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História Teoria do caos - Chaos


Escrita por: UchihaSpadari

Notas do Autor


Perdoem o atraso do capítulo!! ♡♡♡ amo vcss ok?

E pra quem queria SasuHina, prepara o coração hahaha

Mas antes, prestem atenção nesse início de capítulo, só aviso isso

Capítulo 13 - Chaos


  

 Os aparelhos faziam barulho naquela sala gelada, como se mostrassem a cada um toda a dor que tomava cada pedaço daquele quarto onde Hikari permanecia ao lado do acamado, suas mãos trêmulas e molhadas pelas lágrimas sustentavam as dele com cautela.

  Izuna havia acabado de ligar para Obito relatando que a assinatura dos papéis fora concluída. Uma representante do Ministro Shinzo acabara por se apresentar ao lado de um tabelião, concretizaram a compra, agora akibagahara era oficialmente território Uchiha, a construção do edifício seria iniciado ainda amanhã.

  Konan, representante de Shinzo, seguiu a um jantar de "negócios" com Izuna, difícil de se imaginar, aliás, mesmo sendo bastante sentimental e preocupado com a família, o caçula de Madara sempre foi conquistador. Segundo ele, era uma mulher repleta de tatuagens, que mesmo vestida de maneira social ainda transpareciam, lindos cabelos roxos, postura fria e atitudes duvidosas quanto a erotismo.

   -- Mada, está tudo bem? -- Hashirama entrou na clínica vestido como se acabasse de sair do trabalho. O costumeiro " hashi " preso ao coque nos fios lisos, e os óculos de leitura que mantinha nos estúdios. -- Soube o que aconteceu, desculpa não ter vindo mais cedo. Deve estar com fome.

    -- O que faz aqui? -- Tentava manter a aparência séria enquanto suava frio, vendo o Senju estender um saco de algum fast-food da região.

     -- Fiquei preocupado com você, sinto muito pelo Shisui.

         -- Hashirama, precisa ir embo...

      -- Pode ficar Hashirama-dono, eu preciso passar em casa e resolver alguns assuntos. Bem que ele precisa de companhia mesmo. -- Obito cortou as falhas vocais do mais velho ganhando um olhar desesperado. Sorriu para ambos pegando seu casaco no antebraço e saindo.

  Madara olhou de soslaio o belo homem de cabelos amadeirados que enrolou seus dedos por trás da cadeira, se alguém os visse com toda certeza estava perdido, mas Hashirama não se importava, tinha que estar ao lado do menor nesse momento e, mesmo estando irritado, ainda era o homem que amava desde o primário, e acabaria amando até morrer.

  Obito, assim que cruzou os portões de entrada, notou a presença da antiga esposa de Sasuke. Gesticulava ao telefone parecendo marcar alguma coisa. Teve certeza de escutar as palavras "gravidez" e "Doutor Orochimaru". Mas sua atenção foi roubada pela presença de Sabaku no Gaara, o detetive particular de Sasuke, e investigador privado da família Uchiha, que há essa altura deveria estar em Boston investigando sobre a morte de Itachi.

 

 

  " Pai... serei pai. "

  Tudo que sempre quis, uma família. Mas por que não estava animado? Por que não sentiu nada além de medo e indignação? Seu maior sonho atualmente poderia ser esse, mas nada lhe causava felicidade agora, somente o vislumbre de seus olhos assim que os faróis foram ordenados a diminuir.

  O cantar dos pneus na entrada alertou a chegada do convidado ainda há pouco anunciado. Hinata teve tempo apenas de guardar sua foto, única fotografia emoldurada que possuía ao lado de Hanabi, quando a mesma era pequena. Correu dando um breve rabo de cavalo nos cabelos, aumentou a televisiva- para fingir estar assistindo. Subiu as mãos para os cabelos se sentindo horrível com aquela calça moletom cinza e casaco lilás quando o baque na porta de madeira desalinhou seus batimentos causando frio na barriga.

