História Tempting Trip - Feromônios

 

 

 

 

Casa dos Kim.

Hannam Villa, Hannam-dong, Yongsan-gu.

 

Quatro anos atrás.

 

 

 

Jimin sempre fora muito fraco quando se tratava de Jungkook, suas vontades eram absolutas e ele era rápido em ceder à tais. Não se tratava nem mais de "fazer seu ômega feliz", pois o próprio Jimin sentia-se feliz acatando suas vontades e atendendo aos seus mimos. Sentia que poderia fazer tudo por ele e isso lhe trazia até um sentimento de competência... Mas infelizmente haviam limites que não poderia cruzar nem que quisesse.

 

— Por favor, hyung… — o ômega pedia fazendo o beicinho mais adorável do mundo.

 

Jimin suspirou pesadamente, fingindo estar mais interessado em organizar sua prateleira de livros que de fato no menor sentado em sua cama.

 

— Por favor hyung, mais cedo ou mais tarde sabe que vai ter que fazer isso. É sua função como meu mate, oras!

 

Ouvir aquele apelo fez Jimin voltar-se frustrado para o noivo, finalmente o  levando à sério. De onde Jungkook tirou aquilo? Afinal era totalmente desnecessário marcar seus feromônios num filhote que nem havia sexualmente maturado ainda, o pobrezinho ainda cheirava à leite e tudo que havia de mais puro no mundo! Marcá-lo agora seria precoce e poderia atiçar os hormônios, e tudo que ele menos queria era desencadear um cio em Jungkook, seu corpinho era jovem demais e não ia suportar.

 

O Park sentou-se na cama de frente para o menor e acariciou-lhe os cabelos, arrancando um leve ronronar do mesmo. Tentaria convencê-lo do contrário antes que a situação se agravasse.

 

— Nós já passamos tanto tempo juntos, todos os dias. Meu cheiro certamente fica na sua roupa e no seu cabelo por horas. — tentou convencê-lo.

 

— Não, hyung. Não é o bastante. Não é... forte o bastante! — contestou energicamente, ficando de joelhos e se projetando sobre o maior, prosseguindo com um olhar firme. — Eu quero que seu cheiro dure em mim o dia todo, quero que todos ao meu redor saibam que eu tenho um alfa e que ele é só meu!

 

A possessividade nas palavras do ômega acelerou o batimento de Jimin, e ele sentiu-se inevitavelmente orgulhoso. Seu garoto desfilando por aí com seu cheiro? Ah... era tentador demais. Tanto quanto era errado.

 

— Sabe que eu não posso. Por que de uma hora pra outra isso se tornou tão importante pra você?

 

Ah! Mal o Park sabia... Jungkook era um lobinho muito precoce e sem vergonha, e, talvez fosse até por influência de suas amigas ômegas mais velhas, mas começara a se interessar em acasalamento um pouco cedo demais. E como elas em gostavam de lembrar, Jungkook já possuía seu próprio macho, e ele era viril e muito – e é necessário frisar – muito belo. Entretanto Jimin ainda o via como um filhote, inocente e frágil, e isso teria que mudar se quisesse se deitar com ele. E de acordo com o que sabia-se sobre os ômegas no geral, marcá-los ainda filhotes – e isso quer dizer, antes de passar pelo primeiro ciclo hormonal – com os feromônios de um alfa poderia adiantar o processo de maturação. Assim Jungkook entraria no cio e seria obrigação natural de Jimin tomá-lo. Ou era o que acreditava.

 

— Jiminie-hyung… — fez manha para tentar esquivar-se da resposta. Mas Jimin insistiu o trazendo para o seu colo de costas para si e pôs-se a afagar ternamente seus cabelos.

 

— Hm? Não vai me responder?

 

Ah, que saco!

 

Teria de apelar baixo para conseguir o que queria.

 

— Estão tentando me cortejar na escola. — mentiu descaradamente.

 

Havia sim um rapaz ou outro que demonstrou interesse em sua beleza andrógena, afinal Jungkook era conhecido por ser um dos ômegas mais atraentes de toda instituição, mas ninguém se arriscava chegar perto do pequeno Jeon pois tanto Jimin quanto Taehyung ou Junghyun faziam questão de levá-lo e buscá-lo no portão do colégio.

