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História Tenioenai (Incontrolável) - Nobu, 17. Rin, 17.


Escrita por: at0mic

Notas do Autor


Continuando e resumindo pra quem parou no 2.

Yoshida Nobu foi convidado por sua irmã Keiko e seu cunhado Ryo para ir a um Karaokê, junto com Saori, Kouhai de Keiko, e Hayato, seu namorado, além de uma sexta pessoa, Kouhai de Saori.

A sexta pessoa do encontro acabou se revelando Kawaguchi Rin, uma ex-colega de Nobu para quem ele se confessara anos antes, ainda no colegial, com consequências traumáticas.

Conversa daqui, Karaokê dali. O passado de Nobu e Rin vira o assunto principal do encontro.

Capítulo 3 - Nobu, 17. Rin, 17.


Colégio Kazuomi, Segundo Ano, turma B.

Yoshida Nobu caminhava ao lado de Kawaguchi Rin, a caminho da cantina.

—Sua irmã que faz os seus bentous, não é, Nobu-kun?

—É sim. Ela fez polvinhos de salsicha hoje. Ficaram bem bonitos.

—Nossa, eu adoro polvinhos de salsicha. Tudo bem se você me der um? Eu te dou um dos meus pedaços de frango.

—Pode ser... Ei... Rin-san, posso te falar uma coisa?

—Claro que sim, Nobu-kun... Somos amigos, não é?

—Kawaguchi-san, eu gosto de você. Você poderia ser minha namorada?

—Não.

—Espera... Porque não?

—Porque eu não quero namorar com ninguém, nem com você.

—Você não vai nem me escutar?

—Mas eu não te escutei já, o que mais você precisa, Nobu-kun? Eu não quero ser sua namorada!


Rin fez menção de sair, e Nobu segurou em seu braço esquerdo.

—Ei, Espera!

Rin respondeu com um tapa na cara dele.

—Se você não me soltar eu vou gritar por ajuda. E depois disso, não espere que eu ainda queira almoçar com você.

—Certo. Me desculpe.

A cena foi acompanhada de perto por dezenas de colegas. Alguns tinham empatia com o rapaz que acabara de ser recusado pela garota. Outros com a garota que se via pressionada pelo rapaz. Quando os dois se separaram, e cada um foi para um lado, os sussurros começaram.

—Soube? A Rin recusou a confissão do Nobu-kun...

—Eu ouvi falar que ele apertou o braço dela com força pra ela aceitar e ela ainda recusou.

—Que horror... Ele é o pior.


Rin até tentou esclarecer que não havia ocorrido nada de violento, mas antes do fim da hora do almoço, toda a escola já sabia da confissão fracassada de Nobu.

Nobu, que por tanto tempo tinha preparado aquela confissão, estava triste. Até tinha descoberto que Rin adorava polvinhos de salsicha e fizera ele próprio aquele Bentou pra dividir com ela. E tudo acabara daquele jeito. O que mais poderia dar errado?

Voltando pra sala, encontrou seu colega, Matsumoto, sentado em sua mesa.

—E aí, Nobunaga... Parece que a sua conquista não deu certo, né... Você tinha um clima tão bom com a Kawaguchi-san, e não conseguiu... Que azar, hein...

—Eu estou triste. Se você puder não falar sobre isso agora eu agradeço...

—O que, vai bancar o sentimental? Vai agir como uma garotinha, por conta de uma vadiazinha estúpida como a Rin? Sabia que ela é de Hokkaido? Deve ser por isso que ela é meio burra...


Nobu, que estava encostado na janela aberta da sala, virou e acertou um soco com toda a força de seus punhos no rosto de Matsumoto.

Gritaria, algazarra. Briga na sala. 

—Ei, qual é o seu problema?! Não venha descontar em mim se você levou um fora.

—Retire já essas palavras.
— Nobu estava irritado.

—Relaxa aí, ô brigão. Ela nem tá aqui, e nem ouviu...Não tem para...

—Mas eu ouvi. Retire essas palavras agora.
— A mão de Matsumoto fora torcidaagarrada e colocada para trás das costas por Nobu.

—Tá bom. Eu retiro. Eu retiro o que eu disse sobre a Rin burrinha.

—Como?
— Nobu não aceitava nenhuma ofensa à garota que gostava, então torceu mais o braço de Matsumoto.

—AI! AAAI, TÁ OK. EU RETIRO O QUE EU DISSE SOBRE A SUA PRECIOSA RIN, Mas solta logo o meu braço... Isso dói!

Assim que Nobu soltou o Braço de Matsumoto, notou que a própria Rin havia assistido a tudo, horrorizada. "Agora sim ela deve pensar que sou um monstro."

