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História Tempting Trip - Comando parte 1


Escrita por: TheCrown

Capítulo 3 - Comando parte 1


 

 

 

 

 Jimin mal havia deixado as fraldas quando fora adotado pelos Kim – uma vez que os mesmos não se deram por satisfeito com a única cria que tinham –, e ainda assim fora bem cuidado, amado e recepcionado pela sua nova família, tomando inclusive para si a responsabilidade de se tornar um bom filho e um hyung decente para seu novo irmãozinho e retribuir de alguma forma tudo que lhe era concedido de tão boa vontade.

 

O Park não tinha posses, familiares cossanguíneos ou mesmo grandes objetivos até então. Em contrapartida seu dongsaeng já tinha sua vida inteira planejada desde antes mesmo de nascer, e Jimin nunca ousou invejá-lo por tal. Não havia nada que Taehyung possuísse que Jimin pudesse desejar tanto à ponto de se sobrepor à seu amor fraternal por ele.

 

Ou foi o que ele pensou até que um terceiro indivíduo surge em cena.

 

Jeon Jeongguk.

 

O garotinho gracioso de olhos curiosos e dentes salientes. Jimin já havia sido previamente inteirado sobre o tal, muito se falava acerca daquele nome dentro do lar dos Kim, com palavras bem veladas na "língua dos adultos" sobre o quão ele era diferente e especial, ou sobre como ele passaria a morar com eles algum dia. Entretanto nada o preparou para a experiência que seria vê-lo frente à frente pela primeira vez.

 

Ainda lembra-se vividamente das sensações.

 

Suas pernas bambearam, suas mãos suaram, os pensamentos viraram fumaça e seu coração pulou no peito como nunca antes! Sentiu-se até nauseado, e por um momento achou estar doente. Mas de repente tudo se resumia aquele par de olhos cor de ônix o observando de trás da segurança da saia da mãe. E nunca sentira tamanha empatia à primeira vista, era como se o sentimento estivesse dentro de si o tempo todo, apenas aguardando seu receptor.

 

Mal ele sabia na época o quão recíproco era o sentimento.

 

E daquele momento em diante o tempo tratou de juntá-los, não se via Jungkook onde não havia Jimin e vice-versa. Não sabia-se onde terminava um e começava o outro. Jungkook sempre colado à si, de repente se vendo dependente do mais velho para executar até a mais simples das tarefas e Jimin se prestando a atender toda e qualquer vontade do mesmo. O que sentiam um pelo outro era puro, sem pretensões, belo de se ver.

 

— Jimin-ah.

 

Namjoon-appa o chamou certo dia, com aquele tom de quem precisava repreendê-lo a contragosto.

 

— Sim, Appa?

 

— Jimin-ah, você sabe a diferença entre um alfa e um ômega?

 

Ah sim. Um tema bastante pesado para uma idade tão precoce, uma experiência quase traumática.

 

Depois de uma conversa longa e explanadora, sem meias palavras ou filtros, Jimin entendeu a diferença entre ele e Jungkook, em todos os aspectos, principalmente no quesito biológico, o que os diferenciava como alfa e ômega. A reprodução e como ela funcionava na prática. E foi então obrigado a fazer uma escolha que decidiria seu futuro.

 

— C-casar? Com o Kookie? — repetiu alarmado. — F-fazer... f-filhotes?

 

Pacientemente Namjoon explicou-lhe as implicâncias da decisão, não querendo assustar ainda mais o pobre garoto.

 

— Entenda por favor que isso não é uma decisão arbitrária nossa, você pode negar. — lembrou encarecido. — Esse não era nosso plano à princípio, e mesmo que pareça que estamos lhe forçando a isso, não é caso. A mão dele já estava prometida à... outra pessoa, porém não podemos fechar os olhos ao que presenciamos entre vocês. Há uma forte ligação entre você, Jimin-ah, e o Jungkook, algo inquebrantável e intangível. Não dá para simplesmente ignorar.

 

Jimin absorveu tudo piscando confuso.

 

— Prometido? À quem?

 

— Ao... seu irmão.

 

 

 

Isso o frustrou na época, e vem o frustrando desde então. Jungkook era... a criatura mais bela e cativante que já conhecera, astuto, condescendente, doce... e pensar que seus caminhos poderiam nunca ter se cruzado caso não fosse a decisão dos Kim em adotá-lo. E pensar que o ômegazinho poderia pertencer à Taehyung. E pensar... que o roubara do próprio irmão…!

