro.

- Fale! - Mask começava a perder a paciência e Shura tinha ciência.

- Fale de uma vez. - o espanhol apertou mais forte o braço de Darick.

- Eu precisava de grana. Eu trabalho para o governo de Eike, mas faço serviços extras. - tentava falar e respirar. Por conta disso Mask  soltou o pescoço. - Fui contratado para buscar um grupo de pessoas em Ranpur. Me deram um endereço e um horário para está lá.

- Quem você transportou? - indagou Dara.

- Eu não sei. Um dos acordos era não saber a identidade das pessoas. Na hora marcada, recebi um comunicado para abrir o hangar e vendar os olhos. Depois de cinco minutos foi liberado da venda. Eu não faço ideia de quem eram, mas por pedir privacidade supôs ser alguém do alto escalão... ainda mais nesse período de guerras.

Dara e Mask trocaram olhares.

- Quem o contratou?

Darick ficou em silencio. O contratante tinha sido bem explicito na ordem, qualquer palavra poderia ocasionar em sua morte.

- Prefere ser fiel a seu contratante, ou ao príncipe de GS? - Mask foi bem incisivo na frase. - deve ter assistido o meu pronunciamento na sede. Se um diretor não tive problemas em matar o que dirá de um misero piloto.

Darick ficou palido. Além das palavras, a expressão do príncipe era demoníaca.

- Iesa. Fui contratado por uma terceira pessoa, mas quem passava as ordens se chamava Iesa. Não faço ideia de quem seja, eu juro.

- O auxiliar de Serioja. - disse Dara. Por que não tinha pensado nele?

- Onde podemos encontrá-lo? - indagou o canceriano ao eiji.

- Isso é fácil. O problema é saber se Serioja ainda está em Eike. Ele anda sumido, mas se encontrarmos Iesa será meio caminho andado.

- Alteza, é tudo que sei. Eu juro que não estou envolvido nisso.

- Espero realmente que não.

Mask fez um sinal para Shura. O capricorniano soltou o rapaz, mas um segundo depois o golpeou na nuca. Darick desmaiou.

- Até acordar já teremos encontrado os dois. Vamos.

 

O.o.O.o.O

 

 

Sttup recebia com preocupação o aviso do ataque em Lain. Emitiu para toda a galáxia um alerta para possíveis novos ataques. Ordenou que tropas fossem levadas para os principais planetas de GS.

- Presidente! - um policial entrou de repente na sala.

- O que foi?

- Uma esquadra se dirige para cá.

- Contate o chanceler imediatamente. Quantas naves?

O policial ficou em silencio por alguns instantes.

- São poucas, mas...

- Mas...?

- Há uma grande nave, presume ser que seja semelhante a Nau1.

O rosto dele ficou tenso.

Ao mesmo tempo, o sinal de ataque chegou ao governo de Eike.

O chanceler era levado para uma base subterrânea.

- Qual o contingente? - Simon olhou para um dos coronéis.

- Mais de cem naves.A esquadra não é grande, mas...

- Envie um comunicado a Ranpur e Clamp. Solicite que a Galaxy seja deslocada para cá imediatamente. Emita um alerta a todas as cidades.

Em Ranpur, Dohko e os demais tinham embarcado rumo a Lain. Shion estava preocupado pois não sabia se Alaron poderia ser um alvo. Já Niive tinha entrado em contato dizendo que nas áreas próximas a Clamp tudo estava calmo.

- E o Eron? - indagou a rainha pela segunda vez.

- Shura está com ele majestade. - Shion tentava tranqüilizá-la. - a sede do governo é bem segura.

- Já contaram a ele sobre o ataque?

- Sim. - respondeu Marius. - em breve ele estará aqui.

O comunicador de Hely começou a tocar. Ela atendeu trocando rápidas palavras.

- Eike e Maris estão na mira.

Beatrice temeu por seu planeta.

- Miro e Kamus vão para Eike. Saga e Kanon para Maris.

Ren deixava as ultimas ordens com seus subordinados para que garantissem que Ranpur fosse protegida.

- Sua mãe deve está muito orgulhosa. - Marius aproximou depositando as mãos nos ombros do filho. - eu também estou.

