História Ten, o E.T. - Onde ele está?

-O que aconteceu, Johnny? -Jisung o encarava confuso.

-Ele fugiu de mim... -Johnny estava andando de um lado para o outro, o que faria agora? Procuraria? Esperaria? Sua cabeça doía fortemente.

-COMO ELE FUGIU DE VOCÊ? -Jisung grita com Johnny, estava preocupado com Ten, o mesmo já fazia parte da família, era como um humano de verdade.

-Ele estava batendo em uns caras, daí eu cheguei lá e pedi para ele parar e se acalmar, mas meu treinador gritou com ele assustado, acho que ele ficou com medo e fugiu, ele correu muito, todo mundo da cidade viu ele do modo alienígena.

-O que iremos fazer, Johnny? -Jisung estava se segurando para não cair no choro.

-Eu vou procurar ele, você vai ficar aqui, caso ele volte. -Johnny argumenta aflito colocando um casaco e saindo de casa. -Toma cuidado, Jisung.

-Ok... -Jisung estava triste, gostava de Ten, queria que ele fosse seu cunhado, seu amor por Ten era maior do que pelo seus pais.

Johnny andava na rua confuso, para onde iria? Para onde Ten foi? Seu coração pulsava forte, estava com medo de perder Ten ou que pegassem o mesmo, ele havia enrolado Ten para que o mesmo ficasse com eles na terra e agora os homens do governo poderiam pega-lo. Caminhava sem rumo, estava quase chorando, sentia a falta de Ten e o medo de perde-lo, ia em todos os lugares que havia levado Ten, mas foi inútil, Ten não estava em lugar algum, já era meia noite, estava cansado de procurar Ten e preocupado com Jisung. Voltou para casa, entrou na mesma e subiu as escadas sem esperanças, entrou em seu quarto e deitou na cama ao lado de Jisung que dormia na mesma.

Johnny passava suas mãos no rosto, estava tentando não chorar, engolindo o medo e tentando se acalmar, se levantou e tapou Jisung, viu algo anormal no mesmo, tinha uma marca de mão em sua blusa branca, a marca era azul e havia sido passada rápida, Johnny pensou que pudesse ser Ten, mas porque não ficou na casa? Porque foi embora novamente? Um sinal de dizer adeus?

Caminhou até a janela e olhou para a rua que estava sem movimento algum, virou-se e foi dormir, fazendo assim, adormeceu.

Amanheceu rápido naquele dia, Johnny levantou esperando que tudo não tivesse passado de um sonho que teve no quintal no dia em que encontrou Ten, mas sua má sorte não descansava, se levantou e foi se arrumar, ajudou Jisung a se arrumar e ambos sentaram na mesa com o rosto fechado.

-Tudo bem, Jisung? -Sua mãe o questionou confusa. Era normal ver Johnny sério na mesa, mas Jisung não.

- Sim, mãe... -Jisung sorri forçado e volta a olhar para sua panqueca queimada.

-Vamos, Jisung? -Johnny se levantando pegando a mochila dos dois.

-Vamos.... -Jisung se levanta e vai caminhando até a porta quando sua mãe o questiona.

-Não vai comer sua panqueca, pequeno? -Sua mãe estava confusa, Jisung sempre comia, o que estava acontecendo com seu bebê.

-Não estou com fome, mãe... -Jisung respondeu saindo com Johnny; os dois caminhavam tentando disfarçar as olhadas para o lado em busca de ver Ten em algum lugar, depois de um tempo, chegaram na escola de Jisung.

-Você vai ficar bem? -Johnny o questiona preocupado com os sentimentos do irmão mais novo.

-Vou. Me liga se ele aparecer... -Jisung comenta e entra na escola assim que Johnny terminava de o abraçar. Johnny caminhava devagar para a escola, não queria chegar nela nunca, pensava em voltar para casa, ficar com Jisung, mas não queria entrar naquela escola sem Ten.

Entrou na sala, assim que chegou na escola, sentou-se na última cadeira; do que bastava Ten aparecer, fazer Johnny mudar e depois partir?

-Johnny... -Winwin se aproxima do mesmo que estava com a cabeça baixa na mesa da sua cadeira.

-Winwin. -Johnny levanta a cabeça por educação olhando para o mesmo.

-Cadê o Ten? -Winwin estava confuso, Ten sempre estava com Johnny, estava doente?

