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História Tempestta - Segunda Vitória


Escrita por: KrikaHaruno

Capítulo 30 - Segunda Vitória


 

Urara, na sede do governo de Ranpur, olhava com atenção para o mapa. Havia espalhado tropas nos pontos principais daquela área da galáxia para garantir a proteção.

- Urara.

A diretora olhou para trás imediatamente e não escondeu o sorriso.

- Shaka...

O indiano caminhou até ela e abraçou.

- Está pálido...

- Eu me sinto bem. - a soltou. - Eu quero ser útil.

- E será. - sorriu.

 

O.o.O.o.O

Rogando pragas em Kanon, Mask abriu novamente um hadren vermelho. O marina não se importou. Enquanto isso, do seu posto Haykan soube do ataque pelo sul da galáxia... ordenou uma revanche.

A Antares e as demais naves provindas de Ranpur juntaram-se as outras. Mu seguiu com Dara, enquanto Miro e Hely, na nave de guerra.

O governador andava apressado em direção a cabine de comando de sua nave. Ela era de tamanho médio e fácil de manobrar.

- Diretor Dara, estamos prontos para iniciar o ataque. - disse um controlador.

- E as naves de Haykan?

- Detectamos um avanço delas pela região setenta e dois.

- Estão se aproximando. Mais alguma tropa?

- Pequenas mais ao norte.

- Dê o comando a Yahiku. Que os ataques comecem.

Mu estava sentado perto do diretor. Esperava que tudo terminasse bem.

Enquanto isso na Antares...

- Tem certeza garoto? - indagou Yahiku.

- Fiz aulas disso. - Miro referia-se aos Legos. - serei mais útil do lado de fora.

- Eu o ajudo capitão. - disse Hely.

O capitão ponderou por alguns segundos, contudo havia testemunhado a morte de Rihen pelas mãos dele. Ele saberia se cuidar.

- Pode ir, mas não faça besteira.

Em poucos minutos aquela área da galáxia estava tomada por naves. De um lado GS com sua Nau militar Antares e do outro a Nau Hay 1.

 

O.o.O.o.O

A viagem em direção a S1 seguia tranquila. Sttup, Niive, Aioria e Dohko conheciam a nova defesa de GS ficando impressionados. A Ramaei era poderosa.

Tudo corria bem, quando o sistema de alerta da nave detectou a aproximação de uma espaçonave. Niive ficou surpresa ao ver Kanon desembarcando.

- Veio correndo atrás da namorada. – brincou Dohko.

- Não amola.

- Você está bem? – indagou Aioria, sentindo o cosmo dele bem mais forte.

- Estou. Apenas o sinto vibrando diferente.

- Está fortificado. – a voz do libriano saiu séria. – vocês dois estão mais fortes. Se essa força continuar, a defesa de Atena estará fortificada.

- Seremos de grande ajuda. – disse.

Acabando de chegar, Niive pegou parte da conversa e o que Dohko havia dito era uma verdade. De certo Kanon voltaria para VL, o correto seria ele na Terra. Segurou a vontade de pular no pescoço dele.

- Oi.

O marina foi em direção a ela, quando ia beijá-la, ela se afastou um pouco.

- O senhor Sttup disse que ainda temos alguns minutos até chegarmos a S1. – disse o chinês. – vão namorar. – falou aquilo pois notara a expressão da diretora.

Kanon seguia a em silencio. Os dois foram para ala reservada ao dormitório. Por ser diretora, a garota tinha um quarto privativo. Mal esperou entrarem, o marina a beijou. Niive o segurou.

- O que foi?

- Como você está? - ela indagou. - ficou por horas desacordado.

- Estou me sentindo muito bem. Você que está estranha. Nesse meio tempo me dispensou e não fui avisado? Já tomou a decisão sozinha? É isso? Não teremos futuro.

- Estamos indo rumo ao desconhecido. Não sabemos exatamente o que podemos encontrar e... você tem a sua vida em VL. Sei que quer ajudar o príncipe, mas está aqui é ridículo. Essa guerra não é sua.

- Não é minha? - começou a rir. - como não é minha? Meus amigos estão envolvidos, a dona Lirya, seus avós, Usain, Estelli, você está envolvida e não é minha?

- Não é sua. Pode ir embora a qualquer momento e voltar a ter a sua vida. Por que desperdiçá-la aqui?

- Está tomando os remédios do Saga... - passou a mão pelas melanes azuis, começando a andar de um lado para o outro. - surtou?

- É a lógica Kanon. Você e os outros caíram nessa guerra. GS não é o lar de vocês. Sei que em VL são heróis, mas aqui podem morrer facilmente. Poderia ter morrido no ataque a Maris.

- Diga logo o que quer. - a voz saiu fria. Era claro que ela estava dando um pé na bunda dele, usando a guerra como desculpa.

- Que pegue suas coisas e vá embora. Acabou Kanon.

O marina a fitou friamente.

- Então o fim daquela conversa é isso? Está me dispensando senhorita Jay?

- Sim. - disse em tom sério, mas por dentro... Depois do que o marina tinha passado em Maris tinha medo que algo mais grave acontecesse a ele. Se o dispensasse com certeza o faria pensar em retornar para VL. - pegue suas coisas e volte para Ranpur. Pedirei algum soldado que o escolte até lá.

Ele cerrou o punho nervoso. A vontade era de quebrar tudo.

- Como quiser, mas dispenso a escolta. Eu sei pilotar uma nave. Passar bem diretora.

Saiu batendo a porta com violência. Niive deixou o corpo ir a cama. Os olhos marejaram, mas respirou fundo engolindo o pranto. O momento não era para chorar. Tinha uma batalha a travar.

Kanon saiu pisando duro, mandou um recado por cosmo a Dohko dizendo que voltaria para Ranpur. Depois disso, nem o chinês, nem Aioria sentiram a cosmo energia do geminiano.

O sinal de alerta começou a soar na nave, o momento chegara. As naves de GS iniciavam o posicionamento. Niive estava reunida com os lideres de esquadra expondo as ultimas informações.

- A Ramaei surgirá por ultimo. Enquanto ela realiza o ataque, nós invadimos Belji.

- Eu irei com você. – disse Dohko. Estava um pouco preocupado. O cosmo de Kanon estava bem alterado minutos atrás e a diretora estava com uma expressão seca. Algo tinha acontecido.

- Aioria seguirá comigo. – falou Sttup.

- Cuide-se. - o libriano tocou nos ombros do leonino.

- Até parece que não conhece esse leão.- deu um sorriso confiante.

Dohko sorriu. Aioria sempre foi orgulhoso em relação aos seus poderes. Ele era um dos mais fortes entre a elite de Atena, mas naquela ocasião o sorriso dele era verdadeiro. Aioria contava com um cosmo muito superior do que da batalha contra Loki. O leão estava no direito de se sentir o tal.

Cerca de meia hora, as tropas de GS pegaram as naves de patrulhamento de S1 de surpresa.

 

O.o.O.o.O

Na sede do governo de Ranpur, Urara acompanhava toda a movimentação da área que era responsável.  Shaka estava ao seu lado.

- Ainda não detectamos invasões por parte de S1.

- Estão calados demais. - disse Shaka olhando a tela. - está pensando em alguma coisa?

- A Euroxx está estacionada aqui e a família está bem guardada. Acho que vou para Eike. É o único planeta que sofreu poucos danos com os ataques. Temo que seja alvo.

- Eu vou com você. E nem diga que é perigoso.

- Eu não pensei nisso. - sorriu. - Eike é um ponto estratégico. - voltou o olhar para tela.  Se algo acontecer em alguma parte, conseguirei me locomover rapidamente.

