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História Teoria do caos - Death and Taxes


Escrita por: UchihaSpadari

Notas do Autor


Meus amores, o capítulo de hoje é longo, mas numa rápida descrição dele eu posso afirmar que é o mais completo até aqui. Hentai, tragédia, revelações, armações, hoje temos de tudo, e de coração, espero que gostem!!! Enfim, ótima leitura ♡

Capítulo 11 - Death and Taxes


 

 

 

     -- " Eu aceito. "

  O sorriso nas filmagens que iluminavam a sala escura, fazia contraste as lágrimas que caíam vagarosas pelo rosto sempre de poucas expressões. Sempre se orgulhou de  ser o "homem de gelo", mas ultimamente estava mais abalado do que jamais sonhou em qualquer utopia dramática. Chegou ao limite, tudo caía sobre sua cabeça, estruturas ruindo, moral levada ao chão, nesse instante ele não era diferente de uma. Era Sasuke, o garotinho que corria atrás do irmão quando pequeno.

  Os dedos de Izumi aos de Itachi tremiam nequele altar de madeira feito no jardim da mansão Uchiha. Tremiam pelo nervosismo de estar frente ao homem de sua vida. Mas Sasuke também tremulava, pelo choro que há horas vinha descendo, entupindo suas narinas e molhando as mangas da camisa de tecido fino.

  Seus passos pareciam gritos no apartamento vazio, as paredes negras até mesmo se perdiam na escuridão do ambiente quando ele enfim desligou a televisão e guardou a filmagem do casamento de seu irmão.

     -- Como você está, Hanabi?

  Sussurrou na cozinha ao abrir o armário pegando uma bacia amarelada repleta de fios, linha, álcool e curativos. Não era como se fosse a mulher que ele tanto amou, estava até longe de vê-la como aquela imagem angelical que criara, era apenas a pessoa que o enganou, mas ainda impossível dizer convicto que a odiava.

  Pegou dois comprimidos de calmante, suas mãos ainda apertando a barra do fogão até que ambos descessem rasgando sua garganta mesmo com o copo d'água que bebera. Talvez não precisasse, seria fácil se manter calmo essa madrugada, lembrava que um dia antes estava conversando com Hinata, e de maneira estranha isso era como um bálsamo de calmaria. Mas nessa noite precisava apenas de uma coisa, dormir, tinha um leilão importante logo cedo.

     -- " Está tudo bem com você? "

  Lançou sua cabeça ao travesseiro olhando as tantas mensagens de Shisui em seu celular, era engraçado ver como a cada dia seu primo se preocupava consigo. Talvez não fosse apenas Hinata seu subterfúgio para tanta dor, ainda possuía alguém nesse mundo. Shisui sempre fora como um irmão, criado praticamente ao lado de Itachi, grudados na infância, e jurou a Sasuke no dia fatídico do enterro, prometeu sobre o túmulo de Itachi que faria o possível para ser como um irmão.

     -- Estou?

 

 

  Shisui sorriu ao perceber que a mensagem fora vista pelo primo, o mesmo nada respondeu, mas era de seu feitio. Sabia que possivelmente Sasuke sempre se manteria dentro de sua bolha, mas era conveniente apenas mostrar à ele que estava tudo bem, que possuía um amigo.

  O microondas deu o sinal o tirando de seus pensamentos. Fechou o mesmo finalmente retirando a lasanha da travessa de vidro, o fogão fora desligado rapidamente quando ele pegou a caneca saindo a passos calmos da cozinha que desligara assim que a presença dele não se deu mais no ambiente.

     -- Toma aqui. Se sente melhor? 

  Sentou ao lado da perolada acariciando os cabelos da mesma enquanto o tremular dos ombros dela revelava que ainda tentava remediar o choro. Chegara na casa dele quase meia-noite, viera sob a chuva fina, totalmente má vestida para a ocasião de sereno, apenas deixando suas lágrimas caindo. Hiaishi havia chegado bêbado em sua casa auxliado por duas mulheres, mas não chorava por ele, seu amor pelo mesmo estava enterrado dando espaço unicamente a seu sentimento por Shisui. O que realmente lhe fizera magoar foram as coisas escutadas, a tentativa do mesmo em lhe agredir.

