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História Tente adoçar o Suga - O pequeno Yoongi part.1


Escrita por: Jiminah

Notas do Autor


Voltei com mais um capítulo!
Boa leitura~

Capítulo 13 - O pequeno Yoongi part.1


Liguei o notebook do mais novo e rapidamente pesquisei "Kim SeokJin". Era verdade, o maldito tem um grande restaurante. Olhei o endereço e a foto do local, começando a rir sozinho... Não posso me tornar uma maria mole como o Rap Monster. Vou fazê-los lembrar de mim para sempre.

Eu precisava resolver as coisas em uma cajadada só. Conseguir o dinheiro do G-Dragon e me vingar daquela família de araque. Esperei Hoseok terminar de se arrumar e sair do apartamento. A única coisa que peguei antes de sair foi o dinheiro que Hope tinha deixado na mesa e um isqueiro, não sei porque, mas algo me dizia que aquilo iria me ajudar. Eu não tinha uma grande ideia para acabar com o restaurante do Jin, mas aos poucos as coisas iam se encaixando na minha cabeça.

Conforme o endereço que vi na internet, cheguei no local do restaurante depois de alguns minutos. Realmente, era muito bonito, isso só me causava mais ódio. Quero tudo isso aos pedaços, quero que Jin sofra pra reerguer essa merda.

Antes de entrar lá e fazer alguma besteira, fui até um menino que estava vendendo bala na rua. 

- Ei, garoto!

Ele se virou.

- O que foi, tio?

Quase dei uma rasteira no garoto ao ser chamado de tio, mas me controlei.

- Quer ganhar alguns trocados?

- Depende... O que tenho que fazer?

- Está vendo aquele restaurante ali? - apontei. O garoto apenas assentiu com a cabeça. - Percebeu que ao lado dele tem um beco? Então... Ali está a porta dos fundos do restaurante, vou ficar escondido por perto, quando o restaurante for fechar, provavelmente alguém irá trancar aquela porta. Quando isso acontecer, vou dar o sinal e você distrai a pessoa até que eu entre dentro do restaurante, certo?

O mais novo pareceu entender, até porque, esses meninos de rua são mais inteligentes do que pensamos.

- E quando devo parar de distrair?

- Não se preocupe, depois eu dou um jeito de sair de lá.

- É só isso?

Assenti com a cabeça.

O garoto abriu um pequeno sorriso e foi se afastando de mim, não sei se ele sabia quem eu era, provavelmente não. Fui para o meu posto, ficando escondido atrás de uma caçamba de lixo que tinha fora do restaurante. As vezes uma mulher saia de lá com sacos de lixo ou restos de comida.

Foram tempos tediosos já que o restaurante demorava pra fechar, mas finalmente deu a hora. Não sabia exatamente o tempo exato, mas já estava bem tarde. O garoto continuava na rua logo a frente, vendendo suas balas e não deixando de olhar para onde eu estava, de vez em quando.

- Tudo eu, sempre eu. - um garoto reclamava enquanto saia pela porta dos fundos, tinha certeza que era um dos irmãos do Jungkook, mas não aquele que ajudou a me bater e sim o outro.

- JIMIN, DEPOIS QUE TRANCAR AI, ENCONTRA A GENTE DO OUTRO LADO! - reconhecia essa voz e era a de Jin, então esse irmão era um tal de Jimin.

Fiz um sinal rápido para o garoto, ele rapidamente parou com sua venda e correu até Jimin que já estava quase trancando a porta.

- Moço! Moço! - gritava desesperado.

- Eita... O que foi, garotinho?

- Você precisa me ajudar, meu amigo caiu ali e ninguém quer nos ajudar só porque somos meninos de rua.

- Mas preciso tranc-

- É rapidinho, moço!

Sem perder tempo, o garoto começava a puxar Jimin para longe da porta, fingindo que iria leva-lo até seu amigo. Ri baixo pra mim mesmo, aquele menino sabia atuar, quem sabe ele não se torne um futuro eu. Aquele Jimin era mesmo um burro.