 

Jimin retesou sob si, sentindo um rosnado se formar no fundo da garganta e instintivamente abraçou-o mais forte.

 

— Quem? Me diga quem é que eu... afugento ele.

 

— Esse é o problema, hyung... são muitos mais que um.

 

— Isso é doentio, você é apenas um filhotinho! — o Park estava começando a perder para o seu temperamento.

 

Ora, onde já se viu? Nem mesmo ele que estava prometido à Jungkook poderia cortejá-lo até o mesmo ter idade, quiçá um lobo desconhecido e mal intencionado qualquer!

 

— Falou para os seus pais?

 

Jungkook foi rápido em voltar-se para Jimin negando.

 

— Vão me tirar da escola de novo se souberem... e eu não quero ter lições em casa. Vou sentir falta dos meus amigos! — insistiu manhoso e Jimin grunhiu frustrado. — Por favor, tudo que precisa fazer é me marcar...

 

— Eu não...

 

— Se isso faz você se sentir melhor posso pedir para o Tae.

 

Touché.

 

Isso sempre funcionava, de algum modo havia uma competitividade subentendida entre os irmãos alfas, e ele era esperto o bastante para notar. E usar isso ao seu favor. Enquanto Jimin processava a idéia, Jungkook retirou de sua mochila ali largada um livro didático bastante grosso e reabriu na página onde havia deixado marcado.

 

— Segundo esse livro de biologia, tudo que você precisa fazer é esfregar... fluídos em mim. Aqui, aqui e aqui. — demonstrou indicando seus pulsos e o pescoço, onde suas próprias glândulas animais ficavam. — Pode ser suor, saliva o-ou... ou m-mesmo urina e sêmen. Aqui diz que meu corpo pode absorver seus feromônios e conservá-los por dias até.

 

Jimin tomou o livro de suas mãos um tanto à contragosto e fingiu dar uma revisada rápida enquanto considerava. Jungkook assistiu ansioso.

 

— Então, o que vai ser? — perguntou estendendo os pulsos virados para cima, em sua direção. Um sinal que ele ainda não entendia o quão era erótico para sua espécie.

 

O Park então se deu por vencido largando o livro e se projetando sobre o menor. Jungkook o assistiu com grande expectativa naqueles olhos grandes, e o lobo em cima de si pegou gentilmente seu pulso esquerdo levando até sua boca e fechando os lábios em volta da pele sensível, lapou com sua língua e sugou, raspando os dentes vez ou outra e deixando um rastro de saliva para trás.

 

Jungkook estava mais que feliz. E Jimin esperava que isso valesse mesmo à pena.

 

 

Infelizmente para o ômega, os efeitos teimaram à aparecer, e toda semana ele voltava para Jimin com o mesmo pedido, e o mesmo quando não notou nenhuma variação no menor sentia-se até mais tranquilo em marcá-lo, mas sempre restringindo-se à saliva – não tinha coragem de admitir mas adorava fazê-lo, e já fantasiara uma vez ou outra como seria marcá-lo com outra coisa. Ômegas machos podiam ser de fato menos suscetíveis aos feromônios de alfa que as fêmeas, como supôs.

 

Os efeitos tardaram sim, mas não falharam.

 

Determinado dia, depois algumas horas sentindo uma dor desconfortável em seu ventre Jungkook foi acometido pela certeza de que havia sim maturado. Seu olfato ficara terrivelmente mais sensível e percebeu que mesmo em seu quarto o cheiro de Jimin predominava – bem que seu irmão alfa torcia o nariz desgostoso toda vez que entrava ali – , seus caninos coçavam para serem usados e então o mais importante: Jungkook se viu produzindo slick pela primeira vez. Estava tão animado para mostrar para Jimin que não hesitou em chamá-lo ao seu encontro no mesmo instante, independente se era tarde da noite e se ele tinha compromissos para a manhã seguinte.

 

O alfa nunca atravessara a cidade tão rápido para ir ao encontro do seu ômegazinho, temendo pelo pior graças à uma mensagem bastante ambígua que este lhe enviara. Jungkook, entretanto, parecia muito bem lhe aguardando no lobby do prédio.

