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História Temptation - Damn.


Escrita por: stealmyziall

Notas do Autor


Hey meus amores!! Desculpem não estar conseguindo dar conta de responder os comentários, de verdade!
Eu quero hoje antes de dormir responder todos, então prometo dar o meu máximo para isso, pois leio todos e vou destacas alguns também!
Espero que gostem, esse capítulo em especial é um dos que eu mais adoro, então... Boa leitura!

Capítulo 11 - Damn.


 

“Você é a melhor amiga que eu tive. Eu tenho estado com você há tanto tempo. Você é minha luz do sol e quero que você saiba que meus sentimentos são verdadeiros. — Queen (You’re My Best Friend).”

 

— Porque não. — Ele exclama bem sério, então apenas me despeço do Ethan, falando que amanhã nós os dois poderíamos nos encontrar para estudar, porque hoje pelo visto, o Harry não ia aguentar ficar quieto.

— Você é quem sabe. — Entro no escritório e ele me olha serio.

— Como assim? Eu estou perguntando a sua opinião. — Ele fala e eu respiro fundo.

— E eu estou dando ela! Se a Katherine quer tentar de novo, faça isso. — Eu cruzo os braços e ele fecha a porta do escritório, me olhando e negando.

— Você deveria ser minha amiga e falar que ela não foi boa pra mim. Que ela não merece uma…

— Se ela te faz bem, por que sofrer com isso por achar que é o certo? Paciência Harry, ela não te traiu ou matou ninguém, então se o seu problema é o fato de ela ter ido atrás dos sonhos dela, você não é mesmo quem eu pensava!

— Em nenhum momento eu falei que não queria que ela fosse atrás do que ela acredita ou quer! Mas a forma que ela fez foi o que me machucou, comigo sendo o último a saber! — Ele fala e eu suspiro de forma lenta, indo até a sua mesa e me sentando na cadeira de frente para a mesma, começando a pegar uns arquivos sobre a mesa. — O que está fazendo? — Ele questiona com mais calma e eu nego.

— Isso é um assunto seu muito pessoal, acho melhor falar com os seus amigos que conhecem a história toda, pois eu sou uma mera estranha no meio disso tudo. — Explico e começo a olhar as médias dos primeiros exames, mas ele pega a folha da minha mão e nega.

— Porque eles vão falar para eu mandar ela a merda!

— E eu estou falando para você fazer o oposto disso, então basta você decidir a quem quer escutar. — Falo mordendo o lábio e não entendo o porquê da minha reação estar sendo essa de forma tão bruta, é algo completamente estranho.

— Certo. — Ele fala emburrado e me estende o papel, se sentando na minha frente e não falando absolutamente nada, apenas segue lendo as fichas e batucando na mesa, parecendo mais do que nervoso. 

Ele levanta e eu estranho na hora, erguendo o rosto e fazendo o meu olhar cruzar com o dele.

— Eu vou fumar. — Ele fala apenas isso, me fazendo concordar enquanto ouço seus passos se afastando e logo, a porta batendo.

— Khara. — Murmuro para mim mesma e levanto, tendo em mente a cena que eu vi antes de voltar para a minha aula.

Por que eu sequer me importo? Por que eu não consigo falar o que eu penso? Só não quero que na mente dele quando eu falar que ela não o merece, é porque eu o quero, porque não é essa a realidade.

Claro que não é! Eu o vejo comente como um amigo, sem contar que ele me respeita muito acima de tudo, então tenho certeza que ele não pensaria assim.

Eu fico sentada e sigo fazendo o que eu tinha que fazer, logo me assustando quando a porta da sala abre e ele entra, aparentando estar mais calmo.

— O que você quer? — Eu pergunto e ele suspira na hora.

— Não precisamos falar sobre isso, acredite. — Ele se senta e eu nego.

