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História Tempestta - Queda


Escrita por: KrikaHaruno

Capítulo 28 - Queda


Shura e Mask seguiam por um hadren comum com destino a área sul de GS. Para que não fosse seguido, cortou toda a comunicação com o mundo exterior e preferiu não usar o hadren vermelho.  Com toda a velocidade gastariam cerca de sete horas até o local e aquilo preocupava o canceriano. Muita coisa poderia acontecer durante esse tempo.

Stiva estava em seu quarto, na sede do governo de S1. Estava revoltado por ainda não ter sido escalado em alguma missão contra GS. Se traiu seu povo, não foi para ficar entre quatro paredes. Queria combater.

- Na próxima pedirei a Haykan diretamente. - disse em voz alta. - Rihen não é mais meu supervisor.

Não muito longe dali, em Bellji, Jhapei transitava pelos corredores. Tinha descoberto que Haykan estava ausente há alguns dias e aquilo era estranho. O governador raramente saia. Usando suas habilidades descobriu que o senhor daquela galáxia tinha ido para GS, numa região próxima a Sidon. Pensou em entrar em contato com Dara, porém preferiu descobrir a razão de Haykan ir para um lugar como aquele. Algo dentro de si, dizia que não era boa coisa.

O.o.O.o.O

 

Deba corria pelos corredores, tentando encontrar a sala de controle geral. Passou por uma escada de ferro que conduzia ao andar superior quando escutou gritos de socorro. O cheiro de gás era ainda mais forte. Rapidamente dirigiu-se para lá até chegar a uma sala. Pelo vidro da porta viu que tinha quatro pessoas.

- Vocês estão bem?

- Estamos presos. A energia caiu e o sistema travou a porta.

- Afastassem.

O taurino fechou a mão e deu um soco. A porta bateu de forma brusca na parede do fundo.

- Estão bem?

- Sim... - ficaram deslumbrados por verem alguém vestido aquela coisa amarela.

- Tem mais alguém aqui?

- O prédio foi evacuado no momento dos ataques. Acredito que todos saíram.

 - Não temos tempo, vão.

Começaram a sair e descer pelas escadas.

- Onde fica os controles principais? - perguntou a um deles.

- No andar de baixo. Desça pela escada e vá até o final do corredor, haverá outra escada, no final dela dará na porta. O sistema deve está todo travado. Terá que desarmar manualmente.

- E como faço isso?

- Não pode ir lá. - disse outro rapaz. - o prédio vai entrar em colapso. Vai morrer pelo desmoronamento, ou pela explosão. Não há nada que possa fazer.

- Como desligo o sistema? - insistiu.

Os dois empregados pararam trocando olhares.

- No meio do painel central há uma alavanca, é só acioná-la. Quando vimos que tudo poderia explodir, tentamos ir, mas a porta travou.

- Saiam daqui imediatamente.

O grupo seguiu enquanto Deba foi para o lado oposto. Saber que não havia mais ninguém no prédio, trazia certo alivio. Seguindo as orientações, viu a segunda escada, só não contava com a forte fumaça negra saindo de lá e mais gritos de socorro. Deu alguns passos, mas sentiu um forte calor por causa das chamas. Somado a isso, sua armadura estava esquentando. O brasileiro não pensou duas vezes, tirou parte da vestimenta e desceu. Se algo acontecesse a ele, Shion teria poucas partes da armadura para consertar. Chegou ao  corredor. A temperatura beirava a casa dos sessenta graus. Procurou pelas vozes, percebendo que vinham da sala. Deu um soco na porta e as chamas fizeram-no recuar. A sala era ampla e tinha dois níveis. Viu duas pessoas no chão.

- Vocês estão bem?

- Vai explodir...

- Conseguem andar?

Elas balançaram a cabeça de forma afirmativa.

- Onde fica a alavanca?

Uma delas apontou para o nível de baixo. Deba pediu que elas seguissem e foi a conta de chegarem a escada para ocorrer a primeira explosão. Usando seu cosmo, criou uma bolha de ar para proteger as pessoas até elas acabarem de subir.

- "Realmente espero que não tenha mais ninguém aqui." - pensou.

Com sua energia em volta de si, avançou até o local. Notou que era fácil, mas o calor não parava de aumentar e já chegava aos cem graus. O cavaleiro sabia que seu corpo agüentaria até os cento e vinte e sete até por uma hora, contudo a temperatura não parava de subir.

De repente, houve outra explosão que jogou-o longe. Seria questão de tempo toda aquela área ir pelos ares.

- "Até parece que vou desistir."

Levantou. O corpo já sentia os sinais do calor excessivo, já que a temperatura estava na casas dos cento e trinta graus, o máximo que um kalahasti puro poderia suportar.

A passos lentos caminhou ate o painel e tocou na alavanca. Tirou a mão, pois havia se queimado.

- Atena dai-me força.

Puxou a alavanca com força, o painel emitiu um sinal e todas as luzes dele se apagaram. Ainda existia o perigo das chamas se espalharem, mas o pior tinha passado. Tratou logo de sair dali e ao passar pelo caminho inicial pegou sua armadura. Quando pisou fora da construção o corpo foi ao chão.

xxxx

O plano de Dohko dava resultados. Um caminho que levava da barragem ao vale estava pronto. Torcia que a profundidade conseguisse conter o avanço das águas. De volta a barragem, mais pontos deixavam a água escapar. O chinês concentrou novamente sua força no punho e mirou numa secção da parede. Com esse rompimento a água foi direto para fenda aberta por ele.

- Pronto. - sorriu satisfeito pois seu plano dera certo.

Ele só não esperava que o inimigo estava a espreita. O plano inicial de Haykan era causar danos estruturais a Lain.

Uma nave surgiu por trás da barragem abrindo fogo contra a parede e contra Dohko. O cavaleiro usou seu escudo para repelir as investidas, mas foi acertado na perna. Correndo em alta velocidade, saltou pulando nas pedras, até atingir o alto da barragem. Viu que o tamanho do reservatório era médio. Pegando mais impulso saltou sobre a nave e disparou uma rajada de cosmo sobre os motores. A nave entrou em pane e caiu no lago. O libriano voltou para o alto da barragem.

- Meu canal não vai segurar essa quantidade de água... o que eu faço...

Pensou em todos os ensinamentos que recebeu ao longo da vida. Nenhum dizia como parar barragens.

- Kamus poderia congelar... Afrodite poderia fortificar a barragem...

Um estrondo interrompeu seus pensamentos. A barragem atingia seu ponto critico e entraria em colapso. Dohko olhou para trás, a cidade e proximidades seriam inundados.

