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História Teoria do caos - Darkness


Escrita por: UchihaSpadari

Notas do Autor


Depois da semana desastrosa de enem, tamo aí novamente dentro do prazo! hehehe

O capítulo de hoje se inicia pra pessoas de estômago forte, além de conter verdades expressas e aparição do novo casalzinho ♡♡♡

Capítulo 16 - Darkness


 

 O barulho da conversa na sala causava medo, não para quem conversava, mas para as duas mulheres que permaneciam paradas na cozinha. Era seis da manhã, uma reunião com outrqs duas pessoas na calada da madrugada organizada pelo anfitrião Ootsutsuki.

 Tsunade permanecia acorrentada como o costumeiro, pernas alinhadas e braços atados, os cabelos loiros e volumosos caindo sobre o decote farto, usando apenas uma ridícula vestimenta erótica de serviçal doméstica que mal cobria suas curvas. Frente a ela estava Matsuri, a garota que vinha sendo cuidada por Tsunade as cegas. Nessa madrugada ela estava imunda ao ser retirada das correntes, cheiade esperma seco pelo corpo e várias fissuras no ânus e vagina. Permanecia usando um vestido verde mínimo que pressionava seu corpo, como uma coleira de choque que as impedia gritar.

  -- Está doendo? -- Sussurrou temerosa, olhando a garora que chegara tão afoita, mas nesse instante parecia um animal medroso. 

     -- Sim. -- Passou os dedos pelos pulsos marcados, o resultado de ter sido estuprada longas horas com os braços presos naquelas correntes.

      -- Venha, preciso cuidar disso.

      -- Venham.

  Seus olhos cobriram o alto homem de barba rala, cabelos crespos e tudo grisalho. Kinshiki, o segurança de Toneri. Suspirou se levantando e mantendo a postura naquele espartilho afinado, contornou os pulsos da menor que emitia tremores e espasmos. Saíram da cozinha tendo a luz da sala sobre seus olhos, vendo dois homens sentados as olhando, como o albino na poltrona que limpou a garganta ordenando que Matsuri ficasse no meio cômodo.

     -- Como disse, está pronta.

  Tsunade conteve o choro enquanto Toneri lhe fez ajoelhar em suas pernas, beliscando devagar suas mamas enquanto olhava o homem de pele branca, quase amarelada, se levantar andando até a garota que tremia naquela roupa curta. Permanecia com o rosto vermelho sentindo as argolas vibratórias estimularem seus mamilos enquanto contorcia os pés vendo o homem medonho parar frente ao seu corpo.

   -- Realmente, nada mal. -- Orochimaru correu os dedos finos por seu rosto segurando de maneira forte seu queixo, ainda calada, penetrou sua língua na boca dela sentindo a doçura enquanto ela segurava o choro o sentindo estapear sua bunda. -- Que puta doce. Pronta pra ser meu tanque de esperma?

     -- Contratos nesse meio são volúveis. Entretanto, devem ser seguidos a risca uma vez que são pautados entre membros de nossa "corporação." -- O homem de voz áspera tomou a palavra com o copo de cristal em mãos. -- Sendo assim, o acordo que emiti expressava claramente que a quebra seria apenas por dois anos de contraro, ou desistência por parte dela. Nenhuma das cláusulas foram evidenciadas, o que tem em mente?

     -- Não sou um simples membro da superfície, sabe disso.

     -- E você sabe que assusntos da Liga não tocam nos assuntos mais obscuros. Preciso ensinar tudo outra vez? -- Retrucou rangendo os dentes, ao menos Sasuke nunca intentou participar dos meios profanos da prática.

     -- Yahiko, não somos uma indústria masoquista como as outras, os contratos forjados para os membros do submundo não passam de mera formalidade. -- Sorriu enquanto Tsunade lambia seus pés devagar, como ele ordenava.

  Yahiko bufou pegando outra taça de uísque, Toneri era excêntrico e isso acabaria se tornando um problema, e quando ocorresse, sua única opção seria matá-lo. Sabia dos riscos que cada domesticação dele causava, além de seus métodos acabarem manchando o mundi BDSM, afinal era um dos dez membros da maior rede de "Top's" do planeta.

   -- Não pretendo manter a cadela do Oriente trancada, tenho Tsunade como meu alívio, outra pura seria desperdício de tempo e custos.