  Bufou rodando a maçaneta com o estômago embrulhado, tentou mudar a expressão mas abacou não conseguindo fazer nenhuma quando girou o trinco quase arfando. Seus lábios contraíram, estava lindo.

   -- Sinto muito, não queria incomodar a essa hora mas... -- Passou pela porta ainda abatido, mas mudando a feição com o cheiro do ambiente. -- Colocou suas meias na panela? -- Hinata corou fechando a expressão com o comentário debochado.

     -- Sabia, veio me tirar do sério. -- Comentou entre os dentes e cruzando os braços, se sentindo idiota por pensar nele o dia inteiro.

  Olhou a feição anestesiada que ele mantinha. Tudo óbvio pelo modo como passava a mão pela linha do queixo até pentear os fios negros da nuca entre os dedos. Estava abalado, algo a mais aconteceu. Sasuke apoiou no balcão em silêncio enquanto ambos trocavam olhares calmos, acabando por ficarem mais sérios e ele nem se negava a fingir o no tecido do casaco lilás, que terminava um pouco curto dando espaço para a calça moletom que evidenciava perfeitamente as belas coxas que desciam a roupa.

  Soltou o ar pelas narinas, era melhor parar. Não queria conselhos ou profissionalidade dela, queria apenas esquecer o que acabara de escutar, e certamente outra noite de calmantes poderia acabar lhe afetando seriamente. Sendo assim, Hinata era a pessoa ideal, transmitia calma sem precisar falar, segurança sem qualquer conselho.

  Se levantou dando um sorriso de canto para a perolada que ainda desentendia anto o motivo da visita, quanto o silêncio que ele mantinha escorregando o blazer pelos ombros até o retirar colocando sobre a maçaneta da porta. Todos os movimentos, mesmo os mais pequenos eram visualizados pela Hyuuga de olhar puxado enquanto fingia prestar a atenção na panela.

     -- Me chame de mestre Uchiha.

  Sorriu debochado abrindo os três primeiros botões de sua camisa. Mordiscou os lábios para não sorrir ainda mais, percebeu que a mesma corou com o roçar que ele mantinha do cotovelo no antebraço dela, assim concretizando a abertura da camisa.

  Virou o rosto com as atitudes dele, e se martirizou mentalmente por acabar agindo atrapalhada em tentar se afastar, mas afinal ele estava cozinhando ou iniciando uma sessão de strip particular? Pigarreou em reprovação, mas se arrependeu de o fazer notando que o mesmo usava uma regata branca por baixo, e isso apenas lhe deixou mais vermelha do que estava.

    -- Sinto muito, mas teremos que deixar pra outro dia. -- Dobrou a camisa enquanto nesse momento Hinata quase caiu de costas com o comentário convencido e totalmente desnecessário, além de completamente sugestivo. Realmente chegou a pensar que ele ficaria sem camisa, e esse pensamento não era muito confortável para sua situação, estando sozinha com ele.

  -- Pode começar hoje, se quiser. -- Fingiu desinteresse olhando as belas costas largas, como se houvesse malhado quando mais novo.

  Sasuke olhou tudo a sua frente, puxou uma faca e começou a cortar os legumes de maneira tão rápida que ela se perguntava mentalmente se era possível fazer o mesmo sem acabar se cortando. Parecia um profissional, sendo rico talvez houvesse aprendido a fazer o mesmo com algum perito, mas jamais diria algo a respeito, ainda mais por saber que o mesmo era convencido por natureza. Minutos longos, olhares curtos e sorrateiros.

  Hinata arqueava a sobrancelha com a atenção na maneira de agir dele, bastante focado no que fazia e de certa forma isso era sexy. Balançou a cabeça sentando no balcão, o olhava distribuindo temperos que ela nem sabia existir no armário, talvez fosse uma tentativa de assassiná-la, pensou sorrindo. Sua meta nessa noite era comer uma travessa de macarrão encharcado de molho, almôndegas prontas e dormir, em parte era bem deprimente, mas essa era sua vida, solteira e independente.