  Como desejava tê-la de uma vez, conseguir o divórcio da Hyuuga para finalmente poder dividir a vida ao lado dela. Era perfeita, sua pérola era incrível e maravilhosa demais para se contentar com a presença de um porco. Faria o necessário, não seria somente seu amante, desde o dia em que a conheceu na biblioteca do Centro, desde a primeira conversa, o primeiro olhar, o beijo... toque, carícia. Ela tinha que ser sua esposa, entraria na justiça, não conseguia viver mais um dia nessa farsa de agir como se não a conhecesse, e o pior, vê-la tão imune sob as mãos malignas do Hyuuga ardiloso.

      -- Eu juro que ainda espanco esse...

    -- Desculpe por vir aqui a essa hora. -- Sussurrou ainda abalada enquanto a carícia que recebia nos cabelos e ombros se tornou um aperto de repreensão. Shisui a virou fazendo a mesma debruçar sobre seu colo sentindo a respiração acelereda. Como era linda, os lábios vermelhos, os olhos perolados e os cabelos tão longos que mesmo sentada ainda roçavam em sua canela.

     -- Essa casa é sua, pode ficar à vontade, e fico feliz que tenha vindo aqui. Entendeu? -- Sussurrou passando suas mãos pelas costas dela enquanto quebrou a distância entre os seios e seu peitoral a envolvendo entre suas pernas. -- Não vou deixar você com aquele miserável mais um segundo. Depois do leilão de amanhã, e se concordar, será minha noiva.

      -- Shisui... eu... eu ainda sou casa..

  -- Hiaishi nunca te mereceu. Isso não é um casamento, quando for minha esposa, eu vou mostrar o que é ser um marido... o que é um casamento, o que é amor. -- Sussurrou mordiscando os lábios da mesma enquanto suas mãos geladas corriam por debaixo da camisa arrastando as unhas na carne quente. O choque térmico a fez tremular e gemer baixinho com aquilo, era tão errado, tudo o que odiava, traição, mas por que sua ética parecia sumir quando o corpo dele tovava no seu? Se sentia pérfida e horrível, mas era tudo tão quente e delicioso.

  -- Shisui! -- Gemia entre os beijos até finalmente impor sua voz se afastando um pouco, mas ainda entre as pernas dele. Seu coração acelerado e a voz meio pedinte de mais toques, o olhava nos olhos como se pedisse pra ele fazer algo a respeito e lhe levar até a cama. E isso a fazia rasgar mentalmente por tanta controvérsia de pensamentos. -- Eu odeio a traição. Hanabi fez isso com seu primo, não posso fazer o mesmo que ela... que respeito eu teria? Como diria algo à ela? Seria como ela.

   -- Jamais repita isso. -- Seu corpo fora puxado pelas mãos dele apenas a trazendo novamente. Mentiria dizendo não querer, mas sentir o pênis dele bem enrijecido contra seu corpo a fazia esquecer o que eram palavras. -- Sua filha traiu um homem que a amava. Jamais se compare à ela, Hiaishi nunca vai merecer você Hikari, não consegue entender? Ele é um lixo, desprezível e que não sabe o que é amor... não sabe o presente que tem ao lado, o anjo que chama de esposa e não sabe valorizar... ignorante, como eu o odeio, não tem idéia.

  Suas mãos subiram pelas costas dela até finalmente chegar a nuca massageando os cabelos contra a carne quente da Hyuuga que fechava os olhos abrindo os lábios totalmente entregue as carícias. Os sussurros de amor do mesmo em seu ouvido arrepiavam todo seu corpo, suas pernas vacilavam, seu corpo nem mesmo era mais guiado por sua mente. Sentiu ambas as mãos dele subindo suas têmporas em uma carícia demorada até que por fim desceu os dedos até a camisa deslizando aos poucos a região. Olhos nos olhos, como a amava, apertou a pele branca da menor acariciando a região e finalmente baixando as alças do sutiã com os polegares até que os seios da mesma fossem revelados, sua face vermelha era uma pintura com aqueles olhos únicos e cabelos negros que caíam sobre os ombros, tanto pras costas como para os seios que ela tentava esconder com os braços.

    -- Tão linda... Se fosse minha, teria meu corpo todos os dias, saberia o que é ser desejada todo minuto... todo segundo. Minhas mãos, meu peito roçando no seu, seus gemidos, seu abraço, seria desejada a todo instante, como já o faço todo dia, toda hora...

