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História Tempestta - GS vs S1


Escrita por: KrikaHaruno

Capítulo 35 - GS vs S1


 

 

Dara estava trancado em seu quarto, sentado pesadamente numa cadeira. O estado de Iskendar e as mortes de Noah e Jhapei deixaram o diretor sem chão. Não tinha mais animo para lutar. Ouviu várias batidas a porta, mas ignorou. Não queria ser incomodado por ninguém.

- Ficar trancado nesse quarto não nos ajudará.

Ele ignorou a voz.

Mask caminhou até o diretor, sentando na frente dele. O eiji soube do desmaio do príncipe. Chegou achar que ele seria a próxima vitima.

- Eu realmente sinto muito pela Jhapei. Sabe que sempre quis a segurança dela.

Dara continuou em silêncio.

- Sei que está sofrendo por tudo que aconteceu, mas eu preciso de você Dara. GS precisa de você.

- Eu não pude evitar a morte deles. - a voz saiu fria.

- Você não carrega mortes em seus ombros. - Mask levantou indo até a janela. - eu matava por prazer Dara, consegue imaginar isso? - o fitou. - na minha "casa" no santuário eu colecionava cabeça das minhas vitimas. Não foram uma, duas, foram dezenas.

Dara ouvia com atenção.

- Hoje estou pagando pelas mortes indiscriminadas, mas não quero que outras pessoas passem por isso. - andou novamente até o diretor. - Jhapei morreu para que tivéssemos uma chance de vitória. Não podemos perder essa chance.

O diretor pensou na jovem.

- Vamos derrotar S1, pela Jhapei, por Noah e todos que morreram.

Dara sorriu. Eron tinha razão, ainda era cedo para desistir ainda mais depois de tantos sacrifícios.

- Vamos derrotar S1. - levantou.

- Vamos ter uma reunião agora. Só estou esperando noticias de Alaron.

- O que houve?

- A Nias caiu.

Dara arregalou os olhos.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

A nave que trazia Alisha e Shion seguia a todo vapor para Ranpur. A princesa estava bem, mas o estado do ariano era delicado. Niive na cabine de controle repassava as informações para a capital da Galáxia.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

As ordens de Haykan tinham se espalhado por seus domínios. Toda nave que poderia combater estava se dirigindo para um ponto na divisa entre S1 e GS. As Naus 1 e 3 haviam sido reforçadas e um grande exército preparava-se para atacar.

O líder estava reunido com seus generais e tendo Orrin ao seu lado.  Os ataques iriam se concentrar ao sul e norte da galáxia enquanto o ataque principal atingiria seu alvo. Após a reunião, Haykan reuniu-se a sós com Orrin.

- Quero que fique no comando da Nau 3.

- E o senhor?

- Ficarei aqui.

- E como será o plano para usar Atália?

Haykan sorriu.

- Os ataques ao sul e norte serão apenas para ganharmos tempo. Atália está sendo carregada com carga máxima e assim poderemos dar três disparos de uma vez.

- Três? - Orrin indagou assustado. - temos esse poder?

- Claro, Orrin. Eu não entrei nessa guerra para perder. Efetuaremos três disparos simultâneos, - apertou um aparelho que trazia no pulso, um mapa apareceu. - Ranpur, Alaron e Clamp.

- Será uma agradável surpresa. - Orrin sorriu.

- Com o desaparecimento desses três planetas, GS será minha.

 

 

O.o.O.o.O

 

Uma grande reunião estava sendo organizada por parte de Eron. De posse dos dados de Jhapei, poderiam traçar a melhor estratégia.

Marius e Ethan analisavam o dispositivo entregue pela humana.

Os cavaleiros faziam vigíliaa espera de noticias dos companheiros. Cinco cavaleiros de ouro fora de batalha era algo preocupante.  Ainda tinha Shion.

- Cadê a Niive... - murmurou um impaciente canceriano. Mesmo com as horas dormidas, sentia um profundo cansaço.

- Ela está a caminho. - disse Kanon.

- Essa falta de noticias sobre o acidente me preocupa. - comentou Lirya que estava com eles. A rainha queria ficar perto do filho. A aparência cansada dele a preocupava.

- Alteza!! - Beatrice entrou as pressas no recinto onde eles estavam.

- O que foi Bia? - indagou Kamus adiantando.

- Niive acaba de chegar com Alisha e Shion.

- E como eles estão? - perguntou a rainha.

- A princesa está bem, mas Shion...

Foram as pressas. Diante dos números ataques, uma ala do palácio foi feita de hospital, não só para os cavaleiros e Iskendar, mas também para civis, já que muitos hospitais tinham sido alvos.

Shion chegou dentro de uma câmara de recuperação. Seu estado era gravíssimo e corria risco assim como os demais.

- Eron... - Alisha se jogou nos braços do canceriano assim que o viu. - o Shion... ele...

- Fique calma, - acariciou as madeixas lilases. - ele vai ficar bem. - olhou para Niive. - o que aconteceu?

- Segundo o relato de um sobrevivente, a nave foi acertada dentro de um hadren. Os motores foram destruídos e assim atraídos para atmosfera de um pequeno planeta. Ele não sabe como, mas Shion abrandou a queda. Era para a Nias ter se partido em vários pedaços.

- Shion não sabe pilotar. - comentou Shura.

- Ao que parece os motores foram acertados, mas ele usou alguma força.

- O poder telecinetico dele. - disse Shaka.

- Mas a Nias é muito grande... - Mask o fitou. - você consegue fazer isso? - olhou para Mu.

- Uma pequena sim, mas...

- A telecinese de Shion aqui é muito maior do que na Terra. - disse Kamus. - certamente ele conseguiria fazer isso. Contudo deve ter sido um desgaste muito grande.

- Nós o encontramos do lado de fora da nave, - Niive olhou para todos. - pela posição foi arremessado quando a nave parou.

Alisha ouvia tudo. Shion havia salvado a vida dela e agora ele corria risco. Não resistiria se ele morresse.

- Quem foi o autor? - indagou Aioria.

- Pelo armamento usado foi S1.

- Aqueles malditos. - Mask cerrou o punho. - queriam matar a líder de Alaron.

- Não acredito que seja apenas ela... - murmurou Shaka, arrancando olhares de todos.

- Como assim?

- Matar Alisha seria um grande trunfo para Haykan, mas tenho quase certeza que ele sabia que Shion estava com ela.

- Mas Shion é um civil. - disse a princesa.

- Mas é amigo de Eron, um elementar. Haykan está nos eliminando.

- Que interesse ele teria nisso? - indagou Lirya.

- Somos um diferencial na guerra... - comentou Kamus. - Aioria salvou uma nave, Shaka parou um ataque, Aldebaran e Dohko evitaram que o estrago em Lain fosse maior, Saga e Kanon destruíram a Nau 2, Afrodite evitou a morte da rainha... ele tem motivos de sobra para querer nos matar.

- O ataque de gás foi o começo. - disse Mu.

- Sim. - disse Shaka. - Haykan está nos eliminando. Já foram seis.

 

 

xxxxx

 

Marius analisava os relatórios de batalhas e comandava os últimos ajustes para a reunião. Tirando os líderes dos planetas, os diretores, o presidente, os capitães estariam presentes.

Etah usava de toda a preocupação para abrir o dispositivo de Jhapei sem danificar os dados. Se aquela informação se perdesse, poderia prejudicar os próximos combates.  Enquanto mexia, o garoto pensava nos acontecimentos dos últimos dias. Havia perdido amigos como Célica, Hely e Ren, fora seus subordinados. Miro estava entre a vida e morte e não havia nada que ele pudesse fazer para mudar isso.

Escutou um "trec." Era o compartimento do dispositivo destravando. Segundos depois pôde ver as informações na tela. Os olhos amarelados arregalaram quando viu as imagens.

- Senhor Marius...