 

— O... o que houve, pequeno? — perguntou com a respiração desregulada aproximando-se de Jungkook, quem ele não pôde deixar de notar o quão estava uma fofura naquele pijama. Mal recebeu uma resposta antes de ser arrastado até o elevador. — É véspera de lua cheia, eu preciso voltar pra casa ráp...

 

Jimin engoliu suas palavras quando as portas metálicas se fecharam e tudo que havia do lado de dentro eram ele, Jungkook, e aquele cheiro alusivo que parecia vir dele. Olhando bem, Jungkook parecia realmente... diferente. Seus olhos estavam dilatados, seus lábios visivelmente mais rubros e seu cheiro... havia mudado. Tinha um cheiro adocicado bom, um tanto apimentado mas refrescante. Era totalmente novo, nada comparado ao cheirinho leitoso que ele costumava possuir. Cheiro de maturação. E isso causou um reboliço dentro de Jimin, despertando seu perigoso lobo interno.

 

Quando deu por si já tinha o menor encurralado contra a parede, enfiando o rosto em seu pescoço e aspirando seu novo cheiro gostoso.

 

— Hyung... quer v-ver uma coisa? — Jungkook perguntou em excitação e Jimin mal conseguiu processar o que viria a seguir até ter sua mão levada para dentro do pijama do ômega, e instintivamente apertou o traseiro empinadinho do mesmo. Céus, como quis ter aquela carne durinha nas mãos! O moreno o fez escorregar seus dedos por entre o seu vão encontrando um líquido viscoso ainda não muito familiar à ambos mas que o lobo interno reconheceu na hora: era slick. E mais precioso ainda, era o primeiro slick do ômega. Seu ômega estava lhe oferecendo seu puro e virgem primeiro slick.

 

Muitos alfas se matariam por tal honra.

 

O maior rosnou retirando os dedos dali para levá-los instintivamente aos seus lábios, chupando-os e fechando os olhos para melhor saborear a iguaria. Céus! Era tão bom, viciante na verdade. Jungkook assistiu a cena estupefato e, mais surpreso ainda ficou quando os olhos do alfa tornaram a se abrir, revelando um par sinistro de leitosos olhos brancos. Jungkook não sabia ainda no que estava se metendo quando teve seu corpo alçado facilmente por um lobo faminto, lambendo e mordendo toda pele exposta de seu colo, arrancando gemidos surpresos de si. Suas costas se chocaram contra a parede do elevador e a ereção do alfa foi pressionada contra seu traseiro, o contato causando arrepios gostosos em Jungkook. Jimin o desejava, estava duro por ele. Céus…!

 

E embora que em parte estivesse aproveitando muito a brincadeira, o ômegazinho começara a ficar assustado quando Jimin parara de responder de forma coerente, e era todo gemidos e rosnados para consigo. Ele estava bestial, perigoso. As mordidas começaram a partir sua pele e tirar sangue, e o aperto possessivo de suas mãos começara a machucá-lo. Foi então que o desespero tomou conta e o lobinho tentara escapar infrutiferamente o empurrando, foi quando teve a idéia de apertar o botão de alerta do elevador para pedir por socorro. E funcionou.

 

Pouco depois o pequeno Jeon era resgatado pelos seguranças do complexo e Jimin era contido. Descobriu-se mais tarde que apesar do transe Jimin estivera minimamente consciente durante toda a ação e ficara tão desgostoso consigo mesmo que quase desistira do compromisso. Desde então seu auto controle se tornou uma muralha entre ele e Jungkook, para maior frustração do ômega ainda virgem.

 

 

 

Luas cheias têm suas peripécias para com lupinos, especialmente alfas, e especialmente alfas no período de cortejo. Sendo o Park apenas mais uma vítima da sua genética peculiar. E, novamente vítima de um recorrente descontrole do seu animal interno, Jimin precisou ser detido até que voltasse à si.

 

Embora a distância não tivesse culminando em nada bom para o alfa e menos ainda para o seu ômega.

 

— Eu já disse que estou bem, hyung. — Jungkook declarou farto desvencilhando-se da mão de Junghyun que checava sua temperatura novamente. — Você não tem que caçar lebres ou alguma coisa do tipo?!

