1. Spirit Fanfics >
  2. Tempestta >
  3. Rumo ao Confronto Final

História Tempestta - Rumo ao Confronto Final


Escrita por: KrikaHaruno

Capítulo 33 - Rumo ao Confronto Final


 

O calendário marcava o vigésimo sexto dia dos santos de Atena em solo de GS. Os últimos acontecimentos espalhou um clima de apreensão na galáxia.  Muitos temiam que aquele conflito resultasse numa mortandade ainda maior do que na guerra passada. A sensação de insegurança era quase palpável. Marius, Evans e Sttup praticamente passaram a noite em claro, arquitetando um plano B, caso o jovem Eron saísse do controle. Não era o que queriam, mas a vida de bilhões dependiam disso.

Como Shion havia dito, não teve dificuldades em consertar a armadura de Câncer danificada por Shura.

No hospital de Ranpur, o estado de Miro era bastante delicado. Apesar de ser um grande cavaleiro, seu corpo era mortal e havia sido almejado gravemente. Era um milagre está resistindo até aquele momento.

Kamus, que passara a noite no hospital, estava deitado de forma desconfortável numa poltrona. Beatrice insistira para que ele fosse embora, mas ele recusou.

Assim que despertou, fez sua higiene e foi olhar os aparelhos ligados ao escorpião. Devido aos traumas que ele havia sofrido, a equipe médica achou melhor mantê-lo em coma induzido e dentro de uma câmara.

- Precisa se recuperar Miro. - disse. - não podemos voltar sem um cavaleiro.

No andar debaixo, o cenário era outro. O cosmo de Mu queimava brandamente ao redor dele. Ele não estava dentro de uma câmara de recuperação, mas parecia está devido a barreira translúcida ao redor da cama.  Segundos depois, os objetos do quarto começaram a levitar.

Beatrice tinha acabado de chegar ao hospital. Recebera os boletins dos cavaleiros preocupando-se com o estado de Miro. Temia que algo acontecesse a ele. A garota deu uma batida na porta do quarto do ariano antes de entrar.

- Ah! - gritou assustada.

No quarto, todos os objetos flutuavam de forma desordeira, inclusive o próprio ariano estava suspenso.

Saiu as pressas atrás de Kamus.

- Os médicos não disseram nada. - dizia enquanto corriam pelo corredor. - deve ter acontecido agora de manhã.

O francês abriu a porta de uma vez. Os objetos voavam de forma frenética e Mu parecia inconsciente enquanto flutuava.

- Fique aqui. - disse para a garota.

Tampando o rosto, Kamus avançou. Precisava acordar Mu, ou a situação poderia piorar.

- Mu! - olhou para cima. - Mu acorde!

O ariano abriu os olhos e por segundos não sabia onde estava. Sentou na "cama".

- Kamus??!! - exclamou ao perceber que estava levitando. - o que eu faço aqui em cima?

- Achei que pudesse me responder. - deu um leve sorriso. Estava aliviado por vê-lo aparentemente bem.

- Como....-  desceu sentando na cama. - como vim parar aqui?

- Conseguiu salvar todos. - Beatrice aproximou. - mas acabou se ferindo. Como se sente?

- Me sinto bem. - olhou para as mãos. - e os demais?

Kamus contou tudo que aconteceu.

- Eu não esperava que ele fosse trair o irmão. Está explicado o surto do Giovanni.

- Estamos muito preocupados com isso.

- Mesmo Shion contando não consigo imaginar como ele era antes, mas ontem deu medo. - disse Bia.

Mu e Kamus trocaram olhares.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

Logo cedo, Giovanni estava reunido com Marius, Sttup, os capitães das naus, Dara e Urara. O jeito agressivo do canceriano, deixava-os assustados. Lirya que assistia a reunião temia o futuro do filho. Suas ações não conduziam com a personalidade dele. Será que o assassino sanguinário tinha voltado?

- "Não." - balançou a cabeça negativamente. - "meu filho não é assim."

- Estamos entendidos? - fitou friamente a todos.

- Sim alteza. - disse Sttup. - iremos providenciar tudo.

- Ótimo. Estarei no meu quarto caso precisem de mim.

Ele saiu sob o silêncio de todos.

- São ações bastantes belicistas. - começou Urara, olhando para o mapa. - eficientes, mas dignas de Haykan. Desculpe majestade. - olhou para a rainha.

- Não se preocupe. Ele está assim mesmo e não sei o que fazer. - caminhou até a mesa. - não sei como fazê-lo voltar ao que era.

- Seus amigos estão bem preocupados. - disse Urara. - e para estarem assim eles temem que a situação se complique.

- Haykan tem uma arma de destruição em massa e diante disso precisamos de um pulso forte, mas... - Yahiku olhava para todos. - está forte demais.

- Majestade, - a voz de Marius chamou a atenção de todos. - eu espero sinceramente que isso seja apenas uma fase de Eron e que ele volte ao normal, entretanto se isso não acontecer teremos que aplicar a lei 45 do código do conselho.

- Como? - Lirya levou um susto.

- Acha necessário chanceler? - indagou Dianeira igualmente surpresa.

- Infelizmente.

- Do que se trata essa lei? - perguntou Urara. Ela representava as vezes Noah no conselho, mas não sabia de todas as leis que regiam a organização.

- Essa lei foi feita a época da formação do conselho, - iniciou Dara. - o governo de GS tem que ser feito por um Tempestta, salvo exceções. A primeira é quando não tiver nenhum herdeiro. Segundo, quando o próprio Tempestta decide abdicar. Terceiro, quando o Tempestta não tem capacidade de governo. - olhou para Urara. - e essa situação se encaixa nessa clausura.

- O que consideram incapacidade de governo?

- Distúrbios mentais ou despotismo. Sei que estamos em guerra e Eron pode declarar oficialmente estado de sítio, mas suas ações estão além disso. Se aplicarmos a lei 45, Eron perde os direitos de governar e as decisões passam para o conselho.

- Estão pensando em interditar meu filho? - Lirya estava chocada.

- Majestade, - Marius tomou a palavra. - o devotamento de todos nós a família Tempestta é incontentável porém não podemos admitir certas ações de seu filho.