  -- Hinata. -- Escutou seu nome na segunda vez. Desceu do balcão andando até o moreno que segurava a colher de madeira com a palma da outra mão por baixo. -- Experimente.

    -- O gosto não é dos piores. -- Seus lábios pediam por mais enquanto os mordia para sedar tamanho desejo.

     -- É bem dura na queda. -- Soltou uma risada nasal com o comentário observando a maneira orgulhosa dela.

  Pelo visto demoraria bastante. Sua barriga roncava com o cheiro delicioso, sentou na poltrona guiando os canais da televisão onde passava o trailer do filme onde Naruto aparecia na maior parte, Toneri era um coadjuvante ativo, sendo muito abordado nos poucos segundos do comercial. Ficou em silêncio, sua mente frisou o ocorrido no dia anterior, havia causado uma discussão com o albino, e o motivo estava bem em sua cozinha.

     -- E o encontro com o ator? -- Sasuke perguntou tentando disfarçar o interesse, queria saber desde que chegou, mas o comercial foi a bracha para iniciar o assunto.

    -- Não lembro de ter comentado sobre isso. -- Hinata deu um sorriso olhando a televisão.

    -- Bom, você provavelmente não tem um namorado, então as flores no seu consultório deveriam ter sido enviadas por ele. -- Sasuke comentou puxando a travessa do forno. -- E levando em conta que ele quase babou por você na festa.

  -- Como assim eu provavelmente não tenho namorado? -- Perguntou ressentida ao ajoelhar no sofá vendo Sasuke passar a espátula no excesso de queijo.

     -- Você e atraente e independente, pretendentes não faltam. -- Sasuke pausou enquanto a perolada afundou as unhas no estofo do sofá com o comentário que a fez corar. -- Mas também, ainda acho que nenhum conseguiu suprir aquilo que você representa.

  Cheiro delicioso, uma estúpida tensão estranha no ar por estar dividindo o apartamento com um homem feito Sasuke. Ligadas também com as palavras gentis, mas carregadas de sugestões intensas, ainda mais pela voz rouca que ele possuía, atraente e madura para dua idade. Olhou para ele sentindo suas coxas formigando enquanto amaldiçoava o momento de ter ajoelhado no sofá, fatalmente agora estava imune diante dos olhos opacos e sempre tão seguros.

     -- Algum problema?

     -- Não. -- Estava suando? -- Interessado?

    -- Na real estou. Gostou de sair com ele? -- Sasuke sorriu pegando dois pratos e a travessa.

     -- Toneri é uma boa pessoa. -- Suspirou sentando no sofá. Óbvio que não diria a frase humilhante "briguei com ele por sua causa". -- Será um ótimo namorado... -- Passou os dedos finos pelo controle enquanto na cozinha o moreno apenas parou com os pratos em mãos. Olhou a Hyuuga atenta ao televisor, fez uma careta de nojo absurda enquanto ponderou aquilo com ânsia, era boa demais para ele. -- Para outra pessoa.

  Três palavras, ditas rápido e baixo. Mas um alívio mostrado pela expiração alta que ele soltou, nem o mesmo entendeu o peso que saíra de seus ombros, vergonhoso, afinal ela escutou. Hinata escutou aquilo tentando acreditar que o gesto fora sobre algo na cozinha. Escutou o ranger de sua porta aos poucos sendo aberta enquanto apenas notou que Sasuke descera de maneira apressada.

  Sasuke sentia o gelo daquela noite andando até seu carro fugindo dos olhares de duas moças que estavam sentadas nos bancos da pequena pracinha de condomínio. Abriu o porta luvas pucando uma sacola preta de papel kraft com o desenho de duas taças brindando. Subiu o elevador olhando para uma Hyuuga que se assustou negando a felicidade em vê-lo voltar.