 

Sentia-se um cretino egoísta com seu irmão, mas ao mesmo tempo não tinha forças para abrir mão do amado. Jungkook já significava muito para si! Por isso decidiu que iria contar sim a verdade à Taehyung, afinal ele não merecia isso, mas não podia evitar sentir-se um pouco... ameaçado, portanto só diria à ele depois do casamento. Quando já estivesse tudo consumado.

 

— Você o deixou bem irritado. — uma voz familiar o tirou de seu torpor e Jimin voltou a si num salto, quase caindo inclusive da posição onde estava, numa árvore, para olhar em volta e assimilar a silhueta de seu dongsaeng em meio a mata escura.

 

Céus! Estava tão absorto que baixara a guarda, nem sentira Taehyung se aproximando.

 

— Ah, Tae... quando vocês chegaram? — sorriu amarelo ao cumprimentá-lo.

 

— Ainda pela manhã. Mas isso você já sabia. — Taehyung cruzara os braços o desafiando com o olhar. — Você não se afastou mais que cinco metros da clareira o dia todo, eu pude sentir você. Está vigiando ele à distância?

 

Jimin sorriu forçado outra vez antes de pular do galho onde até então estivera sentado, aterrissando com a graciosidade de um rinoceronte no solo.

 

— Montaram acampamento? — mudou de assunto, lhe dando um soquinho amistoso no ombro. Taehyung fingiu lesão e devolveu o gesto.

 

— O que você acha? O Appa reservou praticamente um andar inteiro daquela pousada só para nós. — Taehyung retorquiu rindo fraco. — O ego dele infla com os olhares de cobiça dos outros lobos quando ele esbanja dessa forma. Fora que o Jin, digo, a Omma, não dorme muito bem ao relento.

 

— É. Você tem razão, Omma tem aversão à insetos.

 

Depois disso caíram num breve momento de silêncio.

 

— Acho que você deveria ir vê-lo. — Taehyung insistiu cansadamente. — O Kookie parece realmente magoado dessa vez. Não gosto de vê-lo assim.

 

O tom de preocupação era sincero na voz do mais novo, pois Taehyung realmente se preocupava com seu dongsaeng, zelava por ele. E Jimin ainda não conseguira decidir se isso era algo bom ou ruim.

 

— Eu vou esperar ele se acalmar primeiro, conhecendo-o bem... ele não vai querer me escutar agora. Tenho algo importante para mostrá-lo, só estou esperando o momento certo. — respondeu vago, enfiando as mãos no bolso.

 

— Mesmo? Tipo uma surpresa? — Taehyung inferiu levemente surpreso. Por isso ele veio na frente, estava preparando algo para o noivo?

 

— É. Eu te contaria mas você é muito bocudo, iria correndo repassar pra ele!

 

— Não ia não!

 

— Ia sim! Boca de arroba!

 

— Mentira! Rolha de poço!

 

Começaram então com empurrões de ombro, até levarem à brincadeira à outro nível e passaram à se empurrar com verdadeira força e rolar no chão como dois crianções. Típica brincadeira entre Alfas, do tipo que ninguém se intrometia para não se machucar. Os irmãos ainda se bicaram algumas vezes no caminho até o estabelecimento, ainda se xingando sem real rancor, Taehyung comentando o quão ele estava fedendo a cada minuto que passava e Jimin rebatendo o mesmo argumento. Isso porque os feromônios de ambos se alastravam cada vez mais  graças ao efeito da lua cheia.

 

— ... você fede à calcinha de velha e naftalina! — Jimin rebatia rindo enquanto ambos atravessavam a pousada rústica corredor adentro.

 

— Tanto quanto você fede à cueca freiada de criança!

 

Estavam se divertindo um bocado naquela discussão infantil quando se depararam com uma figura assustadora parada no meio do corredor com os braços cruzados e um olhar de repreensão.

 

— Jin-appa?

 

— Não sei o que mais deixa a desejar, a educação ou a higiene de vocês. – Jin declarou irritadiço. — Vocês vão se lavar antes de sequer pensar em entrar naquele quarto, estão me entendendo?

 

— Sim, Appa.

 

 

 

Sem contestar uma única vez os irmãos não se demoraram à ir se lavarem de toda terra e suor no banheiro compartilhado do estabelecimento, com direito à vestiário e termas à céu aberto, sendo inclusive para lá que se dirigiram após a chuveirada. Jimin entretanto estacou por um momento pensando ter sentido um cheiro familiar no ar, mas afastou tal pressentimento e juntou-se à um Taehyung esgotado na água rasa.