     -- Não. Na verdade não somos. -- Sabia que naquela sala todos eram pérfidos, acostumados ao mercado negro da prática. -- Contudo, receio que certos assuntos não podem passar despercebidos.

        -- Direto ao ponto.

     -- Cinquenta por cento da moeda de troca. Sabe bem que Nagato efetuou a venda de Matsuri um dia, era ele quem organizava um pequeno mercado norueguês. Hoje, o tráfico sexual expandiu e os lucros são minha obrigação, não é direito seu vender ou transferir livremente.

  O albino rangeu os dentes, percebendo Orochimaru puxar um bloco de cheques. Não entendia o interesse dele nessa escrava, mas conhecia seus métodos usuais, era um dos maiores pontuadores, cuja conhecida carreira obstétrica permanecia silenciosamente manchada pelos escândalos abafados. Um estuprador que aliciava e abusava de suas pacientes, repleto de causas congeladas na justiça.

  Obviamente ele poderia comprar de Yahiko uma garota do mercado da Europa Ocidental. Contudo, escutou nessa cansativa conversa, sua tentativa em criar uma boneca sexual acabou de maneira trágica com a morte de suas cobaias, então não queria investir em uma escrava de idade pequena. Provavelmente Matsuri, mais velha e adestrada, seria um de seus experimentos de sua incessante busca em criar um buraco sexual orgânico, usando escravas vivas.

  Guiou ambos os homens até o escritório onde assinariam os papéis do contrato. Mesmo que fossem manchados de obscuridade, ainda mantinham o padrão, até porquê, se isso caísse na mídia, toda a culpa cairia sobre Matsuri. O contrato de sadomasoquismo era repudiado pela justiça, mas ainda usado em casos extremos, afinal possuía a rubrica da submissa e do domesticador, sendo ato consentido.

  O contrato era explícito, para a submissa entender, como para que, se chegasse ao judiciário, não acabasse saindo como um tiro pela culatra e afetando toda uma rede se prostituição. Vinte e cinco cláusulas do dominador, no caso Toneri. Em cada página uma rubrica dela, e ao final do caderno de acordo a biometria de quem selara o acordo, no caso a jovem do Oriente Médio.

  O submundo de Yahiko era composto de duas partes bem divididas. O supercicial, onde empresários e pessoas abastadas usavam seus anseios e fetiches para uma introdução no mundo do sadomasoquismo, fazendo então parte da "Liga", um grupo restrito de pontuadores cujo intento era o prazer e a prática saudável.

  Todavia, a outra parte se mantinha distante. Conhecido como submundo, onde o tráfico sexual e a domesticação doentia acontecia em livre e grande escala. Somente dois membros superficiais faziam parte do submundo, sendo execrados pelos demais da Liga, eram estes Toneri e Orochimaru.

  Tsunade cerrou os olhos tendo de sentar no colo do Ootsutsuki que passou a masturbar seu membro contra a bunda dela. Tinha seus cabelos segurados sabendo do destino de Matsuri, quando era uma escrava em cativeiro, escutou falar sobre as bonecas sexuais criadas no submundo, permanecendo vivas como buracos sexuais orgânicos, pernas e braços amputados, dentes arrancados sendo presas em hastes para que fossem estupradas corriqueiramente como uma espécie de depósito de gozo masculino, mesmo que cirurgicamente soasse inacreditável para ela.

     -- Tenho medo. -- Sussurrou com lágrimas nos olhos enquanto Tsunade permaneceu na perna da poltrona a olhando. Era sua verdade, gritando no escuro, até que nenhum fôlego lhes restasse.

 

 

  " O que eu fiz? "

  Hinata passou os dedos pelos cabelos mantendo a expressão cansada e meio abalada, tanto pelos pensamentos, quanto pelo despertar apressado nessa manhã de trabalho. Cada lembrança de acordar agareada e suada no corpo dele era um baque em seu orgulho, o membro roçando sua pele nua e resfriada durante essa madrugada. Fora cômica a cena que tomos o cômodo nessa manhã, uma Hyuuga vermelha e envolra em lençóis, como se ele jamais a houvesse visto nua, tentando o expular do quarto.

  Desde que acordou, sua mente apenas conseguia pensar no que havia concretizado nesse mesmo quarto, nessa cama. O espelho frontalmente ao seu corpo evidenciava as marcas por seu dorso e tórax, vermelhidão e pressões labiais roxas. O perfume dele impregnando sua carne. Manuseou a pílula aos lábios ainda sentada, ingeriu bebendo água e encarando o espelho, voltando a ficar tímida. Tomou um banho sentindoa água dilatar todo seu corpo, vestiu um suéter de gola alta e mangas, tentando omitir todas as suas marcas.