- Lirya, - Evans só a chamava assim em raras ocasiões. - faremos de tudo para que não precisemos chegar a esse extremo, mas esteja preparada.

- Eu sei. - soltou um suspiro triste. - infelizmente é a verdade.

- Creio que deveriam comunicar a Shion. - disse Urara. - mesmo sendo príncipe, o atlantik é o superior dele na Terra. Saberá lidar com o Eron caso isso venha a acontecer.

- Todos saberão. - concordou Sttup. - infelizmente são os únicos que poderão controlá-lo se algo der errado.

 

 

xxxxx

 

Os dourados estavam reunidos no quarto de Afrodite e o assunto era Giovanni.

- Viram como o cosmo dele está vibrando diferente?! - exclamou o pisciano. - ele vai fazer merda!

- Não podemos simplesmente trancafiá-lo. - disse Saga. - ele é o príncipe. No santuário poderíamos colocá-lo no cabo Shounion, mas aqui...

- Mas se não fizermos nada, ele não terá reino. - Dohko caminhava de um lado para o outro. - Afrodite tem razão, ele vai fazer merda!

A sensação de um cosmo conhecido fez todos silenciarem.

- Bom dia. - Mu parou na porta.

- Graças a Atena! - exclamou Deba, dando lhe um abraço. - como está?

- Recuperado.

- Ao menos uma notícia boa. - Shura tocou no ombro do amigo. - e o Miro?

- A mesma coisa. - disse triste. - mas ele vai se recuperar. Kamus está com ele. Já estou sabendo do Giovanni. - Aioria pegou uma cadeira para ele se sentar. - o que faremos?

- Por enquanto nada. - disse Saga. - vamos dá-lo mais tempo e se ele não voltar, agiremos.

- Aposto que falavam de mim.

A voz fria de Mask os fez calar.

- Falávamos sim. - disse Dite. - pois o que está diante de mim é o Mascara da Morte e não o Giovanni da Helena.

O canceriano deu um sorriso de canto.

- Espero sinceramente que não se metam.

- E se metermos? - Shura deu um passo a frente. - vai fazer o que? Vai nos matar? Como mandou matar aqueles prisioneiros?

- Não. - o olhar frio foi para todos. - mas terão passagem só de ida para a Terra. - voltou a atenção para Mu. - vejo que está bem.

Saiu sem dá-lo chance de resposta. Os cavaleiros olharam entre si. Giovanni carecia de atenção.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

Kanon estava sentado no sofá do apartamento de Niive tendo Estelli no seu colo. A garota dormia profundamente.

- Ela só dá trabalho. - de forma terna Lya a pegou no colo.

- Trabalho algum. Pode deixar que eu levo.

O cavaleiro a deitou gentilmente na cama. Antes de sair deu lhe um beijo na testa.

- Estelli se apegou a você. - disse Lya fitando os dois. - ela sempre foi arredia com estranhos.

- Eu também gosto dela. E olha que não acho graça em crianças. - riu, fechando a porta.

- Ficará aqui?

A pergunta da senhora o pegou de surpresa.

- Desculpe perguntar, mas... eu me preocupo com a Niive e com a Estelli. As duas se apegaram a você e sofreriam muito se fosse embora.

- Eu vou ficar senhora Lya. Eu terei que ir a Terra me acertar com o meu elementar, mas o meu lugar é aqui. Ao lado de vocês.

- Tem certeza? - caminharam até a varanda. - está encantado com o nosso mundo, pois tudo é novidade, mas e com o passar do tempo? Creio que não poderá ver Saga sempre.

- Sei das conseqüências. - sentou num banco. - pensei bastante sobre isso, mas tomei minha decisão. A senhora ganhará um neto. - sorriu.

- Será com muito gosto.

- Neto? - Niive chegou na porta. - já está achando que é da família?

Lya rolou os olhos. Kanon teria que ter muita paciência.

- Da família sim senhorita Niive. Quando tudo acabar me mudarei para cá. Estelli precisa muito de mim.

- Como se fosse só ela. - Lya levantou. - eu quero mais bisnetos. Precisamos repovoar Clamp. - deu uma piscadinha.

Kanon e Niive arregalaram os olhos.

- Jovens são tão ingênuos... acham que eu não sei que fazem sexo.

- Vovó! - Niive exclamou sem graça.

Ela apenas riu, saindo de perto.

- A dona Lya está muito para frente. - Niive deu um pequeno sorriso.

- Quer ter uma família comigo?

A diretora o fitou na hora.

- Como?

- Estou perguntando se quer casar comigo?

- Ca-sar?! - gaguejou. - ficou doido??

O marina aproximou dela, envolvendo-a. Os rostos ficaram bem próximos.

- Quero ficar aqui o resto dos meus dias com você diretora.

- Mas... - estava assustada.

- Sua avó tem razão, Clamp precisa de nós.

- Kanon!

- Aceita? - a olhou fixamente.

Niive ficou em silêncio. Ele deveria está louco por querer casar, ainda mais numa guerra, contudo... fitou os olhos verdes e sentiu o toque dele envolvendo sua cintura. Sabia que era apaixonada por ele e isso a assustava um pouco.

- Aceita? - insistiu diante do silêncio dela.

- Sim... - disse timidamente.

Kanon abriu um grande sorriso.

- Tira esse sorriso do rosto. - reclamou. - eu disse sim, mas muita coisa pode acontecer e...

Foi calada por um beijo.

- A guerra vai acabar e teremos nossa vida tranqüila. Eu prometo. - acariciou o rosto dela.

Niive sorriu.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

Cumprindo as ordens de Eron, Evans seguia com a Euroxx para Alaron. As naves defensoras daquele planeta estavam enfraquecidas e o príncipe não queria que ficasse desprotegido. Ordenou que a Antares fosse para as proximidades entre Maris e Eike. A Genesis seguiu para onde, anteriormente, ficava Obi. Havia pequenos planetas no entorno e seus habitantes precisavam ser levados para locais mais seguros. Para a proteção de Ranpur, a Ramaei estava em órbita.  A manhã seguia tranqüila para todos...