Aproveitando a brecha dada, corri para dentro do restaurante, me escondendo em um canto, caso Jimin ou alguém ainda aparecesse ali na cozinha.

Foram poucos minutos até Jimin voltar reclamando.

- Esses meninos sempre pregando peças nos outros, aff!

Ouvi o barulho da porta batendo com força e em seguida da chave girando na fechadura.

Olhei ao redor, já que ninguém iria voltar, precisava saber se tinha alguma saída, se não teria que ficar preso no restaurante até o outro dia. O único jeito de sair que encontrei, foi por uma janela não muito alta, mas talvez eu ainda me machucasse pulando dela. Não me importo em me machucar um pouco se for pra destruir esse lugar.

Comecei a ligar o gás de todos os fogões que tinha, ao todo eram 6. Não demorou muito pro cheiro forte começar a impregnar na cozinha. Esperei mais alguns minutos só para ter certeza que o gás havia se espalhado bem.

Sabia que o isqueiro que havia pegado antes de sair me ajudaria em alguma coisa, subi até a janela pela qual eu iria escapar e acendi o isqueiro. Senti uma dor aguda no meu peito, como se aquilo fosse dar errado, mas não me importei.

- Bultaoreune!

Joguei o isqueiro no meio dos fogões, vendo todo aquele fogo subir rapidamente e logo tudo explodir.

Meu corpo fora jogado a força para fora da janela, o vidro dela e de todas as outras janelas ali haviam quebrado, eu não consegui reparar no estrago que tinha feito na cozinha, só conseguia ver fogo por todo local. Estava todo dolorido, ainda assim, consegui dar um sorriso perverso antes de apagar por completo. "Muito bem, Suga".

---

Min Yoongi, um doce menino de 6 anos, nascido em uma família rica e respeitada por todos. Seu pai um empresário bem-sucedido e sua mãe uma fashionista famosa. O que mais ele poderia querer? Na verdade, Yoongi mal ligava para as coisas que tinha. O garotinho era tão gentil, simpático e sorridente. Seu jeito alegre deixavam as 4 empregadas de sua casa maravilhadas.

As pessoas fora daquela mansão não sabiam a verdade, apesar de parecer uma família unida, carinhosa e feliz, os pais de Yoongi só atuavam para o público. O Sr. Min só queria saber de mais e mais dinheiro, fazer apostas e beber com seus amigos. Já a Srª. Min só se importava com sua beleza e roupas, vivia de fofocas com suas "amigas" e para as empregadas que faziam TUDO que ela mandava, vivia falando mal das coitadas.

As 4 empregadas da casa sempre fizeram tudo sem reclamar, afinal, elas recebiam um absurdo de dinheiro se comparado a qualquer outra empregada. A mãe de Yoongi até mesmo aumentou o salário de uma delas apenas para que a mesma fosse babá de seu filho, que desde pequeno só trocou palavras com a mãe e o pai umas três vezes e olhe lá.

Sim, a mãe de Yoongi só teve o trabalho de pari-lo, pois ela nunca deu carinho, atenção ou até mesmo de mamar para o pobre menino. Porém as empregadas da casa sempre foram bondosas com ele, fazendo o mesmo se tornar a criança gentil que é. Elas se orgulhavam disso, por terem criado o menino que sua madame não teve a responsabilidade de criar, todas elas morriam de ódio desse ato de sua patroa, mas elas não podiam reclamar.

Yoongi era rodeado de brinquedos, roupas, tudo. O que ele quisesse comer na sua casa tinha, seu quarto era enorme, tudo que ele tinha era de alta qualidade. Seu pai sempre o encheu de presentes, como se isso fosse comprar o amor do menino ou como se isso fosse o papel de um pai, apenas dar presentes.

(...)