  O sorriso abobado nascia em sua memte gladiada. Sasuke era ex-marido de sua caçula, um Uchiha, um homem que havia acabado de conhecer e seu paciente. Mas mesmo com tantos contras, dormiu com ele, fez sexo e o pior, estava amando cada lembrança casta que martelava sua mente.

     -- Vai acabar se atrasando. -- Se arrepiou ao escutar a voz dele atravessando a porta de madeira. Teria que aceitar a carona, com o convite de ontem acabou deixando seu carro no edifício.

  Era egoísmo? Ter um cedo com alguém que fora sua família, que Hanabi deveria odiar em seus pensamentos íntimos. Contudo, havia um problema maior. Como agir diante de Sasuke? O moreno que causava um derrame aburdo em seu corpo, e agora ainda mais por ter se envolvido sexualmente com ele.

     -- Obrigada por esperar, estou pronta. -- Sasuke, que respondia algumas mensagens na pequena varanda, apenas voltou se deparando com a Hyuuga nervosa e atordoada pegando a cafeteira.

   -- Pensei que ficaria trancada o dia inteiro. -- Hinata suspirou sentindo a mão dele sobre seu pulso. Segurou a caneca de café que o moreno preparou, estava realmente desatenta. -- Não sabia que iríamos em um restaurante agora.

  -- Restaurante? -- Perguntou desentendendo enquanto ele pegou a louça lavando. -- Estou indo trabalhar, mas o senhor riquinho não sabe o que é isso.

    -- Primeiramente, eu também tenho trabalho. E outra, estava tentando elogiar, mas é estúpida demais para receber um elogio. -- Fechou a torneira rindo da Hyuuga ofendida e que lhe deu um empurrão no ombro.

     -- Sei receber um elogio, arrogante!

     -- Queria dizer que está muito bem vestida. -- Hinata escondeu o sorriso pegando suas chaves e apagando as luzes.

     -- Quer dizer que estou bonita? -- Fechou as cortinas sentindo as mãos grossas tocando sua cintura e o corpo quente colar em suas costas. O arrepio se formou com os lábios dele em sua nuca.

    -- Linda. -- Sussurrou passando a boca lentamente pela carne dela a estimulando. -- Como Antoine diria, eternamente responsável por aquilo que cativas.

    -- Pequeno príncipe? -- Sorriu virando enquanto levou os dedos até o colarinho daquela camisa ansiando o amassar. -- Eu adoro esse livro. Continua me impressionando, Uchiha.

     -- Um rico desocupado precisa arrumar hobbies.

     -- Pensei que fosse pintar.

     -- Posso fazer mais de uma coisa.

  Subiu os dedos pela camisa dela causando um arquear na pequena que se colocava na ponta dos pés. Seu rosto esquentava e oa seios esfregavam na camisa dele percebendo a queda visual do mesmo sobre seu corpo, mantendo certo orgulho estampado pelas marcas que deixou em seu corpo. Seu corpo tremia querendo mas sabendo ser errado, o vendo morder os lábios e sair pela porta a deixando parada.

  Trancou a casa e entrou no carro em silêncio, não entendia esse mistério do Uchiha, queria aquele beijo, fora maldade dele não ter completado aquilo. Seguiram quietos, Sasuke era um homem seguro, mas se não o conhecesse, acabaria pensando que o mesmo intentou iniciar uma conversa dentro do carro. Abriu os lábios duas vezes, não fazia o estilo tímido, mas poderia ser meio sem jeito para iniciar conversas cotidianas e triviais. Os prédios aumentavam chegando ao centro, as folas secas cobrindo as calçadas e as árvores quebradiças.

   -- Hinata. -- O automóvel parou frente ao seu edifício enquanto o olhou. Parecendo receoso, como se houvesse pronunciado seu nome no impulso. Sentiu a mão dele segurar sua coxa enquanto se entrolharam por meio segundo, antes de que o som úmido retirasse o fôlego. Correu os dedos pela linha interna das coxas dela ganhando um sinal amarelo que a fez soltar um espasmo gostoso. Queria, mas não poderia. Se arrepiava com a boca dele esfregando na sua terminando com uma leve mordida no lábio inferior da Hyuuga ofegante. -- Tenha um ótimo dia.