 

— Vamos levantar cedo pela manhã. — o mais novo lembrou sonolento. — Appa quer ensinar o Junghyun-ah à caçar. Parece que os Jeon o domesticaram demais e ele nunca aprendeu...

 

— Não os culpo. Não estamos mais na era das trevas, não precisamos caçar para sobreviver. Diferente do que o Appa acredita. — riram cúmplices com o comentário de Jimin.

 

— Não deixe ele ouvir isso ou estamos ferrados.

 

O Park submergira brevemente a cabeça na água quente para molhar as melenas e, ao retornar à superfície, em uma golfada em busca de ar foi atingido com força total pelo mesmo odor familiar que sentira antes e estaria louco se não fosse capaz de identificá-lo.

 

Pêssegos.

 

— Jungkook. — rosnou sem sequer se dar conta, chamando a atenção de Taehyung ao seu lado que franziu o cenho confuso.

 

— O que tem ele?

 

— Acho... acho que Jungkook esteve aqui, nesse mesmo pátio. — explicou olhando em volta, parecendo levemente fora de si. — Como isso é possível?

 

— É um banho misto, hyung. Achei que soubesse.

 

Então o mais velho enfim tomou nota da placa que passava tal informação, logo ali no canto.

 

— Ele... tomou banho nessa mesma água... no cio... o slick... na água... perto de outros alfas… — recapitulou numa espécie de transe já fazendo a menção de sair dali.

 

— Oh-oh. — Taehyung rapidamente o acompanhou para fora da piscina natural. — H-hyung, o que pretende fazer?

 

Jimin não respondeu, na intenção de deixar o local, e se não fosse por grande insistência de Taehyung teria saido nu mesmo.

 

 

À princípio os irmãos Jeon deveriam dividir o quarto na hospedaria, entretanto Jungkook foi rápido em chutar seu hyung para fora do mesmo pelo bem de seu sono tranquilo, uma vez que Junghyun tinha péssimos hábitos noturnos que incluem flatulência e ronco. Aos resmungos Junghyun obedeceu, indo se acomodar no quarto de Taehyung. Deixando-o só.

 

E, relativamente vulnerável.

 

O pequeno ômegazinho foi se deitar ardendo em febre – consequência do cio que progredia sem o apoio do seu par –, e depois de muito rolar na cama conseguiu ficar inconsciente, embora estivesse tendo um sono agitado e desconfortável. Jungkook choramingava chamando por seu alfa, suava e tremia. Nem mesmo um pad àquela altura era capaz de controlar o fluxo de seu slick que já escorria por suas coxas e umedecia seus shorts de dormir e os lençóis.

 

E foi nessa situação em que seu macho o encontrou.

 

Jimin estava fora de si, nem mesmo Taehyung foi capaz de pará-lo. O alfa invadiu o quarto desprezando a tranca e tornando a fechar a porta num baque, inspirando com força o aroma que dominava o âmbito sentindo-se salivar. Seu ômega gemeu se contorcendo e o Park então se pôs a aproximar-se pé ante pé, saboreando cada segundo, com um olhar predatório e pronto para atacar sua caça. Suas masculinidade já despontava dura sob o robe ameaçando escapar entre o vão do mesmo quando alcançou a cama, o Park pôs um joelho de cada lado da figura adormecida de Jungkook e se debruçou sobre ele enfiando o rosto na curvatura de seu pescoço, inspirando aquele cheiro familiar tão gostoso.

 

As lamúrias do pequeno então se intensificaram, chamando por Jimin ainda em seu sono. E Jimin respondeu ao chamado com um grunhido necessitado, ensandecido de tesão. Jungkook parecia já estar esperando para ser fodido deitado daquela forma, de bruços com seu belo traseirinho empinado para o alfa naqueles finos e reveladores shorts de dormir. Apressado, Jimin pressionou seus quadris aos do menor, esfregando sem vergonha alguma seu sexo inchado e molhado contra o bumbum de Jungkook, ondulando os quadris num vai e vem gostoso. O menor estremeceu mais violentamente, derretendo sob o calor que o corpo do alfa lhe proporcionava. A entrada de Jungkook contraía-se com intensidade ante a fricção, lubrificando-se, se melando mais e mais no próprio prazer.