- Tento fazer o meu melhor. - sorriu.

- Tome cuidado.

- Pode deixar pai. - o abraçou. - cuide de tudo.

- Até a volta.

 

O.o.O.o.O

 

Iesa estava no apartamento de Serioja. Através de um assessor recebia as ultimas noticias. O seqüestro de Iskendar ainda não tinha sido divulgado, o que levava a crer que Ranpur queria silêncio nas investigações.

O auxiliar, reunia documentos e tudo que pudesse ser usado como prova contra si mesmo e de seu senhor. Achava a ideia do seqüestro de Serioja arriscada demais, mas não poderia ir contra as ordens dele. Quando tudo tivesse consumado, sumiria, indo para um planeta remoto da galáxia.

Seus pensamentos foram quebrados por um estrondo. Imediatamente pegou uma arma, apontando para a porta do escritório.

- Senhor Iesa.

O auxiliar abaixou a arma ao identificar a voz de seu empregado.

- Entre.

Tudo que Iesa viu, foi seu empregado sendo jogado no chão.

- Você melhorou. - disse Shura olhando para Mask. - pensei que fosse matá-lo.

- É um rato. Só cumpre ordens.

Iesa empalideceu ao ver o príncipe Tempestta na sua frente.

- Eron...!?!

- Não adianta fugir ou tentar algo. Ele escapou mas você pode ter um fim diferente.

- Eu não entendo.. - assumiu a defensiva. - não esperava a visita de vossa alteza. O senhor Serioja nem me avisou.

- Cadê o seu patrão?

- Viajando. - respondeu rápido. - retirou-se para um planeta junto com seus familiares. A guerra... - parou de falar, ao ter Shura atrás de si.

- Comece a falar Iesa, será melhor para você. - disse Dara. - já sabemos que Serioja está envolvido no sumiço do príncipe.

- Não podem acusar o meu senhor. É uma injustiça.

Mask levou a mão ao bolso, tirando um maço de cigarro. Pregueou, pois havia só mais três cigarros. Sem problema algum acendeu, deixando Dara e Iesa perplexos.

- Está vendo algum policial aqui senhor Iesa? - indagou depois de tragar.

- Não.

- Advogado ou alguém ligado ao governo de Eike, Yumeria ou alguém do conselho?

- Não.

- Não se esqueça de uma coisa senhor Iesa... minha galáxia, minhas regras.

- Não pode agir de forma arbitrária.

- Posso e vou. Não vai querer experimentar vai? - com o cigarro na boca caminhou até ele. - sabe voar? - apontou para a janela.

Iesa engoliu seco. Sabia dos atos poucos ortodoxos do príncipe e por mais leal que fosse ao seu senhor, sua vida era mais importante. Antes um covarde vivo do que um leal morto.

- Se eu contar tudo, promete que não vai me matar?

- Tem a palavra de um Tempestta. Diga.

- Serioja está por trás de tudo. Desde de seu acidente em Ikari, até o seqüestro do seu meio irmão.

- Então foi ele que ordenou o ataque a nave do príncipe em Ikari? - indagou Shura.

- Sim. Serioja sempre teve o respaldo de alguns conselheiros contrários aos Tempesttas, mas devido a falhas perdeu suas alianças. Sua ultima cartada seria com Iskendar.

- E onde eles estão? - Dara quase pulou em cima dele.

O auxiliar ficou em silencio.

- Fale Iesa. - a voz de Mask saiu fria.

- Dypoá. Fica na área cento e seis, região sudeste de GS. É bem próximo a S1 e da zona dos buracos negros.

- E o que ele pensa em fazer com meu irmão?

- Ele não me disse, mas seria chantageá-lo com você, ou entregá-lo a S1.

O canceriano ficou em silêncio pensando.

- Dara, comunique a Ren a prisão de Iesa, no mais absoluto sigilo. Leve-o.

- O que pensa em fazer?

- Buscar o meu irmão. Shura e eu seguiremos para Dypoá. Nem uma palavra a alguém sobre nosso destino.

- Vão sozinhos? - o eiji ficou pasmo. - pode ser arriscado. Além do mais tem a guerra.