- Mas que droga! - cerrou o punho nervoso. - nem numa batalha com naves e nem com isso consigo ser útil!

Não percebeu que seu cosmo queimava ao redor, entretanto a barragem se rompeu. O cavaleiro conseguiu saltar parando num ponto mais alto.  Parte da água seguiu o curso feito por ele, mas a outra seguia em direção a cidade.

- Cólera do dragão!

Disparou, mas o golpe foi totalmente inútil, entretanto...

- O que...

Notou que na área que acertou, a água parou por alguns instantes e depois seguiu seu rumo. Sem pensar muito saltou para mais perto e começou a disparar ataques contra a correnteza.  Estava funcionando, porém ainda não era o suficiente. Dohko esticou os braços abrindo as mãos soltando mais rajadas de cosmo. Subitamente a água começou a recuar.

- Sou eu? - estranhou. Quando abaixou os braços a água avançou. - será que...

Voltou para perto do que tinha restado da barragem.  Elevou ainda mais seu cosmo e esticou os braços. A medida que forçava, como se fizesse um movimento de empurrar, a coluna de água recuava.

- "Se Aioria controla a eletricidade, Kamus o gelo, Miro o ar, eu..."

Forçou ainda mais para frente. A água recuou consideravelmente. Ainda não era suficiente, mas já amenizava o problema. De repente ele fez um movimento brusco para o lado, a coluna de água moveu-se bruscamente. Ergueu ainda mais seu cosmo.

- Agora vocês vão recuar.

Posicionou-se mais para baixo e começou a andar no sentido contrario da corrente. O volume de água recuava a cada passo.  Olhou para os lados. Havia algumas rochas que poderiam servir de barreira. Afastou um dos braços, mas sentiu na hora o efeito. Foi arrastado alguns passos para trás. Não desistiu acumulando cosmo na mão direita.

A força da água o empurrava cada vez mais e se não resistisse seria arrastado por ela.

- Cólera do dragão!

Mirou nas rochas. As pedras começaram a rolar parando rente a barragem formando uma barreira. O fluxo da água desviou drasticamente, fazendo o libriano recuar muitos metros. Ainda com as mãos espalmadas, fez um movimento de arraste, como se direcionasse a água para um ponto. A fenda estava cheia, mas a vazão era boa.

- Posso controlar a água... - sorriu. - É Shiryu... mais um que pode inverter o fluxo da cachoeira.

O fluxo estava parcialmente controlado, ele só não contava que as ultimas naves de S1 estavam perto dali. Ao se dar conta, era alvo e foi acertado nas costas.

Pelo impacto desequilibrou e caiu na fenda... 

 xxxxx

Aioria e Shaka olhavam a Zaphyr.

- Consegue destruí-la? - Shaka o fitou.

- Vou tentar, pois está muito alto. - abria e fechava as mãos.

Um estrondo interrompeu a fala. Do centro da nave um compartimento abriu. Uma esfera negra de um metro de circunferência, mas de tamanho nulo de quem olhava do solo, surgiu e pairou a dez metros da nave. Ela começou a girar e a medida que fazia esse movimento aumentava de tamanho. Quando atingiu um raio de cem metros, um raio azul saiu dela acertando o solo liberando uma grande onda de choque. O raio continuou por dentro da terra atingindo o centro do planeta.

- Que droga é essa? - indagou Aioria levantando.

- Boa coisa não é.

De repente o chão começou a tremer e deixando-os pasmos, as coisas começaram a flutuar.

- Shaka que porra é essa? - Aioria sentia seu corpo sendo puxado.

- Kahn!

O indiano fez uma barreira em torno deles. Enquanto isso em vários pontos da cidade: as construções, rochas, objetos, tudo estava sendo levitado. Os dois olharam para a bola negra, ela aumentava de tamanho e...

- Shaka...

- Não sei que porra está acontecendo Aioria!

O grego arregalou os olhos ao escutar, mas a surpresa não foi nada diante da perplexidade no olhar dos defensores de Atena. Mal atingiam certa altura os objetos eram sugados como num funil.

- Buraco negro. - disse Shaka.

- Como?!

- Isso funciona como um buraco negro. A força de atração está puxando tudo, até a minha barreira.

- Isso pode ser feito?? - estava perplexo.

- Ao que parece S1 tem seus truques.

Eles escutaram barulho de naves aproximando, era o ataque de Lain contra aquela "coisa", contudo não surtiu efeito, pois quando elas aproximavam demais eram sugadas e mesmo atirando mais de longe, os tiros eram sugados.

- Procure o senhor Radesh, precisamos evacuar toda a cidade. - Shaka fitou Aioria.

- Evacuar?

- Se não fizerem isso, todos vão morrer. Isso não restringirá a esta cidade. Esse raio com certeza está mais fundo que imaginamos. Chame Deba e Dohko para ajudar. E reporte isso a Ranpur. Eles tem que mandar a Genesis agora. Eu vou tentar ganhar tempo.

- Como?

- Não sei. - disse impaciente. -  Vá logo Aioria!

Aioria abriu a boca para fechar. Concordou, tomando rumo da sede. No meio do caminho tentava comunicar-se com Deba e Dohko, mas não teve resposta.

Shaka olhava para o raio azul. Tentava se manter através da sua barreira, mas a força de atração do objeto era maior. Não sabia o que poderia fazer, mas tinha que fazer logo.

Ele elevou seu cosmo.

- Circulo das seis existências!

Mirou seu cosmo no raio azul, não tendo efeito. Ainda não se dando por vencido Shaka partiu em direção ao raio para um combate direto. Durante o percurso tentava não ser puxado.

Aioria teve que usar a velocidade da luz para chegar a sede. Felizmente as pessoas tinham sido levadas para o subsolo do prédio.

- Governador. – Aioria aproximou.

- Criaram algo como um buraco negro. Já enviamos um comunicado a Ranpur. A Euroxx está retornando, só não sei se dará tempo. Pedimos também o auxilio da Genesis para uma possível evacuação global. Os geólogos disseram que o centro do planeta está sendo afetado. – disse pesaroso. – onde está Shaka?

- Tentando parar aquela coisa.

Um forte estrondo fez todos gritarem. A estrutura da construção começou a se movimentar.

No mesmo instante o indiano era repelido pelo raio azul, que aumentou de tamanho, sendo jogado a metros de distancia.

- É resistente. - disse.

A destruição se espalhava  ao redor, naves, prédios e até pessoas tinham sido tragadas para o objeto negro. O cavaleiro tentava encontrar um paralelo entre o objeto, o raio e a nave. Parecia que o raio alimentava o objeto, mas ele era independente da nave.