 

— Você pode levar isso um pouco mais à sério?! — o alfa rosnou irritado. — Você quase foi estuprado ontem à noite!

 

Jungkook encolheu-se, desagradado com a escolha de palavras.

 

— Jimin nunca faria isso! Ele... ele nunca me tocou sem meu consentimento, n-não depois daquela noite no elevador. Eu estava com tudo sob controle!

 

— Sim, ele faria! Ele é um alfa, e um alfa com um péssimo auto controle! — rebateu duro, tentando-se fazer ser compreendido. Jungkook gostava de pensar que era muito esperto, mas quando se tratava de Jimin ele confiava demais e isso não era saudável. — Eu já conversei com os Kim, eles vão nos levar de volta à Seoul depois do almoço. Esteja pronto até lá.

 

Jungkook bufou, cruzando os braços e simplesmente o ignorando.

 

— Sai do meu quarto.

 

Junghyun torceu o nariz mas obedeceu se retirando. Apesar de arisco, seu irmão não apresentava nada de errado. E com Jimin inconsciente e bem longe dali, também estaria fora de perigo. Não havia com o que se preocupar no momento. Problema seria quando o caso chegasse ao conhecimento da mamãe Jeon, afinal ter seu filhote quase deflorado duas vezes pelo mesmo indivíduo que jurou nunca o fazer antes do compromisso marital ser firmado era... era certamente pedir muito da sua benevolência.

 

Já era pedir muito do próprio Junghyun! Ele estava irado com o Park, e teria sua conversa com ele quando esteve voltasse à si.

 

— Como ele está? — Taehyung, quem acabara de vir ao seu encontro, perguntou já no corredor.

 

— Insubordinado como sempre, ele vai viver… — deu de ombros seguindo seu percurso. — Eu vou tomar café da manhã, você vem?

 

— Eu... eu preciso me lavar antes, pode ir na frente. — mentiu da forma mais convincente que conseguira.

 

Junghyun concordou sem questionar uma segunda vez e desapareceu no final do corredor, já Taehyung, quando achou que já era seguro, bateu à porta do quarto de Jungkook e recebeu o consentimento do mesmo para entrar.

 

— Hyung!

 

Bastou um olhar para saber que de fato Jungkook não estava bem. Parecia mais pálido, com os lábios ressecados e olheiras visíveis sob os olhos, e se reparasse bem havia gotículas de suor acumulando em suas têmporas. Parecia no mínimo constipado.

 

— J-Jungkookie. — o loiro engasgou nas próprias palavras quando inspirou com propriedade o cheiro adocicado que ele emanava. O mesmo que sentira na noite anterior quando fora ajudar a remover o alfa descontrolado do quarto e quase gozou em suas calças no processo.

 

Também pudera.

 

Nada o prepara para a imagem de Jungkook indefeso naquela cama, todo arrepiadinho e excitado, coberto no próprio prazer e trêmulo de tesão. Foi demais para o Kim mais novo. Lembrava-se vividamente dos mamilos intumescidos despontando sob a camisa, suas coxas - tal como os lençóis e o colchão - meladas de slick e então a ereção que tentava esconder debilmente nas próprias mãos, embaraçado. O rubor em seu rosto também parecia deixar tudo tão mais apelativo e erótico... e aquele cheiro? Por Deus! Cheiro de ômega no cio era veneno para ele.

 

— Então, ele já acordou? — perguntou o Jeon preocupadíssimo despertando-o de suas fantasias.

 

— Sim... ele... acordou sim.

 

Não conseguia nem pensar com coerência quanto mais falar!

 

— Por favor me leve até ele. — pediu o menor começando a chutar os lençóis para longe, revelando suas coxas desnudas graças às curtas roupas que usava. — Ele deve estar sofrendo... preciso marcá-lo, amenizar a dor.

 

— O combinado não foi esse. — contestou coçando a garganta e desviando o olhar. — S-sabe que não posso levá-lo até Jimin agora... ele e-está instável. O hyung está fora de si. E seu irmão me mataria se soubesse...