- Serioja está bem protegido, não vão conseguir. - disse Iesa.

- Shura e eu somos mais que suficientes nessa missão. Serioja não mexeu com príncipe Eron Tempestta, senhor Iesa. - deu um sorriso vil. - Mexeu com o Mascara da Morte de Câncer.

Por sorte, os dois cavaleiros saíram do planeta sem serem vistos pela frota que aproximava.

 

 

 

O.o.O.o.O

 

A batalha na orbita de Lain estava acalorada. O sistema de defesa do planeta estava conseguindo conter a esquadra de S1. A barreira protetora repelia qualquer nave inimiga que se aproximasse. Contudo, a Zaphyr usou sua mais poderosa arma de ataque, levando a barreira a destruição. Em seguida ela desapareceu dos radares...

Em Nauty e grandes cidades de Lain, a população estava sendo levada para os abrigos subterrâneos.

A Euroxx surgiu no espaço e os cavaleiros foram conduzidos para o planeta em pequenas naves. Sem detectar a Zaphyr, a Euroxx retornou, pois as naves de GS seriam suficientes para parar o ataque e somado a isso, Ranpur estava desprotegido.

- Fico feliz que tenham vindo. - disse Radesh ao ver os cavaleiros.

- Em que podemos ser útil senhor? - indagou Shaka.

- Deter as naves. Detectamos uma grande nave nos arredores, mas ela sumiu.

- De certo foi atacar outro lugar. - disse Aioria. - vamos destruir as restantes.

Dohko e os demais foram levados, cada um para uma região.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

A tropa liderada por Rihen estava nas proximidades de Maris. O ex presidente havia ordenado um primeiro ataque, antes da Nau mostra-se a eles. Da cabine, acompanhava a batalha.

- Senhor.

- Relatório da situação.

- A barreira que envolvia Lain foi destruída. A Zaphy está aguardando o momento de agir. Em Eike, nossas tropas já começaram a invasão. Recebemos informações que a Galaxy está dirigindo para lá.

- E as demais?

- Antares está em Obi, Euroxx segue para Ranpur e sem informações sobre a Genesis.

- Bom... - murmurou. - em breve faremos nossa estréia.

Enquanto isso, Kamus, Miro, Saga e Kanon seguiam para os respectivos planetas.

 

 

O.o.O.o.O

 

As naves não eram muitas, mas o poder de destruição delas era enorme. Aldebaran olhava a cidade de Ciath parcialmente destruída.

- Mexeram com a pessoa errada.

O taurino, portanto sua armadura, pulou sobre uma nave disparando uma rajada de cosmo. As demais começaram a atirar nele. Rapidamente ascendeu seu cosmo, usando o grande chifre. Várias foram destruídas. Uma nave de Lain parou sobre ele. Um piloto saltou.

- O senhor é o enviado pelo senhor Radesh?

- Sim. - respondeu o brasileiro.

- Precisamos de ajuda na usina de gás. Se os motores aquecerem podem provocar explosões.

- Me leve até lá.

Numa região próxima, Dohko abatia as naves. Achava estranho, o ataque não ser tão poderoso como o de Alaron.

- Isso está fácil demais... - murmurou.

- Senhor Dohko. - chamou uma policial. Ela foi designada para guiá-lo na cidade. - a cidade foi evacuada.

- E as naves?

- Nossas tropas estão conseguindo detê-las.

O libriano não tinha um bom pressentimento quanto aquilo.

- Vamos continuar.

Aioria usava ora seu cosmo, ora seu poder elétrico para derrubar as naves.  Estava surpreso com seu progresso, já que não tinha entrado em batalha desde o incidente em Orion. Aquela região estava praticamente recuperada por GS.

- Pensei que fosse mais difícil.

Shaka usou os ensinamentos de Dohko para a destruição das naves. Felizmente na capital tudo estava sobre controle.

- Todos estão a salvo? - indagou o indiano assim que entrou na sede do governo.

- Sim. Os ataques estão sendo contidos. Poucas naves restaram. Tivemos sorte. - disse Radesh.