- Sim?

- Acho que temos um grande problema.

Marius levantou de onde estava indo até o garoto. O rosto ficou pálido ao ver.

Rapidamente deu ordens para que todos fossem para a sala de reunião. Eles esperou que acomodassem.

- Primeiramente, - olhou para Alisha. - é com grande alivio que olho para a senhorita.

Ela deu um sorriso fraco.

- Infelizmente não poderemos contar com todos os nossos companheiros, mas seguiremos forte na luta... pelo menos acho...

- Conseguiram abrir o dispositivo da Jhapei? - indagou Dara.

- Sim. Ela fez um brilhante trabalho e nos possibilitou uma esperança, por menor que ela seja...

- Diga logo senhor Marius. - pediu Mask notando a expressão dele. - o que tinha naquele objeto?

- É melhor verem com os próprios olhos.

Marius olhou para Etah. O rapaz ligou o dispositivo. Na tela apareceu uma imagem de um satélite natural.

- Essa é uma lua que fica a cinquenta e cinco milhões de quilômetros de Sidon, se chama Atália.

- Já fui uma vez. - disse Dara. - anos atrás. Não tem nada lá.

- Realmente não época que foi senhor Dara, não havia nada, mas agora... - Marius apertou um botão. A imagem mudou revelando de forma difusa uma estrutura.

- O que é isso? - indagou Evans.

- Uma estrutura criada por Haykan. - Etah retomou a palavra. - pelos dados, foi fixado nesse lugar há poucos dias.

- Uma base? - perguntou Dianeira.

- Funciona como base, mas não é objetivo principal. - Etah deu zoom. - é uma arma.

- COMO?! - indagaram todos.

- Um poder de destruição certamente maior que os ataques combinados da Ramaei e Nau 3 vinte vezes. - notou os olhares incrédulos. - isso é uma estimativa, já que não temos dados certeiros.

- Como eles podem ter tanto poder? - indagou Urara.

- E para destruir naves... - comentou Stiepan.

- Não é para destruir naves, chanceler. Isso é para destruir planetas.

A sala ficou em silêncio.

- Como? - Aioria achou que não tinha ouvido bem.

- Obi.

A resposta calou todos.

- Foi com isso que destruíram meu planeta?

- Sim diretor. Essa arma é capaz disso. E pelo porte não duvido que seja capaz de destruir alvos maiores ou simultâneos. Nem um planeta está seguro.

Cada presente pensou em seu lar.

- Era por isso que Haykan estava tão confiante. - disse Sttup que até o momento estava em silêncio.  - um disparo pode está a caminho de nós.

Uns olharam para os outros.

- E como se para isso? - Mu temeu por Alaron e pelos demais planetas.

- Atália conta com um escudo. Precisaria de um ataque de 1 anti matéria para destruí-lo. Em seguida uma nave rápida o bastante para disparar e sair da mira caso o ataque falhasse.

- Ramaei? - sugeriu Yahiku.

- Sim. Mas ela vai precisar carregar no mínimo quatro misses de 1 anti. A fonte de energia está a quilômetros abaixo da superfície.

- Um tiro apenas?

- Sim alteza. - olhou para Giovanni. - porém certeiro.

Os olhares foram para Mask. Atália era uma variante bastante importante e um erro poderia ser fatal. Sttup tinha algo em mente, mas esperaria Eron pronunciar primeiro. Os últimos acontecimentos fizeram o príncipe voltar ao "normal."

O cavaleiro levantou.

- Haykan vai usar essa arma. Só está esperando o momento certo. - caminhou até as imagens. - teremos que ser mais rápidos do que ele.

- Ele não deixará nada chegar perto dessa lua. Não foi atoa que não descobrimos nada. - comentou Simon.

- Precisaremos de uma isca. Uma grande isca.

- Em que está pensando Eron? - indagou Alisha.

- Três frentes. - abriu o mapa da galáxia. - Dara juntamente com a outra Nias ficaria na proteção da região de Alaron e Clamp. - abriu outra parte do mapa. - Antares e Titan sobre o comando de Urara e Yahiku, ao sul de Orion. - mostrou outra região. - Genesis ficará aqui, assim poderá chegar em qualquer lugar rapidamente. - olhou para Dianeira. - Ramaei sobre o comando de Sttup e Niive pelo centro-norte. Quero que Haykan pense que vamos atacar com força total ao norte de Atália. Ele vai mover seu exército todo para norte, pensando que nosso alvo é a fronteira.

- E quanto a Euroxx? - indagou Evans.

- Conseguem carregá-la com os quatro torpedos?

- Sim, ficará pesada, mas creio que sim.

- Tire tudo que for desnecessário. Reduza a tripulação para que ela torne apenas funcional. O propósito dela será carregar esses mísseis. Preciso dela ágil.

-Vai usá-la para destruir Atália? - perguntou Sttup.

- Sim. Vamos pega-lo por trás. - Giovanni deu zoom. - vamos passar pelo limite de GS com a zona dos buracos negros.

- Mas alteza... - murmurou Etah. - é perigoso. Podemos ser tragados.

- Concordo com ele filho. - disse Lirya. - será muito arriscado.

- Se a Euroxx for tragada, será o fim de tudo. - Kanon arrematou.

- Não podemos chegar a Hades sem passar pelo hiperdimensão. É o único jeito.

Os dourados olharam entre si.

Sttup pensava na estratégia do príncipe. Era um plano audacioso e extremamente delicado, já que o menor erro poderia ser fatal, mas não via outra solução. Sem um ataque surpresa dificilmente poderiam destruir a arma.

- Que seja feito isso. - disse Sttup. - partiremos em duas horas.

Os preparativos para a investidacontra Haykan começaram a ser executados. Parte dos planos de ataque foram repassados para os líderes militares da galáxia. Se tudo corresse bem ao final do dia a guerra já teria um resultado. Na ala hospitalar, os dourados recebiam o tratamento.  O estado era delicado, mas acreditavam na recuperação de todos, já que Afrodite mostrava sinais positivos.

Alisha estava ao lado de Shion. Pelo vidro da câmara olhava a face pálida do lemuriano.

- "Recupere-se."

- Ele vai ficar bem.

Ela levantou o rosto, deparando com Mask.

- Sobreviveu a duas guerras santas, ele é forte.

- Quando a Euroxx cumprir a missão voltará imediatamente para cá?

- Sim.

Alisha deu a volta, parando ao lado do canceriano. Fitou o rosto dele por um longo tempo.

- Não me olhe assim se não eu me apaixono.

Ela sorriu e surpreendendo-o lhe abraçou.

- Estou com medo... - afundou o rosto nas vestes dele. - há quinze anos eu perdi meu pai, seu pai e você... tenho medo que isso volte a acontecer.

Giovanni retribuiu o gesto, aconchegando a princesa.

- Eu vou voltar, todos vamos voltar.

- Promete? - o fitou.

- Prometo. E se Shion demorar em te pedir em casamento eu me caso com você.

- Idiota... - murmurou sorrindo. - eu nunca casaria com um idiota como você.

- Faz muito bem alteza...

A voz abafada pelo vidro chamou a atenção dos dois. Rapidamente Mask correu até a última câmara.

- Gustavv?!

- Me tira daqui, estou sufocando.

O canceriano apertou o botão de abrir. Dite sentiu um grande alivio ao respirar ar fresco.

- Isso já era o meu caixão? Muito pobre por sinal. - reclamou. - não tinha nem rosas.

- Você está bem? - indagou Alisha parando ao lado. - não sente nada?

- Meu corpo ainda está pesado, mas não foi dessa vez que um veneno me derrubou. - sorriu.

Giovanni mal escutava. Não queria fraquejar diante de Afrodite, mas... abraçou o amigo.

- Graças a Atena.

- Ei me solta! - o empurrou. - está certo que gosto dos dois lados, mas essa aproximação é demais. E você nunca me abraçou.