 

— E eu pareço bem por acaso? — retrucou pondo-se em pé e indo até ele. — Eu estou no cio, Tae, preciso do meu macho e ele de mim mais do que nunca. Para onde vocês o levaram?

 

Taehyung prendeu a respiração com a proximidade. Ômegas no cio eram traiçoeiros, nem mesmo eles tinham noção do quanto, podiam dobrar qualquer alfa ou beta unmated apenas com seu cheiro – e muitas vezes inconscientemente. Jungkook conseguiria o que queria de um jeito ou outro, era só questão de tempo.

 

— Você... pretende apenas marcá-lo, certo?

 

— Sim, vai ser rapidinho eu juro. Só pra ter certeza que ele não se auto mutile numa... briga contra sua outra personalidade. — garantiu massageando os ombros do amigo tentando lhe passar alguma segurança, embora não tenha sido exatamente que o alcançou. Taehyung ficou ríjo sob o toque. — Agora, onde ele está? Hm?

 

— No chalé de uns amigos. – respondeu num só fôlego e Jungkook se viu respirando aliviado.

 

— Eu vou me lavar, é rápido, me espere aqui. — instruiu se afastando bruscamente em direção ao banheiro adjacente.

 

Taehyung até então não tinha notado o quão enrijecidos estavam os seus músculos, relaxando-os minimamente com a ausência do pequeno. Caminhou de pernas bambas até uma das camas onde sentou-se e tentou se acalmar. Tentou respirar fundo para se situar ou ia acabar avançando em Jungkook... e isso era tão errado. Ele era o ômega do seu irmão, desejá-lo por si só já era traição!

 

Mas como explicaria aquilo para sua libído?

 

— Maldita lua cheia… — resmungou para si mesmo projetando-se para frente apoiando-se nos joelhos, foi quando notou ao pé da cama ao lado uma peça de roupa em especial, provavelmente uma das muitas que o Jeon descartara durante o dia. Sabia que ômegas no cio não conseguiam cobrir a pele por muito tempo, era incômodo para eles.

 

Algo dentro de si mandou que recolhesse a roupa e ele o fez, vergonhosamente não encontrando nenhuma hesitação em si. Taehyung esticou os shorts de dormir azul bebê em frente ao seu rosto e salivou com o estado do mesmo: empapado de slick. Instintivamente levou ao nariz e fungou mais daquele cheiro adocicado tão gostoso. Inevitavelmente sentiu aquele outro músculo endurecer e, mesmo que embaraçado, acariciou-o por cima do moletom e continuou a inspirar o cheiro da excitação do ômega marcado naqueles shortinhos. Era bom demais... o fazia salivar... se perguntava se o gosto era tão bom quanto o cheiro e deu uma lambida experimental. Isso bastou para deixá-lo eufórico.

 

Taehyung nem se preocupou se o cheiro da sua excitação podia acuar e constranger seu futuro cunhado ou menos ainda como aquela cena era incriminadora por si só... apenas pensava em como amara o gostinho de slick e como queria sair logo daquela seca. Precisava foder, foder até esquecer seu próprio nome! Seu pênis estava pulsando de tesão e precisava ser acariciado... e num movimento mais instintivo que tudo o alfa levou o tecido molhado para dentro dos próprios shorts, envolvendo-o em sua ereção e estremecendo debilmente ao sentir rastros do slick formigando contra sua pele.

 

Isso é tão errado, ele está há uma parede de distância. Consigo ouvir o chuveiro ligado...

 

Sua destra não hesitou em começar a se mover, bombeando com vontade, os quadris levantando de encontro ao seu punho, já respingando pré-sêmen no chão. Alfas possuíam pênis ridiculamente grandes, e a sujeira era certa quando manuseados, Taehyung teria sorte se seu knot não inchasse subitamente ou só iria se desfazer muito mais tarde, esporrando para todo lado. Nem sabia por que estava fazendo aquilo se era tão arriscado, só o estava fazendo, e muito, muito entusiasticamente. Algo dentro de si lhe dava instruções silenciosas para fazê-lo. E era tão gostoso afinal, então por que não?