No seu aniversário de 10 anos, como em todos os outros aniversários, Yoongi passou com a empregada que era sua babá. Ela comprou um bolo enorme pra ele. O garoto sorridente abraçou a empregada, ele estava feliz que pelo menos ela não havia se esquecido.

- Obrigado! - assoprou a vela de olhos fechados.

- O que desejou?

- Que no meu próximo aniversário eu possa passar com meus pais.

(...)

Um dia Yoongi desenhou seus pais de mãos dadas com ele no jardim da casa. Ele ficou tão orgulhoso de seu desenho que foi correndo mostrar ao seu pai.

- Papai, papai!

Entrou no escritório do mesmo sem perguntar e lá estava o mais velho. Sentado em sua poltrona com uma mulher seminua em seu colo. Yoongi não entendeu, pois aquela não era a sua mãe.

Seu pai empurrou a mulher e rapidamente foi até Yoongi, arrastando o mesmo pelo braço, o jogando para fora do escritório.

- NÃO ENTRE MAIS AQUI ENTENDEU? E NADA DE ABRIR ESSA SUA BOCA PRA ALGUÉM! - sua expressão de raiva assustava Yoongi. - A GENTE FAZ TUDO POR UM FILHO PRA ELE SE TORNAR TÃO MAL EDUCADO!

O homem voltou para dentro de sua sala, fechando a porta.

Yoongi com os olhos lacrimejantes correu para longe dali. Ele era ingênuo demais pra entender que seu pai não gostava dele, não queria nem ouvir a sua respiração. O menino apenas quis acreditar que seu pai estava em um dia ruim e que aquela mulher estava ali para ajuda-lo. Pobre Yoongi.

O menino secou os pequenos olhinhos e resolveu tentar com sua mãe. Foi até a varanda onde ela estava recebendo uma massagem de uma das empregadas.

- Mãe, olha o desenho que eu fiz.

A mulher não disse nada, esperando que ele se tocasse e fosse embora.

- Mãe!

Então ela levantou sua cabeça, estava completamente séria. Levantou por Yoongi e aquilo iria custar caro pra ele.

Por um momento os olhos dele brilharam, aquela seria a primeira vez que sua mãe veria algo dele, daria a atenção que ele tanto almejava. Mas ela apenas pegou o desenho e rasgou em pedaços.

Yoongi ficou olhando os pedaços caindo no chão e sua mãe com aquela seriedade toda. "Porque ela tem que ser tão cruel?", ele pensou e saiu correndo chorando.

A partir desse momento o garoto começou a perceber. Seus pais nunca o amaram, não desejavam ele por perto. Ele só se perguntava o porque de ter nascido se fosse pra ser assim.

Ele saiu da casa, correndo pelo enorme jardim, até que estivesse distante o suficiente para nenhuma empregada ir atrás dele.

Yoongi sentou na grama com as pernas encolhidas, abraçou as mesmas e começou a chorar. Chorou como nunca havia chorado, chorou até não ter mais lágrimas.

O tempo passou enquanto o pequeno estava ali, desamparado e triste. Tão novo e já sabia exatamente o que era sofrimento.

De repente um filhote de gato se aproximou, chamando a atenção do garoto. O filhotinho miava, tão branco quanto Yoongi, parecia estar triste também.

- Será que você é um abandonado igual a mim?

Yoongi se identificou e acariciou o filhote, o mesmo miou, arrancando um sorriso do menino. O gatinho logo subiu na perna de Yoongi e os dois ficaram brincando por um bom tempo.

(...)

Se passou uma semana desdo ocorrido com Yoongi e seus pais, o menino esqueceu um pouco disso depois que fez amizade com o pequeno filhote, que apareceu em seu jardim. Ele nomeou o gato de Suga, já que seu pelo era tão branquinho que lembrava açúcar. Todos os dias ele ia para o jardim bem de tardinha, para levar comida para Suga e brincar com ele.

Um dia ficou tão tarde que Yoongi resolveu levar Suga para sua casa. É claro que ele não deixaria ninguém vê-lo, não sabia o que podia acontecer.