- Para o raio que o parta Afrodite! Eu fiquei preocupado com você.

- Sei...

- É verdade Dite. - disse Alisha. - pode não parecer, mas esse grosso gosta de você. Ele ficou bastante abalado.

Dite franziu as sobrancelhas.

- Isso é sério?

- Sim. - Mask virou o rosto. - mas já está bem. 

- Obrigado. - falou o pisciano. - não achava que tivesse lugar nesse coração de pedra.

- Por inferno! E chega disso, eu tenho mais o que fazer.

O pisciano gargalhou, mas notou as outras câmaras.

- Quem está nelas? - apontou.

Alisha e Mask contaram as ultimas horas. Os demais cavaleiros receberam com entusiasmo a noticia da melhora de Afrodite. Era uma esperança para que os demais também se recuperariam.

Kanon e Niive estavam em um dos quartos do palácio.

- Como pode pensar nisso a essa hora? - indagou a diretora tentando não deixar o marina tirar sua roupa.

- Eu penso nisso toda hora. Ainda mais quando você está com essa cara de brava. - a arrastou até a cama. - nada que um bom sexo para relaxar.

- Nas suas batalhas rolava sexo antes?

- Não, nem tinha tempo. Uma vacilada e morríamos.

- O conceito é o mesmo. - usando força o empurrou. - é a batalha final, Kanon. O destino de todos nós depende desse ataque. Não tem ideia de como foi quinze anos atrás.

- Nós vamos ganhar. - tentou novamente arrancar a blusa.

- Kanon!

- Está bem... - murmurou saindo de cima dela. - quando vamos partir?

- Todos vamos sair ao mesmo tempo. E você seguirá com a Euroxx.

- Eu vou com você. - rebateu.

- Não vai não. - ajeitou os cabelos. - não sabemos o porte da arma em Atália. Seu poder de elementar pode fazer a diferença.

- Eu ficaria mais tranqüilo se fosse com você.

- É tudo ou nada Kanon. - parou próximo a ele. - faremos o seguinte, - tocou no peito dele. - ao final de tudo farei uma surpresinha para você.

- Surpresinha? - gostou da ideia.

- Sim... você vai gostar. - deu um selinho nele. - a propósito... - foi no ouvido dele. - estou sem calçinha.

Niive saiu correndo.

- Pô Niive sacanagem! - gritou sorrindo.

 

 

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Numa pequena sala, os capitães das naves militares repassavam mais uma vez o plano de Mask. Dara também participava.

- Se fecharmos o cerco aqui. - o diretor apontou para uma área do mapa. - seremos mais eficazes.

- De acordo. - disse Sttup. - não podemos ter uma falha. Se Haykan conseguir atirar com aquela arma, perderemos a guerra.

- Acham que as Naus foram equipadas com a força máxima? - indagou Dianeira.

- A Nau 3 sim, - respondeu Yahiku, - mas a 1 acredito que esteja mais fraca. A Antares poderá derrubá-la facilmente.

- Conte com surpresas, capitão. - Sttup o fitou. - não sabemos se Haykan fez melhorias. E a Euroxx?

- Está no modulo básico. - disse Evans. - tiramos todo o supérfluo. Conseguimos armar os quatro torpedos sem perder velocidade. Eron abrindo hadrens vermelhos nos fará ganhar tempo.

- Estamos chegando ao final de uma etapa, - comentou Dara. - o que não teve fim há quinze anos vai fechar hoje.

Os presentes lembraram se da guerra passada.

- Espero realmente que esse ciclo se feche.

- Vai fechar. - falou Dianeira. - as variáveis hoje são outras. Haykan e Eron não são como Haypen e Soren, temos Iskendar e ainda os cavaleiros de Atena. Com certeza o final será outro, definitivo e a favor nosso.

 

 

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Lirya estava no antigo escritório de Soren. Sentada na cadeira que pertencia a ele, lia o último registro em seu diário. O dia da assinatura do tratado de paz. Foi um dia de grande alivio a GS, mas ao mesmo tempo de grande dor para ela. Perdia seu marido e seu filho.

O que aconteceria ao final daquele dia? Finalmente teriam a paz que tanto queriam? Soren, Samir e tantos outros que morreram naqueles anos teriam o tão sagrado descanso? Pegou uma foto que tinha a imagem do rei Tempestta.

- Esteja onde estiver cuide nós. Cuide do nosso filho.

- Todo mundo que participou da última guerra, está com esse sentimento.

A rainha ergueu o rosto deparando com Marius.

- Eu bati na porta, mas...

- Tudo bem. - voltou a atenção para o retrato. - se parece muito com aquele dia em algumas coisas, mas... Soren saia para assinar um tratado de paz, Eron vai sair para combater... estou um pouco receosa...

- GS sairá vitoriosa. Era para Afrodite está morto e ele está bem. A sorte está do nosso lado.

- Assim espero Marius. GS precisa de paz.

 

 

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Shaka e Urara estavam em uma das varandas. Sabiam que tinham afazeres, mas queriam desfrutar alguns minutos na companhia um do outro. A diretora estava com o pensamento longe, lembrava se dos pais.

- Tem quinze anos que a primeira guerra acabou, mas parece que foi ontem. - disse sem fita-lo. - ainda sentimos as marcas dela.

- Foram meses de sofrimento e muita dor, não serão esquecidos tão facilmente. - Shaka pegou nas mãos da diretora.  - mas hoje parte disso vai acabar. Vão poder ter paz novamente. A paz antes da guerra.

- A primeira durou meses e agora tem quatro semanas. Foram tantos acontecimentos em tão pouco tempo....

- Noah e os demais estarão do nosso lado. Enquanto tiver um morador de GS de pé, a luta não terminará. Estou confiante e tudo acabará bem. Não está sentindo isso?

Urara o fitou.

- Viu algo?

- Não. Eu sinto que algo muito grave vai acontecer ao mesmo tempo que trará alivio para todos... não sei ao certo, mas teremos um desfecho feliz.

A diretora fitou a mão dele, via fracamente a linha vermelha que os unia.

- Seguirá com Eron?

- Sim. Temos que parar aquela arma de qualquer jeito.

- Mesmo que corra risco?

- É a missão de um cavaleiro e também faria de tudo para que você tivesse paz.

Ela deu um sorriso fraco. Numa atitude que não condizia com sua personalidade deitou a cabeça no colo do virginiano. O cavaleiro passou os dedos pelos fios loiríssimos.

- Quando tudo isso acabar... -ela começou. - tem um planeta próximo a Alaron, onde vive muitos eijis... os que restaram... gostaria de ir até lá?

- Sim. - abaixou o rosto para dar lhe um beijo. - vou onde você quiser.

 

 

 

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Beatrice e Kamus faziam os últimos ajustes nos mapas que guiariam os ataques. O francês marcava todos os pontos importantes da construção em Atália, caso fosse necessário uma invasão.

- Terminei. - disse Beatrice descansando o corpo na cadeira. - espero ter feito tudo correto.

- Você é muito boa no que faz. - respondeu o aquariano continuando seu trabalho.

- E você é muito inteligente. - levantou indo até ele. - em poucos dias assimilou nossa tecnologia. Conseguiria viver aqui tranquilamente.

O francês a fitou. Agora que ela mencionara, lembrou-se de quando Marius fez o convite a eles. Estava quase completando um mês.

- O que foi? - ela passou os braços pelo pescoço dele.

- Tem quase um mês que estamos aqui. - a fitou.

- Parece que tem anos que estão aqui... - murmurou. - a guerra estragou tudo.

- Vamos vencer. Tenha fé que tudo dará certo.

A garota sorriu.

- Eu sei que sim. Quer ajuda?

- Sim. Quero que veja as minhas anotações, acho que não esqueci nada, mas...