O indiano diria algo, quando a mente foi invadida por uma imagem. Viu um tornado no centro da cidade.

- Shaka?

- Desculpe. Me distraí por segundos.

Há milhares de quilômetros dali, Rihen abriu uma comunicação com a Zaphyr.

- Lancem o primeiro ataque.

A nave de S1 começou a se mover, mas sem abaixar sua barreira de proteção. Quando se posicionou perto do planeta. O processo de acumulo de energia durou poucos segundos. No centro da nave surgiu uma grande bola de energia azul. Quando ela atingiu certo tamanho foi lançada como uma bola de canhão.

Os cavaleiros e os demais presentes apenas viram um raio azul dividir-se em três. Cada um atingiu uma área diferente.

Primeiro o ar expandiu-se de forma violenta e a explosão foi em cadeia, propagando-se como uma onda feita de fogo. Tudo que estava no raio dela era dizimado. Com a força da explosão, todos foram ao chão...

Aldebaran tirou alguns escombros sobre ele. Quando olhou ao redor, ficou pálido. Aquela área tinha sido completamente devastada.

- Que destruição... 

Procurou pelo rapaz que estava com ele. Encontrou-o no meio das pedras. Estava machucado, mas nada que fosse grave.

- Você está bem? - tirou algumas pedras de cima dele.

- Sim... a usina! - exclamou desesperado.

Deba voltou a atenção para ela. O fogo atingia algumas partes.

- Nós temos que desligá-la.

- Como assim? E já explodiu.

- A explosão é o menor dos problemas. Temos um sistema de gás que passa abaixo do solo. Uma das tubulações passa perto do abrigo subterrâneo. A estrutura é forte, mas pode entrar em colapso.

- É só desligar?

- Sim. Com o sistema parado as bombas param de enviar o gás. Não só o abrigo corre perigo, a superfície também.

- Procure por sobreviventes e saia daqui. Eu dou um jeito.

- Mas não pode entrar sem proteção... - fitou a armadura. - ainda mais com metal...

- Não se preocupe com isso. Busque por ajuda.

Deba saiu correndo em direção a usina. A medida que aproximava já sentia o cheiro forte de gás. Aquilo poderia explodir a qualquer momento e matar o restante dos sobreviventes da superfície.

- Maldito povo de S1. - cerrou o punho.

Tendo que derrubar algumas estruturas, o taurino conseguiu entrar no pátio. Procurou por vitimas, mas não encontrou. Quando deu um passo, sentiu algo atingir suas costas, levando- ao chão.

O ferimento não tinha sido grave, devido a proteção da armadura, mas... ele ergueu-se rapidamente, dando de cara com uma nave de S1.

- Sumam daqui malditos. - elevou seu cosmo. - grande chifre!

O ataque partiu em direção a nave que não parou de atirar, entretanto a energia a atingiu em cheio fazendo-a explodir.

Depois de ver os pedaços caindo do céu, ele continuou seu caminho. Conseguiu entrar nas dependências, encontrando algumas pessoas no chão. Umas estavam mortas e outras inconscientes por causa do gás. As vivas levou-as para o pátio e depois voltou.

As luzes piscavam como se fossem acabar a qualquer minuto. Deba sentiu o aumento da temperatura e do cheiro de gás. A armadura começou a esquentar.

- Que droga.

Continuou o trajeto.

 

 

xxxxxx

 

O escudo de libra tinha cumprido seu papel, protegendo o libriano e algumas pessoas da onda de choque.

- O que foi isso?

- Alguma nave deve ter restado. - disse a policial.

- Vamos sair daqui antes que ela venha.

Os passos foram interrompidos por um forte estrondo. As atenções voltaram para as montanhas que ficavam na região sul do local.

- São naves. - disse Dohko.

- Oh não! - exclamou um dos sobreviventes. - a represa...

- Vai inundar tudo... - disse outro.

- Tire o maior numero de pessoas daqui, vou tentar detê-los.

- Como? - indagou a policial.

- Apenas confie.

Dohko não rendeu partindo na velocidade da luz para o local. Aquele era um dos maiores reservatórios de água de Lain, responsável por abastecer muitas cidades. A grande quantidade de água era barrada por uma parede de concreto com dezenas de metros de altura e largura. Duas naves de S1 faziam o serviço de destruí-la.