   -- Sasuke-kun, arigatô. -- Sussurrou arfando enquanto o olhava ainda tão perto. Estava quente, suas mãos agarraram a nuca dele afundando o rosto em um beijo lento naquele pescoço grosso e de barba rala. O cheiro tomava suas narinas enquanto acariciava os lábios na carne quente. -- Tome cuidado.

  Empurrou a porta mostrando toda a timidez e vermelhidão antes de cruzar a mesma, mantinha passos atrapalhados até entrar a portaria do edifício, ainda coberta pelo olhar de Sasuke. Manobrou o carro alheio ao inferno que a Hyuuga sentia, subindo as escadas de incêndio ofegante, cada degrau deflagrando sua incompetência. Dormiu com seu paciente, não possuía ética ou respeito.

 

 

  Os mais variados embrulhos tomavam as vitrines enquanto muitos esbarrões tomavam Izumi, que permanecia atrás do pequeno com o celular em mãos. Sasaki era bastante animado e explosivo, mas tudo duplicava estando em uma loja de brinquedos. A Uchiha o seguia tendo acabado de ligar para Sasuke, o mesmo pediu que ela adiantasse a escolha do presente, se perdia na multidão enquanto, ao lado de fora, TenTen gargalhava a vendo assim.

   -- Isso não é nada agradável. -- Olhou o moreno parado e de mãos ao bolso enquanto o saudou, vendo o mesmo beijar a testa de sarada e pegar Hinami no colo.

     -- Precisa se acostumar, um dia terá filhos. -- TenTen debochou fazendo a cabeça de Sasuke doer, lembrou imediatamente de Hanabi, além daquilo que estava o matando em pensamentos.

     -- Talvez, mas nem tão cedo. -- Fingiu um sorriso beijando as bochechas fofas da pequena Hyuuga, era linda, mas sem dúvidas seria, Neji e TenTen eram naturalmente belos.

  Entrou na loja regada a histerismo, gostava da idéia de um dia ter filhos, mas não estava preparado atualmente. Sendo ainda pior saber que possivelmente Hanabi estaria carregando um filho seu, mesmo soando errado, como amaria essa criança? Sendo filha da mulher que o destruiu?

   -- Oji-san! -- O garotinho de cabelos espetados agarrou sua perna enquanto Izumi andava arfando pela correria. -- Finalmente chegou!

     -- Sasaki, deixa seu Oji respirar um pouco. -- Izumi sorriu carregando uma caixa enorme, o tamanho era o que importava ao pequeno.

     -- Eu deixo ele em casa, arigatô. -- Abraçou a morena se despedindo. Pegou o garotinho no colo em seguida. Talvez a criança que mais rendia seu modo distante, Sasaki era como se fosse a representação de tudo que Itachi significava.

  Efetuou o pagamento vendo o sobrinho travar uma guerra com o empacotador, demorou para explicar que o homem apenas guardaria a compra. Sasaki era como sua miniatura, fazendo então ele entender o porquê de ser sempre dito fofo quando era pequeno.

  Sentaram na praça de alimentação para tomar sorvete, Sasuke apenas escutava a enxurrada de histórias do pequeno, escola, notas, desenhos, jogos. Realmente estava distante dele, o mesmo precisava de uma figura para se espelhar e, até onde sabia, era a pessoa que mais o inspirava. Como Izumi vivia dizendo "Itachi no céu, Sasuke na Terra".

   -- Estou interrompendo? -- Seu coração acelerou olhando o pequeno, realmente Hanabi não possuía escrúpulos. Lembrando imediatamente daquela cena na clínica, o beijo, a notícia. Hanabi passou as mãos por se peito beijando devagar sua nuca enquanto Sasuke se afastou bruscamente.

   -- Está! -- Silêncio. Sasuke olhou o pequeno emburrado.

     -- É mesmo, pequeno? -- Hanabi perguntou com uma voz infantil adorável.

      -- É! -- Resmungou evitando os toques dela. -- É meu dia com o Oji-san! Não vou dividir com ninguém!

          -- Preciso falar com seu...

       -- Ouviu meu amigão, é nosso dia. -- Sasuke deu uma risada afahando os cabelos do garotinho sorridente. -- Falamos uma outra hora, Hyuuga.