Dentro do seu quarto, o garoto fez uma pequena cama de travesseiro para o filhote, o deixando deitadinho ali.

- Tenho que tomar banho, se comporte, ok?

Yoongi sorriu e foi para seu banho. O gatinho curioso desceu do travesseiro, começando a explorar o quarto. Não satisfeito, aproveitou uma brecha na porta do quarto e saiu correndo.

Suga corria pelos corredores da casa, acabando por trombar com a pior pessoa possível... A mãe de Yoongi. O filhote parou no pé da mulher, que por poucos segundos ficou calada, até começar a gritar histericamente.

Uma empregada rapidamente veio ajuda-la.

- O que foi, minha senhora?

- TIRE ESSE BICHO ASQUEROSO DAQUI! OU MELHOR, MATE-O!

- M-Mas senhora, não posso fazer isso...

- SE VOCÊ QUER ESSE EMPREGO, TRATE DE MATAR ESSE...ESSE...ARGH!

A mulher virou as costas, odiava animais, ainda mais gatos que soltassem pelos.

A empregada só tinha uma opção, matar o gato.

Com muita dor no coração, ela foi até o quintal, carregando o gatinho em uma das mãos e um facão na outra. A garota começou a chorar para si mesma, não queria tirar a vida de um ser tão fofo e inocente. Ela queria deixa-lo escapar, mas sua patroa estava vigiando da janela de seu quarto, apenas esperando a morte do animal.

A empregada colocou Suga no chão, e para não faze-lo sofrer tanto e também acabar logo com aquilo, meteu-lhe uma facada profunda.

O pequeno gatinho se debateu por míseros segundos e em seguida morreu. A empregada olhou para sua patroa, que ria satisfeita na janela, mas a garota só conseguia chorar, suas mãos estavam respingadas com um pouco de sangue.

Yoongi saiu do banho naquele momento, já estava vestido e ansioso para brincar com Suga. Mas procurou pelo quarto todo e não o encontrou, percebendo que a porta de seu quarto estava um pouco aberta. Yoongi entrou em desespero, saiu correndo para procura-lo.

- SUGA! 

Ele gritava, sem querer esbarrando com sua babá.

- Ei, você viu meu gatinho?

A garota arregalou os olhos, voltando a derrubar lágrimas, suas mãos tremiam chamando a atenção de Yoongi. Quando o garoto viu aquelas manchas de sangue, ele logo percebeu, empurrou a babá e saiu correndo pelos cômodos da casa, até chegar no quintal.

Ele se assustou ao ver todo aquele pelo branco coberto de sangue, seus olhos se arregalaram. Yoongi se aproximou daquele pequeno corpo, se ajoelhando e caindo aos prantos no mesmo momento. "Foi ela!", pensou ele. O garoto não sabia se estava tomado de ódio ou de sofrimento, talvez fosse os dois. Ele se culpava, se culpava pela morte de seu único amigo. Se culpava por tê-lo trazido a sua casa, que se não tivesse trazido, nada disso teria acontecido.

Sua mãe se aproximou, sua expressão de desgosto era a mesma de sempre, Yoongi se perguntava como não pode perceber que ela sempre o odiou. Srª. Min olhava o desespero de seu filho, olhava o filhote morto e começava a gargalhar. "Bruxa, sem coração, malvada!", era o que Yoongi pensava a todo momento. 

- Eu não quero mais saber de bichos imundos aqui, entendeu?!

Fazia tempo que a mãe de Yoongi não lhe dirigia a palavra, ele tinha até se esquecido de como era sua voz. "Por que ela me trata dessa forma?", foi a última coisa que o menino pensou antes de correr até seu quarto. Se jogou na cama e passou a noite toda chorando.

Continua...


Notas Finais


Sei que ficou meio chato esse capítulo, mas o passado do Suga precisava ser contado~
Obg por tudo amores ;;
Até a próxima!


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