-Ele, ele não vem hoje. -Johnny não tinha nada na cabeça para mentir naquele momento.

-Ah, ele deve estar doente, né?

-Exatamente.

-Me desculpa, mande melhoras para ele. -Winwin sorri e se afasta de Johnny. Se Ten não voltasse, Johnny poderia dizer que ele faleceu de um câncer, mas esses pensamentos estavam mudando de uma hora para a outra, não sabia o que fazer, o que pensar, o que dizer.

-Johnny... -Doyoung se aproxima do mesmo como se estivesse quase chorando.

-Doyoung, eu não quero conversar, desculpa. -Johnny comenta antes que Doyoung começasse com qualquer coisinha para seu lado.

-Não, Johnny! É sobre o Ten ou seja o que ele for... -Doyoung argumenta fazendo Johnny lhe dar toda a sua atenção pela primeira vez.

-O que aconteceu? Me fala logo!

-Bom, primeiramente, eu lhe peço todas as minhas desculpas, de todo o meu coração.

-Do que está falando? -Johnny estava confuso.

-Eu paguei aqueles dois homens para baterem nele... -Doyoung já esperava qualquer tipo de reação vinda de Johnny, estava pronto para ser odiado para o resto da sua vida por Johnny, estava arrependido do que fez.

-COMO É? -Johnny estava em choque, Ten estava se defendendo, não estava atacando.

-Me desculpa, Johnny... Eu juro para você que foi por inveja, eu pedi para eles baterem, só isso, não que matassem, eu não sabia que tinham levado uma arma. -Doyoung estava chorando de arrependimento, Johnny estava chocado, haviam atirado em Ten, Doyoung havia pago para baterem naquela coisa tão fofa que Johnny amava tanto.

-Meu deus, ele deve estar com tanto medo agora... -Johnny colocou sua mão na cabeça, o que iria fazer?

-Se você quiser qualquer tipo de ajuda, eu estou disponível, com dinheiro, esconder ele, sei lá; Eu apenas sinto que devo ajudar vocês, eu fiz tudo isso acontecer, irei entender se você me odiar para sempre. -Doyoung abaixa a cabeça em sinal de covardia e de desculpa, estava arrasado com quem era de verdade.

-Não irei te odiar, agradeço pela ajuda, mas eu não tenho ideia de onde ele possa estar. -Johnny estava bravo, mas não sentia a necessidade de odiar Doyoung para sempre, nem por um segundo.

-Você deixava ele aonde? -Doyoung o questiona, estava querendo ajudar com o que podia.

-Na minha casa, mas ele foi lá e agora desapareceu... -Johnny estava pensativo, aonde não havia ido ainda?

-Johnny... O que ele é? -Doyoung queria perguntar, mas estava com medo da resposta, encarando seu medo de frente, questionou Johnny.

-Olha, eu também não sei, eu encontrei ele quando ele caiu da sua nave, um pouco longe daqui. Ele disse que era um alienígena, o nome dele é Chittaphon Leechaiyapornkul, eu coloquei Ten, porque ele foi o décimo filho.

-Isso é complicado... Você foi em todos os lugares que levou ele?

-Sim, eu acho... Eu fui no mercado, fui na sorveteria, fui na escola do Jisung, fui para casa... Eu fui... -Johnny se esforçava para pensar, quando do nado veio uma lembrança em sua cabeça, era a montanha que Johnny havia levado Ten daquela vez para verem o céu, ainda não havia ido lá. -Eu já sei! -Johnny se levantou rápido e vai correndo sair da escola, todos os alunos e professor estavam confusos, Doyoung não pensou duas vezes, foi correndo atrás de Johnny.

Johnny corria rápido, estava sorrindo, estava muito esperançoso, era seu último palpite, Ten tinha que estar lá, ele tinha que estar.

Chegando lá, Johnny começou a subir, do mesmo modo que subiu com Ten, ajudou Doyoung e olhou para o horizonte, olhava para os cantos, as árvores que foram plantadas lá em cima, procurava Ten com os olhos, estava rezando para que ele estivesse lá.

-Ten? Você está aí? Aparece, por favor. -Johnny e Doyoung chamava pelo nome do mesmo procurando qualquer tipo de movimento. -Esquece, ele não está aqui. -Assim que Johnny fala triste, escuta um barulho vindo das árvores e alguém derrubando Doyoung no chão e colocou um tipo de faca em seu pescoço, era Ten.