  Levou seus lábios aos dela enquanto descia devagar as mãos pelos braços fazendo uma massagem com os polegares. Quente, a boca dele era tão quente, a saliva que se misturava a sua passando por toda cavidade bucal, o hálito quente afundando sobre seu rosto, tão desejável, tão pecaminoso. Era cruel sentir os dedos dele finalmente tocando seus seios, um toque cuidadoso, os mamilos finalmente foram manuseados enquanto ela, vermelha, apenas o abraçou envergonhada.

  Shisui deitou sobre ela no sofá abrindo as pernas da mesma ao redor de sua pelve. Ela cobria os seios enquanto ele levava as mãos de maneira lenta pela barriga branca até subir aos seios retirando as mãos pequenas. Sorriu mais ainda quando ela arfou temerosa pelos lábios sugando os mamilos devagar, não negou o gemido, uma sensação nova, algo jamais provado, experimentado, suas pernas abriam mais contra sua vontade enquanto ele somente abocanhava cada mamilo a sua vez, sem pressa, somente fome, lambuzava as mamas e expremia os mamilos com os dedos devagar. Olhava o rosto dela vermelho e deliciado, a expressão contorcida de prazer e a língua dançand fora dos lábios.

  Suas mãos correram até a saia da mesma abrindo o fecho dourado da vestimenta de tecido caro. O pequeno pedaço de tecido de renda estava molhado, levou os dedos com tamanha pressa que até mesmo se julgou, tocou a região quente e molhada, suas mãos espalmaram aos poucos o tecido sentindo toda a leveza e quentura, acariciou vendo a mesma gemer em aprovação ao toque e pulsar a intimidade que queria ser liberta.

  Puxou até os tornozelos, Hikari levou a mão até o rosto sem saber se a mordia para amenizar o tesão ou escondia a face corada. Shisui ergueu as pernas dela até a panturrilha da mesma bater em seus ombros. Jamais presenciou isso, vira o moreno se inclinar beijando sua pelve, um gemido que não pôde segurar, quase um urro, ele salivou sua intimidade roçando a barba rala em sua virilha causando o gracejo de cócegas estimulantes. Fechava os olhos, apertava os cabelos dele tentando arranhar as costas salientes do mesmo. Sua garganta seca, o grito rasgava até ser liberto pelos lábios molhados, seu corpo ardia enquanto os dedos melados dele subiram até seus seios lambuzando os mamilos que pareciam inchados a cada toque.

    -- Nunca experimentou isso? -- Sussurrou com os lábios molhados ganhando um "não" com a cabeça. Esbravejou seu desejo entre os dentes enquanto sentia a intimidade dela contrair seus dedos. Hikari gemeu levantando suas costas quando sentiu o clitóris ser tomado pelos dedos dele. Gemeu alto fazendo o mesmo perceber o prazer, o sangue que deixava a região rígida e totalmente sensível. Mais uma vez, tocou e levou os lábios quando enfim a Hyuuga tremulou sentindo o primeiro orgasmo de sua vida fazer seu corpo bambear. O urro fora difícil de segurar quando suas mãos afundaram o rosto dele entre suas pernas.

  O moreno retirou os lábios mantendo dois dedos na intimidade da perolada que se contorcia aparentemente anestesiada pela sensação se orgasmo que pela primeira em sua vida fora sentida. Era indescritível, nunca imaginou experimentar tal coisa, seus ossos pareciam quebrados e o corpo além, as pernas bambas e cada tecido vaginal contraindo entre os dedos grossos. Mordeu os lábios quando sentiu o abraço dele a elevar um pouco do sofá. Lhe agarrou com força quando enfim beijou de maneira lenta o pescoço branco da mesma, Hikari tremulava aos poucos no abraço do Uchiha, escutava os gemidos dele em seus lóbulos, tudo o que ele faria, o que sentiu ao lhe penetrar a língua, como adorou ver seu rosto envergonhado e repleto de prazer.

  Suas pernas envolveram a cintura dele por instinto enquanto o moreno se endireitou levando o corpo mais a frente. O gemido lhe espacou a boca e suas unhas rasgaram as costas, o falo melado e repleto de fluídos excitados sufocou sua entrada enquanto as pernas tentavam agarrar de maneira precisada o corpo dele. Era quente, pegajoso, os fluídos penianos dele se misturavam a sua goza que banhava os grandes lábios vaginais. Tremulou com a primeira estocada, a pelve do moreno esfregava em sua bunda empinada quando se encontravam no baque suado e gozado que estalava em toda a casa.