... há menos de uma hora de distancia de Ranpur, um hadren se abriu. Milhares de naves de S1 posicionavam. Metade delas seguiriam para Clamp e Alaron, comandados pela Nau1 e o restante, tendo a frente a Nau 3, faria um ataque direto ao coração do planeta.

- Que comece a carnificina. - Haykan deu um grande sorriso.

O alarme foi soado em todo o planeta.

- Ataque?! - exclamou Marius.

- Sim chanceler. - disse um policial. - uma grande frota de S1.

- Comunique ao Sttup, alerte todos os planetas. Onde está Eron?

- Aqui. - o cavaleiro apareceu trajando sua armadura. - Etah.

- Sim alteza.

- Fique aqui e reforce ao máximo a segurança do palácio. Proteja a minha mãe com a sua vida.  - voltou a atenção para Dara e Urara. - comecem o ataque.

A noticia que um ataque iminente estava para acontecer pegou os cavaleiros e a rainha de surpresa. Rapidamente os santos de Atena vestiram a armadura.

 

 

O.o.O.o.O

 

Shion e Alisha estavam no palácio quando receberam a notícia de um ataque a Ranpur. Nem tiveram tempo de fazer algo, Alaron soou o alarme.

Em Clamp, Kanon conversava com o senhor Ethel, quando o comunicador de Niive começou a apitar.

- Como se liga essa coisa? - o marina pegou o objeto.

- Isso é do meu trabalho. - Niive apareceu na porta e tomou. - não seja intrometido. - sorriu. - Jay.

- Ataque!

A diretora olhou para o objeto, pois não tinha entendido, pois a comunicação tinha sido cortada. Ela voltou o olhar para a janela, mal teve tempo de dizer nada, pois uma forte explosão engoliu a voz dela.

 

O.o.O.o.O

 

 

Centenas de naves circundaram a orbita de Ranpur. Sttup que estava em seu escritório particular na Ramaei, correu para sala de controle.

- Presidente são muitos.

- Muitos quantos?

- Centenas. A Nau 3 está a frente.

O rosto do presidente endureceu. A Ramaei não conseguiria defender o planeta e repelir a Nau ao mesmo tempo.

- Dê ordem que nossas naves ataque as menores, nós iremos segurar a Nau.

- Sim senhor.

Na Nau, Haykan, Orrin e Iskendar olhavam a Ramaei.

- Sem dúvida é uma excelente nave. - disse o líder. - nosso primeiro alvo é ela, ordene que as demais naves sigam para Ranpur. Quero que dizimem o planeta.

As naves médias e menores de S1 adentraram em órbita iniciando um ataque rápido e forte. Elas começaram a atirar raios em pontos estratégicos da capital.

Kamus velava o sono de Miro quando começou a escutar gritos.

- Kamus! - Beatrice entrou as pressas no quarto.

- O que está acontecendo?

- Estamos sendo atacados!

Ouviram um forte estrondo e em seguida os vidros da janela espatifaram-se.

- Bia. - o francês a protegeu com o corpo.

- Estou bem.

Os dois foram até a janela arregalando os olhos.

- Por Atena...

Uma sirene começou a tocar freneticamente por todo o hospital.

- Saiam de perto da janela! - gritou um médico, indo até Miro.

- Estão evacuando o prédio? - Bia aproximou.

- Estamos tentando. Temos muitos pacientes em estado crítico e...

A voz foi abafada por uma nova explosão.

- Quanto tempo precisam? - indagou Kamus.

- Pelo menos uma hora.

- Siga com eles. - Kamus segurou nos ombros de Beatrice. - eu vou tentar proteger o hospital até todos saírem. Ligue para o castelo.

- É perigoso Kamus.

- Não tem outro jeito. Vão!

O francês chamou por sua armadura e saltou pela janela. Beatrice correu até a abertura apavorada. Sua preocupação não diminuiu por ver um ponto dourado em meio a fumaça. Volveu o olhar para a cidade, tudo estava sendo destruído.

Em órbita, uma barreira de defesa foi feita ao redor de Ranpur.

- Mantenha-os longe! - berrava Sttup.

- Dois minutos para a barreira ser ativada senhor.

- Deixe todos em alerta, preparem para atirar ao meu sinal.

Do outro lado do fronte, Orrin ditava ordens semelhantes. As duas esquadras atiraram quase ao mesmo tempo, proporcionando um espetáculo de raios luminosos nas cores azuis e vermelhas. Nesse primeiro ataque, tanto naves de GS quanto de S1 foram atingidas. A próxima investida foi com pequenas naves de ambos os lados.

- Analisem nossas defesas a cada dois minutos. - pediu Sttup. - equipes de Legos a postos. - olhou para outra controladora. - quero informações do que está acontecendo em solo.

- Sim senhor.

Na Nau 3, Iskendar via o cenário de caos. Estava impassível diante das antigas naves amigas. Seu único propósito era por fim a dinastia Tempestta.

 

xxxx

 

Lirya assistia a destruição de sua cidade pela janela.

- Majestade. - Etah a puxou. - estamos evacuando essa ala do palácio, precisa vir comigo.

- E meu filho?

- Estou aqui. Siga com ele mãe. - colocou o elmo da armadura.

- E seus amigos?

- Aqui majestade. - disse Saga. Um a um foi aparecendo. - qual o plano Giovanni?

O canceriano fitou os amigos.

- Espalhassem-se e mate todos.

Giovanni desapareceu.

- Eron! - gritou a rainha.

- Não se preocupe com ele, senhora. - disse Dite. - Mu fique com ela, os demais vamos nos esparramar.

E assim fizeram.

No ar, Dara e Urara lideravam as naves de defesa.

 

O.o.O.o.O

 

Com Estelli nas costas, Kanon, Niive e seus familiares desciam as pressas pelo prédio onde a diretora vivia. Permanecer ali poderia custar a vida deles.

- Para onde vão levá-los?

- Tem um abrigo subterrâneo a duas quadras daqui.

Chegaram ao térreo e o cenário era de caos.

- Cuidado! - gritou Kanon.

Por pouco não foram atingidos.