  Sua garganta engoliu aquilo rasgando. Sasuke não estava nada abalado com sua presença, nem mesmo a chamou com afeto, lógico que aquele "bom dia, amor" não ocorreria tão cedo, mas essa indiferença ao pronunciar seu sobrenome mostrava o quão distante estava de seu objetivo.

   -- Sasuke-kun, sabe que não pode fugir dessa responsabilidade. -- Suas mãos desceram a camisa dele esfregando a língua em sua nuca ao bater os seios na cabeça dele respirando contra o ouvido do moreno. -- Seremos uma família, meu amor, você será papai.

        -- Hanabi -- Elevou a voz drasticamente.

    -- Meu amor, não sente saudade? -- Sussurrou contornando o indicador nos lábios dele, tendo os dedos segurados. -- Quando tínhamos um ao outro, morávamos juntos... fodíamos tanto.

       -- Ou sai por bem, ou chamo a segurança.

     -- Não precisa ficar nervoso, teremos isso de novo, amor.

  Alinhou a bolsa no ombro e cruzou a mesa afagando a cabeleira do pequeno que se afastou emburrado. Olhou Sasuke e se perguntou se realmente tinha que fazer isso, ele parecia seguir em frente, deveria fazer o mesmo. Tinha Kiba, tinha um filho do Inuzuka, mas Hiaishi ainda não aceitava a ameaçando de ser deserdada caso não conseguisse Sasuke.

  O moreno perdeu a vontade de comer, observava o olhar meio perdido do pequeno, imaginava essa hipótese cruel de ser pai de uma criança que seria o fruto de sua desgraça. Olharia para ela lembrando de todo mal que Hanabi lhe causou, poderia cuidar, mas dificilmente amaria ela ou teria seu sonho de uma família suprido. Suas mãos foram envolvidas pelo garotinho que colocava os pés na cadeira até chegar ao tio.

     -- Você é o melhor amigo do Oji, não é? -- Sasuke comentou mascarando os pensamentos, deixando um belo sorriso para o pequeno que sorria brilhante. -- Posso te contar um segredo?

         -- Claro, Oji-san! Conta!

     -- Não escuta aquela mulher, é uma bruxa mentirosa. -- Afagou a cabeleira do pequeno pegando a sacola do presente enquanto se levantaram dando as mãos na praça de alimentação larga.

 

 

  Obito revirava os olhos escutando as constantes farpas que Madara soltava naquela sala onde apenas ambos estavam. Fugaku e Mikoto avisaram que não iriam, sem ao menos dar um motivo, Sasuke não conpareceu, Kagami tinha uma espécie de licença trabalhista enquanto Izuna estava omisso de seus encargos desde que conheceu a mulher de cabelos roxos.

  Madara xingava em nome dos deuses do clã enquanto o mais novo enxergava seu nítido desinteresse, estava na verdade cuspindo raiva por estar pensando no amante, talvez aflito pela discussão que tiveram, mostrando estar perdido quando acabava pegando as mesmas resmas de papéis várias vezes.

   -- Ninguém virá hoje, Madara. -- Obito comentou inclinando as costas na cadeira meio revoltado, acordou cedo pra nada. Restou apenas acender um cigarro e fumar rumando até a grande janela do escritório. -- Se for atrás do Hashirama, eu não conto nada.

     -- Calado, Obito! -- Madara chamou a secretária que limpou rapidamente a mesa de reunião, cheia de papéis para os incompetentes que não apareceram. -- O que você acha que sabe, está errado.

     -- Qual o problema? Tem medo? Vergonha? Não é menos homem por estar amando um cara, é menos homem por ser covarde e mesquinho com os sentimentos dele.

     -- Você não sabe de nada. -- Quase soletrou olhando o mais novo bufar a fumaça do cigarro, inalando outra vez.

     -- Sou solteiro, óbvio. Mas pelo menos não sou um arrogante babaca que fica se privando da felicidade por medo. Essas pessoas que você tanto se importa em manter aparência, vão te julgar independente da sua escolha. Para de ser burro! Vai perder o Hashirama por ser imbecil. -- Comentou sabendo que Madara o mataria, isso se a afirmação não calasse o mais velho.

      -- Sou a imagem dessa empre...

     -- Quer saber, sempre admirei você cara! Inteligente, intocável r seguro. Mas na verdade não passa de um covarde! -- Madara rangeu os dentes apertando os papéis. -- Se quer viver nessa fossa de merda, pelo menos muda essa cara de bosta. Não adianta se fazer de coitadinho e cuspir no homem que te ama toda vez que ele aparece. Hashirama merece mais.