- Parecem insetos... - concentrou sua cosmo energia. - cólera do dragão!

O ataque de Dohko surtiu efeito.

Ele voltou a atenção para a barragem. Estava trincada em vários pontos e a água já escapava por eles.

- E agora?

Teve uma idéia. Não muito longe dali, havia um vale. Se conseguisse canalizar a água até lá poderia aliviar o fluxo da barragem.

- Os punhos dos cavaleiros rasgam o céu e seus pés abrem fendas na terra? - sorriu. - já que não temos o Shura...

O libriano acumulou seu cosmo no punho e acertou o solo. A terra tremeu, para em seguida rachar. Contudo esse movimento fez mais trincas aparecerem na parede.

- Terei que medir minha força.

 

xxxxxx

 

Logo após o choque do raio azul, Aioria e outros sobreviventes saíram do esconderijo.

- É melhor irmos para outro local. - disse o leonino.

O grupo composto por dez pessoas corria por entre os escombros dos prédios destruídos.  Aparentemente as naves inimigas tinham sido abatidas ou recuadas.

- Uma nave! - gritou um menino apontando para o horizonte.

Rapidamente o cavaleiro se pôs na frente do grupo.

- Saiam daqui!

Eles tomaram a direita. Aioria esperou a nave aproximar, mas ficou receoso quando viu que não era só uma. Começou a elevar seu cosmo. Quando uma passou por ele, atingiu-a com uma rajada de cosmo. As outras começaram a atirar...

Por ser a sede do governo, o prédio sobreviveu ao ataque. As pessoas feridas eram levadas para o subsolo, enquanto os combatentes preparavam um novo ataque. Desde a visão de minutos atrás Shaka não estava com um bom pressentimento.

- Chanceler! - uma policial se apresentou. - naves inimigas surgiram na zona leste.

- Tem noticias das outras cidades?

- Ainda não.

Shaka pensou nos amigos.

Em orbita, enquanto as naves menores eram chamadas de volta, a Zaphyr recebeu a ordem para dar o ataque final. Em poucos minutos ela entraria na atmosfera de Lain.

Aioria usava sua energia para abater as naves.

- Não acabam. - disse olhando para o céu.

Subitamente sentiu seu corpo energizar, as correntes elétricas simplesmente saltavam do seu corpo. Não pensou duas vezes. Se potencializasse sua força poderia destruir muitas de uma vez. Concentrou-se. As descargas elétricas aumentaram exponencialmente.

- "O que acontece se eu soltar o meu golpe usando essa energia?" - pensou envolto numa luz brilhante.

Acumulou o máximo que pode. Os raios já atingiam os arredores, destruindo tudo que tocava. Uma grande bola de luz prateada circundou-o e dentro dela os raios saltavam.

- Relâmpago de Plasma!

Ele liberou toda aquela tensão, que atingiu metros de distância e altura. As naves foram atingidas tendo seus controles, entrando em curto circuito.  A intensidade fora tanta que danificou todos os equipamentos eletrônicos num raio de quilômetros, além de propagar vários focos de incêndio, felizmente aquela área estava evacuada.

- É um poder destruidor. - olhou para a mão. Pequenos raios saltavam de um dedo para o outro. - ainda mais combinado com o cosmo.

Há alguns quilômetros dali, as luzes do prédio do governo piscaram, assim como os equipamentos.

- Estamos sofrendo interferência senhor.

- S1?

- Não. O evento ocorreu na zona leste.

- Aioria! - exclamou Shaka.

Usou a velocidade da luz indo para onde sentiu o cosmo do leonino. Quando chegou ao local ficou surpreso com a destruição.

- Aioria?

- Foi necessário. - defendeu-se.

O virginiano aproximou, mas recuou ao levar um choque.

- Desculpe. - pediu o grego.

- Esse seu novo poder é surpreendente.

- E ainda não o domino cem por cento. Como está o chanceler e os demais?

- Bem. Parece que as forças de S1 recuaram, o senhor Radesh está contabilizando os danos materiais e humanos.