- Vamos avisar ao Giovanni.

O.o.O.o.O

Alisha e Shion chegaram em Alaron com segurança. Devido a ameaça de ataque, a força militar do planeta estava preparada. Com a população escondida em abrigos, as batalhas poderiam ocorrer mais livremente. Com o pedido insistente de Shion, os dois seguiram para Sora.

O.o.O.o.O

Stiva sorria satisfeito ao ver seus antigos aliados. Ele não faria bobagens como Athos e Rihen fizeram deixando ser presos e mortos. Não apenas derrotaria seus antigos companheiros, como voltaria vitorioso para S1. Haykan reconheceria seus talentos e em pouco tempo teria o cargo de subcomandante de alguma nave. Se desse sorte seria da Nau3.

xxxx

 

Iskendar estava estirado no chão. Os olhos azuis estavam opacos e fitavam um ponto qualquer. A mente do príncipe estava vazia, assim como seu coração. Nem o som da porta se abrindo chamou sua atenção.

- A que ponto chegou a família Tempestta, ou devo dizer família Hay... - Serioja trazia uma expressão de plena satisfação. Seu maior desejo de ver os Tempesttas derrotados estava se cumprindo.

O policial não respondeu, nem parecia escutá-lo. A passos lentos o chanceler de Yumeria aproximou, agachando ao lado dele.

- Será que seu pai soube da verdade? Seus pais se encontraram do outro lado e Izanami teve coragem de contar? - a voz saia cínica. - que decepcionante deve ser descobrir que é pai de um inimigo.

O jovem mexeu os olhos, erguendo-os um pouco.

- Se antes eu disse que Eron nunca viria atrás de você, hoje digo o contrário. Quando ele souber que o irmão é de S1, virá correndo te matar. Ele não pode correr o risco de ter um traidor na família.

Iskendar baixou o olhar. Eron não faria aquilo, ou faria?

- Seria inteligente da sua parte, ficar ao lado do seu avô. Você não tem serventia para Ranpur, ao contrario de S1. Sua vida estaria garantida.

- Eu não pretendo me aliar a ele... - a voz saiu baixa e sem força.

- Prefere morrer. - riu. - o mundo é muito injusto. Pessoas sem capacidade alguma detêm o poder e pessoas que poderiam comandar a galáxia, não tem essa sorte. Não nasci atlantik como o rei Samir, nem Tempestta e nem cheguei a um cargo bom como Rihen e Marius. Enquanto um bosta como você carrega os dois sangues. - levantou. Andou calmamente pelo quarto.

- Por que não me mata?

- Infelizmente não posso. Você ainda me pode ser útil. Escute garoto: - o fitou. - sua vida é insignificante. Não serve para Ranpur e Haykan não precisa tanto assim de você. Ele tem poder suficiente para decidir essa guerra sem usá-lo. E para mim serve enquanto for útil. Aprenda de uma vez, que não é ninguém e que ninguém se importa com você. Ninguém seria exagero, a única talvez fosse a vadia da sua mãe, mas ela não está mais aqui, não é? - sorriu.

De atordoado, passou a sentir muita raiva. Serioja nem viu quando seu pescoço foi tomado pelas mãos do policial.

- Não fale da minha mãe. - a voz saiu fria.

- Ficou nervoso só porque falei a verdade?

Iskendar aumentou a pressão, mataria aquele verme com as próprias mãos.

- Já que não posso sair daqui e fazer o mesmo que Eron fez, vou estraçalhar seu pescoço.

Deu um sorriso maldoso e Serioja temeu.

- Solte-o Iskendar.

Olharam para a porta, era Haykan.

- Não se preocupe você é o próximo. - disse o príncipe.

O líder de S1, aproximou sem temer.

- Solte-o, ele é meu soldado e ainda não posso eliminá-lo. - a voz saiu calma. - tenho uma proposta a fazer a você.

- Não quero ouvir.

- É do seu interesse príncipe Tempestta.

O uso do nome o deixou surpreso. Lentamente soltou Serioja que assim que se viu livre, fugiu.

- É uma proposta que pode mudar o rumo da guerra. - Haykan sorriu.

 

O.o.O.o.O

Afrodite tinha assumido a função de "segurança" da rainha. Na companhia de Saga e Aldebaran checava todo o sistema caso houvesse alguma invasão.

Mask, Kamus, Shura e Beatrice estavam na sala de reunião a espera de notícias sobre a invasão a Bellji e os ataques comandados por Dara.

Evans e Etah estavam na Euroxx verificando toda a nave. Ela precisava está apta para o combate.

O.o.O.o.O

A Antares preparava-se para entrar em batalha. Recebendo as informações dos Legos, dirigia para a área de confronto. Por aquela área está livre de civis, as tropas de GS não mediriam esforços, pelo menos era assim que pensavam.

- Capitão Yahiku, - disse um controlador. - recebemos um pedido de ajuda.

- De quem? - estranhou.

- Detectamos um sinal fraco, vindo de um planeta a trezentos mil quilômetros daqui.

- Coloque na tela.

O visor mostrou um pequeno astro.

- Posição 3.59.

- Uma armadilha de S1?

- Não parece senhor. O sinal é usado por nós.

- Abra um canal com o diretor.

A imagem de Dara apareceu, Yahiku explicou a situação.

- Desloque uma nave para lá. - pediu o eiji. - Leve alguns Legos. Se houver pessoas levem-nas para a Antares.

- Posso ir? - pediu Mu que ouvia tudo.

- Pode ser uma armadilha. - disse o capitão da Antares.

- Como pode ser civis. - rebateu.

- Tudo bem. - nem questionou. - Entre em contato com o Miro e Hely, a equipe dele ficará responsável por escoltá-los e protegê-los. Quero um acompanhamento da missão.

A imagem foi cortada.

- Destaque uma nave para auxiliá-los. - Yahiku olhou para um controlador.  - Qualquer sinal de combate nas proximidades quero ser avisado.

E assim foi feito.  Mu seguiu para o planeta, tendo Miro e Hely como escolta. Não demoraram para chegar. Hely seguiria com o ariano para ajudá-lo.

- Tome cuidado carneiro. - Miro acenou usando o braço do Lego.

- Você também.

A nave entrou na atmosfera. Era um pequeno astro com características ambientais semelhantes a Ranpur. Seguindo o rastro, a nave aproximou da superfície e então viram o cenário. A área estava devastada, pouco ao norte havia escombros do que tinha sido uma pequena cidade. A espaçonave fez uma curva parando num vale próximo.

- Fiquem em alerta. - disse a eiji. - pode ser uma armadilha.

Nos primeiros minutos não viram nada, mas com o tempo pessoas começaram a sair em meio as ruínas.

- São policiais! - gritou um homem.

- Abaixem as armas. - pediu Hely. - são civis. Rastreie toda a área.

Um grupo de pessoas aproximou.

- O que fazem aqui? - indagou a dama real, notando que havia eijis e humanos.

- Não pensávamos que a guerra chegasse até nós. - disse um senhor. - nosso planeta foi atacado e a maioria morreu. Eles destruíram nosso sistema de comunicação.

- Por isso não recebíamos pedido de ajuda.

- Há muito de vocês? - perguntou o ariano.

- Um grupo de cem pessoas, mas pode existir mais debaixo dos escombros. Toda nossa estrutura de resgate também foi destruída. - fitou o ariano. Por que aquele atlantik usava um "uniforme" diferente?