- Tia Niive... - Estelli começou a chorar.

- Vai ficar tudo bem querida. - o marina sorriu. - Me mostra onde fica. - pediu o marina

Niive apontou para o local. Kanon elevou seu cosmo e fez como das outras vezes. Abriu a palma da mão e um pequeno buraco surgiu.

- Espero que dê certo. Entrem.

Passaram. A saída deu praticamente a poucos metros da entrada do abrigo.

- Vô, ficaram seguros aqui.

- Eu quero ir com a senhora. - disse Usain.

- Vai tomar conta de todos. É uma ordem. Vão!

Ocorreu uma explosão perto deles.

- Tome cuidado. - pediu Lya, dando um abraço na neta.

- Eu vou tomar conta dela, não se preocupe. Agora vão. - Kanon já estava com sua armadura.

- Tomem cuidado.

Disse Ethel, sendo o ultimo a entrar. Niive olhou para o céu.

- Preciso de uma nave.

- Eu te dou cobertura. Eu seguro as pontas por aqui.

- Não vá bancar o herói.

- Pode deixar diretora. - bateu continência. - vá.

Niive tomou rumo contrário. Kanon levantou o rosto. A situação estava bem pior do que da ultima vez. O número de naves era superior e pareciam mais fortes.

Quatro naves aproximavam dali.

- Mexeram com a família errada. - elevou seu cosmo. - Explosão Galáctica!

Mirou nelas, o efeito foi imediato, contudo novas naves surgiram.

- Droga.

Enquanto isso, Evans recebia uma mensagem dos ataques em Clamp. Como a situação em Alaron era mais tranqüila a nave de Ranpur dirigiu-se para lá.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

Kamus disparava rajadas de cosmo, os combates no entorno do hospital estavam intensos e não tinha muito tempo, até a estrutura se tornar alvo. Viu vários transportes usados para pacientes a porta do hospital então teria que protegê-los.

O aquariano olhou a construção. A estrutura era mais baixa que o palácio de Ranpur, mas mais larga.

- Espero que a barreira dê certo.

Ele correu para frente do prédio e elevou seu cosmo. Uma barreira de gelo começou a ser formada na base do prédio. Bia que ajudava na evacuação do hospital viu a barreira.

- “Kamus...”

O cavaleiro forçou-se mais, fazendo a barreira aumentar de tamanho e de comprimento. Quando ela atingiu certo tamanho, passou a ser vista pelas naves e Legos de S1. Eles começaram a atirar. O cavaleiro desferia golpes, sem se descuidar da construção da barreira, contudo os ataques ficaram mais intensos. Ele desviou por segundos a atenção para a barreira e quando voltou o olhar deparou-se com um Lego de S1 pronto para atirar. De repente, tudo que Kamus viu foi um raio vermelho passar a centímetros de si e atingir o inimigo. Ele olhou para trás.

- Beatrice?!

A auxiliar de Marius trazia uma arma de porte médio nas mãos.

- Você sabe usar isso? - ficou surpreso.

- Temos treinamento militar. – aproximou.

- Falta muito para o resgate de todos?

- Sim. Eu te cubro.

- É perigoso.

- Kamus.

- Está bem. – voltou a aumentar seu cosmo. – fique atrás de mim.

Enquanto Beatrice derrubava os Legos e atingia pequenas naves, Kamus terminava de erguer a barreira.

- Pronto. Isso dará tempo para todos saírem.

A voz de Kamus foi abafada por um estouro. Uma nave tinha sido atingida e batera na lateral da barreira. As pessoas no entorno começaram a gritar. Rapidamente, Kamus saltou e disparou o Pó de Diamante criando uma espécie de apoio, sustentando a nave para que não caísse no solo.

- Apresse eles, não vou conseguir por muito tempo.

- Sim.

Bia voltou para o hospital.

 

 

xxxxx

 

No espaço raios azuis e vermelhos cruzavam-se de forma frenética.

- Lancem as bombas! – ordenou o presidente da policia.

De cada nave de GS saíram três bolas metálicas de quatro metros de diâmetro. Elas vagaram até certo ponto unindo-se em seguida em linha reta.

- Comandante, eles lançaram bombas. - um sloani olhou para Orrin.

- Liguem os escudos de defesa da Nau. Prepare nossos torpedos.

Quando todas as bombas se uniram, começaram a explodir em cadeia. Naves de S1 que estavam próximas foram abatidas. Rapidamente a galáxia inimiga respondeu com artilharia pesada levando naves de GS a destruição.

- A frota C foi destruída, presidente.

- Espalhe as frotas D e E a estibordo. Temos que pará-los.

Do outro lado, uma pequena frota de quatro naves seguia para Ranpur. Na liderança, Serioja planejava seu triunfo contra Eron. Gargalharia de prazer quando destruísse o palácio de Shermie. Ao entrar no espaço aéreo da capital, Serioja deu à ordem as outras três naves que seguissem outro destino. Ele próprio queria executar seu plano.

Enquanto isso, Dohko pensava numa maneira de ajudar o maior número de pessoas. Ele pediu a Etah um mapa da cidade.

- Vamos nos dividir, seremos mais efetivos assim. Mask irá ficar no entorno do palácio.

- E o Kamus? – indagou Deba.

- De certo está combatendo na área do hospital, que fica no setor leste. Shura vai ajudá-lo.

Saga e Aldebaran sigam para o norte, Aioria e Shaka para o oeste e Afrodite  e eu vamos para o sul. Temos que salvar o maior número de pessoas.

- Está certo.

E assim fizeram. Usando a velocidade da luz, foram para as áreas determinadas. Shura

 parou algumas quadras do hospital onde Miro estava, ficando surpreso por ver a barreira de gelo que envolvia o local.

- Kamus fez um bom trabalho.

Três naves passaram sobre a cabeça dele, indo em direção ao hospital. Rapidamente o espanhol correu e usou destroços de uma nave como trampolim. Ele caiu sobre uma nave e disparou uma rajada de cosmo que a derrubou. Antes que ela caísse saltou para outra, fazendo o mesmo processo. Na outra usou a Excalibur, ainda não se sentia seguro para usar seu outro poder. Na porta do hospital, Kamus derrubava mais Legos. Sentiu um cosmo conhecido por perto.