Aioria, depois de certificar que as pessoas estavam seguras, voltou para perto do indiano.

- Shaka.

- O que faz aqui?

- A Euroxx está a caminho. Não consegui contato com Deba e Dohko. Não sinto o cosmo deles.

- Aquela coisa aumenta de tamanho a medida que ganha força. Parece sugar de algum lugar.

- E o que faremos?

- Eu tenho um plano. Seus raios conseguem passar as nuvens e atingir a nave que está por cima da bola?

- É possível.

- Ao meu sinal faça isso. - Shaka sentou no chão tomando a posição de lótus.

- O que vai fazer?

- Segurar aquilo até as naves chegarem.

Fechou os olhos. Criou uma barreira em torno deles e no minuto segundo, o espírito de Shaka soltou-se do corpo. Aioria levou um susto ao ver a imagem do amigo.

- Vou entrar naquilo, enquanto isso acumule cosmo. Faça a maior descarga elétrica da sua vida.

- Está bem.

O espírito de Shaka vagou até o raio azul. Por pouco foi tragado, mas ele conseguiu entrar. Dentro do cilindro era pura energia. O indiano olhou para cima, compreendendo o esquema do objeto: ele retirava energia do planeta. Então teria que provocar um excesso dela.

Enquanto isso o grego sentia o corpo ser energizado.

Há quilômetros dali, a Genesis rumava para Lain.

Shaka fechou os olhos para concentrar ainda mais energia. Era um risco já que estava dentro, mas era o dever de um cavaleiro, caso contrário o planeta poderia ser destruído.

Quando concentrou ao máximo...

- Ohm!

Liberou de uma vez. O raio teve sua forma deformada e o objeto balançou. Na Zaphyr, os tripulantes sentiram o impacto.

Shaka não parou de desprender energia e começou a levitar indo em direção ao objeto. Apesar de está em forma de espírito sentia os efeitos e seu corpo apresentou um sangramento na boca.

Em resposta ao ataque de Shaka a bola de energia começou  a sugar mais e quase o indiano foi tragado. Em terra, a área ao redor de Aioria estava envolvida por relâmpagos.

Ele olhou para o amigo, ficando preocupado ao ver um filete de sangue.

Shaka não desistiu chegando a pouca distância do objeto negro. Nunca vira algo como aquilo, mas sabia que era uma arma poderosa.

- "Está na hora de explodir cosmo." - A luz dourada envolveu todo o seu ser. - Aioria.

- Certo. Vamos brincar de X-men. - sorriu.

A energia de Aioria explodiu. Os raios tomaram conta do local, indo em todas as direções. O grego fechou a mão direita, concentrando-os, no punho.

-  RELAMPAGO DE PLASMA!

Os raios foram lançados, mas ainda não suficiente para atingir a nave que estava a quilômetros de altura.  Ele então mirou nas nuvens. Raio atrai raio. Nuvens carregadas aproximaram, provocando descargas elétricas no local onde ele estava.

Shaka via o espetáculo vendo que estava na hora.

- Ohm!!!!

A energia do indiano tomou conta do local. Primeiro provocou um colapso na estrutura, que parou de sugar, começando a expelir o que tinha pego. Os raios feitos por Aioria atingiram a bola negra por cima, assim como a Zaphyr...

Nesse exato momento, a Euroxx entrou na atmosfera, atirando um torpedo. A Zaphyr fez o mesmo... a combinação dos quatro poderes...

Primeiro foi um grande clarão no céu. "Shaka" foi impulsionado para baixo, batendo de forma violenta no chão. Desapareceu na hora. A onda de impacto atingiu o solo, varrendo tudo de forma intensa. Aioria e o corpo de Shaka foram arrastados. Tudo, num raio de quarenta quilômetros foi varrido. Na sede, entraram em pânico por causa do terremoto que se formou...

 

O.o.O.o.O

A ideia de Miro estava dando certo, entretanto o número de naves inimigas aumentou. Para não ser acertado, foi para o solo. Uma nave mirou nele, começando a atirar. O grego desviava. Mais duas inimigas juntaram-se a primeira.

- Mas que droga!

Elevou seu cosmo e começou a disparar bolas de cosmo de energia como uma metralhadora.

Enquanto isso...

Usando seu ar frio, Kamus parava o funcionamento das naves que passava por ele, quase sendo atingido.

As tropas de S1estavam mais concentradas na orbita do planeta, sendo esse o objetivo de Rihen. Os ataques principais eram para Lain e Maris. Eike era apenas uma distração.

 

O.o.O.o.O

 

Ren desviava como podia. Não bastasse as naves menores, o poder de fogo da Nau era fortíssimo.

Rodhes preparava um novo ataque, na tentativa de pará-los. Subitamente um hadren abriu a quatrocentos quilômetros dali.

- Galaxy... - murmurou. - Ren pegue seu esquadrão e leve para Altamira.

- Mas senhor...

- Precisamos de uma última barreira caso dê alguma coisa errada. Vá.

Na Galaxy...

- Capitão Kopal, ela possui dimensões e tamanho como a Nau 1.

- Precisaremos fazer como naquela vez. Comunique a todos.

Na Nau...

- Seja bem vindo Kopal. - Rihen sorriu. - preparem o segundo torpedo.

O esquadrão de Ren retirou-se.

Em terra, Saga e Kanon trocavam olhares a cada imagem, mostradas na tela. Se fosse como na volta de Ikari, sem a ajuda da Genesis aquelas naves seriam dizimadas.

- Onde está a Genesis?

- Em Lain presidente. O planeta foi destruído.

- Destruído? - indagou alarmado.

- Estão evacuando.

Saga e Kanon pensaram nos amigos.

No espaço, as naves de GS agrupavam-se para um novo ataque.

- Não deveria está aqui chanceler. - disse Kopal por radio.

- Meu lugar é no espaço capitão. - sorriu. -  Estou ao seu comando.

- Vamos concentrar nosso esforço no ponto sul da nave.

- Eles têm mais dois torpedos anti. Um quilo cada.

-  Isso é grave.

- Rihen está no comando.

- O que??

- Aquele desgraçado esta nos atacando. Eu quero matá-lo.

- A vez dele chegará. - Kopal olhou para a tela. - vamos destruí-los.

A esquadra de GS posicionou-se. Sem as naves inimigas de menor porte, o ataque seria mais eficiente.

- Atirar! - ordenou Kopal.

- Atirar! - ordenou Rihen

Raios vermelhos e azuis cruzaram, porém os vermelhos não passaram pelo escudo protetor da Nau 2.  Já os azuis atingiram os alvos. A nave que Rodhes estava foi atingida em cheio.

- Rodhes!! - exclamou Kopal.

