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História Tente adoçar o Suga - Passado e presente andam de mãos dadas.


Escrita por: Jiminah

Notas do Autor


Me desculpem a demora pra postar, ultimamente eu estava com uns problemas de saúde, então não tinha vontade nem de ligar o pc ;-;
Agora que melhorei um pouco voltarei a escrever <3
Já aviso que pode ter alguns errinhos...
Boa leitura!

Capítulo 3 - Passado e presente andam de mãos dadas.


Sai do banheiro já vestido, não queria ter nenhuma surpresa caso Hoseok estivesse no quarto. A minha escolha foi certa, o mais novo estava lá, sentado na cama. Assim que me viu, apontou para um colchão que estava no chão, logo a sua frente.

- Seria ruim se eu deixasse você dormir no sofá... Então arrumei esse cantinho. - disse com indiferença.

Talvez ele estivesse bravo por que tentei beija-lo e falei aquelas coisas... Como sou um trouxa. Devia ter tentado controlar os meus desejos. Agora, depois de ter batido punheta pensando nele, também não consigo olha-lo ou falar com ele normalmente.

- Não precisava se preocupar. - falei, passando a mão em meu cabelo úmido. - Aqui ou no sofá é melhor que dormir na prisão.

Encarei Hoseok, que retribuiu o olhar, mas rapidamente desviou sua atenção para um ponto qualquer. O clima ficaria tenso, muito tenso daqui pra frente e a culpa é toda minha. Não deveria me importar com isso ou com o que ele está pensando sobre mim, nunca me importei com o que as pessoas acham. Estou aqui apenas porque preciso de um lugar temporário para ficar, vou apenas focar em ajudar Hoseok com a letra de sua música e nada mais.

Minha barriga começou a roncar quando eu estava prestes a me deitar, era de se esperar já que não comi nada desde que sai da prisão e ainda gastei o resto de energia que tinha me masturbando.

- Pode comer o que quiser. - a voz calma de Hoseok dizia. - Mas vai ter que se virar sozinho lá na cozinha. Estou cansado, então já vou dormir.

O mais novo se deitou antes que eu respondesse, dei de ombros, indo até a cozinha. Abri a geladeira que estava cheia, porém só de besteiras, o que é de se esperar, Hoseok não tem cara de quem sabe cozinhar.

Peguei uma lata de refrigerante e esquentei um pedaço de pizza que estava na geladeira. Antes de começar a comer, me lembrei de como Hoseok agiu estranhamente, sei que ele deve estar com vergonha ou sei lá, mas não é pra tanto assim. Tinha alguma coisa a mais aí.

- Que seja... - sussurrei, começando a comer.

Arrotei, terminando de matar a minha fome. Depois de tanto tempo comendo aquela comida escrota da prisão, um pedaço de pizza era praticamente um banquete. Já tinha tomado banho e agora de barriga cheia só me restava descansar.

Voltei para o quarto, Hoseok estava dormindo, então entrei evitando fazer barulho. Me sentei no colchão, ficando quase de cara com o mais novo, já que a cama dele estava muito próxima. Fiquei encarando seu rosto, parecia um garoto totalmente diferente enquanto dormia, era tão...

Dei um tapa em meu próprio rosto, ficar olhando pra um retardado desse só pode ser doença, assim como pensar nele. Se eu dormir bastante, logo essa cisma de ficar pensando no Hoseok vai passar.

Me deitei, suspirando baixo ao encostar minha cabeça no travesseiro. Estava tão desacostumado com esse tipo de mordomia, isso me deixava relaxado e... Feliz.

---

O pequeno eu corria pelos cômodos da casa, ficando assustado ao ver todo aquele pelo branco coberto de sangue. Meus olhos se arregalaram, me aproximei daquele pequeno corpo, me ajoelhando e caindo aos prantos no mesmo momento. "Foi ela!", eu não sabia se estava tomado de ódio ou de sofrimento, talvez fosse os dois. A culpa foi minha, a culpa é minha do meu único amigo ter sido morto. Ela se aproximou, sua expressão de desgosto continuava a mesma, como eu não pude perceber que ela sempre me odiou? Ela olhava meu desespero, olhava meu pequeno amigo morto e começava a gargalhar. Bruxa, sem coração, malvada!

- Eu não quero mais saber de bichos imundos aqui, entendeu?!

Fazia tempo que ela não me dirigia a palavra, tinha me esquecido como era a sua voz. Porque ela me trata dessa forma?

Eu cresci...

- "NÃO, POR FAVOR, EU TE DOU TUDO QUE QUISER, SÓ NÃO MATE A MINHA FILHA..."

- "Tenha piedade..."

- "Eu lhe imploro, não faça isso!"

- "Não brinque comigo, velhote... - ri de forma maligna."

...Um sorriso se abriu nos lábios de Sr. Jeong, mas antes de qualquer coisa apertei o gatilho, disparando contra a cabeça do milionário.