- Shura.

- Precisa de ajuda? – sorriu. – estou pegando gosto pela coisa.

- Estão evacuando o hospital. Beatrice está com eles.

- E o Miro?

- No meio.

- Vou ajudá-los.

 

xxxxxx

 

Área oeste...

A maior parte daquele terreno era ocupada por residências e Haykan parecia saber disso, pois o ataque lá estava fortíssimo. Durante o caminho, Aioria usou seus relâmpagos, derrubando naves e Legos.

- São muitas. – disse.

- Pelas informações de Etah há um abrigo alguns metros daqui, - Shaka olhava para o horizonte. – vou levar o maior número de pessoas para lá e você segura as naves.

- Deixa comigo Buda. – energizou as mãos.

- Boa sorte.

Shaka saltou, enquanto Aioria procurava pelo ponto mais alto do local. Ele seria a distração das naves e poderia provocar uma tempestade sem ferir os que estivessem em solo. Durante o trajeto até o abrigo, o virginiano tirou muitas pessoas dos escombros e abriu caminho onde estava bloqueado. Um pequeno contingente já o seguia.

- Vamos depressa! – gritou.

Quando as pessoas começaram a correr, uma nave surgiu abrindo fogo. Rapidamente, ele elevou seu cosmo soltando o Rendição divina.

Aioria estava conseguindo desviar dos tiros, mas eram muitos  e vindos de todos os lados. Lançou o relâmpago de plasma, porém ainda havia muitas naves.

 

xxxxxx

 

Área norte...

Ao contrário da oeste, ali predominavam industrias. Mesmo tendo poucas pessoas, o sistema de abastecimento de luz e água da capital provinha dali. Saga e Aldebaran chegaram vendo a destruição provocada por S1.

- Se eles destruírem tudo, Shermie ficará as escuras. – disse o brasileiro.

- Eu vou tentar segura-los enquanto tira as pessoas que estão aqui.

- Está certo.

Saga abriu uma pequena passagem para o taurino.

Deba ficou surpreso ao sair no pátio de uma instalação. Sem dúvidas o novo poder de Saga era um facilitador.  Resgatava quem estava preso e vez ou outra usava o Grande Chifre para destruir alguma nave.

Saga mirou numa nave, chamando a atenção das demais para si. Ele acumulou cosmo e depois soltou o Explosão Galáctica, derrubando várias delas.

 

xxxxx

 

Área sul...

 

Aquela área estava devastada. Por ser uma área residencial já estava desabitada, mas ainda tinha serviços básicos. Dohko e Afrodite pararam próximo a um grande arranha céu. Naves amigas e inimigas cruzavam o céu.

- Eu cuido das naves, - iniciou Gustavv. – tira o resto das pessoas daqui.

- Está bem.

O libriano saltou, sumindo na paisagem.

Dite voltou a atenção para o céu, trazendo uma rosa azul na boca. Usando sua nova habilidade criou trepadeiras para derrubar as naves inimigas. No solo, Dohko resgatava as ultimas pessoas.

 

 

O.o.O.o.O

 

Kanon parou ao lado do destroço de uma nave. Não estava tendo dificuldade, mas as naves pareciam mais poderosas. Ele deu um passo, entretanto parou a ver uma nave aproximando. Já preparava para atirar quando viu o emblema da policia. Ele apenas acenou, pois vira que era Niive.

Queria lutar ao lado dela, mas seu objetivo era proteger os abrigos que ficavam naquela região.

Shion também estava em combate, com o cosmo mais fortalecido conseguira erguer uma barreira em torno do palácio, enquanto derrubava naves. Ele feriu-se algumas vezes, mas nada que fosse dentro do anormal, já que estava sem armadura.

 

O.o.O.o.O

 

Mask estava diante do palácio. Havia feito uma barreira no entorno. Qualquer pessoa ou coisa que chegasse perto seria exterminado, o que já tinha acontecido com algumas naves de S1. Ele observava a batalha que acontecia em toda a cidade, inclusive fora do planeta, já que via rastros azuis e vermelhos.

Duas naves inimigas aproximaram e soldados de S1 saltaram delas. O canceriano deu um sorriso cruel. Sem dá-los chance de defesa os matou.

Serioja tinha o palácio de Shermie no seu campo de visão e então disparou. O torpedo chocou-se contra a barreira, não provocando dano algum.

- Bastardo! - exclamou o chanceler, ao ver que não teve efeito.

Ele aumentou a velocidade da nave e a certa distancia viu uma figura de roupa dourada a frente do local.

- Eron...

Não esperou, começando a atirar com tudo que tinha, ordenando também as outras naves. Mask não se moveu, pois criara uma barreira em torno de si.

- Insetos.

Ele elevou seu cosmo, destruindo as três naves quase que instantaneamente. A quarta apenas foi danificada. Serioja tentava segura-la, mas ela iria ao chão. Rapidamente acionou a injeção.

- Ora... - Mask sorriu. - um sobrevivente... vai ser divertido.

Serioja livrava-se do pára-quedas. Era ultrajante ser abatido sem ao menos provocar um dano no palácio e até mesmo no príncipe.

- Tempestta bastardo!

- Ora... quem veio brincar.

O rosto do chanceler empalideceu ao escutar a voz.

- Eron...

- Como tem passado Serioja? - cruzou os braços sobre o peito.

- Para quem está prestes a perder tudo, muito admirável sua preocupação.

- Eu perder? - gargalhou. - ponha-se no seu lugar. Será questão de tempo tudo ser exterminado. - deu um sorriso cruel.

- Não é o que vejo. - não deixou por menos. - Shermie está em chamas.

Mask apenas sorriu dando um passo a frente. Serioja recuou dois e já buscando a arma que trazia.

- Sabe que foi enganado pelo Irian? - parou.

- Sei seu maldito.

- Então não há nada a ser contado. Já posso matá-lo.

- Não quer saber onde seu irmãozinho está agora? - sorriu zombeteiro.

- Está ao lado de Haykan, como um traidor.