  -- Qual seu problema em avisar sobre as coisas? -- Hinata cruzou os braços voltando a sua postura normal, mas era gratificante saber que não havia o assustado.

 -- Surpresas são mais agradáveis. -- Comentou enchendo duas taças de vinho enquanto entregou uma a ela.

    -- Guarda uma garrafa de vinho no carro?

  -- Claro que não. -- Pontuou ganhando um olhar conformado da menor que até mesmo afundou o cristal nos lábios pelo olhar direto e intenso que recebia. -- Carrego três. -- Concluiu não segurando a risada enquanto a mesma também deu uma risada levando os dedos aos lábios por educação.

  -- Cada louco com sua mania. -- Sorriu vendo o mesmo colocar a travessa na mesinha de centro.

  Suas unhas afundavam nas coxas como se fosse acabar matando Sasuke a qualquer segundo, queria provar aquilo de uma vez, e se de fato o gosto fizesse jus ao cheiro, acabaria dormindo com um sorriso gratificante no rosto.

      -- Bon appétit.

  O comentário saiu de maneira debochada enquanto finalmente deslizou seus dedos pelos dela colocando o prato sobre a mão da mesma. Talvez mais tarde desse a devida atenção ao sotaque delicioso que ele usou, mas nesse instante queria apenas provar aquilo. Sabor inigualável, talvez nem mesmo em sonhos acabaria conseguindo tamanha proeza na cozinha. Sua língua sequer conseguia se manter em movimento certeiro entre os dentes, tanta riqueza de sabores que enriqueciam seu paladar dando um toque de realeza ao olfato que de certa forma também se deliciava com cada enrolar do marcarão ao garfo, e do metal gelado aos lábios quentes.

  -- Sasuke. -- Talvez, não, com toda certeza se arrependeria de continuar, mas de certa forma se sentiu lisonjeada por estar provando daquilo. -- Isso é incrível. O que é?

    -- Uma receita que aprendi com meu irmão. Consiste em bacon, ovo, parmesão e creme de leite...

     -- Creme de leite? -- Engasgou. -- Como assim?

     -- Macarrão à Carbonara. É extremamente delicioso, eu também fiquei assim quando soube do creme de leite.

     -- Odeio dizer isso, mas meus parabéns.

  Tão lindo, talvez esse fosse o sorriso mais belo que havia visto. Mas afinal, a consistência dos momentos sempre valorizava certa ocasião, sendo assim uma vez dito o mais lindo era o de Hanabi. Porém agora, era como se mesmo sendo tímido, revelava animação e alegria, um momento ideal após um dia tão frustrante e exaustivo. Sua expressão mudou enquanto sua mente travava uma certa intriga, entre desfrutar a companhia deliciosamente agradável de Hinata, ou lembrar da situação que soava como novo algoz para suas noites.

     -- Está se sentindo bem?

  Sua garganta secou, e não pelo alimento parado prontamente em sua boca, mas pelo toque inesperado que causou um arrepio. Era tão leve e suave, a mão de Hinata sobre sua perna seguido do olhar preocupado que ela mantinha.

     -- Estou ótimo, obrigado.

  Passava o talher pelo prato fazendo um barulho metálico a cada subir do garfo, mesuras, nada mais que isso. Não se sentia na obrigação de aparentar finura, mas de certa forma tinha receio. Sasuke terminou observando a vergonha da mesma em terminar a refeição, Hinata era incrível no conjunto da obra. Tão independente, mas em pequenos detalhes tão preocupada em parecer correta.

  Seus olhos correram pelo guardanapo que ela passou pelos lábios os limpando, e os mesmos se curvaram se tornando um belo sorriso de agradecimento rapidamente retribuído. Pegou os pratos colocando o seu na bancada e enchendo novamente o dela que imediatamente corou fazendo negativas com mãos e cabeça. Pura educação e vergonha, queria muito comer aquilo de novo.