- Capitão, detectamos uma grande quantidade de energia vinda da Nau 2.

- Recuar!

Os motores foram forçados ao máximo, contudo a Galaxy já era alvo. O ponto azul transformou-se em raio atingindo em cheio a nave. A explosão foi em cadeia, destruindo tudo que estava no entorno da Galaxy.

Em terra Sttup e os cavaleiros acompanhavam abismados. A tropa de GS tinha sido dizimada.

- Rodhes... Kopal... - murmurou.

- Presidente, a Nau estava vindo para cá.

O pânico apoderou-se de quem estava ali. Maris seria completamente destruída.

- Preparem os canhões, temos que parar aquela coisa.

- Saga. - Kanon o fitou.

- Chegou o momento.

Usando seu novo poder, Saga criou uma fenda. Os dois passaram por ela, sem dizer nada a Sttup.

Ren olhava para o céu, completamente atordoado. Rodhes e Kopal estavam mortos?

- Maldito Rihen! Todos apostos, vamos combater.

- Recue Ren. - a voz de Sttup foi transmitida para todos. - estamos acionando os canhões.

- Mas senhor.

- Maris precisa do mínimo de segurança. Voltem.

Rihen olhava o céu azul de Maris. Em poucos minutos o planeta seria tomado.

Os gregos saíram da fenda chegando a superfície, Kanon criou outra fenda, dessa vez levando-os ao que restava do telhado da academia. Forçando o olhar podiam ver a nave de S1.

- Teremos força para parar aquilo? - Kanon fitou o irmão. - Com a explosão galáctica?

- Eu também pensei no Outra Dimensão. Darei maior intensidade no explosão galáctica e você no outra dimensão. Assim que os canhões dispararem  usaremos os golpes.

- Só temos uma chance.

- E não vamos desperdiçá-la. Se perdemos o presidente e o planeta, a queda será em cadeia.

Ouviram um som de algo se abrindo. Quando olharam viram que de cada entrada da academia aparecia um canhão. O cano convergia para o interior.

- Não poderemos ficar aqui. - disse o grego mais velho.

Kanon abriu outra fenda, indo para um prédio próximo.

- Kanon eleve seu cosmo ao máximo.

- Nem precisava pedir.

A Nau 2 estava a relativa distância. Rihen, como era da polícia, sabia do canhão de plasma que a academia possuía. Não seria um grande problema já que o escudo da Nau era forte.

- Eles vão atirar.

- Que atirem. Não poderão fazer nada.

No subsolo...

- Senhor, um minuto para o disparo.

- Saga e Kanon eu quero... - olhou para trás. - cadê eles?

- Na superfície. - um policial apontou para uma tela.

Sttup xingou. Era muito arriscado ficarem do lado de fora. Seriam mortos por S1 ou pelo poder do canhão. Apesar de vê-los em volta de uma energia amarela, não poderia mandar alguém buscá-los.

- Sinto muito alteza... - disse baixo.  - podem atirar.

Nas pontas dos canhões uma pequena bolinha azul surgia. Elas viraram raios que uniram-se bem no meio da construção. Os cavaleiros sentiram o ar expandir. Segundos depois o raio que uniu-se no centro partiu em direção a Nau 2. Um clarão apareceu na hora do impacto.

Como Sttup havia predito, o raio parou no escudo da nave.

- Agora Kanon!

Os cosmos elevaram.

- EXPLOSÃO GALÁCTICA!

A combinação de forças foram em direção a Nau 2. Rihen que estava tranqüilo sentiu a nave trepidar.

- O que...

- Capitão, um segundo ataque.

- Eles não tem um segundo canhão... - murmurou. - na tela.

A imagem de Saga e Kanon apareceu.

- Os amigos de Eron...

Ren, na sua nave, via o raio amarelo atingir a nau.

- O que eles são...?

A pergunta se perdeu. Sttup também assistia assombrado.

- Isso é capaz de destruir o escudo? - indagou.

- Se a descarga de energia continuar sim.

O canhão continuava a atirar, assim como os cavaleiros que despejavam mais energia. Como o combinado, Saga forçou-se mais. A coluna amarela aumentou de tamanho.

Kanon fitou o irmão, aquela quantidade de energia era perigosa.

Por alguns minutos as forças combinadas atingiam o escudo, contudo o canhão e os cavaleiros estavam enfraquecendo.

- Estamos perdendo energia senhor.

- E os garotos?

- Diminuíram também.

Sttup ficou preocupado. Ren percebeu a diminuição e sem pensar foi em direção a nave. O grupo posicionou-se começando a atirar.

- Destruam esses insetos. - ordenou Rihen.

Canhões laterais começaram a atirar neles, o filho de Marius, com receio que um dos tiros pegassem os gêmeos levou sua nave para perto deles, como um escudo.

- O que ele está fazendo? - Kanon fitou a nave.

- Sai daqui Ren. - disse Saga.

- Preparem o terceiro torpedo. - ordenou Rihen.

- Perderemos a intensidade dos nossos escudos por segundos.

- Eles estão quase mortos. - disse irritado. Não esperava aquela resistência e os amigos de Eron eram um problema.

As ordens foram cumpridas.

- Presidente, vão atirar em nós!

Saga e Kanon viram o ponto azul, assim como Ren.

- Eu vou matá-lo desgraçado.

Ren aumentou a velocidade da nave indo de encontro ao canhão principal da Nau.

- Ren! - gritou Kanon.

- Temos que destruir aquele maldito escudo. Vamos Kanon!

No subsolo perceberam a atitude dos três.

- Ren... - murmurou Sttup.

- Os rapazes aumentaram a energia senhor.

- Use todas as nossas forças!

O canhão sofreu um aumento de energia, assim como Kanon e Saga que aumentaram seus cosmos. O torpedo da nau estava quase pronto e mesmo com a junção das forças de Maris, o escudo estava intacto.

- Morram. - disse Rihen.

De repente de dentre as nuvens, surgiu a Galaxy. A nave estava completamente destruída e era um milagre ainda está no céu.

- Rihen, vai se arrepender de ter nos traído. - Kopal trazia ferimentos sérios. - Use toda a nossa energia e libere todo o arsenal. Vamos derrubar aquela nave.

- Capitão Rihen, a Galaxy.

- Vão me pagar.

Saiu da cabine de controle, indo para um hangar. Não poderia ser pego.

A Galaxy disparou. Com os ataques combinados, o escudo protetor da Nau 2 se rompeu. Ren aumentou a velocidade da nave e num ataque suicida jogou-a contra o canhão da nau...

- Agora Kanon!

- OUTRA DIMENSÃO!