Na mesma hora foi pego pelo professor Tamada, de Educação Física.
—Você está com problemas, meu rapaz...

Na diretoria, o diretor Tamada (que era tio do professor Tamada) recebeu-o com cara de poucos amigos.

—Então o rapazinho aí decidiu descontar a frustração da rejeição nos colegas? Qual é a sua justificativa, Yoshida?

—Ele estava falando mentiras sobre uma pessoa que eu tenho carinho. Eu só coloquei em seu devido lugar, Diretor Tamada.

—Yoshida, devo lembrar que esse não é o seu papel, muito menos atribuição como membro do conselho disciplinar. Pelo contrário... Esse ato de indisciplina pode expulsá-lo de lá. Vamos fazer o seguinte. Eu vou te dar uma semana de suspensão pra você desistir dessa ideia de defensor da sua amada. Pelo que eu ouvi você foi recusado, certo? Então ela não tem nada com você, e você não tem nada que se intrometer no que seja relativo a ela. Vá até a sala e recolha seus materiais, depois pode ir embora.


Nobu saiu da sala do diretor aliviado com a suspensão. Já queria mesmo sumir dali, não tinha coragem de olhar para Rin ou qualquer outra pessoa, então só teve de entregar o bilhete de suspensão ao professor, juntar o seu material escolar e ir embora.

Na semana seguinte Nobu retornou. Silencioso como nunca antes fora. Deixou o conselho disciplinar e entrou no time de beisebol, como reserva. Assim, estava num Clube e não tinha muito trabalho. Rebatedor mediano e bom recuperador de bolas, ficou sendo chamado de "o sete silencioso".

Passou a evitar relacionamentos, e só veio ter um relacionamento com uma mulher na faculdade. Mariko era uma senpai ninfomaníaca que não dispensava nada.

Mas acabou após duas semanas, afinal Nobu queria evitar ligações perigosas acima de tudo. O sexo era bom, já que a senpai era uma pervertida de marca maior. Mas antes dele vinha o medo de se tornar dependente, de enfrentar a possibilidade de acabar dispensado, como fora por Rinrin anos atrás.

E agora Rin estava de volta, jogando toda a história na mesa outra vez. Seria diferente agora? Nobu não queria pensar naquilo. A nova e a velha Rin se misturavam. O novo e o velho Nobu se engalfinhavam por um espaço naquele corpo.

Os outros ouviam a história com atenção. Menos Keiko, que estava cantando. Keiko já conhecia a história toda. Foi a própria quem convenceu Nobu a evitar relacionamentos.

—E você, Rin? Como passou os últimos anos? — Nobu tentou desviar o assunto, fugindo de seu próprio passado.

—Depois da confissão e da briga eu pensei que você era perigoso. Se tinha batido em alguém só por me ofender, poderia ser algo como um delinquente, um namorado ruim e que tentaria me forçar a coisas que eu não queria... Mas quando você entrou no beisebol e parou de conversar, notei que você estava só com o coração partido. Mas bem... Eu era apaixonada pelo Itoda, professor substituto de Matemática, então pensei que se falasse isso para você só pioraria tudo. Quando acabou a escola fui para Hokkaido, cuidar do meu avô em seus últimos dias de vida. Ele morreu em novembro, câncer no pulmão. Minha avó ficou triste, eu tinha mesmo que estar lá acompanhando ela... Agora, minha avó alugou a casa de Hokkaido e veio morar conosco. Minha mãe a adora e meu pai está feliz de ter a mãe em casa.

—Puxa, que coisa boa... Fico feliz por você.

—Nossa casa está tão alegre quanto essa festinha aqui. Ei, Nobu-kun, seu número de celular ainda é o mesmo que eu tinha? O mesmo do segundo ano?

—O meu mudou ano passado, mas acabei voltei pro antigo. Estou usando o mesmo que usava no Colegial. senti falta do final. 6628.

—Jura? deixa eu testar!

Em alguns segundos, chega uma carinha no LINE de Nobu:

1 nova mensagem
de: Kawaguchi Rin

(灬♥ω♥灬) Nobu-kyun ♥ (*-(     )

—Espera, -kyun? — não sabia se achava aquela bobagem divertida ou desrespeitosa. 

—Siiiimmm! Meu amigo Nobu-kun voltou pra mim! 

Nobu não sabia se gostava daquilo, mas bem... Era melhor do que o status quo.


Notas Finais


Reminiscências de Nobu e Rin concluídas. A partir do próximo capítulo as coisas começam a esquentar! Fiquem de olho!


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