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História Terceira Guerra Mundial - Interativa - Histórias - Uma Chance


Escrita por: Marinilton e Platini

Notas do Autor


Um pouco atrasado, mas ta ai kkk
Esse capitulo ta um negocio de loko, confiram.

Capítulo 11 - Histórias - Uma Chance


Fanfic / Fanfiction Terceira Guerra Mundial - Interativa - Histórias - Uma Chance

Em algum lugar, em algum momento

Aos poucos Visenya estava recuperando sua Lucidez e percebendo que se encontrava em um corredor com duas portas no final. Ela sentia uma aflição vindo naquela direção mas não entendia o porquê de estar naquele lugar e muito menos como tinha chegado ali. Misteriosamente um homem surgiu em sua frente e a segurou olhando bem em seus olhos.

— Você só tem uma chance. — Disse o homem com um olhar calmo e sereno.

— O que está acontecendo? Nem sei como cheguei aqui! — Perguntou Visenya ainda desorientada.

— Aquelas portas tem todas as respostas para suas perguntas, mas lembre-se que apenas uma delas poderá ser aberta por você. — Disse o homem sumindo do local como em um passe de mágica.

Visenya girava sua cabeça para os lados procurando por aquele homem mas nada encontrava até que a voz dele sussurrou em seu ouvido.

— Seu tempo está acabando minha menina, não podemos perder tempo.

Sem pensar duas vezes, ela correu até as portas no final do corredor mas uma força misteriosa puxou seu corpo para trás dando a impressão de que ela estava se movimentando em câmera lenta.

— Eu tenho que correr, me solta. — sussurrou Visenya com muito esforço.

O corredor estava muito mal iluminado com apenas duas luminárias ao longo de um corredor velho. Vozes eram emitidas pedindo por socorro mas Visenya ainda se movia em câmera lenta e não conseguia chegar até as portas que ficavam cada vez mais distante.

Ela olhou rapidamente para o final do corredor enquanto lutava para se mover quando parou olhando fixamente para a única janela do local, lá havia uma sombra com o formato de uma mulher, não tinha como Visenya saber quem era aquela mulher mas uma voz em sua cabeça dizia “Você não conseguirá, essas vidas são minhas”, a voz parecia ter vindo daquela mulher em frente a janela, Visenya sentiu um aperto no coração e seu estômago revirando junto a uma sensação de perda.

— Como vou conseguir ajudar se não consigo me mexer? — Pensou Visenya enquanto usava seus braços e pernas para lutar contra aquela força misteriosa..

— Você ainda está indecisa, não sabe se deseja fugir deste lugar ou salvar aquelas pessoas. Decida-se! — Sussurrou novamente a voz.

Uma luz passando por suas costas iluminou todo o corredor e anulou a força que estava a puxar seu corpo permitindo que ela finalmente conseguisse chegar às portas rapidamente, a sombra já não estava mais lá.

— Você terá que fazer sua escolha, agora. — Sussurrou o homem em seu ouvido.

De uma porta, Visenya podia ouvir muita gente implorando para ser salva mas não sentia nada de familiar, quanto a outra porta, poucas vozes pediam por socorro mas ela podia sentir um cheiro e um sentimento mais familiar.

Aquele momento estava se tornando um pesadelo, as vozes estavam se intensificando e o terror daquelas pessoas eram tão desesperadores e assustador que fazia seu coração acelerar e seu corpo arrepiar.

Ela finalmente toma sua decisão e resolve abrir a porta a direita que aparentava ter mais gente, ao abrir, um mar de pessoas mutiladas e queimadas cobriam o chão tentando erguer seus braços pedindo ajuda. O cheiro de morte estava impregnado no ar mas Visenya não podia deixar suas emoções tomarem conta da situação.

— Eles precisam de você, corra. — Disse a voz novamente sussurrando em seu ouvido.

Um caminho livre de todo aquele sangue surge diante de Visenya e no final ela avista uma escultura feita de mármore de uma mulher carregando um colar com armação circular de linhas entrelaçadas e um olho entalhado no meio.

Ela olhou para a estátua e correu até ela, a estátua em um piscar de olhos já estava a sua frente e mais uma vez a voz sussurrou em seu ouvido fazendo ela compreender que atrás da estátua estava a solução para resolver o problema e acabar com o sofrimento daquelas pessoas. Visenya sentiu um choque em seu coração e um arrepio como se alguém estivesse prestes a dar uma punhalada em suas costas, quando ela olhou para trás a segunda porta que ainda estava fechada abriu lentamente e foi possível ver uma mulher loira, uma sombra muito escura cobria todo seu corpo, mas seu rosto estava bem à mostra, ela estava com um olhar malicioso como se estivesse a desafiando. A mulher segurava alguém ajoelhado aos seus pés, Visenya tentou identificar mas a imagem desta pessoa não era muito clara, seu rosto mudava com frequência de aparência, até que a ficha caiu e ela notou que todos aqueles rostos eram de sua família. Visenya corre para a outra porta mas ela fecha imediatamente quando uma voz suave e maligna sussurra em seu ouvido.