- Vamos levá-los. - Hely tomou a palavra. - Mu ajude no resgate, enquanto preparamos nossa partida. Temos que ser rápidos, pois a batalha pode chegar até aqui.

Mu concordou.

Na orbita do planeta, Miro e os demais Legos faziam a proteção.

- "Seja rápido carneiro... - murmurou. - estou pressentindo perigo."

Em terra...

Usando sua telecinese, Mu retirava escombros de possíveis lugares onde poderia ter vítimas. Aquilo facilitava o trabalho e trazia mais precisão. Os soldados de GS sentiam-se protegidos perto daquele atlantik vindo de VL. Enquanto isso Hely preparava a nave para transportar os sobreviventes. Tudo corria tranqüilo até que...

- Por Atena! - exclamou o escorpião.

Um grande contingente de naves inimigas aproximava.

- Avisem a Antares e ao diretor Dara. - Miro calibrou a arma. - temos que proteger os que estão em terra.

O confronto deu início, os Legos desdobravam para barrar as naves de S1. O grego locomovia entre elas, disparando nos pontos vitais. A batalha estava acirrada e num dado momento, foi acertado por trás.

- Mas que droga!

Nem teve tempo de reagir, um dos tiros havia atingido um dos motores. O Lego perdeu a estabilidade e a direção.  Miro saiu voando sem rumo, distanciando do planeta...

Em terra...

Mu terminava nos resgate.

- Estamos quase prontos. - disse Hely aproximando.

- Falta apenas uma área para averiguar.

Gritos, chamaram a atenção dos dois. Quando voltaram a atenção para o céu, viram naves de S1. Eles começaram a atirar.

- Atirem! - ordenou a dama real.

Os soldados voltaram as armas para as naves, entretanto as naves faziam rasantes, destruindo tudo que estava a frente. As pessoas corriam desesperadas, enquanto parte dos soldados tentava proteger as naves de GS.

- Temos que detê-los antes que pousem! - gritou Hely desviando dos raios azuis.

Houve uma explosão, parte do que era um prédio começou a ruir e cairiam em cima de alguns civis. Rapidamente Mu usou seu poder telecinetico e pegou o concreto jogando em uma das naves.

- Vão enquanto tento segura-los! - gritou.

Ouviram mais uma explosão, dessa vez o alvo tinha sido as naves de GS. Uma foi destruída e a outra danificada.

- Pilota Hely, um dos motores foi atingido! - recebeu a mensagem.

- Podemos voar?

- Precisaremos religa-los. Com apenas uma nave não conseguiremos levar todos.

Mu que também ouvia pensou rápido.

- Leve todos para perto das naves, eu vou protegê-los. Vão!

Hely não questionou. Mu voltou a atenção para as naves.

- Extinção estelar!

Fez seu cosmo explodir e com isso derrubou algumas naves, mas o inevitável aconteceu. Duas de S1 pousaram e soldados saíram de lá.

- Não teremos muito tempo... - olhou ao redor e depois elevou seu cosmo. - Muralha de Cristal!

A muralha transformou-se numa redoma circundando todo o perímetro, protegendo as pessoas e a duas naves de GS. Uma de S1 havia ficado dentro, mas Mu a derrubou.

Hely olhava impressionada. Mesmo tendo visto duas vezes, aquilo era algo impactante. Deixou o deslumbre de lado, para cuidar da escapada deles.

Miro mexia os braços e pernas tentando equilibrar-se e parar com o movimento, mas só piorou a situação pois começou a rodopiar.

- Mas que droga!! - dava comandos mas não funcionavam. Olhou o visor, a cada segundo distanciava mais do grupo e quando a energia acabasse ele morreria. - preciso me salvar.

Parou de se mover, mas os rodopios continuaram, então tentou fazer movimentos menos bruscos o que diminuiu a rotação.

- Tem que se lembrar do que Etah falou...

Em terra, Mu saiu da proteção da redoma para combater. Não queria matar aqueles homens, mas não poderia deixá-los chegar perto dos civis. Usando seu poder telecinetico, jogava-os uns contra os outros, ora e outra mirava em alguma nave.

- Preciso dar um basta.

Abriu os braços acumulando o máximo de cosmo.

- REVOLUÇÃO ESTELAR!

O poderoso ataque partiu em direção ao restante da tropa, acabando com tudo. Mu voltou para a redoma.

- Seu poder é surpreendente.

- Obrigado Hely. Estamos prontos para partir?

- Não estamos tendo impulso suficiente para decolar. Teremos que dar duas viagens, mas..

- E as tropas na órbita?

- São só Legos, que estão fazendo o possível para que mais naves não cheguem aqui. Já pedimos ajuda.

- Precisam de impulso? - olhou para a nave.

- Sim.

- Consegue transportar todo mundo?

- Apertados mais sim.

- Faça isso, coloque todo mundo dentro.

- No que está pensando?

- Vá logo.

Hely o fitou.

- Está bem.

Em orbita...

Miro estava com a situação dos movimentos mais ou menos controlada, contudo estava se distanciando cada vez mais.

- Pense Miro... - forçava a mente. - impulso! - exclamou. - é isso. Espero que funcione.

Miro girou o corpo bruscamente, começando a rodar no próprio eixo.  Agora tinha o poder da localização. Onde estaria o planeta? Pelo visor, via a imensidão negra, mas quando completou a volta, viu o planeta e batalha.

- Precisão Miro... - disse a si mesmo.

Deixou-se dar várias voltas, contando o tempo enquanto acumulava cosmo. Torcia para que desse certo e que o robô não sofresse tantos danos com a ação que tomaria. Completou uma volta e então se preparou. A seguinte seria decisiva. Ao deslumbrar os primeiros brilhos do planeta, o grego esticou o braço direito, a unha do dedo indicador ficou vermelha.

- Agulha escarlate!

Disparou todas as quatorze agulhas. E com a força veio o impulso. Miro foi arrastado a grande velocidade em direção ao planeta. Alguns Legos, que captaram um sinal, foram na ajuda dele. Miro não conseguia ver se a força já era suficiente ou se ainda estava longe do planeta. Apenas sentiu o impacto de bater em algo. Um Lego tinha segurado-o.

- Você está bem?

Miro apontou para o ouvido informando que não escutava. O companheiro deu a volta e mexeu no aparelho do motor que ficava atrás. As luzes voltaram.

- Não conseguirá atingir grande velocidade, mas poderá atirar. Só não gaste toda a sua energia, esta na reserva.

- É tudo que preciso.

A essa hora mais naves de S1 surgiram e uma delas atravessou o bloqueio indo em direção a superfície.

 Mu olhava para a nave.

- Estão todos abordo de menos você e eu.

- Entre Hely.

- Mas e você?

- Não se preocupe. Agora vá.

Depois de certificar que todos embarcaram, Mu esticou os braços. Levantaria a nave até certa altura e tentaria empurrá-la. Não sabia se sua força seria suficiente, já que era toneladas de material e ainda tinha a gravidade do planeta.

- Eu preciso tentar.

Começou a impor seu poder, contudo ela nem se mexeu. O ariano aplicou mais força e o resultado foi o transporte começar a trepidar, mas sem ergue-se um centímetro do solo. Não se deu por vencido. Elevou seu cosmo. A área ao redor começou a rachar e pequenas pedras a flutuar. A nave ergueu-se um metro, mas sabia que ainda era muito pouco.

- Ahhhh!!!!

Dobrou a intensidade de seu cosmo, a nave subiu mais de dez metros, mas balançava muito. Com aquele movimento seria difícil impulsioná-la.

- Vamos cosmo....eleve-se...

Quadruplicou a intensidade, fazendo a nave subir mais de trezentos metros.