- Você é perfeccionista. Claro que está perfeito. - apertou a bochecha dele.

Kamus ficou surpreso com o gesto, mas não deixou de sorrir.

 

xxxxx

 

Estava envolvido pela escuridão, mas surpreendentemente não sentia-se sozinho. Sentia que mãos carinhosas tocavam lhe o fronte. Quando "abriu" os olhos, viu uma luz dourada ao seu lado esquerdo. A luz foi tomando forma e arregalou os olhos quando a imagem de alguém se formou. Soren, ele murmurou. O rei Tempestta apenas sorriu e com os olhos pediu para que ele olhasse para sua esquerda. Voltou os olhos azuis para o lado, deixando uma lagrima escorrer, quando viu uma figura de cabelos loiros e olhos verdes. Mãe...

Izanami sorriu e em seguida aproximou beijando a fronte do filho.

Iskendar acordou ainda com a sensação do sonho. Os olhos marejaram e chorou. Sentindo-se um pouco melhor, reparou onde estava. Parecia a ala de um hospital, isso significava que não estava morto. Por quanto tempo estava ali? A mente foi levada para o último acontecimento que se lembrava. Pedia perdão nos braços de Eron. Será que ele havia perdoado-o? Será que voltariam a ter uma relação amigável depois tudo?

Mask, acompanhado por Lirya abriu a porta do local. Estava quase na hora de partir e queria dar uma olhada no irmão antes de ir. Iskendar prendeu a respiração ao vê-lo. E se ele o matasse? Arrumando forças, pois sentia o corpo ainda fraco, sentou na cama. Lirya foi a primeira a ver. Giovanni ao notar o olhar da mãe, olhou para trás.

- Iskendar... - não acreditava, fitou os cabelos completamente brancos.

O policial não disse nada, temia piorar sua situação.

Mask aproximou, ainda incrédulo.

- Você está bem? - notou os cabelos brancos.

- Sim... - não conseguia encará-lo.

- Iskendar. - a rainha o abraçou. - ainda bem que está bem.

Afrodite que tinha ido atrás deles, assim que viu o príncipe mais velho acordado comunicou aos amigos. Rapidamente os cavaleiros, Marius e Dara chegaram ao local. Dara não se conteve deu um abraço no jovem.

- Quer matar esse velho de susto?!

- Me desculpe por tudo... - disse aliviado por não ser rejeitado pelo eiji.

- Espero que crie juízo agora. - o tom saiu sério. - ou vou ter que aplicar um corretivo em você.

Iskendar apenas sorriu. O olhar desviou para Mask que ainda atordoado não se mexia.

- Me desculpe... - pediu, mesmo sabendo que poderia levar um não.

- Nós dois tivemos nossa parcela de culpa. Está tudo bem Iskendar.

O cavaleiro estendeu lhe a mão. O policial hesitou por alguns segundos mas aceitou.

- Nos deu um grande susto. - disse Lirya limpando os olhos, estava emocionada. - tivemos medo, pois poderia não voltar. Foi um milagre.

O Tempestta mais velho fitou a mão que ainda segurava a de Eron. Sentiu a presença dele no quarto por muitas vezes. Aquele era um sinal que tudo seria diferente?

- Como se diz na Terra: alguém não ti quis do outro lado e te mandou de volta.   - Kanon brincou.

- Kanon... - murmurou Dite entediado.

Riram.

- Eron...

- Sim?

Iskendar o encarou por alguns segundos e naquele momento sentiu compaixão pelo irmão. Achava que seu destino tinha sido cruel, mas Eron tinha visto e testemunhado coisas muito piores. Eles mereciam ser uma família. Se ele estava vivo depois de tudo, ambos haviam conseguido uma segunda chance.

- As pessoas te perdoaram.

Mask arregalou os olhos ao ouvir, não imaginou que ele estivesse escutado...

- Disseram que eu poderia voltar...

- Iskendar... - os olhos marejaram, as pernas bambearam e foi de joelhos ao chão.

O policial levantou, agachando ao lado dele. Deram um abraço.

Começaram a chorar. Todo ódio, mágoa ou rancor estava sendo lavado por aquelas lágrimas.  Lirya não se cabia de felicidade, tanto que chorava. A reconciliação dos irmãos era um excelente prenuncio de vitória...

... A hora chegou. Do lado de fora do palácio, várias naves estavam paradas para levarem Eron e os demais para a batalha final.

- Não aja por impulso. - disse Urara estendendo a mão para Niive.

- Pode deixar. - sorriu. - boa sorte senhora Shaka.

Deu uma piscadinha saindo. Urara ficou rubra, mas sorriu.

- Como sempre Niive fazendo boas observações. - comentou Dara aproximando-se dela.

- Boa sorte senhor Dara.

- Para você também e cuide-se.

- Boa sorte amigos. - dirigiu Evans a Yahiku, Sttup e Dianeira. - vamos trazer paz a nossa galáxia.

Eron via a comitiva. Toda a esperança de GS estava nos ombros daqueles homens e mulheres.

- Só um minuto. - aumentou o tom de voz para ser ouvido. - desejo a todos boa sorte e por favor voltem vivos. Todos. E isso é uma ordem. - sorriu.

Sorriram.

O cavaleiro despediu da mãe e de Alisha que ficaram sobre os cuidados de Kamus. Iskendar, Marius, Dite e os demais cavaleiros seguiriam com ele na Euroxx.

Minutos depois as naves deram partida. Lirya as via, cada uma tomando um rumo diferente.

- Boa sorte.

- Nós teremos majestade. - disse Beatrice. - tudo vai terminar bem.

O espaço orbital de Ranpur estava tomado por naves. De um lado estava a Genesis aportada para alguma eventualidade. A nave que levaria Dara para a região de Alaron. A Antares que seguiria para o sul da galáxia. A Ramaei que partiria rumo centro-norte e a Euroxx.

- Capitão Evans tudo pronto para a partida. - disse um controlador.

- Vamos esperar nossa vez de entrar num hadren.

- Deixe a nave a postos senhor Evans, - pediu Mask fitando as outras naves pelo vidro. - vou abrir um hadren.

- Teremos tempo até todos passarem. - disse Iskendar.

O canceriano apenas sorriu.

- Apenas vejam.

Giovanni teleportou para fora da nave.

- O que ele quis dizer com isso? - indagou Shura.

- Faça como ele disse senhor Evans. - pediu Shaka, olhando atentamente o vidro. - não será apenas um hadren que vai se abrir.

Olharam para o indiano com espanto.

Dali tinha uma visão ainda melhor de todas as naves. Era chegada a hora de colocar um ponto final naquela guerra. Devia isso ao pai e a todas as pessoas que tinham morrido nas duas guerras. Fitou as mãos revestidas pela armadura de Câncer. Era seu destino ter virado um defensor de Atena, pois com aquele poder adquirido poderia mudar a história do seu lar. Queria que todos vivessem bem e felizes. A tão sonhada paz que Atena sempre lutou para ter. Sorriu, ao se lembrar de um fato passado, quando morreu no muro das lamentações.

- "Pela justiça em GS, queime agora, meu cosmo dourado, para gerar no meu mundo de escuridão um raio de luz..."*

O cosmo de Giovanni começou a elevar-se.  De todas as naves puderam ver um brilho dourado.

- O cosmo dele... - murmurou Dite, impressionado.

- Está muito mais forte. - completou Shaka. - a cada dia se fortalece mais.

- Tem um limite? - indagou Marius.

- Ele é um Tempestta, não sei se há um limite para ele.

Iskendar voltou a atenção para o vidro. O quanto o irmão era forte? O cosmo de Mask aumentou ainda mais, fazendo a coloração de seus cabelos mudarem.