Acordei desesperado, meu rosto estava suado e minha pulsação mais rápida que o normal. Tive mais um pesadelo, o que acontecia diariamente quando eu estava na prisão. Não consigo dormir bem a noite depois que fui preso, sempre acabo tendo pesadelos com meus assaltos, mortes e principalmente... Quando matei Sr. Jeong. Não me importava de sonhar com os crimes que cometi, só que quando se tratava da minha infância, era sufocante... Porque eu tenho que sonhar justamente com aquele dia? Afinal, o pequeno Min Yoongi está morto, eu o matei. Se Jin não tivesse aparecido, a culpa é toda dele... A culpa é toda dele disso tudo estar acontecendo comigo.

Levantei do colchão, não conseguiria dormir de novo mesmo e se continuasse ali, sem querer começaria a olhar para Hoseok dormindo. 

Acabei indo pra sala, sentando na janela que estava aberta, sentindo uma brisa fria bater em meu rosto. Suspirei, olhando para a rua deserta da madrugada. Nunca liguei em matar, roubar, fazer qualquer tipo de coisa ruim, nunca me arrependi, mas esses pesadelos ultimamente tem me incomodado. Não é como se eu quisesse mudar o passado ou quem eu sou, só queria apagar tudo da minha mente, antes que meus próprios pensamentos me matem.

- Se eu pular daqui... Será que resolve? - falei pra mim mesmo, se pulasse daquela janela na altura em que eu estava, morreria com certeza.

Até que me estiquei um pouco para frente, mas não consegui encontrar coragem pra me jogar. Minha motivação para continuar vivendo, o que me mantinha em pé, era uma única pessoa, Jin.

Meu ódio só crescia mais e mais, sempre que acabava pensando em alguma merda, a raiva e a sede de vingança em meu peito só aumentava. Eu ainda irei acabar com aquele desgraçado e terei Namjoon de volta pra mim.

Tentando conter a raiva que subia em minhas veias, não percebi que Hoseok se aproximava, mas logo pude sentir sua presença, através de sua respiração.

- O que foi? Disse que estava cansado... - falei sem olhar para trás.

- Acordei pra ir ao banheiro e percebi que não estava deitado. Depois vi que já é de madrugada, cheguei a pensar que pudesse ter ido embora.

- E pra onde eu iria a essa hora? - ri ironicamente. - Pra baixo da ponte?

- Do jeito que parece ser louco, não duvido.

Virei o rosto, olhando para Hoseok ali em pé. As luzes estavam apagadas, mas a claridade da lua e das estrelas iluminava um pouco a sala. Meus olhos se arregalaram, pois com aquela luz natural refletindo em Hoseok, ele ficava ainda mais bonito. Tossi disfarçadamente, se ele percebesse seria meu fim como um cara mau.

- Me desculpe por ter quase te estuprado. - tombei a cabeça para o lado. - Nos conhecemos ontem e eu já fiz isso tudo... 

- Você? Min Yoongi, um baita filho da puta, pedindo desculpas?

Hoseok começou a gargalhar, como se eu estivesse brincando.

- Não fode!

Apertei os dentes uns nos outros para não me estressar, voltando a minha atenção para a rua.

- Você parece triste.

O mais novo disse, cessando suas risadas.

- Só estou pensando.

- É... Acho que é normal pra um cara que saiu da prisão recentemente.

- Do que isso adiantou? - agora fixava meu olhar no céu, respirando fundo. - Vou continuar preso no meu passado e meus erros vão me perseguir, me torturar, até que eu desista de tudo.

Hoseok não disse nada após me ouvir. Só consegui perceber o barulho dos passos dele se aproximando até mim, logo ele estava bem perto. Me empurrar da janela que ele não iria, mas desci dali, ficando frente a frente com o garoto, mais uma vez.

- Até as pessoas ruins tem seus problemas não é? - a voz dele saia em um tom triste. - Mas ninguém é capaz de ajudar, só de julgar.

Com o meu lado observador, percebi Hoseok cerrando seus punhos. Por que ele estava tão indignado assim?

- Tanto faz, não ligo pra isso, não me sinto triste com nada.

- PARA DE TENTAR BANCAR O DURÃO COM OS SEUS PRÓPRIOS SENTIMENTOS!

O mais novo agora olhava no fundo dos meus olhos, me deixando surpreso. Queria entender porque ele estava agindo daquela maneira, porque se importava...

- Quem não te conhece e olha pra você, nem pode imaginar o que você já fez. Você é tão bonito, parece tão bom... - sem aviso, Hoseok me abraçou e foi com força. Não retribui, afinal, entrei em choque. - Eu sei que você tem medo do que pode acontecer... Deve ser difícil ficar lembrando do passado. Aceite que isso te deixa triste e eu posso te aju-

Empurrei Hoseok com força, sem deixa-lo terminar de falar.

- Você não sabe nada sobre mim. Mal acabou de me conhecer e quer vir me consolar? - ri de modo irônico. - Não precisa ter dó de mim só porque sou um zé ninguém agora.

Disse friamente, passando pelo mais novo e assim voltando para o quarto.

Não quero ninguém agindo como se me conhecesse...

Eu já provei o doce e o amargo da merda desse mundo, não preciso que ninguém fique me tratando como coitadinho.


Notas Finais


Por enquanto tudo tá de "boa", mas logo as tretas vão aparecer :')
Tadin do Hoseok ;-;
Até a próxima, gente linda!


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