- O poder dele é fora do comum... - murmurou Hely. - preparem os motores!

Mu sentia o efeito da ação. De repente sentiu algo acertá-lo pelas costas. Acabou perdendo a concentração e a nave começou a cair. Dentro dela as pessoas gritaram apavoradas.

Mu ergueu o olhar e usando seu poder segurou a nave, a poucos metros do chão. Sem pensar muito criou uma muralha de cristal em torno dela formando um cilindro.

- Não voltei a vida para morrer sem ajudá-los.

Levantou. Fazia duas coisas agora: erguia a nave, enquanto sustentava a muralha, mas o inimigo estava voltando.

- Queime energia. Eleve-se ao máximo!

O ariano fez seu cosmo explodir. A muralha se solidificou e a nave subia a vários metros por segundos. Mu voltou a atenção para a espaçonave de S1.

- Extinção estelar!

Um poderoso ataque partiu em direção a ela. Hely viu o brilho dourado e depois a nave ser empurrada fortemente. Os motores responderam ao impulso e ela voou.

- Mu!!!

O cavaleiro viu a nave GS transformar em ponto antes de ir ao chão...

Miro atirava em tudo, e tentava ao máximo ajudar os companheiros que estavam em apuros. Suspirou aliviado quando viu a nave em que Mu estava, chegar ao espaço. Foi até ela para protegê-la. S1 concentrou seu ataque e os Legos faziam de tudo para segura-los. O cavaleiro notou a aproximação de uma de S1 e sem pensar começou a atirar.

- Já chega de matarem inocentes.

Atirava, sem perceber que o nível de energia do Lego caia exponencialmente. Se continuasse assim poderia ficar até sem oxigênio.  Deu o ultimo tiro, pois a energia tinha acabado.

- Que droga! - largou a arma. - só tem um jeito.

Concentrou seu cosmo, disparando uma rajada de energia contra a nave. Com o impulso foi jogado para trás, bem na mira de outra nave inimiga.  Nesse momento tropas de GS chegaram para ajudar. A batalha parecia vencida, mas...

A nave que estava atrás de Miro, antes de ser abatida, atirou contra ele. O cavaleiro sentiu o corpo sendo acertado por trás muitas vezes...

- Atena... - um filete de sangue desceu pela boca.

O Lego parou de se mover e só não foi atraído pela gravidade do planeta, pois foi resgatado.

Com outra nave, Hely voltou ao planeta para procurar Mu. Encontrou-o no chão.

- Mu! Mu! - correu ate ele. - Mu!

Ficou paralisada quando viu. A vestimenta dourada tinha um orifício nas costas e abaixo de onde ele estava tombado viu sangue, muito sangue.

- Precisamos de um médico. Chame a Antares imediatamente!

Voltaram para a nave e Hely foi chamada por causa de Miro. A dama real entrou as pressas no hangar. Ficou temerosa ao ver o estado do Lego.

- Tirem- o daí rápido!

Tiveram que cortar várias partes para que Miro fosse tirado.

- Miro... - levou a mão a boca.

O escorpião estava tomado por sangue.

O.o.O.o.O

Sem maiores dificuldades as tropas de GS chegaram a Bellji. O planeta era do tamanho de Ranpur, porem grossas nuvens o envolvia dando um aspecto acinzentado negro. A nave de Niive, seguida por outras entraram na atmosfera. A diretora e Dohko ficaram surpresos pelo que encontraram, já que informações concretas sobre o local eram raras.

O céu era negro e cheio de nuvens. Dezenas de raios cortava-o, mas sem atingir o solo. A medida que as naves aproximavam, viam estruturas ponte agudas emergirem do solo.

- Que lugar ruim de se morar. - comentou o libriano.

- Não é atoa que tem fixação pela nossa galáxia. - disse a diretora. - vamos repassar o plano. - ela abriu um pequeno mapa. - nossos alvos são duas estruturas. Pelo que o príncipe Iskendar repassou, são elas responsáveis pelo abastecimento do exército de Haykan. Uma fica aqui e outra dois quilômetros ao sul.

Dohko escutava atentamente.

- Enquanto fazemos o serviço, a Ramaei seguira para além de Bellji e depois retornará para acabar com o resto. Não temos muito tempo.

- Entendido.

- A sua estrutura é basicamente no solo e subsolo. Tudo que precisa é destruir o que lhe da fonte de energia.

- Vamos cumprir nossa missão.

Seriam levados por uma nave menor. O transporte parou nas cercanias de uma das estruturas ponte agudas. Dohko olhou para cima. Nunca tinha visto algo como aquilo. As cores eram escuras e feito de metal, dando um aspecto sombrio. Aliás, até a área ao redor tinha um clima sinistro. Um solo cinza e sem vida.

- Pegue isso. - Niive o entregou um objeto. - encaixe no ouvido.

- O que é isso? - pegou, olhando-o atentamente. Parecia um fone de ouvido, mas tinha um visor. Levou-o a orelha direita. Quando encaixou emitiu um bipe.

- Isso faz praticamente tudo. - sorriu, diante da expressão dele. - ele vai te ajudar a localizar seu alvo, serve de comunicador e contém todas as informações que precisa. É um mini computador. Cinco policiais irão com você.

- Não é necessário. Vou agir sozinho.

- Dohko isso é sério.

- Niive não se preocupe. Eu ficarei mais tranquilo sabendo que está protegida. Kanon enfarta se algo te acontecer.

A diretora ficou sem jeito com os dizeres.

- Leve isso então. - deu lhe uma arma.

- Não precisa. Uso meus punhos. - mostrou as mãos.

- Tudo bem. - viu que insistir não daria certo. - quando terminar sua missão, avise. Uma nave irá busca-lo. Escute, - a voz saiu séria. - se alguma coisa dar errado volte imediatamente para a nave. Sem atos de heroísmo.

- Como quiser. - sorriu. - agora entendo porque Kanon se apaixonou por você. - ele ligou o aparelho e quando Niive diria algo, o aparelho apitou. - isso funciona mesmo. - ficou surpreso.

- Sim...

- Boa sorte Niive.

Usando a velocidade da luz partiu em direção ao alvo. A diretora ficou surpresa.

- Eles definitivamente não são normais. Vamos homens.

Enquanto os dois dirigiam-se para os alvos, a Enterprise seguia para seu alvo. A alguns quilômetros de Bellji erguia-se numa lua, uma base militar. As naus restantes não estavam lá, mas o local não estava menos desprotegido. Ao sinal da invasão, a batalha começou.

- Temos ordem para destruir tudo! - disse Sttup.

- Capitão, detectamos que no centro da lua, há uma área oca. Possivelmente Haykan guarda algo importante lá.

- Enviarei uma equipe.

- Eu vou. - disse Aioria. - só preciso que uma nave me deixe nas proximidades.

- É arriscado garoto.

- Se sobrevive a radiação... - deu nos ombros. - me coloque lá dentro que eu faço o serviço.

Sttup olhou para a armadura dourada.

- Está bem. Leve isso com você. - o deu um pequeno dispositivo que grudou na roupa do leão. - ele emite sinais de localização e pode ser usado para enviar mensagem. Termine tudo e vamos te buscar.

- Entendido.

 

xxxx 

O cavaleiro de libra atravessou as planícies de Bellji sem qualquer problema. O pequeno visor mostrou a localização exata.

- Precisamos de um desses na Terra. - disse desligando-o, não sabia se aquilo era ligado a bateria, então precisaria economizar.