— Se é algo que só te machucou, não volte para aquilo. Mas se foi algo que também te trouxe felicidade, corra atrás e veja o que pode ou não dar. Mas não se segure por pensar o que eu ou seus amigos achamos. Quem vai se envolver novamente é você, então faça isso se você se sentir pronto, não por medo das expectativas dos outros sobre você. — Ele me olha com seriedade, não desviando o olhar de mim por um único segundo sequer.

— Eu não sei o que fazer.

— Então peça tempo e diga que vai pensar, mas se não quer descartar isso de cara, não faça isso. — Falo como se fosse a coisa mais simples desse mundo.

— Eu não quero pensar sobre isso agora, vamos fazer aqui o que precisamos, pois eu quero ir para casa e descansar. — Certo, ótimo.

Fazemos a revisão de alguns documentos e não falamos mais nada, o que faz com que acabamos ainda mais rápido do que o esperado.

— Amanhã eu tenho uma reunião com a minha mãe e o conselho, então não tem como nos encontrarmos aqui. — Ele fala começando a recolher as pastas e fechar o computador, me fazendo perceber que havíamos acabado.

— Harry, me escuta. Quer saber o que eu acho? Simples. Eu acho que o destino é engraçado, que ele funciona da maneira que nós menos esperamos, então realmente sugiro que você aceite o seu convite e saia para jantar, isso não vai te custar nada, só um pouco de dinheiro. Seja com ela o cara legal e sincero que é comigo, eu garanto que se ela está mesma disposta a tentar de novo, você vai notar e seu coração dirá o que você deve fazer. Mas não fique no “talvez”, não pense no “e se”, apenas se foque no que o seu coração quer. A vida é curta demais para simplesmente ficar se perguntando o que pode ter acontecido. É melhor se arrepender de algo, do que ficar na vontade. — Fecho minha mochila e a ponho nas minhas costas, vendo que ele parece processar tudo o que eu digo, pois pega o celular e começa a digitar no mesmo, pelo que eu entendo, mandando uma mensagem.

— Se isso der errado, você vai ficar horas no telefone me escutando chorar feito uma garota. — Ele ironiza já mais calmo e eu rio.

— Não há nada de errado em chorar, acredite. — Saímos da sala e vamos caminhando até o estacionamento, onde subo no carro com ele e o mesmo começa a dirigir, indo em direção a minha casa. — Sabe, assim eu fico mal acostumada, porque você sempre me larga em casa.

— Você é minha amiga, eu gosto de facilitar a sua vida. — Ele justifica, acendendo um cigarro e eu concordo, aumentando o volume da rádio e sorrindo ao ouvir que está tocando Coldplay.

Eu foco na letra, ouvindo a voz suave e rouca do Harry cantarolar a letra de forma baixa, como se apenas o sussurro fosse o suficiente para eu ouvir.

— Me diga como foi depois, eu quero saber tudo. — Falo quando ele para na frente do condomínio de casas, então ele concorda e sorri, me deixando ver suas belas covinhas.

— Eu… Onde você acha que eu devo a levar? O que eu devo usar? — Ele fala nervoso, me fazendo sorrir mais ainda.

— Tem algum lugar que os dois iam muito? — E agora sim ele ri.

— Nós só íamos no cinema, eram jovens demais para sequer beber algo. — E com isso eu concordo.

— Então a leve para o cinema, aproveitem o filme e se você se sentir a vontade, a convida para jantar depois. Dê tempo ao tempo, mas garanto que se fizer isso, pelo menos vai ver que tentou. — Eu falo abrindo a porta e ele concorda, me fazendo ver o quão nervoso ele está. — Me mande foto da sua roupa antes de sair. — Dou um beijo rápido na sua bochecha e ele concorda, acenando para mim enquanto desço e sigo caminhando para dentro do condomínio, não demorando muito para chegar na minha casa.

 

Harry Styles’ Point Of View.

 

— Qual delas? — Eu mostro pela câmera, vendo o máscara preta no rosto da Susu e me segurando muito para não rir.

— Eu acho que a vermelha, você já vai com a calça e sapato preto. — Ela comenta comendo mais do seu chocolate, fazendo eu notar que ela faz isso no banheiro. Eu queria poder rir com isso, mas no fundo sei que ela está lá porque não quer a família dela a enchendo sobre fazer uma chamada de vídeo comigo.