  O barulho da televisão amenizava os gemidos desconexos que a Hyuuga soltava a cada penetrar. Cima e baixo, o pênis dele repetia os movimentos enquanto o segundo orgasmo a tomou com o bater frenético do falo em seu ponto de prazer máximo. Gemeu alto e fincou suas unhas nas costas suadas e quentes, jamais experimentou um orgasmo antes, quanto mais dois seguidos. Sua virinha foi acariciada pelas mãos dele enquanto o mesmo penetrou o pênis devagar escorregando o mastro na intimidade da menor que gemia lançando sua cabeça para trás.

  Suas mãos tocaram as dele enquanto os dedos entrelaçados se uniam em mãos dadas, lado a lado com ambas as intimidades meladas, que apenas os gemidos faziam jus com as estocadas que ele dava. Gemia olhando nos olhos dele, o moreno apenas abria os lábios de maneira sôfrega deixando seus urros contidos defasarem a boca. Se entregou, suas mãos apertaram as dela quando finalmente preencheu o interior da Hyuuga de esperma, jamais gozara dessa maneira, tanto esperma adentrando a intimidade da mesma enquanto, anestesiada, ela apenas revirava os olhos com o líquido quente penetrando seu corpo, afundando dentro mais e mais a cada penetrada.

  Silêncio, olhos nos olho, corpos suados e colados enquanto o calor reinava na casa fria. Hikari se mantinha rebolando de maneira contida enquanto sentia o membro dele rígido esporrar pela segunda vez, o líquido escorria pelo pênis ainda grudado na vagina da mesma, descia aos poucos dividindo o espaço enquanto a glande era sufocada pela intimidade que aos poucos contraía exaurida.

     -- Vou te fazer feliz... Eu prometo... -- Sussurrou com o rosto rente aos seios molhados. O abraço ainda tomava a ambos enquanto ela respirava ofegante olhando o teto branco e acariciando os cabelos dele.

  Era realizador. Ter o corpo da mulher que amava junto ao seu, sequer dormiu após tal ato. Shisui levantou para se lavar enquanto o relógio não o deixava esquecer, eram seis e quarenta da manhã, Hikari permanecia dormindo em sua cama, havia a levado para lá. Continuou na sala sentado no sofá apenas pensando em como teria a Hyuuga em sua vida. Olhava suas costas contra o espelho do fogão sorrindo, seria assim todas as noites, não conseguia negar seus instintos estando perto dela.

  Olhou para o celular vendo que Sasuke havia acabado de responder, deveria ter acordado cedo para se preparar. Preparou um café de maneira silenciosa enquanto abriu as cortinas da sala deixando um pouco de luz matinal entrar. Gelo, essa era a sensação de pisar na varanda descalço e sem camisa.

   -- Hikari-san, hora de acordar. -- Beijou o pescoço branco da Hyuuga que dormia exibindo as vastas manchas labiais e arranhões, apenas aquela cena fazia o Uchiha sorrir de orelha a orelha e pensar em desistir do leilão.

     -- Já? -- Resmungou com os olhos ainda fechados e batendo as mãos nos lençóis da cama. Enfim percebeu que acordara na cama, tinham dormido no sofá afinal de contas. Sentiu o selinho acompanhado do café pronto em sua perna. Shisui sentou acariciando seu rosto enquanto a mesma tentava comer a refeição, sua fome era consideravelmente pouca pelas manhãs.

     -- Em breve será minha esposa. -- Passou o polegar pelas bochechas dela enquanto a mesma terminava o café. Diferente de tudo que havia experimentado. Com Hiaishi era apenas algo unilateral, fora que tirando sua última gravidez, não lembrava de ter dormido com ele mais que duas vezes.

       -- Espero que seja logo.

  Shisui a encantou desde o momento em que cruzou seu caminho na biblioteca, culto e agradável. Mas era apenas uma atração interna, uma espécie de fetiche secreto, afinal com a aversão adquirida pelo marido, realizar seus desejos com a ilusão de um Uchiha soava proibida e adorável. Mas ao saber que Hiaishi a traía foi o estopim para o término frio e silencioso do casamento, mesmo ainda sendo algo no papel, Hikari acabou se entregando aos prazeres proibidos que lhe impunham, e agora se encontrava refém dos desejos corporais que sentia estando perto e longe de seu novo amor.