Em todas as naves começaram a soar o aviso de um hadren. Giovanni elevou ainda mais seu cosmo. Seu objetivo não era abrir apenas um e simquatro e estava conseguindo. Pontos vermelhos surgiram nas quatro direções. A luz transformou-se em vários círculos vermelhos que se propagavam como ondas, segundos depois os círculos transformaram se em cones e cada nave transpassou por um hadren. No lugar onde elas estavam, restou rastros de váriosfeixes de luz como tentáculos de um polvo...

Na cabine da Euroxx, estavam todos num profundo silêncio. Nunca tinham testemunhado a abertura de quatro hadrens ao mesmo tempo, ainda mais vermelhos.

- Eu não disse que daria um jeito? - Mask apareceu na porta. - todo mundo chegará rápido.

- Alteza... - murmurou Marius. - quatro?

- Senti que dava para fazer isso. - se gabou.

- Estou ficando com medo de você. - Shura olhou para os cabelos dele, aos poucos voltavam para a coloração azul.

- Relaxa. - sentou numa cadeira. - enquanto aproveitamos a viagem, vamos repassar o plano.

 

 

 

O.o.O.o.O

 

No extremo da galáxia, o exército de Haykan estava preparado para a batalha. O líder de S1 estava em Atália a espera dos embates.

- Senhor, as tropas de GS começaram a se mover. Temos informações que a Antares e Ramaei estão se dirigindo para cá.

- Dê a ordem para que a Nau1 se dirija para onde está a Antares e que Orrin encontre a Ramaei.

- Sim senhor.

Haykan estava tranqüilo e com um sorriso no rosto. Qualquer ataque vindo deles seria inútil e até o final da noite GS seria sua.

O primeiro a chegar a zona de guerra foi Dara. Rapidamentefoi conduzido para a Nias onde entrou em combate. Felizmente não havia um grande exército de S1 naquelas redondezas.

 

O.o.O.o.O

 

Por conta do hadren vermelho, a Antares liderada por Yahiku e Urarachegariam rápido ao seu destino. Enquanto isso a Titan rumava para seu alvo. Como Haykan sabia daqueles ataques, ordenou que muitas tropas fossem para lá. A Titan logo entrou em guerra.

 

O.o.O.o.O

 

Em seu mini escritório Mask olhava o mapa de Atália atentamente. Estudava aquele objeto, pois algo lhe dizia que talvez fosse necessário ir até lá. Iskendar sentou ao lado dele.

- É uma pena Jhapei ter perdido a vida em prol disso. - o policial apontou para o mapa.

- O que ela fez por GS é incalculável. Ela praticamente salvou a vida de todos.

- Soren ficaria orgulhoso ao ver os quatro hadrens. - mudou de assunto.

- Faria o que fosse preciso para proteger GS.

- Eu só abri um até agora.

- O que? - Mask o fitou na hora. - abriu um hadren?

- Sim. - levantou passando a caminhar pelo escritório. - foi um azul e para... - tomou coragem. - para Haykan.

- E como foi? - indagou ignorando o nome do líder da galáxia vizinha.

- Senti algo dentro de mim e meus cabelos balançaram sem explicação. Mas não foi um hadren normal. Ele era bem menor.

- Está despertando. Com o tempo conseguirá abrir normalmente. Quem sabe até um vermelho.

- Me desculpe por ter ajudado Haykan.

- Esqueça.

Iskendar fitou o elmo da armadura. Mask notou o olhar, tirando-o.

- Quer experimentar?

O policial o pegou, examinando-o primeiro. Depois o colocou na cabeça. Sentiu o peso do oricalco.

- Isso pesa.

- Você se acostuma.

O irmão mais velho levantou, indo até um espelho. Realmente o peso era questão de costume.

- Faria sucesso no santuário. - Eron brincou. - tem boa pinta.

Iskendar não respondeu. Apenas pensava como seria usar aquilo em combates.

- É um mundo muito estranho para mim. - tirou o elmo. - além de que esse saiote é ridículo. - provocou.

- Pode até ser ridículo, mas te mata em segundos. - rebateu. - ridículo era a roupa que deveria usar enquanto estava com o tio Samir. Vestido. - frisou bem a ultima palavra.

O policial riu.

- Estamos quites.

- Isso é seu. - Mask tirou do pescoço uma correntinha e do bolso a miniatura da Euroxx.

- A chave... - lembrou-se de quando a tirou a bordo da Nau 3.

- Guardei caso voltasse a si. - o entregou. - isso é a única coisa que nos liga ao tio Samir.

O rapaz de cabelos brancos a pegou. Aquele objeto trazia-lhe boas lembranças.

- Eu vi nosso pai. - disse, ainda contemplando o objeto.

Mask ficou duplamente surpreso. Primeiro por Iskendar ter chamado Soren de pai e segundo por ter o visto.

- Onde?

- Enquanto estava desacordado. Ele e minha mãe estavam ao meu lado. Não disseram nada, mas senti que estavam bem e cuidavam de mim.

- Você se parece tanto com ele.

A frase do cavaleiro fez Iskendar o fitar.

- Acho que sim...

- Estou tranqüilo agora, - depositou a mão no ombro do irmão. - sei que a Izanami e nosso pai cuidarão de nós e aliviados por estarmos nos dando bem. Eles não iriam gostar se colocássemos fogo na galáxia.

Iskendar arregalou os olhos.

- É brincadeira! - exclamou Mask diante do olhar dele.

- Você é muito infantil. - tocou nos cabelos de Eron brincando com eles. - tem muito que aprender.

O canceriano ficou surpreso com o gesto, mas depois sorriu. Era uma sensação boa.

- E cabe ao irmão mais velho ensinar?

- Claro. Eu sou melhor que você. - sorriu.

- Veremos. - sorriu de volta, mas soltou um longo suspiro de cansaço.

- Como sou o irmão mais velho deve me obedecer. Você precisa descansar. – disse sério. Havia notado que o irmão estava com um semblante abatido.

- Estou bem.

- Não está. Parou aquele ataque, recebeu os tiros, quase matou todo mundo e abriu quatro hadrens de uma vez. Pode ser um cavaleiro, mas não é um super humano. Precisa descansar.

- Iskendar...

- Quer que eu ligue para sua mãe? – desafiou.

- Está bem. Vou tirar um cochilo.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

Nos arredores de Orion, a Titan estava em combate. Para os primeiros combates contra as forças de S1a nave salva por Aioria, conseguia detê-los, contudo a Nau Hay1 havia chegado e com um tiro destruía a nave de Stiepan.

Rapidamente a Antares foi avisada e dez minutos depois, a segunda nave em poder de GS, entrava em batalha.

 

O.o.O.o.O

 

A Euroxx seguia seu curso em direção a Atalia. A viagem nos limites de GS seguia tranqüila apesar da rota instável pois em alguns trechos estavam em GS e em outros na zona de buracos negros. Marius estava com Evans. Iskendar velava pelo sono de Mask enquanto os dourados estavam em um quarto aguardando os próximos passos. Shaka estava num canto olhando a imensidão negra pela janela.

- Algo te preocupa Shaka? - indagou Mu.

- Sim. - fitou os amigos. - eu sinto que até o desfecho final teremos muitos problemas.

- Mas isso é normal para nós. - brincou Aioria. - qual batalha foi fácil?

- Não é só isso. - o virginiano abaixou o rosto. - algo grave vai acontecer.

- Há alguém especifico? - indagou Afrodite.

- É o que parece, mas não sei quem...

- Iskendar ou Mask? - perguntou Kanon.

- Não sei. - levantou. - não tive uma visão.

- Tudo terminará bem. - disse Shura. - nós vamos ganhar.

Seguindo na velocidade que estavam a Euroxx chegaria ao alvo em poucas horas. Apesar da comunicação apresentar falhas, devido a posição que estavam, Evans recebia a informação que as tropas de Dara e de Urara estavam conseguido relativa vitória sobre S1.

- Será que Haykan desconfia de algo? - indagou Marius olhando as informações.