Voltou o olhar para o ponto indicado, era apenas uma planície, ao norte viu uma grande muralha de concreto o que deduziu ser uma represa. Bem ao meio, havia uma construção semelhante a um cilindro, mas que não era muito alto, como as construções vistas minutos antes. Não se via a base dele. Deu um passo quando escutou um zumbido. Aproveitando de um conjunto de rochas, escondeu-se. Uma nave de pequeno porte passou por ele e diminuía a altura, até começar a pousar perto do tal cilindro. Ele esperou ver a nave, mas ficou surpreso ao ver que ela tinha sido "engolida" pelo chão.

Tomando cuidado, o libriano andou até o local onde a nave tinha "sumido". Os olhos arregalaram quando chegou a certo ponto. A construção em forma cilíndrica ficava no meio de um grande circulo que deveria ter ao menos um quilometro de raio. Estreitas pontes faziam a ligação entre a borda do circulo e o prédio. Olhando mais atentamente, percebeu que a construção era envolvida por sucessivos círculos, um dentro do outro.

- O que é isso? - indagou-se. Tentando ver o fundo. Ligou o aparelho. - central de energia de Bellji.  - franziu o cenho. - como vou destruir isso? Não tem nem entrada!

xxxx

 

Niive seguiu com os soldados para a torre que ficava o principal reator de Bellji.  Não tinha informações exatas da localização dele, mas teria que agir rapidamente. Deu ordens para se dividirem. Com todo o ataque a orbita de Bellji, a construção não estava fortemente vigiada. A diretora enfrentou alguns soldados, mas nada que causasse maiores danos. Cerca de dez minutos depois acharam a entrada para o reator. Carregando bombas, distribuíram ao longo do perímetro. Teriam vinte minutos antes da detonação.

 

O.o.O.o.O 

Alaron estava em alerta. Havia rumores que uma tropa de S1 aproximava do planeta. Em Sora, Alisha comandava as linhas de defesa.

- Temos que para-los.

- Alteza, nossas tropas estão apostos. - um alto militar de Alaron mostrava a disposição das naves. - As principais cidades contam com barreiras.

- E aqui? - indagou Shion.

- Em poucos minutos será ligada.

Sora não era um alvo importante e dificilmente saberiam que a princesa estava ali, mesmo assim Shion estava apreensivo.

- Alteza! - Rana apareceu na porta. - naves de S1 estão na nossa orbita.

Os combates começaram intensos.  Por não se tratar de um ataque efetivo, Haykan havia enviado uma tropa mediana, mas não menos poderosa. A barreira erguida em torno da capital protegia-a dos ataques. Estavam preparados para uma investida em todo planeta, mas apesar de distante Sora entrou na rota.

Shion olhava, pela janela do palácio, o surgimento de naves.

- Estão aqui.

Sora tinha sido evacuada e os moradores levados para uma fortificação que ficava dentro do palácio.  A barreira no entorno tinha sido ligada, mas ao julgar pelo armamento, talvez ela não aguentaria. Naves atlantiks combatiam as de S1.

- Se essa barreira falhar há outra? - indagou Shion fitando Rana.

- Não. A fortificação fica abaixo do palácio e protegida pela montanha, mas...

Ouviram um forte estrondo. As atenções voltaram para a barreira, ela estava oscilando.

- Rana, entre na fortificação. - Alisha aproximou. - estará segura lá.

- E a senhorita?

- Eu ficarei aqui.

- Não pode ficar aqui!

Shion não escutava a pequena discussão, olhava atentamente para a barreira. Mesmo estando dentro da montanha seriam um alvo fácil. Ele precisava fazer alguma coisa.

- Alisha siga com a Rana. Eu vou tentar segura-los.

- O que?

Ele nem respondeu. Deu um salto e correu pelo jardim. Parando a pouco da barreira, viu o quanto ela era frágil.

- Se fiz uma vez posso fazer de novo.

A barreira rompeu ao ultimo tiro de S1. As naves restantes miraram no palácio, deixando a todos temerosos.  As naves atiraram e Shion seria facilmente alvejado, contudo os tiros pararam.

- Muralha de Cristal... - murmurou.

A muralha percorreu em segundos o perímetro do castelo e o fechou num casulo.

Os inimigos não desistiram, aumentando o poder de fogo.

- Não subestimem o mestre do santuário.

O cosmo do ariano elevou-se rapidamente. A muralha tornou-se de maleável a dura.

- Desapareçam.  REVOLUÇÃO ESTELAR!

Shion atacou com todas as forças. Seu poder atravessou a muralha atingindo em cheio as naves.

Ainda não satisfeito aumentou a área de proteção da muralha. Só sairia dali depois que os ataques a Alaron terminassem.

                                               

O.o.O.o.O

A tropa liderada por Urara acabava de chegar a Eike. O planeta ainda tinha as marcas da ultima batalha. Recebendo o aviso que algumas naves inimigas tinham ido para Alaron, a diretora chefiava uma equipe de ajuda. A sede do governo do planeta servia de base. Shaka estava ao seu lado e a eiji não pode deixar de notar os olhos fechados do virginiano. Desde que saíra de Ranpur ele estava assim, além da palidez excessiva.

Cortando seus pensamentos, ouviram o barulho das sirenes.

- Eles estão aqui. - disse Shaka colocando o elmo de sua armadura.

Os ataques começaram semelhantes a Alaron, já que o alvo principal era outro. As batalhas estavam mais concentradas dentro do planeta.

- Quero dois regimentos a sudoeste! - Urara dava as ordens enquanto carregava sua arma. - não deixem aquela nave com soldados pousar. Cerquem todo sul da cidade.

- É melhor ficar dentro do prédio. - pediu o indiano.

- Sou uma diretora e não uma boneca de porcelana. Vamos soldados mexam-se!

Shaka não disse mais nada. Ele voltou a atenção para o céu. Naves inimigas sobrevoavam baixo. Felizmente, a cidade tinha sido evacuada e ela estava praticamente vazia.

Uma nave de S1 de maior porte aproximava da sede do governo. Urara montou as pressas uma equipe para conte-la.

- Atirem!!!

Tiros vermelhos eram disparados na direção da nave.

- Shaka, não se meta. - estava preocupada com a saúde dele. - fique atrás de mim.

Ela mal acabou de falar, ouviram uma explosão. Todos os homens foram jogados ao chão, inclusive Urara.  O virginiano levantou, ao fitar a diretora no chão, o sangue gelou.

- Urara...

- Essa foi por pouco... - sentou. Trazia alguns cortes no rosto.

- Miseráveis... - o indiano voltou a atenção para a nave. - fiquem todos atrás de mim.

- Mas Shaka...

- É uma ordem diretora. - a voz saiu fria.

Shaka elevou seu cosmo, criando uma barreira em torno de Urara, dos soldados e da sede do governo.

- Shaka! - ela tentou passar, mas a barreira a impediu.

O cosmo do indiano aumentava a cada segundo. Outras naves ao verem a barreira se dirigiram para lá, começando a atirar.

Urara estava temerosa pelo cavaleiro. Shaka ainda não tinha se recuperado do ultimo ataque, ele poderia...

- Shaka!! - mirou na barreira, mas ela absorvia os tiros. - Shaka!

O cavaleiro fitou as mãos. Depois que despertou, seu cosmo estava muito mais poderoso.

- Acham que estão lidando com quem...? - murmurou. - desapareçam... - abriu os olhos.  - Rendição divina.

A luz intensa espalhou-se pelo local. Urara levou as mãos aos olhos para protegê-los. O cosmo de Shaka explodiu, provocando um rastro de destruição. As naves que sobrevoavam foram arrasadas facilmente.