 

Buscando seu ápice de forma frenética, posicionou o dedão na cabeça arroxeada e sensível e passou a apertar super estimulando a região. Sua respiração já estava grave e seu ápice muito rapidamente a caminho quando Jungkook deu sinal de ter terminado seu banho. Uma adrenalina correu a espinha do alfa e Taehyung se pôs em pé, baixando o moletom até os joelhos para ter liberdade de usar as duas mãos para se masturbar no meio do quarto. Trincou os dentes tentando abrir mais as pernas. O slick de Jungkook por si só já o deixava muito sensível e somado a agressividade do sobe e desce de suas mãos não demorou a fazer efeito.

 

Taehyung mordeu o lábio inferior e pendeu a cabeça pra trás estremecendo por inteiro com seu orgasmo tão intensamente buscado, melando silenciosamente os shorts de Jungkook. Mal teve tempo pra se recuperar, apenas escondeu a prova do crime  debaixo da cama e ergueu as calças. Pouco depois Jungkook deixara o cômodo adjacente com os cabelos úmidos e uma nova muda de roupa.

 

— Vamos? — Taehyung o apressou indicando a porta, parecendo ainda eufórico pelo recente orgamos merecido. O ômega concordou antes de estacar por um momento.

 

— O que é ess... está sentindo esse cheiro? — perguntou inocente.

 

Jungkook não estava familiarizado com o odor territorial do sêmen de um alfa, afinal nunca havia sentido antes, por isso não soube classificar embora soubesse dizer que havia algo... forte no ar.

 

— Não... talvez você ainda esteja zonzo.  — driblou a situação com naturalidade e, se Jungkook notou que a tensão que antes habitava-o dispersara-se, não comentou.

 

Mal ele imaginava o favor que havia prestado ao Kim.

 

...

 

— S-será que é mesmo seguro? — Hoseok perguntou entre arfadas, rebolando sensualmente no colo do mais velho.

 

Yoongi, quem tinha uma Corona numa mão e o traseiro de Hoseok na outra, o fitou dubiamente.

 

— O que não é seguro?

 

— T-em um alfa... maluco escondido aqui. V-vamos mesmo transar sob o mesmo teto q-que ele?

 

O Min deu de ombros tomando mais uma golada direto do gargalo. Não podia ligar menos, estava mais do que confortável em sua posição atual: largado na poltrona com Hoseok sentado no seu colo e a boca bem ao alcance da sua, o loiro tinha uma mão pálida dentro da boxer do mesmo, passeando um dedo gelado em volta da fenda pulsante do castanho, ameaçando penetrá-lo mas não o fazendo de fato, para frustração do outro alfa.

 

— É mesmo? — Yoongi pirraçou enfiando o rosto da curvatura do seu pescoço, raspando os dentes ali. — E está com medo?

 

— H-hm... n-não.

 

— É claro que não. Eu estou aqui com você, não estou? — continuou em seu tom arrastado, deixando até a bebida de lado para concentrar suas duas mãos dentro das boxers de Hoseok agora. Agarrou com propriedade as nádegas firmes do dançarino e começou a ditar o movimento dos seus quadris, sarrando-se contra o mais novo ainda sob as vestes. Ele nem sabia por que ainda se davam ao trabalho de vestirem suas roupas quando sempre estavam descartando-as para foder. Mas tinha que admitir que o atrito dos jeans contra seu pênis inchado era bem gostoso.

 

— Hyung… — Hoseok afastou-se e o mesmo se voltou para ele confuso até notar as íris peculiarmente estreitas. — Tem gente chegando.

 

E no instante seguinte passos puderam ser ouvidos na soleira do chalé para desgosto do Min. Era possível sentir o cheiro de lobo de muito longe, difícil era distinguir o subgênero –  especialmente quando em grupo.

 

— Ah, essa minha sorte… — o mais velho resmungou sendo obrigado a desvencilhar-se de Hoseok pois no instante seguinte já batiam afoitos à porta. — Eu devia por uma dessas placas de "acasalando" na porta ou algo do tipo...

 

O Jung lhe lançou uma almofada da sua posição encolhido no sofá, se cobrindo com a manta embaraçado. Quando Yoongi abriu a porta foi atingido em cheio pelo cheiro de ômega fértil chegando a dar pra trás desorientado.

 

— Eu não estou nem surpreso.