- Queria ver a expressão de Soren se visse os dois irmãos em lados opostos. Um querendo matar o outro. Que belo fim para a família Tempestta. - pegou a arma apontando para ele. Teria que acertar no meio da testa já que era o único lugar que não estava protegido por aquela roupa amarela.

- Iskendar escolheu o caminho dele. Não posso fazer nada.

- Vai matá-lo?

- Não me conhece Serioja.  - sorriu. - tem algo quer que eu coloque na sua lápide? Ou deixe algum recado com o Iesa.

A conversa foi interrompida por uma explosão. Mask voltou a atenção para o palácio, uma nave de porte médio estava tentando destruir a barreira.

- Malditos.

- Morra desgraçado! - Serioja aproveitou a chance.

Atirou. Serioja pensou que tinha acertado, contudo sentiu o corpo ficar paralisado.  Olhou para os lados e Eron não estava ali. Ao olhar para a barreira, a nave que antes estava ali, estava destruída no solo.

- Sabe Serioja,  meu poder em VL é conduzir os homens para a morte. Para o inferno.

 O chanceler voltou o olhar para frente, Eron estava a menos de dois metros dele. Viu uma luz amarela ao redor dele, assim como os cabelos ficarem brancos. Quando o processo terminou, achou que estava diante de Soren.

- Como não existe inferno aqui, não faço idéia para onde eles iriam...  - deu um sorriso maldoso. - Espero que possa me contar, se sobreviver...

- Aberração... você e toda a sua família não passam de aberrações.

- Dê o nome que quiser.          

Mask ergueu o braço.

- Sekishiki Mekai Ha.

O céu ficou negro, o que chamou a atenção de todos, aliados e inimigos.

Na área oeste, Shaka viu o céu escurecer.

- "Aquele idiota quer matar todo mundo."

Serioja tentava se mexer, mas o corpo parecia paralisado. De repente sobre ele surgiu uma fenda negra. Começou a ser arrastado.

- O que?!

- Vida longa aos Tempesttas.

O empuxo foi forte, Serioja já estava no ar, sendo arrastado.

- Seu maldito!!! Os Tempesttas irão desaparecer!!! Vocês dois vão morrer!!! Haykan irá matá-los!! Maldito!!...

Serioja foi engolido pelo buraco, que fechou-se em seguida, fazendo o céu voltar a cor natural.

- Patético e nem vai voltar para me contar para onde foi levado. - gargalhou.

 

 

xxxxx

 

 

A nave de Dara desviava dos ataques, assim como a de Urara. A diretora chefiava uma tropa, que protegia o entorno de Shermie. As coisas na órbita não estavam melhores e por isso os dois faziam de tudo para ao menos derrubar as naves que tinham entrado no espaço aéreo.

 

 

xxxxx

 

A batalha na órbita continuava equilibrada. A Ramaei e Nau 3 eram excelentes naves.

- Preparem os canhões. - ordenou Sttup.

- Canhão ala um ok.

- Canhão ala dois ok.

- Atirar!

Na Nau, Orrin ordenou o aumento de intensidade do escudo. Haykan e Iskendar apenas acompanhavam.

- Escudos a quarenta por cento. Preparar torpedos T-bomba.

- Sim senhor.

- Atirar!

Novamente o espaço foi cortado por luzes e explosões. As naves pequenas tentavam atacar e ao mesmo tempo sair da zona das explosões.

- Relatório de danos. - pediu Orrin.

- Impacto zero comandante. Nossas tropas estão a sessenta por cento.

- Relatório em terra. - Haykan falou pela primeira vez.

- Nossas tropas estão a cinqüenta por cento. Nível de destruição da capital sessenta por cento.

- Palácio.

- Há uma barreira no entorno. Nossas naves não conseguem destrui-las.

- Imagens.

O painel mostrou imagens de toda a capital. A policia de Ranpur estava conseguindo segurar as de S1, ainda mais com a ajuda dos cavaleiros. Quando alguns apareceram nas imagens fez o olhar do líder de S1 estreitar. A próxima imagem foi do palácio. Ele estava intacto.

- Prepare um torpedo anti-matéria.

Todos os olhares foram para Haykan.

- Senhor, - iniciou Orrin. - a Ramaei está na nossa frente, não seria mais sensato destrocá-la primeiro?

- Se acabarmos com o castelo, a guerra acaba, mas... - sorriu. - atirem um neles também. Preparem uma nave, quero está perto quando o palácio cair. Venha comigo Iskendar.

- Sim senhor. - disse Orrin. - preparem o torpedo.

Na Ramaei...

- Senhor, a Nau 3 está armando seus torpedos.

- Quantos?

- Dois de um-anti cada.

- Nossos escudos não suportam tamanha energia...

- Ao que parece os dois têm rotas distintas... um para nós e o outro... - a controladora ficou pálida. - para o palácio.

- O que?

-  Tempo do disparo até o impacto cinco minutos.

- Conseguimos interceptá-lo?

- Não acredito senhor.

- Envie um aviso ao palácio. Prepare os nossos, vamos tentar atrasá-los. Qual a extensão dos danos?

- Um raio de dez quilômetros senhor para um ataque direto, vinte das áreas subjacentes.

Sttup ficou em silêncio por alguns segundos. Precisava pensar na melhor maneira de diminuir os danos. A cidade já tinha sido evacuada antes, mas ainda existia muitas pessoas.

- Quatro minutos senhor.

- Estenda o alerta. Mandem nossas tropas se afastarem.

O alerta chegou cinco segundos depois. Na capital, por toda a parte escutaram sinal.

- O que esse sinal significa? - indagou  Shura.

- Um ataque direto. - disse Bia. - temos que ir para os abrigos imediatamente.

- Não será um ataque como foi o de Obi, ou é? - Kamus temeu por todos.

- Não dá para saber, já que os eijis não tiveram tempo nem para acionar. Vamos. Não devemos ter muito tempo.

- Eu vou para o palácio, - disse Shura. - podem precisar.

No palácio, Lirya levantou ao escutar o alerta.

- Esse sinal... Eron!

- Vamos para o subterrâneo alteza. - pediu Marius.