- Vamos procurar por Dohko e Deba.

Mal acabaram de falar ouviram um ruído. Olharam para o céu, vendo uma grande nave pairar sobre os céus de Nauty.

 

O.o.O.o.O

 

 

Kamus e Miro ficaram impressionados com a batalha que ocorria na orbita de Eike. Passando por entre as naves amigas e inimigas, eles foram conduzidos para o interior do planeta, indo para a sede do governo.

- Que bom que vieram. - disse Simon.

- Como podemos ajudar? - indagou Kamus.

- Estamos evacuando as cidades. Nossas tropas estão segurando o máximo que podem as naves de S1, mas creio que em pouco tempo elas estarão aqui. Preciso que nos ajude a salvar as pessoas enquanto derrubamos as que chegarem aqui.

- Faremos isso. - disse Miro.

De posse das armaduras os dois cavaleiros foram para a porta da sede.

- Talvez seja melhor nos separar. - sugeriu o francês.

- Tudo bem. Não vá morrer. - disse Miro. - não terei pudor em ficar com a Bia. - brincou.

Kamus apenas levantou o dedo do meio para o amigo. Os dois separaram.

O cavaleiro de aquário foi para o alto de um prédio para avaliar a situação. A quantidade de naves ainda era pequena, mas já provocavam estragos. Voltou a superfície.

- "Primeiro preciso proteger as entradas dos abrigos." - pensou, sabendo que em torno de si havia quatro deles.

Usando a velocidade da luz, o aquariano parou de frente a um.

- Pó de diamante!

Disparou no entorno da entrada, quando a energia  solidificou começou a fazer movimentos usando as mãos de baixo para cima. O gelo começou a subir e tomar formas pontiagudas. Fez o processo até o prédio ser coberto. Aquilo seguraria os ataques por algum tempo. Foi para os outros abrigos.

Miro, resolveu posicionar em cima de um arranha céu.

- Preciso tornar a agulha escarlate mais eficiente.... - murmurou. Relembrou da aulas de mecânica de naves, percebendo que tinha que acertar em alvos específicos.

O grego tomou posição, elevando seu cosmo. O brilho dourado chamou a atenção das naves inimigas.

- Agulha Escarlate!

Três agulhas foram em direção a uma das naves. Os tiros atingiram o compartimento de energia fazendo-a explodir.

- Isso vai ser divertido.

 

O.o.O.o.O

 

 

Saga e Kanon acompanhavam o relatório das batalhas em Maris. Um grande contingente de S1 atacava ferozmente. Quando a nave deles saiu de um hadren, viram dezenas de raios azuis irem contra as naves de GS.

- Espero que tenham aprendido nas aulas. - disse Ren.

A nave fez uma manobra evasiva e entrou no planeta indo diretamente para a academia de policia. Eles foram recepcionados pelo presidente Sttup e pelo chanceler Rodhes.

- Fico feliz em vê-los. E Eron?

- Quando saímos ele não estava lá. - disse Saga. - em que podemos ajudar?

- Venham comigo.

Os três foram levados para uma sala que ficava a vários metros abaixo da terra. Era de onde Sttup comandava o contra ataque e outras ações da galáxia. Kanon e Saga olhavam o vai e vem das pessoas e as dezenas de telas espalhadas pela sala.

- Nossas tropas serão suficientes presidente? - indagou Ren.

- Eike e Lain estão sendo atacados. Requisitamos a vinda da Galaxy, já que a Antares está em Obi. Temos condições de pará-los mas...

- Mas... - murmurou o marina.

- Vejam isso. - ele tocou numa tela ampliando a projeção da orbita do planeta. - estamos detectando um sinal sutil dessa região. - apontou. - não tem nada no radar, mas sinto que há.

- A capital foi evacuada?

- Oitenta por cento. - respondeu Rodhes para Saga.

- Vamos ajudar no restante. - disse Kanon.

Os dois foram levados para o exterior da construção, ficando no telhado.

- Podemos usar aquele nosso golpe novo? - indagou Kanon.

- Vamos usar aos poucos. Precisamos tirar todos os civis, depois veremos nossas ações.