 

 

     -- Grande dia.

  Sasuke fechou os olhos quando sentiu seu ombro ser tocado. Estava inclinando sobre seu automóvel na localização onde seria sua nova propriedade, isto é, se ganhasse. Guardou a aliança que um dia usara com Hanabi, colocou em seu terno, olhou já sabendo de quem se tratava.

 -- Talvez pro Madara, considero perda de tempo. -- Sasuke apertou a mão do homem bem vestido e de cabelo laranja que sentou junto a ele no capô. Fazia tempo, mas levando em conta onde estavam, não soava difícil acabar vendo Yahiko.

   -- Nunca foi muito focado nessas coisas. Te entendo. Mas me diz Sasuke, como andam as coisas?

   -- Me diga você, sabe de assuntos governamentais e de sigilo, vai me dizer que não sabe o que se passa em revistas de fofoca?

   -- Não queria comentar, mas se faz questão.

   -- Eu estou bem, agradeço a preocupação.

   -- Não somos inimigos, Sasuke.

   -- Longe de mim querer você como inimigo. Só quero sossego, por isso me afastei da Liga.

  Evidente que sempre seria conhecido pelo líder, afinal de contas Yahiko era bem influente. Mas lembrava também do motivo pelo qual o moreno saiu, afinal era por sua causa que Sasuke afundara no submundo BDSM. Por sua influência em Boston, quando conheceu o garoto japonês de dezesseis anos, um futuro pela frente, negociador nato, bastante atraente, era fácil ver nele um futuro no ramo, afinal de contas, ele por si só já deixava evidente puro lucro sexual.

  E assim foi, Sasuke não apenas fez jus a sua aposta, como cobriu tudo aquilo que pudesse apostar. Lucros, contratos, tudo ele conseguiu, em poucos meses o garoto oriental atraente e enigmático acabava por atrair qualquer mulher rica, insatisfeita ou curiosa.

   -- Os pontuadores estão insatisfeitos, o novo gestor não vem assegurando muito a confiança deles.

    -- Já basta! Isso é problema seu. -- Sasuke amenizou o espaço entre ambos pensando duas vezes em agarrar o colarinho do homem e o agredir. Yahiko lhe aliciou, obteve êxito, ganhou rios de dinheiro, mais participantes, mais contratos, mais evidência no submundo. Se tornou não apenas chefe, mas o maior dono de redes sexuais e sadomasoquistas ao redor do mundo, isso é claro, dominando também outras artes mais obscuras, mas disso Sasuke nunca obteve informações. O tráfico sexual.

  -- Soube que Samui o procurou. Sua domesticação nela teve um efeito grande.

  -- Cala a merda da boca. -- Silabou fechou o punho e travando o queixo, estava a um passo de o agredir. Era cruel lembrar de tais coisas. Cruel lembrar que aplicara isso sobre a herdeira de redes automobilísticas, Samui era linda, tinha sonhos, e todos afundados quando resolvera colocar seus fetiches mentais em prática.

 -- Como era a credencial dela Sasuke? Depósito de porra? -- Ironizou o moreno enquanto o mesmo socou o capô do carro com força se pondo frente ao outro.

  -- Isso é passado. Sai da minha frente... some!

  -- Não se esqueça que foi você quem assinou Sasuke. Ninguém lhe forçou, não me culpe por seus desejos, nem por sua crise repentina de consciência. No fundo sabe que... somos iguais.

    -- Pro inferno. Some daqui, agora!

    -- Nossa porta sempre estará aberta Sasuke. Temos um lugar especial pra você na Liga. -- Sorriu alinhando as mangas de seu blazer ao sair meio debochado do ambiente.

  Sempre se arrependeria, estava certo no final, sua curiosidade, seu instinto e seu desejo, foi isso que o fizera assinar o contrato naquele dia. Se unir e ganhar sexo fácil, dominar as mais lindas mulheres ao redor do globo, intensificar seus fetiches sem qualquer problema em se importar com o querer alheio. Era tudo o que poderia sonhar sexualmente, isso é claro, até presenciar as máculas de um mundo obscuro onde desejos pessoais são postos sobre a felicidade de outro alguém.