- Ninguém em juízo perfeito transitaria por essas aéreas.

- Apenas Eron. - o chanceler sorriu. - Soren não agiria assim.

- Soren era muito mais impulsivo quando tinha a idade de Eron, - Evans o fitou. - os pensamentos dos dois são iguais.

A conversa foi interrompida por um alerta em vermelho.

- Capitão! - gritou um controlador. - detectamos a presença de um buraco negro.

- Distância?

- Cinqüenta mil quilômetros, mas ele está se movendo rápido demais.

- Emita um alerta vermelho a todos. Prepare nossos motores para serem usados a cem por cento.

O aviso soou em toda nave. Rapidamente Mask e os demais foram para a cabine de controle.

- S1? - indagou Mask ainda sonolento.

- Não. Detectamos um buraco negro. - disse Evans.

- Capitão, motores a noventa por cento.

- Quanto tempo para a capacidade máxima?

- Cinco minutos.

Kanon olhava para as imagens captadas pela câmera da Euroxx. Não se via nada, mas ele sentia que estava lá e uma vez atraído por sua gravidade...

Deixando todos tensos, a nave começou a tremer.

- Força de atração aumentando... taxa dos motores caindo na mesma proporção.

- Não deixe a velocidade cair. - Evans ordenou aos controladores.

Mask ouvia tudo apreensivo. O plano era dele e se a Euroxx fosse sugada, não apenas eles morreriam, mas toda galáxia.

- Não há nada que se possa fazer? - indagou.

- Faremos de tudo. - respondeu Evans.

- Senhor, - Etah entrou no recinto. - nossos motores não vão agüentar.

- Evans... - Marius o fitou.

O capitão ficou em silêncio. O que poderia fazer num momento como aquele? Olhou para o lado, Iskendar e Mask o fitavam.

- "Não posso deixar que os filhos de Soren morram."

A nave começou a balançar.

- Capitão! - gritou um controlador. - estamos perdendo força.

- Alteza... - Evans olhou para Mask. - precisaremos de um dos torpedos.

- Use e tire-nos daqui.

- Emita o alerta 3.5, use a força gravitacional para dar mais força aos motores. Atire um dos torpedos ao meu comando.

Os controladores começaram a executar as ordens.

- Alerta 3.5. Atenção todos os tripulantes, a nave irá entrar em alerta 3.5. Procure suas posições e conectem-se seus cintos. - soou a voz metálica.

- Como assim cintos? - indagou Shura.

- Etah, leve-os e os coloque nos cintos.

- Sim.

O piloto não esperou um questionamento de Eron ou dos cavaleiros, praticamente os colocou para fora da cabine. Iskendar que sabia sobre aquele procedimento ajudava o garoto.

- Um minuto para o alerta 3.5.

- Que diabos é esse alerta? - perguntou Mask vendo que todos corriam com algo na mão.

- A nave gera uma força como se fosse a gravidade. É com isso que consigamos andar etc, - começou Iskendar. - Evans quer retirar essa força e aplicá-las nos motores.

- O uso do cinto é obrigatório para que não possamos sair voando. - completou Etah.

Corriam contra o tempo. Enquanto a ameaça se aproximava, um dos torpedos, que seriam utilizados em Atalia, estava sendo preparado. Evans torcia para que seu plano desse certo.

- Trinta segundos para o alerta 3.5.

Na cabine, todos colocaram o cinto apropriado, inclusive Evans e Marius.

- Isso dará certo?

- Tem que dá Marius.

Etah levou-os para um dos alojamentos, pois não daria tempo até chegarem aos aposentos do príncipe. O rapaz começou a apertar vários botões na parede, fazendo aparecer cadeiras.

- Sentem-se.

A Euroxx tremeu mais forte, quase jogando-os ao chão.

- Depressa! - Iskendar ajudava Afrodite e Mu.

Na cabine...

- Capitão, torpedo pronto.

- Lance.

Foi a conta do torpedo ser lançado para a gravidade dentro da nave ser desligada. Quem ainda não estava preso foi levado pelo movimento da nave. O que era o caso de Iskendar, Kanon, Shura e Etah. Praticamente os quatro voaram.

- Mu! - pediu Shaka.

O ariano usou seus poderes trazendo os quatro para junto das cadeiras e a tempo de apertarem seus cintos.

- Capitão, motores a noventa e cinco por cento.

- Trinta segundos para a explosão do torpedo.

- Tem que dar tempo...

Pela janela do alojamento, Mask e os dourados viram uma luz azul e em seguida sentiram a nave trepidar.  A explosão do torpedo, em conjunto com os motores que atingiram a capacidade máxima, impulsionaram a Euroxx para fora do perímetro do buraco negro.

Só quando atingiram uma distancia segura é que Evans relaxou.

- Bom trabalho capitão. - cumprimentou Marius.

- Foi por pouco.

Alguns minutos depois o canceriano chegava a cabine.

- Não é atoa que meu pai disse para confiar em você. - brincou Mask.

- Só faço meu trabalho alteza.

- Até chegarmos ao nosso destino, ainda poderemos encontrar mais deles?

- Sim. A probabilidade é de oitenta por cento.

- Consegue desviar nossa rota, sem avançarmos demais GS adentro? - o italiano não queria arriscar.

- Farei o que posso.

E assim o fizeram. Tomando todas as precauções para não serem pegos por um buraco negro e nem vistos por Haykan a Euroxx seguiu seu destino.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

Várias naves de pequeno porte juntaram-se a Antares. A perda da Titan trouxe comoção e por isso tinham que se empenhar em derrotar as naves de S1. Além disso, ainda precisavam ganhar tempo para a Euroxx.

A passos duros, Urara seguia para a sala de comando.

- Como estamos indo? - ela indagou a Yahiku.

- Conseguiremos contê-los.

- Noticias da Euroxx?

- Estamos sem contato. Estão no hiperespaço, as comunicações estão falhando. Temos que aguardar.

A área ao redor estava tomada por raios azuis e vermelhos. Haykan não economizara no uso de naves para o combate. Da base em Atália recebia informações sobre o combate.

Na Antares, o sinal de alerta ecoou por toda nave.

- A Nau 1 está preparando-se para atirar senhor.

- Avaliação da nave.

- Está portando três mísseis 0,5 anti e seu escudo suporta 1 anti.

- Haykan não teve tempo de armá-la na capacidade máxima. - disse Urara.

- Mesmo assim precisaremos atirar duas vezes para quebrar o escudo. - respondeu Yahiku. - arme nossos torpedos, vamos derrubar aquela nave.

Nas duas naves, os preparativos seguiam a todo vapor. Sabiam que seria um ataque que definiria a vitória, já que as duas naves tinham quase o mesmo poder.

A Nau foi a primeira a atirar.

- Ativem o escudo! - ordenou Yahiku.

O raio azul atingiu segundos depois. A Antaresbalançou com o ataque e como esperado seu escudo se rompeu, mas não chegou a causar danos na estrutura.

- Disparem dois torpedos.

A Nau foi acertada e seu escudo teve o mesmo fim, já que a força empregada pela Antares foi maior. Contudo a nave de GS estava ligeiramente em desvantagem. Restava apenas um míssil e sua velocidade em comparação a inimiga era menor. E o comandante da Nau sabia disso. Ele ordenou um ataque a Antares, usando sua velocidade maior.

- Atirem! - ordenou Yahiku.

Torpedos auxiliares foram disparados, quando a Nau apareceu a poucos milhares de quilômetros da Antares. Com o escudo destruído a nave de S1 sofreu danos, mas conseguiu desviar de alguns torpedos. Já a Antares foi alvejada, tendo o lado esquerdo da estrutura destruída.

- Diretora, peço que se retire e reúna-se com as tropas em Favix.

- Abandonar a nave??