- O que esse sinal quer dizer? - perguntou Mu.

- Um ataque direto. Precisamos ir.

- Vão, vou tentar fazer alguma coisa.

- Desculpe Mu, - disse Etah. - mas infelizmente acho que não poderá fazer nada.

- Vão logo. - não rendeu. - vou ajudar Eron.

O aparelho do policial apitou. A medida que ele recebia as informações ficava pálido.

- Sim senhor. - desligou.

- O que aconteceu Etah?

- Senhor Marius, o presidente acaba de informar que somos o alvo de um ataque da Nau 3.

- Minha nossa... - murmurou a rainha.

- Temos que sair daqui agora.

Etah nem esperou uma afirmação ou negação por parte da rainha. Praticamente a arrastou. Do lado de fora, Mask matava alguns sloanis quando viu naves aliadas e inimigas se afastarem.

- Que porra é essa?

- Mask. - Mu tinha aparecido. O ariano ficou assustado por ver a armadura de Câncer respingada de sangue, muito sangue. Olhou ao redor vendo os corpos, inúmeros.

- O que você fez?

- Não está claro? - deu um sorriso maldoso. - E a minha mãe?

- Foi levada para um local seguro. - respondeu, preocupado com as atitudes do italiano. - Etah está com ela. - olhou para o céu.

- Só espero não virar pó de estrela. - disse Shura que chegara naquele momento. - espero... - notou os corpos. Olhou imediatamente para Mask. Ele não... - você os matou?

- Sim. - respondeu seco. - o que acha que vai acontecer?

- Beatrice disse que é um ataque direto. - olhou para a barreira no entorno do palácio.

- O senhor Sttup falou que a Nau vai fazer um ataque direto ao palácio. - disse Mu. Primeiro pensaria na defesa do palácio, depois nas atitudes de Mask.

- O QUE?! - exclamaram Mask e Shura.

- Sua barreira agüenta?

- Não. Fiquem aqui, vou tentar segurar.

Mask teleportou para o ponto mais alto do palácio.

Haykan e Iskendar estavam a bordo de uma nave que partiu discretamente para Ranpur. Enquanto isso na Nau os torpedos eram armados.

- Níveis de energia a oitenta por cento.

- Velocidade ajustada. Rota um em 2.1. Rota dois em 10.6. Tempo de impacto da rota um  minuto. Rota dois três minutos.

- Comandante, a Ramaei vai atirar.

- Vão tentar deter o ataque ao palácio. - Orrin olhou o mapa. - preparem os torpedos auxiliares. Vamos dispará-los.

- Sim.

- Torpedos prontos.

Na Ramaei...

- Presidente, nosso torpedo está com a mira travada.

- Tempo de impacto.

- Um minuto.

- Dispare os secundários. Vamos atrasar a mira deles. Prepare um torpedo de 1 anti e de 1,5 anti. Vamos destruir os escudos deles. Envie um aviso a Antares, talvez vamos precisar dos torpedos deles.

A nave de GS atirou.

Esses torpedos não surtiram muito efeito, pois a Nau contava com sistema bastante sofisticado.

- Atirar torpedo um. - ordenou Orrin.

Foi disparado. O alerta na Ramaei soou.

- Lançaram senhor, impacto em cinqüenta segundos.

A Ramaei também atirou, conseguindo interceptar o primeiro torpedo. Em seguida Sttup ordenou que fosse lançado o torpedo de 1,5 para destruir o escudo da nave inimiga.

- Comandante! A Ramaei disparou um torpedo de 1,5.

- Desvie toda a nossa energia para o escudo. Ele vai suportar. Assim que passar o impacto ajuste nossa velocidade para v9.5.

Como previsto por todos, o torpedo de GS não foi capaz de destruir a barreira, pois eram forças equivalentes.

- Velocidade a v9.5. - ordenou Orrin.

Sttup acompanhava o brilho vermelho em choque com o azulado da Nau 3.

- Eles não vão disparar o segundo...?

- Presidente, a Nau 3 está recuperando a energia e...

Arregalaram os olhos ao não verem a Nau 3.

- Onde eles estão..?

Na Nau...

- Disparar o segundo.

Houve o disparo.

Ramaei...

- Estão atrás de nós presidente! - a nave de Haykan contava com o motor mais rápido já construído.  A menos de trezentos mil quilômetros de Ranpur dispararam o torpedo dois.

- Velocidade da nave.

- Ela possuiu velocidade v9.5.

- Impossível... - murmurou Sttup, a Antares tinha v7 e a Ramaei v9.1. - são mais rápidos... redefina a rota e lancem mais um torpedo. Precisamos inutilizar aquela nave.

Orrin sabia que o plano de Haykan custaria aquela nave. Ela poderia suportar mais dois torpedos sem a barreira, mas teria sérios problemas se levasse mais um.

- Comandante, um torpedo esta vindo em nossa direção.

- Dispare os dois últimos.

O torpedo disparado pela nave de GS atingiu em cheio a Nau 3.

- Danos. - pediu Orrin.

- Setor leste destruído. Motores, centrais de energia e armamentos intactos.

- Disparem. Prepare uma nave, vou buscar o senhor Haykan.

Sttup ativou os escudos da Ramaei, mas sabiam que eles seriam destruídos pela quantidade de energia empregada. A nave só suportava até 1.5 e a Nau tinha disparado dois de 1.0.

- Só teremos uma chance.

Enquanto isso, em terra, as pessoas corriam para fora do alcance do impacto. Haykan, numa zona fora da área, esperava o desfecho. Iskendar fitava o palácio de Shermie. Via o brilho da barreira azulada. Sabia que não era a proteção própria do palácio, mas a criada por Eron. Igual em Ox. Será que ela suportaria a carga de energia?

Mask estava com os olhos no céu. O ataque não tinha cosmo então não poderia se basear por isso, entretanto algo dentro de si indicava que o perigo estava próximo... então veio a luz...

Mask elevou seu cosmo, criando outra barreira. O choque provocou uma onda de impacto que derrubou tudo num raio de quilômetros. Eron tentava conter a energia, mas ela estava além da sua capacidade. Parecia o impacto de uma Exclamação de Atena. Mask foi com os dois joelhos ao chão, o palácio começou a tremer...