 Seria comprometedor continuar pensando, pensar em Samui, no que fizera à ela, nos maus tratos que ela tanto lhe pediu, e era errado? Deveria se sentir repugnante no fim das contas? Não era como Yahiko ou os outros, somente agia de acordo com as condições impostas pelas mulheres que domesticava, fazia seu papel, as dominava, usava seu instinto dando à elas o que as mesmas procuravam.

  Mas por quê ainda se sentia tão imundo? Respirou fundo pensando em não pensar, era um dilema cruel lembrar dessas coisas e argumentar mentalmente consigo mesmo ao longo das horas. Justo ou errado? Sua consciência lhe subjugava, mas ainda havia algo dentro de sua mente que negava tanto sofrimento e flagelo.

  -- Sasuke adiantado? Que problemático! -- Sorriu olhando sobre os ombros os dois homens chegando. Shikamaru mantendo seu coque no alto da cabeça, ao lado dele o homem que alguns diziam ser seu "irmão de outra vida", mesmo que internamente se julgasse mais bonito, seu nome era Sai.

   -- Disse o sujo. -- O Nara com a mão fixa em sua pasta apenas se aproximou o suficiente para um abraço rápido e totalmente profissional, levando em conta que não eram as melhores pessoas no plano afetivo, era mais do que conveniente apenas um gesto amigável após tantas semanas sem verem um ao outro.

     -- Não é bom que nos vejam juntos aqui fora, podem alegar que o  julgamento foi comprado.

    -- É um leilão, não uma questão judicial. -- Sasuke retrucou enquanto o homem de pele pálida e aliança bem brilhosa no anelar se chegou. Colocou o celular no bolso e apertou a mão do Uchiha. Sai era silencioso, misterioso, provavelmente estaria falando com a noiva Yamanaka.

     -- Quem dera fosse tão fácil. O leilão foi substituído por questões judiciais, Juíz Hiruzen está a caminho, teremos que tratar a negociação da compra. -- Sai falou causando silêncio.

  Muito silêncio. Nos últimos seis anos, esse poderia ser pautado como o mais complicado. Se tratava da venda do maior restaurante de akibagahara, um processo judicial mais do que minucioso, somente essa única parte impedia a total monopolização do império Uchiha no centro de Tokyo. Dois edifícios filiados as indústrias de Madara, colados ao restaurante de posse governamental que os dividia quase que estrategicamente. Sem ele, fatalmente a família mais soberba do Japão teria toda a posse da avenida mais movimentada do centro. E entre tudo isso, do outro lado estavam os Hyuuga.

   -- Bom, sinto pela demora. -- O suor gelado umedecia sua testa como se fosse algo novo para ele, mesmo com tantas palestras, coletivas e conversas, era algo totalmente inusitado, participar dessa guerra fria que eles vivenciavam silenciosos no salão, todos separados, sem se olhar, e o mais importante, o salão fora assim dividido para que não pudessem ao menos se tocar. -- Em primeiro lugar, em nome dos interesses do Primeiro-ministro japonês, fomos designados a tratar esse assunto. Bem, antes de mais nada, as mudanças sobre esse assunto são estas, não trataremos de um leilão monetário, mas de uma questão judicial para a posse do estabelecimento pautado, situado no centro de akibagahara. Estamos de acordo?

     -- Passando disso. -- Sai tomou a palavra enquanto o Nara permitiu se afastando do microfone. -- Devemos manter em mente que o restaurante não é privatizado, sendo posse única e exclusiva do governo japonês, e prontamente estando sob a gestão do Ministro Shinzo. Dúvidas? Pois bem, passamos a palavra para o Juiz Sarutobi, o processo judicial está oficialmente aberto.

  Não era como um tribunal, aquele assunto era estritamente interno, talvez se a população soubesse poderia ocorrer raiva pública, todos os assuntos que envolviam as duas indústrias eram sinônimos de problemas em todo país, e além do quê, a localidade era patrimônio da cidade. Os Hyuuga, alertados antes do tempo, prepararam sua defesa de maneira exímia, Choza defendia com maestria os direitos de Hiaishi. Mas para os Uchiha era um pensamento até mesmo simplório, dominar o centro significava uma margem de lucro triplicada, estariam mais na frente dos rivais do que nunca.

 

 

    -- Não costumo deixar uma dama esperando, sinto muito.