- Precisaremos de ajuda caso a Antares seja derrubada. Iremos atirar com tudo e vocês atacaram por trás.

- Entendido.

Passando os comandos para os demais lideres de tropa, Urara reuniu um grande contingente na região de Favix, um pequeno planeta a milhares de quilômetros de onde acontecia a batalha. As tropas de S1 interpretaram como batida em retirada e não se importaram, pois o alvo maior era a Antares.

A Nau avançou sobre a nave de GS e atirou com tudo que tinha. A Antares fez o mesmo e com isso os dois objetos saíram bastante danificados.

- Capitão, não teremos como segurar a Nau.

- Use o restante do armamento. Avise a diretora.

Na nave de S1, a tripulação sabia que não sairiam vivos, então usariam uma arma secreta. Levariam todos a morte.

Os capitães das naves deram a ordem de disparo. A Antares foi acertada em vários pontos comprometendo sua capacidade integral de vôo. Segundos após os disparos as tropas lideradas por Urara, surgiram almejando a Nau 1.

Num último ato, o comandante da Nau ativou sua arma. A nave serviria como bomba.

- Capitão, estamos detectando uma grande quantidade energia vinda da Nau.

- Eles ainda conseguem atirar...? - murmurou.

Na nave de Urara.

- Diretora, a Nau vai atirar.

- Recue todas as nossas naves.

Não houve tempo. A Nau transformou-se numa enorme bola azul e explodiu. Yahiku e Urara viram um brilho incandescente vindo em suas direções...

- Shaka...

Há milhares de quilômetros, o indiano deu um salto da cadeira.

- O que foi Shaka? - indagou Dite que estava perto.

- Nada... - pensou em Urara. - não foi nada.

Mask entrara naquela hora.

- Vamos nos preparar, sairemos em poucos minutos do hiperespaço, Evans achou um lugar seguro para navegar.

Shaka apenas concordou. Sentia o peito oprimido e estava preocupado com Urara.

Em Atália, Haykan não se importou com a destruição da Nau 1. Sabia que ela tinha cumprido seu papel e que aquilo era necessário para que seu plano de conquista desse certo.

Sttup e Niive estavam a frente no comando da Ramaei. Em poucos minutos a nave chegaria ao seu alvo.

- Nossas tropas já estão posicionadas, presidente. - disse a diretora. - a Nau 3 deve aparecer na região x89.

- Temos que derrubar essa nave a todo custo.

Um policial entrou as pressas na cabine. Bateu continência antes de falar.

- Nossas tropas lideradas por Dara conseguiram deter o ataque de S1. Recebemos a informação que a Titan foi acertada.

- E quanto a Urara? - Niive indagou.

- Estamos sem noticias. Todas as comunicações com a Antares e naves menores foram cortadas a dez minutos atrás. Enviamos uma patrulha e o comunicamos a Orion e Eniac. Eles enviarão naves.

- Sinal da Nau 1? - Sttup não gostou do silêncio.

- Sem sinal também.

- A Antares é superior a Nau. - comentou Niive. - não tinha como derrubá-la.

- A Nau é mais ágil e Haykan porta de armas pouco convencionais. - voltou a atenção para o policial. - noticias da Euroxx?

- Sem sinal.

- Continue tentando comunicação com a Antares.

- Sim. - bateu continência e saiu.

- Esse silêncio da Antares me preocupa. A Urara não age sem falar.

- Em breve teremos noticias diretora. - disse Sttup.

Uma luz vermelha começou a piscar em toda sala.

- Senhor uma nave aproxima-se de nós.

- Coloque na tela.

Segundos depois uma nave em formato de diamante com o emblema de S1 surgiu diante deles.

- Nau 3... - murmurou Sttup.

Do outro lado, Orrin sorria satisfeito. Teria o prazer de derrubar a Ramaei Enterprise.

 

O.o.O.o.O

 

Na sala de reunião, Beatrice, Kamus, Lirya e Alisha aguardavam por noticias. Já havia algum tempo que eles tinham saído e apenas Dara dera alguma informação. Lirya estava aflita, seu coração de mãe dizia que algo muito grave aconteceria, só não sabia o quê.

- Beatrice... - murmurou. - será que consegue uma nave para mim.

- Nave?

- Não pensa em ir atrás de Giovanni, não é majestade? - indagou Kamus.

-Sei que é arriscado e imprudente, mas estou agoniada. - levantou. - algo vai acontecer ao meu menino.

- Não posso deixar que faça algo, majestade. A sua segurança é a minha missão.

Lirya voltou a sentar. Mesmo arriscado pensaria numa forma de ir atrás do filho.

 

xxxxx

 

 

Com a ausência de Mask e dos demais, Miro foi levado para o palácio. Dos cinco em estado enfermo, o escorpião era o mais delicado. Ele estava em coma induzido, dentro de uma câmara. Seu quadro clinico estava estável contudo... os aparelhos começaram a apitar...

No andar de baixo, Kamus sentiu o cosmo de Miro saindo as pressas. As mulheres foram atrás estranhando o fato. Kamus abriu a porta num rompante.

- Miro?!

A equipe médica já estava lá, realizando os procedimentos.

- Majestade, precisam sair... - pediu uma enfermeira.

- O que está acontecendo? - indagou Kamus.

- Algumas complicações, mas estamos cuidando disso. Por favor, esperem lá fora.

- Mas...

- Venha Kamus. - Bia praticamente o arrancou de lá. Era melhor Kamus não ver.

A porta fechou-se para um atordoado aquariano.     

No quarto ao final do corredor, onde estava o restante dos dourados, Dohko foi o primeiro a despertar. O corpo estava dormente e por isso não levantou. Os olhos verdes fitavam o teto branco, procurando se lembrar do que tinha acontecido. Ele virou o rosto, vendo Aldebaran, Saga e Shion.

- Shion? - notou os aparelhos sobre ele. Estava dentro de uma espécie de incubadora. Esquecendo sua fraqueza levantou e foi até o amigo.

- Shion?

O ariano estava pálido e o corpo coberto por ferimentos. Ainda sentindo as pernas bambas, o libriano foi até o banheiro. Abriu a torneira da banheira enchendo-a. Enquanto isso acontecia, foi até aos demais companheiros.

- Saga. Saga. - deu a volta. - Aldebaran.

Eles permaneceram dormindo.

Dohko voltou ao banheiro. O recipiente estava quase cheio. Aproximou de Shion, apertando o botão que abria a incubadora, pegando-o no colo. A passos lentos caminhou até o banheiro e o depositou na banheira.

- Se posso curar...

Elevou seu cosmo, tocando na água.  O liquido brilhou em dourado e depois ficou azulado. As feridas que o corpo de Shion trazia foram sumindo. Ele despertou.

- Não é que funciona mesmo?  - o libriano suspirou aliviado, ao mesmo tempo cansado. Não sabia que demandava tanta energia.

- Dohko? O que eu faço aqui? Alisha! - gritou ao se lembrar do acidente.

- Calma amigo.

O grande mestre o fitou. Só então se dera conta que Dohko estava de pé.

- Você está bem? - indagou.

- Só um pouco cansado... - sentou no chão. - acho que isso de cura suga nossas energias.

- Me curou?

- Sim. - deu um sorriso lavado.

Shion abriu a boca para falar quando sentiram o cosmo de Miro.

- Está enfraquecendo muito rápido... - murmurou o ariano.

- Precisamos ir.

O grande mestre levantou e se não fosse o chinês avisar ele sairia pelado. Sentindo o cosmo de Miro, viram Kamus e as demais.

- Shion! - Alisha pulou em cima dele.

- Por Atena, está bem. - a abraçou.

- Eu fiquei tão preocupada...

- Dohko, você está bem? - Lirya aproximou. - não sente nada? - notou o ar cansado.

- Estou bem majestade, mas... - viu Kamus sendo amparado por Beatrice. - o que houve?