- Eron... - murmurou Lirya agoniada.

Do lado de fora, Shura e Mu viam o esforço de Mask. Em outras partes da cidade, os cavaleiros viram o choque de uma energia azul com o cosmo de Mask.

Dara e Urara olhavam assustados para o fato.

Haykan trazia o olhar sério. Não imaginava que a barreira fosse tão poderosa.

- O palácio está bem protegido.

- Não é o palácio. É o Eron. - disse Iskendar.

O líder o fitou imediatamente.

- Ele está detendo o ataque?

- Sim. Eu não menti quando disse que ele e os amigos serviam a uma elementar em VL. Elementares não são lendas aqui, Haykan.

O governador volveu o olhar para paisagem.

- Mask... - murmurou Shura ao fitar a barreira oscilando.

- Como podemos ajudar?

- Vamos...

A voz de Shura foi interrompida por um tremor. A barreira no entorno do palácio tinha cedido. As paredes e até o solo começaram a rachar devido a pressão.

- Droga... - murmurou o canceriano, sofrendo com a força. - eu não vou deixar que matem a minha mãe. Não ela.

Os cabelos do cavaleiro ficaram brancos. Seu cosmo aumentou exponencialmente.

- Ah!!!!!  - levantou.

A energia expandiu como onda. Mask devolveu a energia para o espaço.

A caminho de Ranpur, Orrin viu o rastro azul passar em sentido contrário. Na Nau fizeram uma manobrava evasiva. A noticia chegou a Ramaei.

- Foi repelida presidente.

- Como? - estava surpreso.

- O príncipe de alguma forma repeliu o disparo.

- A nau 3 está sem munição anti, vamos detê-la, mas sem usar nosso ultimo torpedo. Coordene um ataque agora.

Em terra, Haykan via o raio sumir nos confins do céu.

- Como...?

- Ele é um Tempestta treinado por um elementar. Ele não é como Soren. Suas armas são inúteis.

- O que disse? - o fitou nervoso.

- Somente um Tempestta pode deter um Tempestta.

- Vai enfrentá-lo?

- Esperei muito por esse dia.

Iskendar sumiu das vistas de Haykan.

No setor sul...

- Que diabos está acontecendo? - Dite usava suas rosas azuis para criar abrigos.

- O cosmo de Giovanni aumentou e agora diminuiu bastante. - Dohko aproximou do cavaleiro.

- Você viu aquilo no céu? Era um torpedo?

- Eu não entendo dessas coisas Dite. - Dohko elevou seu cosmo, disparando contra uma nave inimiga que mirava neles. – mas  sinto que uma espécie de cosmo se aproxima dele.

- Está sentindo um cosmo? - indagou perplexo.

- Não exatamente. Uma energia e infelizmente temo quem seja.

Setor oeste...

- Você viu isso? - Aioria saltou perto de Shaka.

- Pelo local é no palácio. Precisamos ir  para lá, podem precisar de nós.

Dara e Urara olhavam surpresos para o céu.

- O que foi isso diretora? - o comunicador estava aberto.

- Eu não sei... mas não foi uma arma nossa que repeliu o ataque.

- Vamos derrubar o restante das naves, antes que outro ataque deste aconteça.

- Sim Dara.

Dentro do palácio, Lirya implorava para Etah para sair. Sentiram o tremor e segundos depois tudo tinha acabado. Seu coração de mãe dizia que algo acontecia a seu filho.

Mask respirava ofegante, os cabelos voltaram a coloração normal e no segundo seguinte foi ao chão. Ficou apenas alguns segundos desacordado, mas o corpo todo doía e estava esgotado. Se houvesse outro ataque como aquele não conseguiria contê-lo. Quando abriu os olhos viu alguém a frente dele.

- Pai...

A figura não respondeu. Giovanni ergueu um pouco a cabeça.

- Iskendar... - soltou um sorriso. - veio terminar o serviço?

O policial ficou em silêncio. Quanto mais poder aquele pirralho demonstrava mais ódio tinha dele. Ele teve forças para salvar a mãe. Giovanni não esperava por aquilo. Iskendar simplesmente chutou o cavaleiro fazendo o cair do alto do palácio. O italiano até tentou levitar ou usar o teleporte, mas estava sem forças.

- Giovanni!

Mu teleportou, trazendo o amigo para perto de Shura.

- Giovanni!

- Mask! - o ariano olhava os ferimentos provocados pelo ataque.

- Não estou morto... - murmurou. - mas quebrado. - olhou para frente.

Shura e Mu seguiram o olhar. Iskendar estava parado cerca de cinqüenta metros dele.

- Mu, vá vê como minha mãe está. - tentava levantar.

- O que vai fazer?

- Resolver uma questão de família. - ficou de pé, mas cambaleou. - vá logo. - o empurrou. - e Shura não se meta.

- Mesmo fraco você pode matá-lo, pense bem antes de agir, cavaleiro.

- Eu não tenho que pensar. Iskendar tomou a decisão dele. Eu já fui um assassino e não vejo problema em voltar a ser, se é necessário. Eu disse que quem traísse GS merecia a morte. - fitou os amigos que o olhava receosos. - ele ser um Tempestta não lhe dar privilégios. Vá logo Mu!

O ariano ficou sem saber. Shura indicou que era para ele ir. Por cosmo, chamou os demais cavaleiros já que a batalha parecia controlada.

A nave de Orrin interceptou a de Haykan.

- O que faz aqui? - Haykan o fitou frio.

- Preservar a vida do meu líder.

- Aquela "arma" está pronta?

- Sim senhor. Já pensa em usá-la?

- Sim. Não precisa acertar todos, mas o suficiente para deixá-lo desestabilizado. Cuide o do hospital também.

Orrin fez uma mesura e saiu.

Shura se afastou. Giovanni teria que resolver aquilo, mesmo que tudo terminasse numa grande tragédia. O espanhol olhou para o policial. Era estranho, sentia algo vindo dele, mas não era cosmo.

- "Iskendar poderia ter se tornado um cavaleiro de ouro?"

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...