— Cabelo para cima ou para o lado? 

— Para cima. Para o lado te deixa mais jovem.

— E eu sou velho?

— Eu não falei isso. — Ela rola os olhos, me fazendo achar mais graça ainda.

— Calma, habibi. Estou só brincando. — Eu coloco o meu celular na cabeceira do lado da televisão e aproveito que estou com a calça que eu usaria, fazendo ela estranhar.

— O que você vai fazer?

— Experimentar as duas camisas e você me diz qual fica melhor, é óbvio. — Falo como se fosse a coisa mais simples do mundo, vendo que ela fica meio tensa.

Eu tiro a camiseta do meu pijama e pego primeiro a camisa vermelha, colocando ela e abotoando os botões com calma.

— Já pode me olhar, Soumaya. — Falo e então ela se foca na câmera, com vergonha de ficar me olhando sem camisa.

— Ela te deixou um pouco mais gordo. — E eu faço uma careta na hora, tirando a mesma e pegando a preta, percebendo que dessa vez ela não desvia o olhar, já fica me observando. — Definitivamente essa. — Ela fala comendo mais chocolate, fazendo eu concordar, mas logo olhar o relógio e perceber que eu ia me atrasar.

— Eu tenho uns 20 minutos para chegar lá. Ainda tenho que pegar ela. — Falo e ela concorda.

— Ela já andou nesse carro com você? — A pergunta dela me faz estranhar, mas nego.

— Não, eu ganhei ele depois que ela foi. Acho que até a minha mãe ficou com pena depois de ver o tanto que eu chorei. — Brinco e ela ri.

— Porque se ela não andou, eu ia falar para pegar ela sem o teto na parte de cima, porque é mais bonito, no entanto, está frio de noite. — Ela faz uma certa, fazendo eu achar o rosto dela a coisa mais fofa desse mundo.

Céus, essa mulher é sensacional.

— Quando ganhou o carro?

— No meu aniversário. Eu tinha… Falando nisso, que dia você faz aniversário? — E agora ela nega.

— Está longe ainda, quando chegar mais perto eu te aviso.

— Nós os dois sabemos que isso não vai acontecer.

— E eu fico feliz que saiba disso. Agora vá arrumar o cabelo e escovar os dentes, não quer ficar com um hálito ruim.

— Eu já fiquei com ele ruim perto de você?

— Não, mas você também não tem que se preocupar com isso, pois nunca nos beijamos. Mas com ela hoje você não sabe, então… Melhor prevenir. — E eu concordo, segurando o telefone e sorrindo de forma exagerada. 

— Se eu não te mandar mensagem, é porque estamos transando.

— Você é nojento!

— Eu estou brincando! Mas se eu não mandar mensagem, é porque a noite foi tão ruim que eu não quero nem falar a respeito, mas se eu mandar…

— Vou ficar acordada esperando. — Ela sorri acenando, então eu faço o mesmo e desligo a ligação, não contendo o sorriso no rosto.

A Soumaya é madura demais, definitivamente isso é um efeito pela realidade em que ela vivia, mas é bom conversar com ela, porque ela tem senso de humor e faz piadas, mas quando é hora de falar algo sério, também sabe como agir e o que fazer.

Eu vou até o banheiro e arrumo o meu cabelo, fazendo uma careta com algumas espinhas no meu rosto, mas bem, não tem nada que eu possa fazer a respeito.

Pego as chaves do carro e meu celular, então desço com pressa e passo pela sala, vendo a minha mãe e a Gemma sentadas no sofá.

— Já vai? — Minha mãe pergunta e eu concordo, passando por ela e lhe dando um beijo na testa.

— Já falei que sou contra isso. — Minha irmã fala sem nem conseguir me olhar.

— Gemma, isso não é nada sério. É só uma saída como amigos, nada demais.