Um buraco negro surgiu atrás da nave de S1.

A onda de explosão espalhou se, pegando inclusive a Galaxy que foi destruída. A força de atração começou a sugar tudo. Os primeiros foram os destroços da Galaxy. Na nau, a força do buraco impedia que os motores fossem usados ao máximo.

Kanon sabia que não seria o suficiente para puxar a nave inimiga e por isso elevou seu cosmo ao máximo.

Num ultimo esforço, Saga saiu do golpe e mirou o explosão galáctica em um ponto da nau. Teve sorte ao acertar em um dos motores vandreds. Com apenas um motor, a nave não tinha como escapar. Quando a nave foi toda consumida pelo buraco houve uma grande explosão que jogou Saga e Kanon longe. Numa distância segura, Rihen via a grande Nau Hay 2 desaparecer por completo.

- Cretinos.

 Por segundos Sttup não sabia o que tinha acontecido. Apenas sabia que Ren não tinha escapado e que a Galaxy estaria em sérios problemas. Quando a imagem clareou o olhar foi de assombro: não havia nada ali.

- Não é possível...

Rapidamente Sttup dirigiu-se para fora da academia. Não havia rastros da Galaxy, da Nau, de Ren e dos gêmeos.

- Seus sacrifícios não foram em vão...

- Achamos os gêmeos, senhor. - disse um policial.

- Como eles estão?

- Bastante feridos e desacordados.

- Levem-os para a enfermaria e comunique a Ranpur.

          

O.o.O.o.O

 

Serioja tentou mais uma vez uma comunicação com Iesa, mas não funcionou. Ficou irritado com isso. Precisava do auxiliar para mais informações. Ele andou até a janela, quando seu aparelho apitou.

- "Uma nave chegará em trinta minutos. Haykan."

O chanceler de Yumeria abriu um grande sorriso. Não precisava mais de Iesa e daria ordens para que ele fosse eliminado.

- Ou não... - disse a si mesmo. - estarei em S1, ele ser pego por Eron não muda as coisas.  Niall.

- Sim senhor. - um homem abriu a porta rapidamente.

- Prepare nosso convidado, iremos partir em meia hora.

Iskendar sentia as pálpebras pesadas. Tentava abrir os olhos, mas não conseguia. Para piorar seu corpo estava todo mole. Apenas sentiu algo ou alguém erguendo-o e arrastando-o. Nem se deu conta que algo caíra de seu bolso.

A nave que conduzia Shura e Mask preparava-se para sair do hadren. Felizmente ninguém tinha parado-os, graças a intervenção de Dara, diretor daquela região. Quando estava numa distância segura, Eron abriu um hadren vermelho.

Shura preparava os motores auxiliares. O italiano olhava as ações do amigo.

- Aprendeu rápido.

- Ela é automática e isso facilita muito. É uma pena quando voltarmos eu não poder praticar.

O canceriano ficou em silencio. Será que voltaria para a Terra?

- Atena não irá se importar se quiser ficar. - disse o espanhol, mas sem tirar o olhar do painel. - ela sabe das suas obrigações aqui.

- Mas sou um cavaleiro e com muitas dívidas perante ela. - fitou o capricorniano. - Não posso simplesmente abandonar meu posto.

- Como também não pode abandonar o trono. Depois dessa guerra, GS precisará de um líder.

- Eu sei... - fitou a mão revestida pela armadura de Câncer. - porém as vezes tenho dúvidas da minha capacidade. Como cavaleiro não pude salvar a Helena, como príncipe posso perder o meu irmão...

- Não somos os cavaleiros da esperança? - sorriu. - vamos achá-lo.

- Assim espero.

A nave emitiu um apito.

- Estamos saindo do hadren. Sua habilidade de abrir um vermelho, nos deu uma grande vantagem. Chegamos na metade do tempo.

- Siga a todo vapor para Dypoá.

Quinze minutos depois, aterrissaram numa planície do planeta. Era um pequeno astro e parecido a Ranpur.

- Consegue senti-lo? - indagou Shura.

- Muito fracamente. - olhou um dispositivo semelhante a um relógio. - pelas informações repassadas por Iesa, há uma antiga construção cerca de cinco quilômetros daqui.

- E qual o plano?

- Bater e perguntar depois.

Shura sorriu. Típico.

A claridade impedia que Iskendar visse para onde estava sendo levado. Ele ergueu um pouco o rosto, apenas vendo um objeto de cor cinza a relativa distancia...

Usando a velocidade da luz, Shura e Mask chegaram a uma construção muito similar as construções medievais da Terra. Era um castelo feito de pedra e em ruínas. Eles pararam a cem metros da muralha de rocha que circulava o castelo.

- Não vejo vigias. - disse Shura.

- Será como nos velhos tempos, Esdras. - o fitou sorrindo. - rápidos e precisos.

- Giovanni...

Com o uso da velocidade entraram na construção. Vasculharam tudo, não encontrando ninguém ou algo que denunciasse a presença humana.

- Aquele desgraçado mentiu! - bradou Mask. - eu juro que mato-o e arranco a cabeça dele!

- Calma Mask. Ainda temos um lugar para procurar. A torre.

A escada que conduzia era bem íngreme e estreita.  Giovanni arrebentou a porta, encontrando o cômodo vazio.

- Nada! Iesa maledito!

Shura olhava o local, deveria ter uma pista ou algo que indicasse a presença humana. Pelo escaneamento do planeta, aquela era a única construção. Ele deu um passo, até que sentiu o pé esbarrar em algo.

- O que é isso...? - pegou o objeto. - se parece com... a Euroxx! Giovanni.

- O que foi?

- Veja.

Mask arregalou os olhos ao ver o objeto. Sem dúvidas era a miniatura que Iskendar possuía.

- Eles estiveram aqui. - disse o espanhol, passando a procurar por mais pistas.

O cavaleiro nem escutou. As iris azuis estavam fixas na nave feita de oricalco.

- Iskendar...

Serioja sorriu ao ver o emblema de S1. Realmente Haykan cumpriu a palavra.

- Senhor Serioja? - um militar de S1 o cumprimentou.

- Capitão. - olhou bem para os cabelos brancos e olhos claros. - estou a disposição.

- Por favor embarque.

O chanceler voltou a atenção para Iskendar.

- Sua vida acaba aqui, jovem Tempestta.

Ao escutar a voz, o policial ergueu o rosto. Com os olhos mais acostumados a claridade, viu o chanceler e uma nave atrás dele. Pelo emblema sem duvidas era de S1.

- É tão esperto que precisou pedir ajuda. - o policial deu um sorriso cínico.

Recebeu um tapa.