     -- Não precisa fingir nada, a casa é sua.

  Sasuke estava diferente, radiante ela diria. Era como se estivesse feliz apenas por ter feito aquilo, e imediatamente aceitou apreciando novamente aquela obra de arte que ele havia preparado. Escutou o barulho da água na louça enquanto olhou instintivamente para a estante que deixava clara a imagem dos pertences dele. Uma sacola com telas e pincéis, então obviamente os dons artísticos de Sasuke não se restringiam apenas a cozinha.

    -- Sasuke, estava ótimo, arigatô. -- Tocou as costas dele colocando a louça na pia. Sentiu a pele coberta pela regata, mas sua mão acabou tocando a parte nua.

     -- Eu que agradeço, por tudo.

  Seus olhos perolados, sempre agraciados com grande percepção, rolavam livres pelos cabelos dele, os fios rebeldes na parte posterior agora formavam curvas enroladas, estavam maiores e aparentemente mais sedosos, e isso de certa forma era uma grande marca de sua família. Roçavam na nuca alva do mesmo deixando uma queda da regata até o início da pele das costas, umedeceu os lábios mantendo a feição rígida nele, os ombros largos e a camisa frontalmente meio molhada no abdômen pela água da bancada que encharcava em poças.

    -- Sasuke. -- O olhava desenhar o sabão em círculos a cada louça sustentada pelos braços repletos de veias explícitas pelo esforço superficial. -- Por que quis se encontrar comigo?

     -- Hinata...

  -- Sabe, nós nunca conversamos sobre seus problemas de verdade. Nunca tivemos uma consulta formal em meu consultório ou coisa parecida. Por que então insiste em falar comigo?

     -- Hinata. -- Sussurrou contido. -- Bem antes de te conhecer, conversei bastante com Kakashi, e de certa forma, mesmo ele sendo quem é, isso nunca me ajudou. Mas com você é diferente.

        -- Como assim... diferente?

     -- Me sinto descontraído. Mais leve, e sem toda aquela angústia que me tomava por ter que passar horas lembrando dos meus problemas em uma sala vazia, recebendo conselhos de pessoas tão errôneas quanto eu. Mas você, sinto que me deixa mais calmo, e eu adoro essa sensação. -- Hinata engoliu seco desviando por alguns segundos o olhar, era impossível não vidrar os olhos no peitoral que ficava marcado pela água. -- Eu voltei a me sentir bem, como há muito tempo não vinha sentindo. Não sei explicar ao certo, é como uma sensação de paz... tudo aquilo que eu queria nesses últimos meses.

  Seu coração acelerou ainda mais. Sasuke se aproximou subindo as mãos até sua orelha devagar, segurou a respiração, estava nervosa e seus pés animados ao chão mostravam isso. O moreno sorriu ao tocar, eram tão macios, longos e lisos. Deslizou o indicador enquanto notou a saliva grossa que descera da garganta dela, estava nervosa, e vermelha.

  Sasuke retirou o fio branco da almofada que estava emaranhado entre os cabelos, e agora que notara a intenção dele, sua expressão de nervosa se tornou desconcertada. Porém os olhares permaneceram, como naquela tarde no parque. Não sabiam ao certo o que ocorrera naquele dia, não fora um beijo, sequer uma carícia, fora algo estranho que até então os deixava constrangidos só por lembrar.

    -- Então. -- Sussurrou nervosa.  -- Fico feliz por estar ajudando.

     -- Na verdade. -- Dois passos, silêncio e olhar direto. -- Eu devo pedir desculpas.

  -- Des... Desculpar? -- Seus lábios entreabertos soavam como se premeditassem o inevitável entre ambos naquele instante.