— Isso com a ex que te ferrou por meses. Harry, eu sei que ela não é uma pessoa de má fé, mas ela diversas vezes já teve atitudes egoístas. Prefiro que você procure uma menina nova, não que fique sempre nela. — Ela fala e recebe um tapa no braço dado pela minha mãe.

— Deixe ele ir se divertir. Vá e me avise caso vá voltar tarde, pois então peço para a Elis ficar esperando você. — Ela fala referente a governanta da casa, mas eu nego.

— Eu estou com a minha chave, vocês podem ir dormir.

— Não esqueça da reunião amanhã. — E eu concordo já saindo, mostrando que estava ciente da mesma.

Eu subo no carro e coloco a parte de cima, pois como a Susu falou, está um frio enorme.

Mando uma mensagem para a Katherine antes de sair de casa, avisando que em 10 minutos estaria na frente da casa da sua avó, que é onde ela está agora.

Começo a dirigir e penso no que fazer, penso em tudo, mas a minha mente também passa pela Soumaya.

— Porra. — Eu mordo o lábio nervoso, porque na minha mente, eu preferia passar na casa dela e levar ela para o cinema. Ter uma noite com ela, porque eu realmente ia me sentir à vontade, é algo diferente.

Para ser sincero eu me pergunto que merda eu estou fazendo indo sair com a Katherine agora, mas eu sei que se pelo menos não sentar para conversar direito, isso nunca iria funcionar. Se bem que levar ela para o cinema não vai ter nem chance de nós os dois conversarmos.

Me aproximo e vejo que ela estava até na frente já, então diminuo a velocidade e percebo que ela se aproxima, abrindo a porta e sorrindo antes de entrar.

— Oi. — Ela fala nervosa, se aproximando e me dando um abraço de leve, o mesmo que eu retribuo.

— Você tem algum lugar em mente para ir? Eu pensei no cinema.

— Eu ia gostar, mas não íamos conseguir sentar e conversar muito. Tenho certeza que você tem muito o que falar, assim como eu. — Ela coloca o cinto e eu concordo, começando a dirigir.

— Boston? — E ela concorda, então acelero mais, querendo chegar lá e passar o silencio desconfortável do carro.

Toco no rádio e coloco na parte do Cd, começando a ouvir a música e aumentando.

— Quem está tocando? — E eu sorrio, lembrando que a Susu na hora reconheceu.

— Pink Floyd.

— Ah, eu lembro que você sempre gostou deles. — E eu concordo, não falando mais nada depois disso.

Assim que chegamos, descemos e eu peço uma mesa para nós os dois, então faço os pedidos e enquanto esperamos, ela já começa…

— O que tem feito nos últimos anos? — Ela bebe mais da água, colocando o cabelo atrás da orelha.

— Nada de muito grandioso. Instituição, deveres, coisas do tipo. E você? — E nessa hora ela abre a boca, começando a falar sobre como Paris é maravilhosa, destacando as chances que o mercado de lá oferece para ela, tudo mesmo.

A comida chega e ela segue falando, dos colegas da faculdade lá, dos professores, de como foi difícil, mas que ela conseguiu pegar a língua rápido, então se saiu bem.

E então, nessa hora eu percebo, eu sempre gostei da Katherine, isso não é algo que eu possa negar, mas eu mesmo tempo, ela sempre foi prepotente. Ao extremo.

Ela se preocupa com os outros, mas ela tem o dom de conseguir falar sobre ela por horas e, mesmo assim, nunca parecer o suficiente.

— Mas e então? Eu só estou falando de mim, eu quero saber de você! — Ela fala e põem a mão sobre a minha,  me fazendo rir.

— Nada demais, já comentei. Eu estou mais ocupado porque comecei a administrar a parte da instituição que é focada no preparatório para o College, os alunos que estão no último ano do médio. Então estou aprendendo mais o que deveria, coisas do tipo. — E ela concorda, bebendo mais do seu vinho.

— E a menina que estava no seu escritório, ela é a bolsista que trabalha com você? — Ela pergunta e eu concordo.