     -- Eu cheguei cedo. -- Hinata retrucou enquanto de pronto o garçom os atendeu como se fosse um velho amigo do albino, pelo visto ele conhecia bastante as pessoas da região

  Era incrível como tudo parecia mais fácil sendo famoso, a atenção dos garçons, o pedido de ambos chegou de pronto, até mesmo o funcionário era designado e tratava Toneri como uma espécie de divindade. Era notável o carisma do albino com os que o cercavam, conseguia escutar os comentários de algumas jovens nas mesas ao redor, olhares atravessados e comentários.

    -- Há muito quis lhe conhecer. -- Deslizou uma flor da mesa até os dedos da perolada. Seu olhar caiu sobre aquilo sentindo o cabo em sua mão, uma bela margarida. -- Todos falam muito bem de você, deve inspirar coisas boas.

   -- Eles são muito gentis, apenas isso. -- Comentou um tanto acanhada ao afastar os dedos quando os dele enfim tocaram sua mão.

   -- Perdão, não quis apressar. -- Notou de pronto o impulso assustado da mesma, estava defensiva. Era atraente, talvez fosse realmente valioso tê-la em sua coleção, restava saber apenas se o esforço valeria a pena. -- Estava impecável no sábado.

       -- Obrigada.

     -- É claro que... -- Comentou dando um sorriso. -- Claro que o Inuzuka, amigo de Naruto, conseguiu estragar a noite, ele e o chifrudo problemático... Sasuke.

  Concluiu jocoso enquanto seu humor cáustico se apossou da mesa, mas desceu rasgando nos ouvidos da perolada que sem demora mudou sua expressão. Era estupidamente irritante escutar alguém falar daquela forma, ainda mais de alguém como Sasuke, ele que se privou de machucar Kiba apenas por considerar demais o amigo Uzumaki.

  Seu interior ardia, estranhamente estava quente com aquele comentário desnecessário. Talvez fosse aquela sensação de adorar falar mal de uma pessoa mas não suportar que outro o faça. Seu rosto estava sério, das várias maneiras para manter esse almoço, Toneri optou pela pior.

   -- Sasuke não acabou com nada. Não transfira a culpa do Kiba pra jogar em uma pessoa inocente.

     -- Veja bem. -- O sorriso amarelo tomou seus lábios enquanto ao tentar tocar as mãos dela, sentiu a mesma retirar os dedos. -- Esse Sasuke não passa de um problema, nem sei como o Naruto continua o aturando... fora que ele é um Uchiha, praticamente toda cidade detesta tanto ele quanto a família.

     -- Quem você pensa... -- O sussurro escapou sua boca enquanto ainda o olhava estática. Nem precisou terminar a frase para que a aversão dela fosse iminente. -- Eu realmente agradeço o convite, mas perdi a fome. -- Sua mão sustentou a alça da bolsa enquanto apenas virou as costas sem ao menos ponderar a possibilidade de olhar para trás. O salto batia no piso enquanto o albino apenas levava as mãos ao rosto num sorriso sarcástico, Hinata seria não apenas uma jóia em sua coleção, mas seu troféu particular.

  Enquanto caminhava rapidamente temendo que Toneri voltasse, sua mente apenas a torturava tentando entender o porquê de se revoltar com aquilo, até uma semana atrás Sasuke era seu objeto portador de ódio, e agora não aceitava escutar alguém falar mal dele que sentia uma raiva absurda.

  Queria falar com ele, conversar para entender o que estava acontecendo, relembrar a tarde agradável que tiveram, as mãos dele que não largaram as suas, o cheiro, a presença agradável. Sasuke era irritante, mais irritante ainda por fazer seu orgulho queimar em seu corpo, e ainda mais por fazê-la se encontrar na maior piada momentânea, querendo a presença daquele a quem tanto pisou.

 

 

     -- Como isso aconteceu?

  O tom usado apenas em momentos como esse arrepiava até o último fio de cabelo do pálido sentado, ainda mais por ter sido acompanhado pelo grito odioso do mesmo com o soco no vidro blindado. Hiaishi sentado em seu costumeiro banco dentro do carro apenas olhava pela janela com o osso do indicador entre o queixo e os lábios. Do outro lado estava Hizashi sentado propositalmente ao lado do representante do Ministro, Sai mantinha somente sua postura empertigado e relaxado enquanto tentava não demonstrar sua tensão.