  Tão lento, preciso e ideal. Sasuke deslizou os dedos do balcão até chegar ao limite do casaco lilás e curto na medida da cintura que ela usava. Mãos geladas, arrepio inevitável pelo choque térmico entre sua pele quente e a mão molhada. Gemeu com a saliva entre os dentes, gemeu baixo. De certa forma desconfortável pelo frio, mas isso logo perdeu o sentido ao sentir os lábios quentes cobrindo os seus lentamente.

  Maciez acompanhada do hálito de vinho que ela deixava na mucosa macia e quente, saliva fervente, lascívia cruel e que beirava a perdição. Sua língua acariciou a dela por alguns segundos, suas mãos subiam lentamente a barriga lisa e sensível da mesma numa carícia, dedos lentos, carícia acolhedora, sua mão envolveu a cintura dela até correr pelas costas subindo a fazendo empurrar os seios contra ele. Gemeu novamente, seu corpo tremeu contra o dele numa carga absoluta de tensão sexual e prazer pecaminoso, seus lábios sugavam os dele numa troca de saliva sôfrega e sem direito a fôlego imediato, agora sentindo a língua dele penetrar ainda mais sua boca.

  Gosto absurdo, era somente isso o que pensava a cada penetrar de língua, a cada troca salivar constante que somente não transpassava os lábios pelos mesmos estarem cavados e selados, sem respiração, somente sofrimento e angústia desesperada. Sua mão marcou a carne sensível e pálida da menor que agora gemia baixinho retirando os lábios dos dele.

  Sua mão apertou a cintura dela sentindo a região aumentar pela chegada das nádegas grandes que deixavam o moletom farto um pouco abaixo. Respiraram olhando nos olhos um do outro, somente um filete quente de saliva unia ambas as bocas sedentas por mais enquanto o hálito era trocado.

  Sasuke travou os dedos na parte de dentro do moletom, o tecido escorregou na parte externa de suas mãos, enquanto espalmava toda a bunda farta apertando com força, Hinata era sensível demais, era grande, demasiadamente macia. Lentamente massageou as nádegas abrindo e fechando bem devagar, mais gemidos, era como se o tecido de sua calcinha suprimisse a intimidade e o ânus de igual forma, ele abria cada lateral espremendo em seguida. Tremia com o toque enquanto sua língua somente penetrou a dele, seios espremidos, quentura no pescoço pelos beijos que ele dava melados a saliva de ambas as bocas.

  Seu pênis rígido doeu contra seu próprio tecido jeans da calça que o fizera finalmente perceber o estado plangente em que estava. Quase totalmente despertado, e ao sentir aquilo a timidez da Hyuuga se fez presente, porém seu corpo colado ao dele clamava por sentir mais daquela sensação ereta e extremamente prazerosa. Excitante, causava êxtase apenas em imaginar.

   -- Hm, hmm. -- Seu gemido contrariava a própria vontade terminando aquele beijo carregado de tensão sexual entre ambos, tudo o que esconderam, tudo o que prenderam. -- Sinto muito. -- Sasuke sussurrou contra os lábios dela de maneira risonha. Hinata sorriu o olhando enquanto sentiu o tapa seco e travado em sua bunda seguido de um besliscão quase chegando a sua virilha, estalou, arrepiou. Sentir isso fora totalmente delicioso. Tensão no ambiente, o pênis dele contra o tecido fino de sua roupa, e as mãos firmes dele agarradas a pele de suas nádegas trazendo um tremor cruel dentro e fora de seu corpo.

  Suas pernas tremeram bem lentamente em meio a cozinha gelada. O líquido quente escorreu molhando o pequeno pedaço de renda que usava, sua intimidade parecia pulsar de vontade, deslizando fluídos pegajodos até mesmo na mão do moreno que esfregava o indicador bem direto em sua intimidade causando um rebolar imediato da mesma em sentir mais. Hinata com aquele impulso, penetrou sua língua na cavidade bucal dele pressionado a nuca afagada de tantos cabelos.