— O nome dela é Soumaya, ela é um amor. — E agora sim eu sorrio.

— Mas ela não é muito nova para você? — E involuntariamente o meu punho se fecha, fazendo eu perceber isso só depois.

— Ela é minha amiga, eu não estou interessado nela de forma amorosa. Mas sendo bem sincero com você, acho que ela é a garota mais interessante que algum dia eu já conheci. — E isso sim a irrita, mas não. — Ela pode ser nova, mas já passou por muito na vida e sabe o que é valorizar o que se tem. Então eu sou sortudo por ter uma pessoa assim na bolsa comigo, porque a cada dia que passa aprendo mais com ela. — E ela arqueia a sobrancelha.

— Posso dizer que você está apaixonado? — Ela sugere e eu nego na hora.

— Não é questão de estar apaixonado, mas sabe quando a gente reclama tanto da vida, e vem alguém com um positivismo absurdo? Eu só sinto que com ela as coisas são mais fáceis, ela é uma pessoa fácil e boa de se conviver, porque realmente me entende. — Eu falo com tranquilidade, bebendo mais do meu vinho.

— Ela parece realmente ser uma pessoa boa. — E eu concordo. — O que ela quer cursar na instituição?

— Ela quer… — E nessa hora eu percebo que eu nunca havia perguntado isso para ela, mas sorrio, porque teria mais isso para falar com ela hoje. 

— Sabe, eu estou ferrada. — Ela fala e eu enrugo as sobrancelhas, sem entender absolutamente nada. — Harry, você já se ouviu falando dessa menina? — Ela sorri de forma fraca.

— Está falando do que?

— Que da mesma forma que eu poderia ficar horas aqui falando de mim, você poderia ficar horas aqui falando dela. Eu percebo o brilho nos seus olhos, o sorriso no seu rosto e a forma que você fica nervoso com isso. — Ela sorri e come mais da sua comida. — E eu me sinto mal por isso, pois se eu não tivesse ido embora, seria eu no lugar dela. Pois você sabe que costumava falar assim ao meu respeito, que… Nós éramos apaixonados. — Ela fala e eu nego.

— Katherine o futuro teve planos diferentes para gente, mas você sabe que eu considero você ainda uma ótima pessoa.

— Você me odeia. — E eu queria poder negar, mas não consigo.

— Você me machucou. Você me cortou e me deixou jogado no chão, sem me dar qualquer tipo de curativo ou ajuda para eu melhorar.

— Era meu futuro.

— Eu jamais te impediria de ir atrás dos seus olhos, te apoiaria como ninguém! Mas a forma que você partiu foi de partir qualquer um, sem nem sequer me avisar antes, me deixando a ser o último a saber. Eu tive que ir te perguntar devido aos rumores, você… — E eu paro de falar, pois sei que se continuasse, falaria coisas das quais me arrependeria mais tarde.

— Olhe para mim. — Ela pede e eu ergo o olhar, a encarando nos seus olhos castanhos, mas não claros como os da Susu, em um tom mais escuro. — Eu quero tentar de novo.

— Por que quer tentar de novo? Porque você simplesmente quer me arrastar para algo que daqui a duas semanas vai acabar? Você desde os 16 deixou mais do que claro que não acredita em relacionamento a distancia. Sempre falou o como é complicado, e depois de uma história como a nossa, você ousa fazer isso? Fazer isso comigo? — Eu vejo o olhar de desilusão dela, mas não conseguiria me segurar aqui. — Kat, nós éramos jovens e já fomos muito apaixonados, mas o certo é seguir as coisas como amigos. Você é uma pessoa boa, eu sou uma pessoa boa, mas o sentimento entre nós… Simplesmente…

— As coisas não são as mesmas. — Ela fala e eu concordo.

— Eu sei que dói, mas eu já superei isso. Eu já superei você, eu estou bem. E eu quero que entenda, eu estou em um ponto da minha vida, que a garota que partiu o meu coração e foi embora simplesmente não é a minha prioridade. — E ela concorda, largando os talheres e me encarando.