- Vou encarar como um elogio. - Serioja estava com ódio. - A partir de agora estará perdido. Ninguém vai achá-lo.

- Eron vai...

- Continue acreditando nisso. Sua vida não vale nada. Leve-o.

Os dois homens que o seguraram, levaram-no. O príncipe foi jogado no porão da nave. Serioja acomodou-se perto do capitão.

Shura aproximou da pequena janela da torre. Não via nada de estranho no meio da paisagem verde, até que viu algo cinza numa planície.

- Por Atena! Giovanni precisamos ir agora!

O italiano nem pensou muito e assim como Shura saltou da janela. Usaram a velocidade da luz, mas era tarde. A nave já estava no alto.

- Caspita! - exclamou Eron. - a nave é de S1!

- Vamos pegar a nossa.

Do alto Serioja viu duas figuras douradas no meio da planície. Ele pediu para o capitão ampliar a imagem. Ao ver o rosto de Eron...

- Perdeu o pai, vai perder o irmão e em breve o trono. - sorriu.

No compartimento de carga, Iskendar remoia as palavras de Serioja. Ele tinha razão. Eron jamais iria procurá-lo, ainda mais sendo levado para S1. Ele seria assassinado.

Rapidamente a nave de GS alcançou vôo. Shura pôs a prova todos os ensinamentos apreendidos chegando rapidamente a orbita de Dypoá, mas infelizmente a nave de S1 tinha desaparecido.

- Perdemos. - fitou o amigo.

- Droga! - Mask deu um murro na cadeira. - Iskendar...

 

O.o.O.o.O

 

Lirya andava de um lado para o outro aflita. Estava sem noticias do filho e dos ataques. Afrodite via os movimentos.

- Fique calma majestade.

- Como?? Não tenho noticias de Eron.  Maris, Eike e Lain estão sobre ataque! Cadê o meu filho?

- Eu...

- Você sabe onde ele está. - aproximou. - se comunicam com esse tal cosmo. Cadê o Eron?

O pisciano ficou em silêncio.

- Foi atrás de uma pista sobre o paradeiro do Iskendar. - não agüentou.

- O que?!? Foi sozinho?

- Com Shura.

- No meio dessa guerra ele sai sem uma escolta?! Ele não tem noção que pode ser pego por S1!!

- Majestade, Giovanni sabe se cuidar, melhor do que ninguém. Ele vai voltar a salvo e trazendo o irmão.

Shion, os demais cavaleiros, Marius e Beatrice chegaram na hora. Shion lançou um olhar frio para o sueco.

- É a mãe dele! - justificou-se.

- Vocês também sabiam?

- Em partes. - respondeu o ariano, não querendo dar mais detalhes.

- Majestade. - Hely entrou as pressas. - recebemos noticias dos planetas atacados. Eike foi o menos atingido, mas Maris e Lain...

- O que aconteceu? - indagou Marius.

- Lain está sendo evacuada. Segundo informações o planeta teve danos estruturais.

Ficaram apreensivos.

- Shaka e os outros? - indagou Mu.

- Não temos noticias, quanto a Maris... - ficou em silencio. - a academia e a capital foram praticamente varridas. A Galaxy foi destruída. Entre as baixas, o capitão Kopal e o chanceler Rodhes. Não temos informações do senhor Sttup, Ren, Saga e Kanon.

Marius deixou o corpo ir a uma cadeira. Lirya aproximou.

- Ele está bem. Breve estará de volta.

Os cavaleiros olharam entre si. Para um planeta ser destruído e uma nave do porte da Galaxy também, a batalha tinha sido intensa.

 O.o.O.o.O

Em Eike os últimos combates terminavam. As tropas de S1 ao saberem que a Nau tinha sido destruída bateram em retirada. Rihen em uma pequena nave, aguardava o resgate nos arredores do planeta.

Simon não queria que nenhum de S1 escapasse e recebendo ajuda de planetas menores vizinhos começou a abater e aprisionar algumas naves.

Rihen foi resgatado por uma nave da galáxia vizinha, porém foram aprisionados por GS. Ao verem que se tratava do ex presidente levaram-no imediatamente a presença do chanceler.

- Traidor! - chanceler de um murro nele e partiria para cima se Kamus não tivesse segurado-o.

- Eron saberá cuidar dele chanceler. - disse. - podemos obter informações com ele.

- Que seja. Levem esse porco traidor!

- Foi um prazer vê-lo Simon. - disse Rihen cinicamente.

- Espero que o príncipe acabe com você! - queria avançar nele.

- Aquele merda não fará nada.

- Pois comece a rezar Rihen. - a voz de Miro saiu fria. - Giovanni será o seu pior pesadelo.

 

O.o.O.o.O

Da cabine, Evans acompanhava o cenário de destruição.

- O alvo foi destruído, capitão. - disse um controlador.

- Danos?

- Nenhum.

- Mandem equipes de resgate, a todos os pontos. Lain deve ser evacuado. A Genesis?

- Chegará em breve.

O homem olhava o outrora planeta verde da galáxia. Levaria anos para ele voltar ao normal.

- S1 conseguiu o que queria...

Aioria sentia o corpo todo doer. Nem quando lutou contra Loki, sentia tanta dor. Com certeza tinha fraturado algum osso e costelas, no impacto. Quando conseguiu ficar de pé, ficou aliviado por não ver mais a nave inimiga, nem o buraco negro, mas temeroso por ver a destruição. Se havia alguém ali, infelizmente tinha morrido.

Ele deu uma volta, a procura de possíveis sobreviventes. A explosão  havia sido devastadora e se não fosse a armadura, teria  morrido. O grego preocupou-se com o indiano. Não havia sinal dele, ainda mais depois de ver a 'alma' dele sair.

- Shaka! - gritou várias vezes, ate que o viu em meio a escombros. - Shaka!

O grego ajoelhou diante dele. O virginiano estava pálido e com um sangramento na boca.

- Shaka. - tocou no pulso dele, não sentiu. - Shaka?!

Nesse exato momento, um robô Lego parou perto deles.

- Aioria. - Etah aproximou. - Você está bem?

- Sim, mas Shaka precisa de cuidados.

- Ele será levado para a Euroxx e os demais?

- Não sei onde estão.

- Precisamos achá-los logo. O núcleo foi danificado, vão ocorrer cataclismas.

- E a Genesis?

- Está chegando. Os sobreviventes serão levados.

Etah levou Shaka até a Euroxx e depois seguiu com o leonino para outro ponto do planeta. Precisavam achar Dohko e Aldebaran o quanto antes.