  Tanta saliva era trocada quase deslizando entre os lábios, enquanto as cabeças se movimentavam fazendo os fluídos bucais se ligarem. Sasuke a afastou minimamente o suficiente para ainda manter as salivas ligadas e admirando as bochechas da mesma ardendo vermelhas. O calor daquilo era absurdo, a perdição que Hinata guardava era tão mística e exuberante que automaticamente ficou enrijecido novamente por imaginar o quão apertada seria a intimidade quente da perolada. Fitou o olhar dela, a face vermelha, o fôlego perdido, ofegante e entregue, e a mente da menor podia apenas imaginar o quanto queria aquele ato casto e pernicioso.

    -- Eu... eu perdoo. -- O sussurro saiu quando ela enfim percebeu que ele se manteria lhe admirando. Seus lábios saíram dos dele deslizando pela face do mesmo, apenas roçou ambos os rostos sentindo a barba rala dele.

     -- Preciso ir. -- Sasuke ainda com as mãos na cintura dela, somente aparentou estar temeroso em continuar. Não poderia afinal de contas, seria totalmente destrutivo para a menor, e apenas sentindo a sensibilidade daquela pele, sabia que a mesma não aguentaria. Seus lábios sugaram lentamente o pescoço alvo e quente enquanto a mesma o abraçou contra os seios sorrindo. -- Se eu não for, vamos nos arrepender. Vamos nos arrepender desse erro.

  Era sôfrego. Tudo porquê ele mostrava sua infelicidade em assim dizer, sugava lentamente seu pescoço acariciando sua cintura mostrando que de fato queria continuar, mas estranhamente mantinha certo medo. Tais palavras misturadas ao tesão fizeram a Hyuuga imaginar o quanto gostaria de se arrepender, se arrepender e sofrer por talvez toda a noite e madrugada. Sofrer sob o corpo deliciosamente quente e sabia o quanto estava entregue a situação imposta. Queria aquilo, queria muito. Suspirou, sua testa fora recepcionada pelos lábios quentes dele em seguida ao selinho que encerrou tantas carícias. Dando espaço apenas para o olhar desejoso de ambos.

  -- Seu maior erro não foi me beijar. -- Hinata sussurrou tocando os lábios enquanto sentia sua intimidade aflorada protestar pelo contato enfim quebrado, seu corpo ainda trêmulo, as nádegas meladas pelo próprio líquido que ele fizera questão de espalhar, o fôlego perdido. -- Não deveria ir. -- Talvez estivesse realmente entregue demais, imune, e até mesmo poderia se arrepender amanhã, mas agora, agora odiaria ver Sasuke cruzando aquela porta. E somente o viu colocar o blazer sobre os ombros.

   -- Hinata. -- Sussurrou aliciando o quadril da menor enquanto fitou os olhos da mesma. -- Pro seu bem. Obrigado.

  Todo o corpo, o sabor, o cheiro, a quentura. Hinata lhe causava o caos, e lhe fazia beirar a sensação de perda de controle como há muito não sentia mais. Era árdua sua tarefa, mas não poderia, e caso continuasse, poderia acabar a machucando.

  O sorriso do mesmo fora a última coisa vista por ela. E enquanto notava a porta de madeira sendo fechada, Hinata apenas conseguia sentir o calor de seu próprio corpo, as palavras do Uchiha soavam incógnitas, seus dedos tocavam os próprios lábios vermelhos e inchados ainda sentindo o gosto dele. Mesmo odiando os Uchiha, agora entendia o porquê de serem tão requisitados. Sasuke era único, sua presença, seu gosto. E acima de tudo seu cheiro, que agora lhe faria ainda mais companhia, pela camisa social que esqueceu em seu apartamento.

    -- Nem todos os Uchiha são ruins. -- Sorriu consigo mesma, depois dessa demonstração, tinha certeza do que dizia.


Notas Finais


E então?? Valeu a pena esperar? Kekekeke


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