— Então podemos ser amigos, certo? — E eu sei que não é isso que está na mente dela.

— Você realmente não conheceu nenhum cara legal lá em Paris? Katherine, isso…

— Eu fui embora, mas meu sentimento por você ficou. Então imagine meu desapontamento quando eu volto aqui depois de dois anos e percebo que o cara que jurou me amar eternamente, já está me superando com uma menina que deve ter 15 anos.

— Não fala dela, esse é o problema! Você não conhece ela e, aparentemente, não me conhece. Não pode esperar voltar para cá e me achar de braços abertos te esperando. Você me machucou, então não, desculpa se o meu sentimento em relação à você nesse instante não é o melhor.

— Certo. — Ela levanta e eu estranho.

— Onde vai?

— Eu quero ir para casa, simplesmente não estou bem aqui. — E eu suspiro, vendo que eu não terminei nem sequer a minha comida.

Tiro a carteira do bolso e largo o dinheiro, seguindo com ela até a parte de fora e indo até o carro, no qual ambos subimos e não trocamos mais uma única palavra que seja, deixando o silencio reinar.

Eu fico com inúmeros pensamentos na minha mente, realmente imaginando se devo os falar, se devo a escutar mais ou o que, mas nesse momento eu simplesmente não quero conversar, não quero ouvir, pelo menos não ela.

Eu não estou apaixonado pela Soumaya, é mais do que óbvio que eu não estou. Eu apenas a admiro como pessoa, eu acho sua história de vida algo extraordinário e muito complicado, mas jamais… Não.

Por que a imagem ela não sai da minha mente? Por que tudo o que eu fico pensando durante o dia e a noite é quando nós os dois vamos nos ver ou sequer conversar? Por que eu realmente me importo mais com o fato de ver ela, do que com essa droga de jantar que não nos levou à lugar algum?

— Katherine… — Eu falo quando paramos na frente da casa dos seus avós, fazendo ela virar e eu vejo que ela estava chorando. — Por favor, não…

— Eu sei que eu sou a errada da história, juro que sei, mas é doloroso demais. É ruim ver e perceber que o que eu tinha a um tempo atrás, agora é de outra pessoa. E a culpa disso é sua, por ser o melhor cara que algum dia eu poderia conhecer. A culpa é sua por simplesmente ser essa pessoa maravilhosa. E me parte o coração, porque eu sei que você tem raiva de mim, eu sei que sou cabeça dura, sei que não sou a melhor pessoa do mundo, mas… — E ela não consegue nem falar mais, então eu a encaro sério.

— Vem aqui. — Ela tira o cinto e se aproxima, passando os braços na minha volta enquanto a abraço. — Eu não te odeio. Você é uma pessoa boa, mas nós os dois não somos feitos um para o outro. — Ela concorda, chorando no meu peito e fazendo eu me sentir pessimamente mal.

— Só… Eu espero que você seja feliz, de verdade. — Ela fala e eu concordo, a afastando um pouco de mim. — Você merece a melhor garota do mundo, e se essa garota é a Soumaya, quem sou eu para me meter no meio de vocês? — E é isso que me parte o coração. Me parte o coração porque eu no fundo, quero mais do que tudo que isso seja realidade. Eu queria ser bom o suficiente para merecer alguém como a Soumaya, queria ser o cara certo para ela, queria do fundo do meu coração, mas tudo na nossa volta não funciona desse jeito, ainda mais os sentimentos dela em relação à mim. Porque ela me ajuda em um encontro com uma garota e tudo o que eu faço é ficar pensando nela.

Eu estou me apaixonando por ela, e isso é a pior coisa que pode me acontecer, porque eu tenho certeza que ela mesmo não querendo, mesmo não fazendo absolutamente nada, vai partir o meu coração.

— Eu vejo você na instituição, vou passar lá por conta de alguns documentos, mas… Estamos bem? — Ela pergunta e eu concordo, ainda olhando longe.