- É o Miro... - disse entristecida. - ele não está bem.

Dohko rapidamente entrou no quarto, os médicos corriam de um lado para o outro.

- Não podem ficar aqui.

- Diga o que está acontecendo? - a voz do libriano saiu bem séria.

- Os ferimentos da batalha eram muito sérios, pioraram com o envenenamento. O corpo dele era saudável, mas... estamos fazendo o possível.

Os três cavaleiros arregalaram os olhos. Miro não estaria... Kamus ficou branco e completamente imóvel.

Dohko nem respondeu indo para o banheiro que havia ali. Felizmente tinha uma banheira. Abriu a torneira. Se ele tinha o dom da cura poderia ajudar o grego.

- O que vai fazer Dohko? - indagou Shion.

- Posso ajudá-lo. - saiu do banheiro. - majestade, eu posso ajudá-lo.

Lirya voltou a atenção para o escorpião. O batimento do coração estava bem fraco.

- Faça. - era tudo ou nada.

Ela pediu para os médicos se afastarem. Tendo todo o cuidado o libriano carregou-o até a banheira. Quando tocou na água ela ficou azul. Os ferimentos físicos começaram a cicatrizar, mas Miro continuava muito pálido.

- Vamos Escorpião, reaja. - pedia o ariano.

Dohko estava em silêncio. O estado do grego deveria ser ainda mais grave. E o que ele poderia fazer? Subitamente sentiu seu cosmo arder. Sem pensar elevou sua energia que passou a envolver o grego e a água. Ela ficou ainda mais escura. As ações de Dohko eram acompanhadas por todos num profundo silêncio. Lirya rezava para que desse certo. O filho teria um surto se o amigo morresse. Dohko continuou despejando seu cosmo e com isso sentia-se cada vez mais fraco. Shion o observava.

- Dohko...

- Estou bem... - o cansaço aumentou.

Cerca de alguns minutos depois, as cores voltaram para a face do escorpião. Ele abriu os olhos...

- O que...

O libriano parou o processo, quase perdendo os sentidos. Foi amparado por Shion.

- Dohko!

- Estou bem...

- O que está havendo? - via todos. - que cara é essa Kamus? Viu fantasma? - o francês o fitava estático.

- Vista isso Miro. - Bia providenciou outra roupa. - lá fora te explicamos. - sorriu.

- Tudo bem...

Saíram e Dohko sentou numa poltrona. O processo de cura fazia milagres, mas era muito cansativo.

- Está tudo bem Dohko? - Alisha ajoelhou na frente dele.

- Estou alteza. Só preciso descansar.

- Alguém pode me explicar o que aconteceu? - o grego apareceu na porta, usando aroupa do hospital.

- Como está Miro? - indagou a rainha.

- Bem. - sorriu. Fitou Kamus. - Por Atena! Que cara de velório é essa Kamus!?

O francês não respondeu, apenas abraçou o amigo.

- Ka-mus?

- Por Atena está bem.

- Estou... - correspondeu ao gesto. - podem me dizer o que está acontecendo? Por que estamos com roupa de hospital? - apontou para si e para Dohko e Shion.

A resposta foi interrompida por uma enfermeira, dizendo que um dos cavaleiros estava despertando. O grupo a seguiu. Depararam com Aldebaran sentado na cama.

- Pessoal?

- É um milagre. - disse Bia.

- Como está Aldebaran? - Lirya aproximou. Estava aliviada.

- Muito bem rainha.

- Agora só falta o Saga. - Saga. - deu a volta. - vamos Saga acorde!

O geminiano não acordou.

- Não é melhor chamar o médico? - indagou Lirya. - receberam uma grande quantidade de veneno apesar que...

 - Veneno?? - indagaram Shion, Dohko, Deba e Miro.

- Sim. - respondeu Kamus.

- Espera... - o escorpião silenciou por segundos. - A Hely conseguiu resgatar a nave? E o Mu?

Os presentes trocaram olhares.

- Muita coisa aconteceu depois daquele dia Miro. - disse Kamus contando todos os fatos.

- Um planeta??? Isso é possível??? - exclamou assustado.

- Infelizmente Miro. - disse Alisha.

- E tudo obra do Haykan. E vou matá-lo com as minhas agulhas. - Miro estralou os dedos. - vai ser pior do que o Rihen. Vamos Saga acorde. Ou quer que eu te chute como o Loki?

- Você brinca assim porque ele não está te escutando. - disse Dohko, acomodado numa cadeira. - brinca com fogo.

- Menos Miro. - pediu Kamus. - essa afobação não vai resolver nada.

Saga abriu os olhos, fitando o teto primeiramente.

- Acordou.

O geminiano fitou o escorpião. Miro recuou diante do olhar. Nem parecia Saga, parecia mais com...

No rosto de Saga formou-se um sorriso fino dúbio.

- Cuidado Miro, não é o Saga é o Ares! - exclamou Deba passando a frente de Lirya.

O escorpião recuou assustado, acabando por tropeçar na perna da cama de Aldebaran, indo ao chão. Dohko gargalhou, assim como Deba.

- Qual é a graça?! - Miro levantou depressa ainda ressabiado.

- Não é o Ares é o Saga, Miro. - disse Kamus calmamente.

- Uma brincadeira? - indagou o próprio.

- Dá próxima vez que me lembrar daquele chute, eu que vou chutar sua bunda. - Saga levantou. - tá avisado.

Miro concordou. Deba não parava de rir, enquanto as meninas não entendiam nada.

- Essa terei que contar para todos. - disse o taurino.

Lirya não entendia o contexto da conversa, mas estava aliviada por vê-los bem. Eles eram como filhos para ela.

- Cala a boca Deba!

- Já chega. - pediu Shion. - Kamus que história é essa de veneno?

- Haykan implantou veneno onde estavam lutando, - fitou Deba, Dohko e Saga. - foi até o hospital, - olhou para Miro. - e ainda arquitetou a queda da Nias.

- Qual interesse nisso? - indagou Deba.

- São os guerreiros da luz. - disse Bia. - Haykan os vê como ameaça.

- E onde está o Mask?

- Eles seguiram para onde está a arma, Saga. Giovanni montou uma grande investida contra S1.

- Precisamos ir. - disse o geminiano. - se Haykan usar essa arma outros lugares podem ser destruídos.

- Pode conseguir uma nave para nós Beatrice? - perguntou Shion.

- Sim. Não sei se chegarão a tempo, mas...

- Eu vou com vocês. - disse Lirya. - não posso ficar parada enquanto vocês combatem.

- É arriscado senhora Lirya, - disse Miro. - Mask nos mata se algo lhe acontecer.

- Não sou feita de vidro. Por enquanto estava pedindo como uma mãe, mas agora como rainha, - olhou para Beatrice. - quero uma nave agora. É uma ordem.

Bia fitou Kamus.

- Mask teve a quem puxar. - disse. - vamos protegê-la majestade.

- Obrigada.

- Eu também vou. - disse Alisha. - não vou ficar aqui.

- De jeito nenhum. - rebateu Shion. - ficará aqui no palácio, para sua segurança.

- Vai desobedecer uma ordem de sua superiora? Shion você é um Atlantik e sou sua governante.

O grande mestre abriu a boca para fechar. Dohko queria gargalhar. Era divertido ver Shion ser desafiado.

Sem argumentos, Alisha e Lirya embarcariam numa pequena nave. Kamus que sabia dos planos de Mask planejou para que eles fossem aos limites da zona de segurança e conforme estivesse as batalhas seguiriam para a Ramaei.

Antes da partida, Lirya praticamente ordenou que os cavaleiros passassem por exames para atestar que realmente estavam bem. Shion também aproveitou para ver se as armaduras estavam livres da contaminação.


Notas Finais


* Fala dos cavaleiros de ouro na saga de Hades parte inferno.


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