 

Naquele ritmo não demorou para que Jungkook despertasse, ainda um tanto grogue tentando situar-se. Foi quando tomou nota do peso em cima de si e o cheiro intrusivo de alfa, mas não era um alfa qualquer, era o seu alfa. Estaria maluco se não fosse capaz de reconher o cheiro amadeirado e um tanto cítrico que só Jimin exalava. E o mesmo agora esfregava-se em si como um cãozinho no cio, gemendo e chocando seus quadris com vontade. Jungkook conseguia sentir o pênis do alfa pulsando contra seu traseiro e quase foi a loucura com o prazer que lhe causava.

 

— H-hyung? — tentou chamá-lo e tudo que obteve em resposta foram rosnados. Jimin fungava contra a sua pele, seu cabelo, tudo ao seu alcance, banhando-se em seu cheiro. — H-hyung, o q-que está f-fazendo aqui? — insistiu com a voz fraca.

 

A resposta dessa vez veio na forma de uma lambida áspera em sua nuca, e outras a seguiram se estendo por seus ombros e até mesmo sua bochecha quando tentou fitá-lo por cima do ombro. Foi quando Jungkook encontrou o olhar de Jimin. Os olhos do alfa estavam de um branco leitoso. Ele estava em transe, fora de si. Jungkook só viu aqueles olhos uma unica vez e sabia bem o que significava.

 

— H-hyung, é m-melhor não… — o moreno tentou pará-lo, escapar de debaixo do alfa engatinhando, mas isso só serviu para afrouxar mais o robe que já estava abrindo, e com isso o pênis de Jimin saltou de dentro do confinamento da peça de roupa entrando em contato direto com os shorts de dormir de Jungkook ensopados de slick.

 

Jimin externou um som grotesco do fundo da sua garganta, completamente teso.

 

Era muito intenso, e também muito novo. O slick parecia formigar contra o seu membro, como se sua pele naquela região fosse extremamente mais sensível e vulnerável ao melzinho do ômega. Choramingou necessitado antes de voltar a sarrar contra o pequeno com tudo que tinha. Jungkook arrepiou-se por inteiro, sem perceber empinando-se e dando mais liberdade para o alfa. Podia senti-lo com propriedade e Jimin era tão fodidamente grande, muito maior que si, longo e grosso. Seu corpo o traía lubrificando-se ainda mais, louco para alojar aquela carne suculenta dentro de si.

 

Num movimento mais brusco Jimin teve o grande feito de invadir os shorts de Jungkook pelo vão direito, alojando-se diretamente entre as nadegas deste. Jimin urrou de prazer e debilmente puxou a peça com uma mão tentando conferir mais espaço para seu membro continuando a pressionar seu sexo ali. Jungkook já lacrimejava de prazer, era intenso demais para seu corpinho suportar. Já estava todo lambuzado, pronto para ser invadido e isso era tudo que sempre quis.

 

Mas não naquelas circunstâncias, não com Jimin sendo controlado por seu animal interno. Isso já acontecera antes, e Jimin ainda remoíasse com o arrependimento de ter se deixado levar e quase ter desvirginado o ômega quando este tinha apenas treze anos. Jungkook não podia permitir que ele se martirizasse daquela forma novamente.

 

— Jimin, pare! — gritou no seu limite racional.

 

E, para a sua grande surpresa, ele realmente cessou. Mesmo respirando com dificuldade e tremendo sobre si, Jimin parou.

 

— S-sai de cima de m-mim. — pediu em alerta.

 

E mais uma vez Jimin obedeceu. Parecendo até intimidado com seu comando, ele se afastou sentando-se sobre os próprios calcanhares. Jungkook vagarosamente virou-se para então sentar-se de frente para o alfa. O olhar de Jimin sobre si ainda a era a pura definição do desejo, mas ele não moveu um dedo para tocá-lo. Ele acompanhava cada movimento do Jeon com olhos ainda estranhamente leitosos, mas logo quando o menor ia estendendo a mão para tocá-lo a porta foi aberta e mais rápido que sua mente pôde processar e três figuras avançaram sobre Jimin o imobilizando como sucesso.

 

Jimin mal teve tempo de relutar pois Namjoon sacara uma seringa e injetara em seu pescoço enquanto Taehyung e Junghyung o seguravam firmemente. Toda a ação assustando o ômega tanto que quase o fez hiperventilar.

 

— Desculpe por não vir antes, Kookie.

 



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