Os dois dividiram-se.

Os combates em Maris pareciam controlados. As naves de GS faziam frente as de S1 e os cavaleiros estavam se saindo bem no resgate dos demais civis. Quando terminaram voltaram para a academia.

- Presidente. - um policial parou a pouco dele. - recebemos uma comunicação da Galaxy. Ela está indo para Eike.

- Eles estão menos protegidos... - disse Rodhes.

Sttup por sua vez pensou em solicitar ajuda a nave.

- Ao que parece o ataque maior seria em Lain. - disse Ren. - nossas tropas estão ganhando.

- Eu não teria tanta certeza.

A fala de Sttup chamou a atenção de todos.

- Como assim senhor? - indagou Kanon.

- Os ataques de S1 são bem organizados e com alvos definidos. Eniac está fora de combate. A sede da polícia foi destruída. Alaron, Clamp e Orion parcialmente destruídos. Obi e Ranpur com danos. Lain parece ser o alvo principal, o que resta Maris e Eike. Se não for agora, nós seremos os próximos. - fez uma pausa. - Ren, envie um pedido a capitã Dianeira, deixe a Genesis avisada.

- A Genesis? - Rodhes ficou surpreso.

- Precisamos ficar preparados para uma evacuação. Ligue para Simon, veja a situação em Eike, se estiverem melhor do que nós, peça a Kopal que venha para cá.

Há quatrocentos mil quilômetros dali...

Rihen recebia a informação que a Zaphyr preparava-se para atacar  Lain. Tudo estava seguindo como o plano de Haykan. O ex-presidente levantou de sua cadeira, mirando o planeta azul escuro a frente.

- Disparem o primeiro torpedo. Assim que dispararem baixem os escudos.

A ordem foi emitida.

Na academia... os sinais começaram a apitar.

- Senhor, estamos detectando uma grande quantidade de energia na região EOM 64X.

- Mostre a área.

Não havia nada na tela, o que deixava o presidente apreensivo.

- Pode ser um hadren?

- Não Ren. - o presidente não tirou o olho da tela. - não creio que...

Todos na sala viram um ponto azulado surgir na tela.

- Toquem as sirenes! - gritou o presidente! - digam para as naves se afastarem desse local agora!

Ficaram assustados com o grito e era tarde para fazer algo. Viram o ponto azulado aumentar de tamanho e um raio azul partir dele. A velocidade foi imensa. O raio ultrapassou a atmosfera de Maris chegando ao espaço aéreo de Altamira, a capital. Quando o raio tocou o solo, tudo que sentiram foram um forte tremor...

A explosão propagou-se por raios de quilômetros destruindo tudo que tocava. Na sala as luzes piscaram muitas vezes e as telas apagaram.

- Relatórios de danos! - exigiu o presidente. - quero imagens da cidade e do ponto 64, agora!

Os agentes imediatamente tentaram as imagens. Ren, num canto, estava em silencio. Estavam a metros abaixo do solo e mesmo assim sentiram o impacto. Somente uma nave de grande porte poderia ter um poder destrutivo daquele.

- Foi uma nave. - a voz saiu alta.

- Nave? - Kanon aproximou.

- Sim. Isso foi um torpedo anti-matéria. Só grandes naves conseguem transportar esse tipo de arma.

Quando Saga ia perguntar algo, as telas voltaram a acender. As primeiras imagens chocaram todos.

Parte de Altamira tinha virado cinza. O poder tinha sido tanto que afetou a construção da academia que ficava cinco quilômetros da zona de impacto.

- Que destruição.... - murmurou o chanceler.

- Mostre o ponto 64. - a voz de Sttup saiu fria.

O satélite foi direcionado para aquele local. A sala ficou num profundo silêncio ao verem uma nave no formato de uma pirâmide invertida de quilômetros de altura e largura. O emblema de S1 estava bem exposto.

- Estamos recebendo uma comunicação, senhor.

- Abra.

A imagem de Rihen se fez.

- Era de se esperar que o almirante Sttup estivesse a salvo.

- Rihen...