— Estamos bem sim. — E ela concorda, acenando para mim e descendo do carro, me deixando sozinho com um pensamento que eu a todo o custo quis evitar.

Começo a dirigir e abro o compartimento, ficando aliviado ao ver o baseado já enrolado no mesmo. Eu me aproximo de casa, mas não chego nem a entrar na rua, apenas paro o carro em uma esquina e respiro fundo, acendendo o baseado e fechando os olhos enquanto dou a primeira tragada.

— Caralho. — Eu bato no volante e olho em volta, querendo apagar a noite de hoje da minha mente, apagar os assuntos que vieram à tona, apagar os sentimentos que estão se exaltando.

Ela é como a minha melhor amiga, ela jamais… Se ela sequer sonhar que eu a vejo dessa forma, ela vai se afastar de mim, e isso é a última coisa no mundo que eu quero que aconteça. Eu preciso dela, eu gosto de ter ela por perto, então simplesmente…

— Que merda, Harry. — Eu não consigo acreditar que de todas as pessoas do mundo, eu comecei a criar sentimentos à mais logo pela única que eu nunca vou poder ter.

Minha vontade é de ir na casa dela, não me importar com o seu irmãos, pai, seja quem for. Simplesmente ir lá e passar um tempo com ela, conversar, rir, aproveitar, curtir o momento, mas não… Essa simplesmente não é a nossa realidade.

Eu dou mais algumas tragadas e consigo sentir que posso respirar novamente, eu me sinto mais leve, sinto que só preciso ir para casa, tomar um banho e por os meus pensamentos em ordem. Isso definitivamente só ta na minha mente devido a conversa de mais cedo.

Com certeza eu estou misturando tudo, estou simplesmente ficando doido e criando algo na minha mente. Definitivamente.

Eu abro a janela e jogo o baseado pela mesma, logo ligo o carro e ia sair, mas me assusto quando vejo uma lanterna pela parte externa do carro apontando para mim, fazendo eu fechar os olhos por conta da claridade.

Ergo o braço e estranho, mas meus olhos se arregalam quando eu vejo um policial me olhando.

Puta. Que. Pariu.

— Posso ver a habilitação? — E nessa hora eu fecho os olhos, sabendo exatamente onde isso vai me levar, assim como as outras vezes.

Estendo minha habilitação e percebo que ele sente o cheiro dentro do meu carro, fazendo eu ter a certeza do que aconteceria à seguir. Eu seria levado a delegacia não somente pelo uso de drogas enquanto “dirijo”, mas que também, ele faria o teste para ver se eu estou bêbado, e digamos que as taças de vinho no restaurante vão me ferrar agora.

Eu pego o meu celular e meus dedos iam mandar uma mensagem para a Susu, mas é nessa hora que eu penso… Ela vai simplesmente se decepcionar, ver outra visão de mim pior ainda. Porque ela sabe que eu uso, mas ao mesmo tempo, se eu pedisse para ela ir me pegar, ela teria que passar pelos pais, mentir e outras coisas, e eu jamais faria isso com ela. Sem contar que ela não tem nem carteira.

Então pego meu celular e mando uma mensagem no meu grupo com os meninos, avisando que deu merda e que algum deles teria que ir me buscar, pois a seguir o que o guarda pede, é para que eu largue o celular e dessa do meu veículo.

Ótimo.

Continua...


Notas Finais


Acho que pelo capítulo a gente viu que a Katherine não é a melhor pessoa do mundo e que tem um drama, mas também não é vadia que esperavamos? Ou será que ela ta só se fazendo na frente do Harry? Eis a questão....
Cara eu amo muito a relação do harry e da susu, tipo olha como eles se tratam e se importam um com o outro <3 E bem... Parece que o Harry ta sendo o primeiro a dar conta dos sentimentos e perceber que tem mais coisas acontecendo, ou seja... Será que ele vai manter pra si? Não vai se segurar ou falar para ela? Eis a grande questão...
espero que tenham gostado, eu escrevi as pressas e peço perdão pelos erros, de verdade!

All the love. H


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