História "Tentar é uma opção" - 27°

Abro os olhos devagar, e vejo um teto todo branco, tento mexer meu braço, e estava meio dolorido, no outro braço eu tomava soro. Olho pro lado e vejo Gustavo sentado. Quando ele percebe que eu acordei, levata rápido e vem até mim.

- Oi! - Ele diz baixinho

- Oi! - Digo com uma voz fraca

- A quanto tempo eu estou aqui?

- Só algumas horas! - Ele se senta na cama, e coloca uma mão na minha cintura

- Como se sente?

- Um pouco dolorida... O que aconteceu com o Vinícius?

- O Chris ligou pra polícia, e ele tá preso, até você dar depoimento.

Fica um silêncio...

- Me desculpa. - Digo e ele me olha sem entender

- Pelo o que?

- Por não ter te contado... eu estava com medo. - Ele leva a sua mão no meu rosto

- Tudo bem, pequena... - Ele diz carinhosamente e beija minha testa. Percebo um curativo no seu braço.

- O que é isso?

- Ah! Descobri que temos o mesmo tipo sanguíneo. - Ele sorri

- Você fez isso... Por mim?

- Eu faria qualquer coisa por você!... E isso não foi nenhum sacrifício. - Sorrio. - Agora descansa... - Ele se afasta

•••

Não consegui dormir, logo alguns policiais entraram, e pediram um depoimento, pra mim sobre o Vinícius, eu falei tudo o que sabia, e ele já era procurado pela policia a muito tempo, por coisas piores do que agreção, logo eles foram embora.

Depois eu e o Gustavo ficamos conversando.

- Olá! - O médico diz entrando - Maria Luna, não é?

- Sim...

- Bom a senhorita está perfeitamente bem! Já pode ir pra casa! - Sorrio.

Ele me receitou um remédio pra dor, me disse como cuidar, do machucado, e como trocar os curativos, as coisas de sempre, e já me liberou.

•••

Chegamos na casa, e estavam todos me esperando, quando nos entramos todos vieram para cima de mim, fazendo várias perguntas.

- Calma gente! Eu to bem! - Chris me abraça

- Eu fiquei tão preocupado!

- Tá tudo bem! - Digo ainda no abraço

- Como foi lá? - Lira pergunta. Gusta coloca a mão no meu ombro, mais eu me mexo fazendo ele tirar a mão.

- Tranquilo, só foi um susto! - Gusta

- E o Vinícius? - Chris

- Foi preso, não vai sair de lá tão cedo. - Respondo. - Se vocês me dão licença, eu preciso de banho!

Tomo um banho, e como já era tarde, vou dormir, ou pelo menos eu tentei. Logo alguém bate na porta, era o Gustavo.

- Oi! - Digo abrindo a porta

- Oi!

- Será que posso dormir aqui hoje? - Ele apontando pra cama do lado da minha, eram duas de casal. - Não quero te deixar dormir sozinha...

Dou de ombros, e ele sorri. Ele vai até a cama e se deita. - Como se sente?

- Estranhamente aliviada... - Ele da um sorrisinho - Eu achei que me sentiria mal pelo Vinicius... Mais eu não sinto nada...

- É por que você não ama ele...

- Eu achei que amasse...

•••

Eu estava em um lugar escuro, toda machucada, olho pros lados, e não tinha ninguém, só escuridão.

- Nos encontramos de novo! - Vinícius sai da escuridão, e me dá um soco...

Pov Gustavo

A Luna já havia dormido, e já era muito tarde, e eu estava mechendo no celular.

Logo escuto ela se revirar na cama.

- Não... Não... - Ela dizia baixinho e chorava - Não... Gustavo me ajuda! - Ela dizia - Gustavo! - Ela grita, e pula na cama, corro até ela.

- Calma, eu to aqui! - Digo e ela me abraça, chorando.

- Ele estava aqui... Ele me bateu... E... E foi horrível! - Ela dizia chorando

- Shhiiiu... Tá tudo bem, eu to aqui pequena! - Digo limpando suas lágrimas, e abraçando ela.

- Não me deixa sozinha!

- Não vou deixar nada acontecer com você, meu amor.... - Pego um copo de água pra ela. - Tenta dormir... - Digo e vou pra minha cama, mais ela me puxa.

- Dorme comigo? - Sorrio

- Claro! - Me deito de conxinha com ela

Pov Luna

Ter ele ali comigo era muito bom, eu me sentia segura, e já fazia muito tempo que nao me sentia assim...

No outro dia de manhã...

Acordo, e Gusta não estava do meu lado. Levanto vou até o banheiro, fasso minha higiêne, e volto ao quarto do Gusta, ele sai do banheiro, sem camisa, com uma toalha no pescoço secando seu cabelo.

- Bom dia! - Ele diz sorrindo.

- Bom dia! - Sorrio

- Dormiu bem?

- Sim, não tive mais pesadelos... - Pego a caixinha de primeiros socorros, e vou trocar meus curativos.

Pov Gustavo

- Quer ajuda! - Digo vendo sua dificuldade, com os curativos.

- Não precisa - Ela diz mais continua com dificuldade. Sento do seu lado, e tomo os curativos da sua mão.

- Eu fasso isso sozinha! - Ela teima

- Você é teimosa, em? Deixa eu te ajudar... - Ela revira os olhos

Limpo suas feridas, e ela faz cara de dor

- Desculpa... Odeio te machucar.

- To acostumada... - Ela diz e geme de dor. Aquili me deixou meio mal. Troco seus curativos, e enfaixo seu braço.

- Obrigada! - Sorrio, e me levanto.

- Só isso?

- Só isso o que?

- Ontem a noite, nós dois...

- Nunca viu uma mulher assustada, depois que uma das coisas mais horríveis que já aconteceu com ela, ter finalmente acabado?

- Eu sinto muito...

- Não foi culpa sua

-Nao mesmo? Ontem eu fiquei pensando, se eu não tivesse sido um idiota com você, não tivesse te magoado da pior forma, talvez você estivesse bem agora. Eu não sou forte. Eu deveria ter tentado salvar você, e quero que saiba, que você é minha casa, e sem você eu me sinto tão perdido...- Ela vem e me abraça.

- Eu também me sentia assim... - Beijo ela