- Como pôde ver, nosso poder de destruição é no mínimo isso. Sou o capitão da Nau Hay 2 e temos mais dois torpedos dessa magnitude. Espero que haja sabiamente e se renda. Você não quer que aconteça algo como irá acontecer em Lain ou quer?

Os cavaleiros temeram por seus amigos.

- Nunca! - gritou Ren. - não vamos perder para um traidor!

- Tem maior habilidade com as palavras do que Marius. - sorriu.

- Você pagará com a vida a sua traição Rihen. - disse Rodhes.

- Será? - Voltou a atenção para Sttup. - terão prazo para pensar.

Desligou. Na sala todos olharam para o presidente.

- Dimensões.

- Fomos atingidos por um torpedo 1,0 kg de anti matéria, e eles tem mais dois. Área total de 23 quilômetros. - um policial fazia os cálculos. - com base na outra nau, eles têm torpedos Tbomba, conseguem trafegar por hadrens e escudos.

- E comparação com a Antares? - perguntou apenas para ter certeza, já que aqueles dados indicavam que era uma nave poderosa.

- Igual ou superior a Antares.

- Quero um contra ataque. Envie um pedido de ajuda a Galaxy, Euroxx e Genesis. Contate também a diretora Urara e passe todas as informações sobre essa nave.

Na Nau 2, Rihen tomou o seu lugar.

- Liguem os escudos protetores.

- Eles vão atacar?

- Sttup não é homem de se render. Faremos como ele quer. Quando estiverem destruídos entraremos no planeta. Nosso objetivo é destruir por completo a academia da policia.

- Senhor. - um militar bateu continência. - pegamos o sinal da Galaxy. Ela está a caminho.

- Ótimo. Vamos aproveitar e destruí-la.

Todas as tropas foram mobilizadas para o grande contra ataque.  Ren guiaria uma tropa.

- Eu sei pilotar. - disse Kanon.

- Será mais útil se ficar e proteger o senhor Sttup. - respondeu o policial. - ele é muito importante para nós. Assim como o chanceler. - olhou para o homem.

- Antes de chanceler, sou um piloto. Meu lugar é lá em cima, protegendo meu povo. Cuidem do Sttup.

- Faremos isso. - falou Saga. - boa sorte.

As naves partiram em direção ao combate. Sttup acompanhava a movimentação. Sentia-se mal pois empurrava aquelas pessoas para a morte.

- Senhor.

Ele olhou para trás deparando com Kanon e Saga usando as tais armaduras. Esperava que a chegada deles fossem um prenuncio que a sorte estava do lado de GS.

As naves ganharam o espaço orbital de Maris. Elas posicionaram uma ao lado da outra fazendo uma grande parede de contenção. A Nau 2 estava parada.

- Pilotos. - a voz de Rodhes tomou conta. - ao meu sinal.

Todas as naves posicionaram.

- Atirem!

Todas atiraram em direção a Nau 2, contudo os tiros pararam na barreira de proteção que ela tinha.

- Eles tem barreira! - gritou Ren.

Para piorar a situação, pequenas naves de S1 saíram da Nau.

- Esquadrão 1 avançar, detenha essa nave. - Rodhes traçava uma nova rota. - demais esquadrões em formação,  vamos atirar novamente. - apertou um botão. - base e a Galaxy?

Vinte minutos.

- Escutaram pessoal, temos vinte minutos para deixar tudo limpo para a Galaxy.

Em terra, Saga e Kanon acompanhavam o caos que estava na orbita. Raios vermelhos e azuis misturavam-se enquanto bolas de fogo pipocavam na tela.

- Isso é surreal... - murmurou Saga.

O esquadrão 1 segurava as naves menores enquanto os demais preparavam uma nova investida contra a Nau.

- Preparem! - ordenou Rodhes. - atirem!

Uma nova investida de tiros partiu em direção a Nau e como da primeira vez não surtiu efeito.

- Lancem o torpedos TBomba. - ordenou Rihen.

Os canhões acoplados na fuselagem da Nau começaram a atirar.

- Recuem! - gritou Rodhes.

Não houve muito tempo e varias naves de GS foram destruídas.

Sttup estava num profundo silêncio. Eles não iriam aguentar.

 



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