Seguindo algumas orientações Etah e Aioria foram para uma região. Encontram alguns sobreviventes que disseram que Aldebaran tinha entrado na usina, mas não tinha saído. Etah parou o Lego no pátio, descendo Aioria que era carregado pelas mãos robóticas.

- Aldebaran! – gritou ao ver o brasileiro no chão e sem armadura. – Deba!

Etah também aproximou, passando um aparelho pelo tórax e cabeça dele. Não havia ferimentos.

- Deba!

A voz mais forte de Aioria, despertou o taurino.

- Aioria...

- Você está bem?

- Sim... o que aconteceu?

- Explicaremos depois, - disse Etah levantando e olhando uma pequena tela projetada por seu dispositivo. – parece que Dohko está a dez quilômetros daqui. Perto da barragem. Vamos.

Levando os dois pelas mãos, Etah rumou para a barragem. Procuraram por todos os lugares sem sucesso.

- Será que ele não voltou? – indagou Deba.

- Pode ser. Eu não sinto o cosmo dele.

O aparelho de Etah apitou.

- Captei um sinal.

Eles andaram por dez metros, seguindo o rastro da fenda. Chegaram na beirada, mas aparentemente ele não estava ali.

- Só pode ter voltado... - murmurou Deba.

Aioria olhou para a água, vendo um brilho dourado.

- Dohko! – gritou. Aioria pulou na água, vendo o cavaleiro preso entre as pedras. O trouxe para a margem.

- Dohko! – Deba ajoelhou ao lado dele. – ele deve ter engolido muita água.

- Espere, - Etah pegou seu aparelho, fazendo o mesmo processo. – ele não tem água nos pulmões. – fitou os dois estranhando. – deve ter caído a pouco.

- Dohko.

Aos poucos o libriano foi despertado, ficou surpreso ao ver os amigos.

- Pessoal...

Um forte tremor interrompeu a fala.

- Precisamos sair daqui agora. – disse Etah.

Não pensaram muito partindo. Felizmente, Lain estava com a população reduzida devido as guerras e a Genesis, Euroxx e outras naves menores conseguiram realizar o transporte dos remanescentes. Apenas um estudo detalhado poderia dizer se Lain ainda seria habitável.

 

O.o.O.o.O

Urara olhava aflita para os monitores da sala de controle do conselho. As noticias que chegavam de Lain, Maris e Eike não eram boas. Sabia que Shaka estava em uma deles e torcia que estivesse bem, apesar de seu intimo dizer que não. Noah estava ao seu lado.

- Noah.

- Dara. – conselheiro respirou aliviado ao ver o irmão pela tela. – qual a situação?

- Só tenho noticias de Eike. Os ataques foram mais brandos, ao contrário de Maris e Lain. Parece que sofreram muitos danos.

- E o Shaka? – não agüentou a angustia.

Dara ficou surpreso com o tom de voz. Ele olhou para o irmão que ficou em silêncio.

- Está em Lain.

Urara nem esperou que ele continuasse, saiu correndo.

- Trieste! – exclamou Noah.

- Sinto muito Noah, mas eu preciso ir.

Deu as costas e saiu.

O governador de Sidon surpreendeu-se.

- A linha vermelha. – disse Noah. – ela une os dois.

Urara forçou os motores de sua nave ao máximo. Ninguém ficaria na frente dela e não descansaria até ver Shaka.

O.o.O.o.O

 

Niive lia os relatórios sobre Lain com a expressão incrédula. S1 tinha conseguido destroçar o planeta. Pensou em Kanon, onde ele estaria? Tentou contatá-lo através de um dispositivo que havia lhe dado, mas estava sem sinal.

- O mundo acabando e ele some! – pegou sua jaqueta. – Yoku!

- Sim diretora.

- Estou indo para Ranpur, mantenha tudo em alerta máximo. Todas as noticias que tiver de Lain e dos demais planetas me envie.

- Sim senhora.

O.o.O.o.O

Alisha estava aflita. A bordo na Nias dirigia para Ranpur, mesmo contra as ordens de sua guarda pessoal. Era arriscado, sabia, mas queria ter noticias de Shion e da situação. As informações que chegavam de Lain não eram boas.

 

O.o.O.o.O

Haykan olhava a paisagem através da janela de seu escritório improvisado numa lua de GS. Aguardava noticias do ataque.

- Senhor. – Orrin entrou trazendo uma expressão fria.

- Dê me boas noticias.

- Infelizmente não são muitas.

Haykan voltou a atenção para seu comandante.

- Diga.

- O ataque em Eike foi um sucesso, assim como em Lain e Maris. Conseguimos provocar um cataclisma em Lain a ponto dele ser evacuado.

- Qual nave usaram?

- Genesis e Euroxx, mas a Zaphyr foi destruída por...

- Por...?

- Em Maris, - contaria sobre os amigos de Eron depois. - conseguimos destruir parte da sede da policia e Galaxy, mas a Nau 2 foi destruída e Rihen capturado. - ficou com muito ódio ao saber que ele tinha abandonado a tripulação e ainda ser pego.

- Como foi destruída? – indagou perplexo.

- Veja isso.

Orrin colocou um dispositivo no painel, algumas imagens começaram a aparecer. As primeiras mostravam Shaka e Aioria. Haykan assistia com a expressão fechada.

- O que ele é?

- Circula em GS, que os amigos do príncipe, tem os poderes dos elementares. Esse garoto, - a imagem deu zoom. – salvou a Titan da destruição. - mudou as imagens. - Veja como a Nau foi destruída.

Agora aparecia Saga e Kanon.

- Ela foi tragada??

- Sim. – desligou as imagens. – eles não são normais senhor. Devemos ter cuidado.

Haykan ficou em silêncio pensando.

- Achei que não teria que me preocupar com eles, mas... consiga todas as informações que puder. Inclusive use nossa rede de espiões.

- Sim senhor.

- Sttup morreu no ataque?

- Não. Apenas o chanceler de Maris.

- Não saiu de tudo perdido. – começou a andar pela sala. – dê ordens para que a Nau 1 volte a operar. Com a Galaxy destruída temos uma vantagem.

- E a Genesis?

- Ela será destruída no tempo certo. Prepare um novo ataque.

- E Rihen? Aquele desgraçado saiu antes que a Nau fosse destruída. Nunca confiei nele.

- Não fique assim Orrin. - parou diante do seu comandante. - Rihen, Stiva e Athos são apenas peões. Não se preocupe com ele. Rihen não sabe de muita coisa. Deixe que Eron o mate.

 

O.o.O.o.O

Mask voltava Ranpur sem saber de nada que estava acontecendo. Devido a ausência do príncipe e a situação do resultado das batalhas, Marius havia convocado uma reunião com o grupo dos nove e lideres militares. Ele ainda não tinha recebido a noticia da morte do filho.