       -- Quem você pensa que...

     -- Não penso nada. Só sei que sou um cara que se importa com você, diferente das pessoas pra quem você finge aparência. -- Colocou os óculos escuros bagunçando os cabelos. -- Tem o dia todo, Madara. Pode continuar chorando pras paredes, ou deixar de ser um cuzão e procurar o Hashirama. Desculpa a franqueza, é a verdade.

       -- Onde está indo?

     -- Vou fazer umas orações pro Itachi, quem sabe você não ganha um pouco da coragem dele. -- Lançou o cigarro na lixeira passando por trás do mais velho. -- Quando meus pais morreram, você me acolheu, Madara. Sempre será o homem mais incrível que conheço, independente de quem ama. Espero que também se enxergue dessa forma.

  Apertou o ombro do homem, apenas saindo pela porta entreaberta. Madara permaneceu sentado coma cabeleira granda deslizando a camisa de linho finíssimo, mantendo uma batalha árdua dos ideais de Tajima ante as palavras de Obito.

  Obito saiu do edificou acendendo outro cigarro, estava irritado com essa situação. Realmente Itachi era o melhor, facilmente poderiam ser levados no lugar do mais novo, cada um possuía um detalhe bom, mas o primogênito de Fugaku era completo em todos os âmbitos. Como o chamava "gênio prodigioso".

  Segurou algumas flores avulsas tentando escolher alguma. Escutav as risadas vindas de duas mulheres, a loira que acabava vendo sempre se mantendo de costas. Revirou os olhos olhando os lindos arranjos e escutando uma entonação melódica.

   -- Pode me ajudar? -- Guardou os óculos escutando o barulho do telefone. Ino correu para atender fazendo sinal para que a mulher o atendesse. Olhou duas vezes tentando ter certeza, os fios castanhos escuros como os olhos, usando uma jardineira vinza que se perdia diante daquelas duas marcas roxas de tinta em suas bochechas.

   -- Não trabalho aqui, mas tentarei. -- Desenhou um lindo sorriso o vendo lhe admirar esquecendo as palavras. -- Como posso ajudar?

  -- Flores... Flores pra uma ocasião especial. -- Sussurrou reforçando a voz. -- Isso é...

   -- Tinta permanente. -- O cortou dando outra risada. Era bem animada e gentil. -- Dou aula no primário, duas quadras daqui. Meus alunos são bagunceiros, então isso vai demorar a sair.

  -- Entendo. -- Sorriu puxando a carteira enquanto aceitou de pronto a escolha da bele professora. -- Obrigado. -- Sussurrou olhando a mesma enquanto Ino se encolhia notando a química presente.

    -- Nahara Rin.

     -- Uchiha Obito, foi um prazer. Espero que isso saia.

  Pegou as flores acenando para a professora que apenas alargou o sorriso tendo uma Yamanaka debochada no balcão. Qualquer outra pessoa estaria revoltada, mas ela parecia ser mais alegre que as demais pessoas. Caso fosse tão galanteador quanto Izuna, poderia convidá-la para um almoço, mas optou em adentrar seu automóvel e seguir adiante.

 

 

  Shizune saiu alertando o horário de almoço. Hinata nem mesmo sentia fome vendo a porta ranger fechando, após duas consultas queria apenas sentar em sua poltrona e sorrir para aquela janela entreaberta. Nem mesmo se deu ao trabalho de jogar no lixo o copo de café que a secretaria comprou, respirando devagar na sala de iluminação fraca e aroma doce.

  Sua bolsa permanecia no sofá enquanto olhava o cronograma desse dia, mais duas consultas. Kakashi estava voltando em alguns dias, certamente sua rotina calma acabaria voltando. Percorreu os dedos na mesa lembrando cada toque, acabando por corar na sala quando a porta ainda travada teve três batidas.

    -- Boa tarde. -- Hinata olhou a bela mulher de lábios grossos e olhos azuis parada, os cabelos loiros no corte chanel meio desalinhados e os seios parecendo maiores que os seus. -- A entrada estava vazia, não queria incomodar.

  -- Estamos em horário de almoço, sou Hinata, psicóloga desse consultório. -- Sorriu amigável vendo a mulher assentir. Estava abatida e meio magra.

     -- Me recomendaram você, me chamo Samui.


Notas Finais


Sasuke dando uma de papai, treinamento árduo hehehe


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