Tentando permanecer com os olhos abertos, a diretora via a onda de choque espalhar pelo local. Estava impressionada. O poder dele não tinha limite?

 

O.o.O.o.O 

Serioja nem quis saber qual era a proposta que Haykan faria ao príncipe, saiu rapidamente. O líder de S1 caminhou lentamente para o interior do quarto. Iskendar o observava.

- Quero que se junte a mim.

O príncipe sorriu.

- Não me trouxe até aqui achando que isso seria possível.

- Você só tem a mim Iskendar. - disse. - Serioja me repassou algumas informações sobre você, mas eu fiz uma investigação mais apurada. - começou a andar pelo quarto. - GS é uma galáxia muito avançada, mas não é perfeita. Prova disso os piratas, mercenários e os escravos. Deve ter sido muito difícil os anos que passou em Hur.

O policial ficou surpreso, ele sabia daquilo? Vendo que Iskendar não diria nada, Haykan retomou a palavra.

- Era cercado de carinho pela Izanami e depois sendo cuidado por Samir, deve ter sido duro ser tratado como um animal. Enquanto Ranpur sonhava com o retorno do pequeno príncipe, você era surrado toda vez que não fazia as tarefas. Um Tempestta sendo um escravo. Ironia... - o fitou.

- Não sabe de nada.

- Realmente não sei. Não nasci com um destino como o seu. Cresceu em meio a mentiras, perdeu as duas únicas pessoas que se importavam com você, foi escravo e agora não passa de joguete nas mãos de GS. É um destino cruel.

- Não sou joguete. - o policial deu um passo. - tenho tanto direito como Eron.

- Encare os fatos Iskendar. Você não tem nada. Com todo o aparato militar que GS tem e nem te procuraram. Eron não deve está dando a mínima e vai ficar pior quando descobrirem que tem o meu sangue. Que é um descendente de Haypen. É bisneto do homem que matou o pai de Eron. Acha que ele vai se esquecer disso?

Iskendar ficou em silencio. Aquilo tudo era mentira. Eron não pensava aquilo e jamais pensaria. Ele se importava com ele. Eram irmãos. Era a sua única família.

Haykan queria sorrir, mas conteve-se.  Pensava que teria que usar a força para convencê-lo, mas viu que não seria necessário. Iskendar havia crescido em meio a mentiras e sofrimento. Por mais que ele negasse, seu ser era tomado pelo ódio, mágoa, ressentimento e inveja.

- É uma pena que nasceu com esse destino. - retomou a palavra, despejando ainda mais veneno. - tudo poderia ter sido diferente não é? - o fitou. - se Soren soubesse da sua existência desde o começo, a essa hora poderia está com ele. Sua vida poderia ter sido perfeita. Cresceria no palácio, teria a presença da rainha Bruni, teria a melhor educação. Izanami e Soren poderiam ter até outros filhos. Talvez não tivesse morrido na explosão da Euroxx... a grande pintura no salão principal teria a sua imagem retratada e não a de Eron.

As palavras de Haykan batiam fundo em Iskendar. Muitas vezes, depois da surra que levava enquanto era escravo, olhava para o céu se perguntando como seria sua vida em Ranpur. Lembrou-se também das palavras de Torin. Era seu destino ter tido aquela vida. Não havia escolhas para ele.

- Sei que tem apreço pelo governador de Sidon, mas quando ele souber quem você é, ele vai abandona-lo. - Haykan voltou a falar. - Dara é um eiji, não vai trair a raça dele por você.

Iskendar o fitou na hora.

- Está vendo? Você não tem ninguém e ninguém se importa realmente com você. Izanami e eu tomamos caminhos diferentes e gostaria que isso não acontecesse novamente.

- Você também pouco se importa comigo. - a voz saiu fria.

- Não faço o papel de avô amoroso, mas enxergo em você a minha Izanami. Não a que foi deformada por GS, mas a orgulhosa neta de Haypen. Eu quero protege-lo, pois sei que Eron fará de tudo para mata-lo. O alto comando de GS não vai querer correr o risco de um sloni no poder. Eron não vai querer dividir o reino de Ranpur com um sloani. Infelizmente seu nascimento atrapalha a vida de muitos e só a sua morte pode resolver.

O policial imaginou a cena... primeiro Dara lhe daria as costas, depois Eron ordenaria a seus amigos que o eliminasse.

- Iskendar estou te dando a chance de mudar seu destino. De sair do anonimato para ser o protagonista. Você pode ser o líder das duas galáxias. Chegou a hora da vingança.

- Vingança?

- Destrua o conselho, destrua a instituição da polícia galáctica, destrua Ranpur. Destrua tudo que te fez sofrer. Vingue-se de todos. Vingue-se de Eron e assuma seu lugar por direito. Está na hora de por fim em toda magoa e ódio que sente. Vingue-se de todos. Com seu punho pode acabar com tudo.

O rapaz abraçou a si mesmo. Estava dividido. Sempre sentiu ódio de Eron, por ele ter tido tudo. Mesmo com sua morte, Soren não deixou de preocupar com Eron, tanto que pediu a ele que o protegesse. Em nenhum momento disse a Eron para proteger o irmão.  Eron sempre estava acima de tudo. Sempre.

- Venha Iskendar. - Haykan estendeu-lhe a mão. - agora está no lugar ao qual pertence.

Ele hesitou um pouco, mas acabou aceitando a mão.

Há milhares de quilômetros dali, Noah estava na sala da Enraiha. Ela estava silenciosa e aquilo o deixava incomodado. De repente a bola azul emitiu um brilho. O conselheiro aproximou para ver melhor a suposta visão. A expressão ficou fria. Viu o palácio de Shermie ser envolvido por nuvens negras, em seguida uma estrela de quatro pontas, símbolo da família, partir-se em duas partes. Uma ficou dourada e a outra negra.

- Eron e Iskendar carregam sentimentos instáveis... - murmurou. - qual coração foi dominado?

O.o.O.o.O

Giovanni estava impaciente. Não tinha recebido noticias nem de Dara, nem de Niive. Queria ir atrás do irmão, mas Kamus tinha razão.

- Sossegue homem. - pediu Shura.

- Eu não consigo. - chamou por sua armadura. - se não posso procurar meu irmão, pelo menos tentarei ajudar Dara. Vão comigo?

Kamus e Shura trocaram olhares.

- Vamos avisar o Dite.

Apesar de achar arriscado, Afrodite concordou com a resolução. Conhecia o amigo, ele não era de ficar de braços cruzados.  Abrindo um hadren vermelho seguiu em direção onde estava a tropa de Dara.

Mal o hadren fechou uma esquadra de S1 surgiu.

As sirenes ecoaram por toda a capital, na Euroxx os policiais corriam para assumir seus postos.

- Abram fogo contra todos! - ordenou Evans. - Etah vá para o palácio.

- Sim capitão.

No palácio, os policias que faziam a segurança circundaram o prédio.

- Senhora Lirya, - Dite já vestia sua armadura. - fique aqui. Beatrice e Marius também.

- E meu filho?

- Ele foi atrás de Dara. - disse Deba. - ele não consegue ficar parado.

- Eu sei... - murmurou aflita.

- A Euroxx está em orbita?

- Sim senhor Marius, - respondeu Saga. - nós vamos proteger a todos.

O ataque que Haykan destinara a Ranpur, não era para provocar danos a estrutura de Shermie. Era um ataque mais sofisticado, lento e letal. Furando o bloqueio feito pela Euroxx, algumas naves passaram tomando rumo certo: o palácio.

Etah que estava a caminho parou com seu Lego na pista de pouso.