 

O.o.O.o.O

Iskendar não tinha a menor ideia para onde estava sendo levado. O corpo estava entorpecido  e mal conseguia pensar. Apenas sabia que Serioja o levaria para S1 e que depois que passasse pela fronteira, dificilmente Eron conseguiria achá-lo, isso se não fosse morto antes. A vida de Iskendar Madden Tempestta estava por um fio.

O.o.O.o.O

Os primeiros a chegarem em Ranpur foram Aioria e os demais. O leonino, Deba e Dohko estavam bem, mas o estado de Shaka era delicado. O indiano foi levado diretamente para o quarto.

- Ele se esforçou demais. – disse Aioria. – mas se não fosse ele, o planeta tinha sido destruído.

- Ele usou aquele poder novo? – indagou Dite.

- Sim. Ele projetou sua alma.

- Shaka vai se recuperar. – disse Shion. – ele é forte. E quanto a vocês? – olhou para os demais.

- Sinto meus raios mais poderosos e quando combinados ao meu cosmo o poder destrutivo aumenta.

- Você foi um dos primeiros a manifestar, - Shion fitou o leonino. – já consegue manejá-lo e usá-lo sem seqüelas.

- Eu também me sinto assim. – Deba olhou para os braços. – não tenho machucados e meu corpo não foi afetado pelo calor.

- O que fez na usina foi um grande feito. – disse Etah que acompanhava a conversa. – poderia ter ocorrido uma tragédia, assim como na barragem. – olhou para Dohko.

- O que exatamente aconteceu? – Shion queria respostas. Os acontecimentos no lago e na sala horas antes, mostravam que o chinês estava desenvolvendo algo diferente.

- Eu controlo a água. – abriu e fechou as mãos. – quando a barragem estava para se romper eu consegui controlar o fluxo da água, usando as mãos. Percebi também que consigo segurar a respiração dentro da água por um tempo superior ao normal.

- Levamos muitos minutos para te encontrar. – disse Etah. – poderia ter morrido afogado.

- Seu poder manifestou na hora certa. – brincou Dite.

- Sim. – sorriu.

- Já havia manifestado antes. – a frase do grande mestre chamou a atenção de todos.

- Como assim antes? – retrucou o libriano.

- No lago formado por Kamus. Foi sutil por isso não percebeu, mas ondas eram formadas conforme o movimento de suas mãos e pernas. Você também pode curar.

- O que???

- Eu me cortei com o copo, mas quando você tocou na água e ela me tocou, meu corte se curou.

- Eu tenho isso?!

- Sim. É como Torin disse. Deve ser o poder do elementar o qual representa.

- De todo mundo manifestou. – disse Mu. – apenas  Shura que não.

- O dele vai surgir quando for o momento. – Shion caminhou até a janela. – só devemos esperar.

Alguns andares abaixo, Marius recebia informações sobre Lain através de Evans e Radesh. A Genesis tinha seguido para um planeta perto de Alaron.

- E como está a situação do planeta? – indagou o chanceler de Ranpur.

- Técnicos estão avaliando, mas até conseguirmos estabilizar o núcleo do planeta levará meses. – disse Radesh. – S1 sabia o que estava fazendo. Além do mais as fontes energéticas foram atingidas. O planeta está inoperante.

- Pelo menos conseguimos destruir a Zaphyr. – comentou Evans.  – Com isso S1 tem duas naves fora de combate.

- Mas eles ainda tem duas Naus. – disse Marius. – viu o poder do Shaka e Aioria? – fitou Evans.

- Do Shaka não, mas de Aioria sim. – respondeu. – ele tem um poder fora do comum, mais um pouco ele tinha conseguido destruir a Zaphyr. Já Shaka destruiu a arma de S1. A quantidade de energia desprendida por ela era altíssima. Só algo com um poder ainda maior poderia destruí-la. Eles realmente tem os poderes dos elementares.

- Ainda bem que temos eles. – disse Radesh.

- Apesar de serem fortes, vão precisar de proteção. Se os feitos deles chegarem a Haykan tenho certeza que ele tentará alguma coisa.

- Com licença senhores. – Hely entrou. – O premier Simon está aqui.

O político entrou com um semblante carregado.

- Como está?

- Vivo, Marius. Eu soube de Lain. – fitou Radesh.

- O que houve? - Marius queria notícias de Eike.

- Por sorte não tivemos muitas áreas destruídas e baixas dentro da normalidade. Os amigos de Eron foram bem úteis.

- Os poderes dos elementares estão nos ajudando. – comentou Radesh. – se não fossem eles, Lain estaria destruído.

- Acho que Eike foi apenas uma distração. – Simon retomou a palavra. – eu não tenho noticias de Maris, mas parece que lá a situação foi mais grave. Precisamos de um contra ataque. Orion, Alaron, Clamp, Maris, Lain, Eike e aqui. Praticamente todo o grupo dos nove.

- Eu sei. – a voz de Marius saiu com pesar. – convoquei uma reunião com todos. Infelizmente as noticias que tenho não são animadoras.

- Pois eu tenho algo que vai nos animar. – a voz de Simon saiu séria. – vamos fazer justiça.

Marius e Radesh trocaram olhares. Temia que as coisas ficassem piores.

E Marius tinha motivos para se preocupar. Sttup não permitiu que a situação ocorrida em Maris chegasse completa a Ranpur. Ele queria pessoalmente relatar ao príncipe e contar ao chanceler sobre a morte de Ren.

Kamus e Miro seguiram para onde os demais cavaleiros estavam. Beatrice assim que soube do namorado foi para lá.

- Estou aliviada por vê-lo bem.

- Não deixaria ele morrer Bia. – brincou Miro.

- Como foram os ataques? – indagou Etah.

- Medianos. – respondeu Kamus. – creio que Eike era apenas uma distração.

- Lain foi bem pior.

- E seus poderes? – Shion queria detalhes.

- Funcionaram muito bem. – disse Miro. – lembrei das nossas aulas. – olhou para Etah.

- Que bom que prestou atenção.

- O que é um milagre. – brincou Dite. – ele nunca prestava atenção nas aulas no santuário.

- Claro que sim!

- Claro que não! – retrucou Kamus. – e os demais? – perguntou antes que Miro iniciasse uma discussão.

- Saga e Kanon estão a caminho. Não sabemos do estado deles. – disse Mu. – Shaka está sendo acompanhado por uma equipe médica e Giovanni não deve demorar a chegar.

- Em breve teremos informações sobre e tudo e torço para que sejam boas.

Disse Shion.

 



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