   -- Provavelmente os Uchiha usaram de outros artifícios nessa causa, os conhece. -- Suas mãos tremiam e ele apertava o estofado do banco. Olhava o homem tentando não desfocar e revelar o pavor.

    -- E de que me adianta seu apoio dentro do Ministério? Nem mesmo essa compra conseguiu me adiantar.

     -- Hiaishi-sama, eu posso assegurar que esse assunto possui ligações que não conhecemos. Não sei, talvez dinheiro sujo, propriedades ou jogo de interesses, era uma causa ganha pra vocês. Talvez alguém que não conheçamos, provavelmente um dos jurados.

  Para se proteger assim o faria. Em sua mente, Sai conseguia maquiar o que estava tratando nos últimos meses, mesmo que tenebroso e medonho, soava fácil se manter nesse jogo, prezar o interesse de ambos e cuidar de quem pagasse mais. Nessa questão, Madara acabou saindo a frente lhe oferecendo um ótima propriedade rural na costa da China. Logicamente a compra do imóvel seria facilitada para o lado Uchiha, mas é claro que Hiaishi jamais precisaria saber desses fatores.

  Permaneceu sentado até que o mesmo desse a ordem ao motorista abrir a porta para que saísse. Seus assuntos com Hiaishi estavam cada vez mais comprometidos, sua situação era semelhante a pisar em ovos, até porquê nas últimas circunstâncias, Madara estava lhe oferecendo muito mais por seus serviços, e evidentemente o senhorio com a melhor oferta possuía a devida atenção.

     -- Provavelmente está aliado ao Madara. -- Hizashi comentou olhando pela janela. Por sua ordem, o outro carro guiara Hanabi e Hikari para a mansão. -- O que faremos à respeito disso?

     -- Não será um problema por hora, Sai ainda nos servirá muito bem. -- Respirava de maneira calma tentando se conter. Há dias que seus calmantes eram extrapolados, porém quando não os usava acabava por ceder a atitudes bastante peculiares, como fora o caso de alguns minutos atrás quando socara o vidro do automóvel. -- Mas seria bem inconveniente que a festa deles fosse estragada por algum motivo. Não acha?

 

 

  Sasuke sentia suas costas doendo enquanto levantava do sofá onde passara as últimas horas. Se espreguiçou tentando esquecer a péssima conversa com Yahiko, além de ter passado horas num salão trancado perto de Hanabi. O espaço da mesa de centro era ocupado pelos pratos prontos que ele fizera para sua alimentação, mesmo cozinhando de maneira exímia, ultimamente não tinha sequer paciência para assim o fazer.

  O alarmar do telefone o deixava irritado. Não atenderia, mas já tendo a igorado nas duas últimas vezes apenas seguiu até o telefone. Puxou seu celular no balcão enquanto pegara o telefone residencial o colocando em seu ouvido. Uma da manhã, Shisui essa noite não lhe deixou mensagem. Mas nesse instante sua atenção fora roubada, escutou apenas os soluços.

     -- Quem é?

  Voz rasgada, soluço e gemidos que o fizera se arrepiar instintivamente quando enfim a voz molhada e embargada o fizera voltar a noite em que o telefonema lhe tirou da cama. Um flashe rápido, um tremor e um aperto horrível em seu peito, era Mikoto, justo ela que ele jamais gostaria de escutar chorando, seu nome chamado três vezes de maneira melancólica, uma cantiga demoníaca, um sussurro amedrontador que o trouxera rapidamente na noite em que a mesma lhe ligou alertando os últimos segundos de seu irmão.

     -- Não... não pode ser...

  Seu sussurro acompanhou a queda do telefone até o piso gelado do apartamento. Sua camisa amarrotada fora recepcionada pelo blazer sempre largado na sala, seu peito desalinhou tão rápido que sequer dava espaço para a razão ou respiração. Seus passos se tornaram uma corrida, a porta batida na parede poderia acordar até o último vizinho, e o cantar dos pneus naquela noite era como uma música fúnebre e de arrepiar até o mais frio dos homens. Não poderia ser verdade, não ele, não Shisui.


Notas Finais


Gostaram???? Tadinho do Shisui ://

E quanto ao Sasukito, creio que a maioria sabia, mas é sempre bom deixar claro!!!

Bjaun e até o próximo!! ♡


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