- Algumas naves entraram. - informou as demais naves aliadas.

Dentro do palácio, Saga, Dite e Deba traçavam uma estratégia.

- Irei fazer uma barreira com as minhas roseiras. - disse Dite. - Deba fique perto da rainha e dos demais.

- Sim.

- Eu vou abrir uma fenda e tentar jogar as naves para outra dimensão.

- Ótimo. Vamos.

Os três foram cumprir suas missões, no caminho encontram com Etah que ajudaria na proteção da rainha.

- Boa sorte.  - Saga abriu uma fenda e entrou.

A fenda criada pelo geminiano abriu no centro da cidade.

- Preciso derruba-los.

Usando seu novo poder, Saga criou uma fenda que o levou até o topo de um arranha-céu. Disparou uma rajada de cosmo, para chamar a atenção. E conseguiu. O geminiano preparou-se. Desde que acordou, do incidente do dia anterior, sentia seu cosmo mais forte.

- Explosão Galáctica!

A poderosa cosmo energia partiu em direção as naves. Do palácio, Afrodite e os demais viram o raio de luz.

- Aioria, Shaka, Dohko, Aldebaran, Kanon e Saga ficaram mais fortes... - murmurou o pisciano.

O ataque de Saga atingiu todas as naves, destruindo-as. Até o próprio ficou impressionado com o feito. Ele apenas não contava que uma nave estava protegida por escudo que a tornava invisível. A nave seguia lentamente para o palácio e pegou todos de surpresa quando atirou. Um dos tiros pegou uma ala do palácio.

- O que foi isso?? - Dite desviou dos escombros que caiam. - "vocês estão bem?" - comunicou por cosmo.

- "Sim Dite." - respondeu Deba. - "o que aconteceu?"

Quando o pisciano ia responder um novo tiro.

- Afrodite! - Saga tinha aberto uma fenda.

- Tem algo aqui, mas não consigo enxergar. - olhava para cima.

- Faça uma barreira.

O sueco elevou seu cosmo. As trepadeiras começaram a surgir e envolver todo o palácio.

 - Tente mantê-la até eu destruir o causador disso.

No palácio, Etah avisou Evans sobre o ataque misterioso. O capitão da Euroxx não via nada no radar que mostrava a existência de uma nave perto do palácio.

Aldebaran desceu para ajudar os amigos.

- É uma nave?

A pergunta foi calada com um novo tiro. A barreira criada por Afrodite resistiu.

- Não temos tempo, Aldebaran.

- Esperem, eu tive uma ideia. - o sueco pegou uma rosa vermelha. - consegue criar mais uma fenda? - olhou para Saga.

- Acho que sim.

- Crie várias no céu no entorno do palácio, preciso de uma o mais alto que puder. Aldebaran, - fitou o brasileiro. - preciso que me lance o mais alto possível.

- No que está pensando?

- A nave mesmo estando invisível será tocada pelas rosas. Quando a verem derrube-a.

E assim fizeram. Saga mirou para cima, abrindo várias pequenas fendas a uma altura considerável. Depois criou uma, mais alto que as demais. Afrodite correu até o taurino, que acumulando toda a sua força o lançou para cima. O sueco torceu para que não batesse contra a nave. Ele voou a uma grande distância.

A nave por sua vez começou a abrir fogo contra a barreira. Eram tantos tiros que nem perceberam algo diferente atingir a barreira.

- Rosas diabólicas.

Pétalas de rosas começaram a se espalhar pelo céu, ajudadas pelo vento, o processo foi ainda mais eficiente, pois a rosas entravam e saiam pelas fendas de Saga, tendo uma abrangência maior. Em um dado momento Saga e Deba viram a silueta de algo.

- Agora Saga! Grande Chifre!

- Explosão galáctica!

Os ataques combinados foram em direção a nave. Antes que a atingissem, Dite entrou

numa fenda. Rapidamente Saga criou outra para que o pisciano chegasse a terra a salvo.

As energias dos dois cavaleiros chocaram-se contra a nave, que recebia também um ataque da Euroxx. A ameaça de S1 tinha terminado...

 

O.o.O.o.O

Vinyl era uma lua que ficava depois de Bellji, desértica e só com uma construção. A nave deixou Aioria nas imediações. Quando o grego voltou o olhar para céu, viu dezenas de luzes vermelhas e azuis.

- É só tocar fogo em tudo. – disse correndo até o local.

Devido aos combates na órbita, aquele lugar estava repleto de naves, soldados e tanques. A estrutura era retangular de metal e tinha a cada distância pequenas torres. Quando o grego pisou na primeira parte da construção, o fogo abriu-se contra ele.

- Sem cosmo. - abriu as palmas das mãos. Os raios tomaram conta do local.  - "será que eu consigo condensa-los?" - pensou. Começou a juntar alguns raios nas mãos, a medida que se uniam ganhavam forma de pequenas "facas" com um brilho esbranquiçado. - gostei disso. - fez mais.

Aioria avançou, lançando suas "facas elétricas" em tudo e todos e desviando dos tiros.

Antes de seguir para o alvo principal, viu que o local tinha um anexo, onde dezenas de naves estavam estacionadas. Mirou seu ataque nelas, destruindo-as. Voltou para o centro da construção.  A edificação contava com uma grande fenda que descia metros abaixo.

O grego fez o número de raios aumentarem. O espetáculo era magnifico ao mesmo tempo fatal, já que os últimos soldados e artilharia caíram.

Para aquele ataque utilizaria seu cosmo. Elevou-o ao maximo.

- RELAMPAGO DE PLASMA!

O ataque partiu em direção ao fundo do buraco. O efeito foi imediato, a construção entrou em colapso.

Segundos depois o grego já estava a caminho da Ramaei.

 

xxxx

Dohko tentava encontrar uma maneira de entrar na estrutura quando a terra começou a tremer. Viu dezenas de naves surgirem e de dentro do cilindro muitos homens. O brilho resplandecente da armadura chamou a atenção deles, que começaram a atirar.

- Droga! - levou o escudo ao rosto.

O cavaleiro saltou para trás e tentava desviar dos tiros luminosos. Não demorou muito para algumas naves também começarem a atirar.

- Não tenho tempo a perder. - elevou seu cosmo.- cólera do dragão!

Mirou para o céu acertando algumas naves. Achou que tinha resolvido um dos problemas, mas escutou o ranger de algo se abrindo. Uma porta apareceu na construção fazendo aparecer objetos estranhos, ao olhar do chinês. Pareciam tanques de guerra, porém muito maiores e com formatos estranhos.

- Realmente achei um lugar importante. - sorriu.

Tirou o aparelho do ouvido, tendo o cuidado de escondê-lo num buraco. Se aquilo quebrasse...

O libriano partiu em direção ao exército, desviando dos tiros. Não queria usar seu cosmo contra eles, por isso pegou sua barra dupla.

A medida que avançava jogava os soldados pelas fendas da construção. Os tanques porém não davam trégua. Dohko acabou sendo acertado no braço.

- Que droga. – saltou para trás. – não quero nem saber se isso atravessa armadura. – ascendeu seu cosmo. – Cólera dos cem dragões!

Disparou contra os tanques. Eles explodiram, mas não fizeram grandes estragos a estrutura principal. Mirando seu cosmo, destruiu as naves que estavam próximas e depois lançou contra a estrutura. Houve explosões, mas nenhuma significativa.

- Só isso não basta... – murmurou.

A atenção foi desviada para a parede de concreto a metros de distância. Ela estava numa elevação.

- Se aquilo for um rio, talvez...

Correu ate lá, ficando impressionado com a magnitude. Era centenas de vezes maior e mais larga do que a de Lain. Escalou as rochas, até topo. Sorriu ao ver a água. Daquele ponto tinha uma visão perfeita da área. Se direcionasse corretamente a água, talvez pudesse inundar a plataforma.

- Só tenho uma chance. – ascendeu seu cosmo. Quando acumulou suficiente, desferiu um soco numa área da barragem. Nos primeiros segundos não ouviu nada, mas depois a área começou a tremer. Surgiram trincas no concreto e a água começava a escapar. Não demorou para a barragem entrar em colapso, liberando toda a água. O trabalho de Dohko começou. Lembrando que tinha feito em Lain, usou as mãos para direcionar o fluxo da água. Não estava sendo fácil, pois o volume era muito maior.

Não pensou duas vezes, saltando para poucos metros a frente da antiga barragem.  Erguendo as duas mãos forçou o fluxo para um lado. A água batia nele com força, mas não desistiria. Ergueu novamente seu cosmo, empurrando com toda força, a coluna de água.

O fluxo tomou o rumo da construção e em questão de segundos entrava pelas áreas abertas dela.

- Parte dois.

Saltou o mais alto possível.

- CÓLERA DO DRAGÃO!

Mirou num ponto específico do cilindro, o mais baixo que enxergou. Com o rombo feito a água penetrou na estrutura.

- A Enterprise faz o resto do serviço. - procurou por seu aparelho. – mas que droga! Quebrou!

 

xxxx 

- Diretora, estão armados. Conseguimos também entrar na base de dados.

- Ótimo. Vamos dar o fora daqui.

A saída tinha tudo para ser tranquila, porem eles foram pegos. A troca de tiros foi intensa e Niive se viu presa na estrutura junto com seus homens. Ela consultou seu aparelho. Ele tinha um dispositivo ligado as bombas que poderia retardar a detonação em cinco minutos. Não pensou duas vezes.

- Eu vou distrai-los, vocês saiam daqui.

- Mas diretora... - disse um dos soldados.

- Vocês têm informações, precisam entregar ao presidente. Vão logo!

Jogou um pequeno objeto que emitiu uma luz forte. Enquanto os soldados corriam para um lado, ela atraia os inimigos para outro lado.

Niive atirava sem parar e mesmo conseguindo desviar, acabou sendo acertada nos braços. Um tiro passou de raspão pelo rosto provocando um corte rapidamente cicatrizado.

Ela atingiu um corredor que tinha um dos lados paredes de vidro. Atirou numa parte e sem pensar pulou. Ela bateu com força contra a estrutura do andar de baixo. Era uma plataforma de pouso e decolagem e por sorte não havia naves.

- Ai...- murmurou sentindo dor pelo corpo.

Levantou, indo até uma porta. Atirou várias vezes, para fazê-la abrir, o que funcionou. Acessando seu dispositivo notou que faltava cinco minutos para a explosão. Ela correu, até o final do corredor, arrebentando outra porta.

- Que porra! - gritou irritada.

Era outra pista de decolagem e não havia nave alguma que pudesse usar. Olhou para o dispositivo faltavam dois minutos. Ela chegou a beirada, era muito alto...

- Que droga... espero que a minha regeneração esteja boa. - deu vários passos para trás.

O cronômetro zerou. O centro do prédio explodiu. Niive saltou, mas a expansão do ar a empurrou, aumentando ainda mais a velocidade. A diretora caiu no chão, perdendo os sentidos...minutos depois...

- Ai... no mínimo alguns ossos quebrados. - ergueu um pouco o corpo. Estava com muitos machucados, os mais simples foram curados instantaneamente, outros demoram um pouco mais.

- Parada.

Ela ergueu o rosto. Viu em meia a fumaça e poeira uma dezena de soldados que apontavam suas armas para ela.

- "Mesmo que eu atire, não será suficiente..."

Ela apenas piscou os olhos e tudo foi de repente... Pequenas fendas dimensionais apareceram sugando os soldados.

A diretora arregalou os olhos, pois não sabia o que tinha acontecido. Com um pouco de dificuldade levantou, usando um pedaço de parede para apoiar. Escutou passos. Ela pegou sua arma, apontando para o local onde ouvia o barulho. Primeiro viu um brilho dourado depois suspirou aliviada ao ver alguém de armadura.

- Não me assuste assim. - guardou a arma. - você...

Parou de falar ao perceber a expressão fria que Kanon dirigia a ela.

- Kanon... - consertou a postura. - o que faz aqui? Não deveria está em Ranpur? - a perna doía, mas nada que algumas horas de descanso não curariam.

Ele ignorou as perguntas andando a passos duros até ela. A expressão do rosto não se alterou o que a deixou ressabiada. Até parecia que estava diante de algum soldado de S1.

- Kanon...

O marina parou a centímetros dela, encurralando-a com os dois braços. O coração da diretora batia descompensado. Estava feliz por ver o grego ao mesmo tempo com um pouco de medo. Ele jamais a olhara daquela forma. Surpreendendo-a ele a beijou. Com muita luxuria e posse.

- Ficou doido? - a voz saiu entrecortada.

- Escute Niive, - o timbre era sério. - você é minha e nada do que disser ou fazer vai mudar isso.

- Como? - não acreditou. Estava numa missão importante e ele...

- Não percebe que eu te amo porra!

A declaração a fez arregalar os olhos.

- Eu não vou voltar para a Terra eu vou ficar aqui! - a voz abrandou. - quando Sttup disse que estava aqui eu fiquei louco... e a explosão... - suspirou fundo. - eu te amo... - tocou gentilmente no rosto dela. - de verdade.

Niive tentava permanecer indiferente, mas as palavras dele...

- Kanon... - os olhos marejaram.

- Meu lugar é aqui, - a abraçou. - ao seu lado.

Os ataques aos centros de energia tinham sido um sucesso. Percebendo o cosmo de Kanon, Dohko dirigiu-se para o local.

- Ainda bem que está aqui. - sorriu ao vê-lo, Kanon jamais deixaria Niive para trás. - meu aparelho quebrou. - fitou a diretora. - o que aconteceu com você?

- Nada. Isso tudo vai sumir. Vamos embora, logo a Ramaei estará aqui.

Há milhares de quilômetros dali, Haykan acompanhava os embates entre suas tropas e as de GS, no sudeste da galáxia.

- Senhor!! - um soldado entrou as pressas. - senhor!!

- O que foi? - indagou contrariado.

- Um pedido de ajuda de Bellji. Tropas de GS estão atacando.

- Como? - levantou na hora. - como atacando?

- Um ataque furtivo. Nosso centro de energia em Vinyl foi completamente destruído.

- Como? - Haykan não acreditava nas palavras.

- Os de Bellji também foram destruídos.

O líder ficou em silencio. Antares estava no combate próximo a ele e GS não contava com uma nave de grande porte para uma invasão dessa magnitude.

- Como eles foram destruídos...?

- Foram.... - tinha até receio de dizer. - foram os amigos do príncipe. Eles destruíram tudo. Além disso....é melhor ver.

Colocou um dispositivo no painel. Haykan ficou pálido ao ver a nave principal do ataque.

- Desde quando...

- Se não tivermos reforços, eles vão destruir o restante.

Não houve tempo de Haykan ordenar algum contra ataque. Depois de arrasar Vinyl a Ramaei Enterprise provocou uma grande destruição na capital de S1. Todo aparelho militar do líder havia sido aniquilada. Depois do sucesso da missão, Niive e os demais envolvidos voltaram para Ranpur.

 



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