— Tarde de mais. Hahaha…

— Nãaaaaaaao!

Visenya acorda assustada gritando não! enquanto senta na cama e percebe que tudo não passou de um pesadelo. Ela respira profundamente e tenta se acalmar, ao olhar para o lado seu relógio marcava exatamente 03:12h da manhã, seu celular não tinha registrado nenhuma ligação perdida ou qualquer mensagem de texto de sua família.

— Que alívio, foi apenas um sonho! — Disse Visenya aliviada por aquele pesadelo não ter sido real.

Em seguida, mais calma, ela deitou de lado, cobriu-se por completo com seu edredom e tentou voltar a dormir para trabalhar no dia seguinte.

Palácio Real de Oslo, Condado de Oslo, Noruega

20 de junho de 2016 - 10:45 hr

Em um dos escritórios do palácio um smartphone estava tocando, um homem já de idade beirando os setenta anos estava sentado em sua cadeira um tanto nervoso ainda indeciso se atenderia ou não a ligação.

— Ninguém mais tem esse número, só pode ser ele… se eu atender não tem mais volta, o poder deles é maior que o meu e eles não irão me deixar desistir… Mas o poder da dinamarca tem que ser meu!. — Pensou alto o velho.

De alguma forma o homem já sabia quem estava ligando e qual seria o assunto da conversa, ele respirou fundo e atendeu calmamente a ligação.

— Bom dia meu caro, aguardava ansiosamente sua ligação. — Disse o velho tentando demonstrar segurança.

— Achei que tinha desistido de nossos planos companheiro. — Disse uma voz tranquila porém grave e firme ao telefone.

— Nem sempre vou poder atender de imediato mas quero que saiba desde já que não sou um homem de duas palavras, se eu digo que farei minha parte, eu faço.    Preciso tomar minhas precauções para que ninguém saiba de nossos planos, isso não seria bom para ninguém. — Disse o velho.

— Finalmente poderemos dar início ao plano, seu desejo de controlar toda a Dinamarca será realizado e todo o poder será somente seu meu amigo.

— Então você já sabe como derrubar o rei? — Disse o velho animado.

— Sim, você terá apenas que organizar um almoço com eles, o resto do trabalho será executado por um de meus homens.

— Eu não sei se devemos fazer isso, se descobrirem nós poderemos iniciar uma guerra global e eu perderei o meu…

— Eu não ligo para o que você pensa, nós precisamos dominar o mercado de energia neste país, os projetos que o rei da Dinamarca pretende implantar irá acabar com as empresas estrangeira e consolidar um mercado inteiramente nacional, como você sabe somos nós que administramos quase todo o  mercado energético naquele país e pretendemos continuar assim. Eles não podem acabar com a privatização dessas empresas e nos forçar a vendê-las para o governo deles. Encontramos uma brecha que pode te colocar no poder da Dinamarca, em troca você apenas terá que deixar nosso monopólio energético em paz. Se você não aceitar eu encontro alguém que queira, sem dúvidas qualquer um aceitaria uma oferta dessas sem ter que dar nada em troca além de uma vista grossa de vez em quando..

— Calma meu amigo, não me entenda errado, sou apenas um homem cauteloso, é claro que aceito e não tem ninguém mais merecedor que eu.

— Sei… entrarei em contato novamente para discutirmos mais detalhes como a hora e o local do almoço. Espero que esteja pronto para ficar ainda mais rico com tudo isso.

O homem sentado a cadeira estava apreensivo mas não podia mais voltar atrás, ele sempre buscou uma forma de controlar a Dinamarca e aquela era a oportunidade perfeita, em troca teria que abrir mão do mercado energético para os estrangeiros fazendo vista grossa e dando cobertura quando fosse preciso.

— Eu não confio nesses…

— Senhor, seu motorista chegou. — Disse uma empregada abrindo a porta sem bater.

— Tudo bem, mas da próxima vez eu quero que você bata na porta ao invés de chegar entrando. — Disse o velho sério.

Ele olhou para o telefone com um olhar pensativo, levantou de sua cadeira e caminhou em direção a porta pensando no que iria fazer com tanto poder em suas mãos, aparentemente os meios para conseguir tais feitos não os preocupavam mais.

Restaurante Dicke Wirtin, Carmerstraße, Berlin, Alemanha

23 de junho de 2016 - 13:45 hr

Em um dos restaurantes mais concorridos de Berlin,  Yan von Rundstedt e  Visenya Schleswig estavam almoçando tranquilamente enquanto conversavam sobre suas vidas, com um belo prato típico alemão e uma caneca grande de cerveja, eles olhavam e sorriam um para o outro como se não existisse mais nada ao seu redor.

— Achei que não iria conseguir arrumar um tempo para almoçar comigo. — Disse Yan

— Ah.. Cuidar da segurança de minha família dá muito trabalho, ainda mais depois que os Estados Unidos instalaram umas bases navais ao longo de nossa costa, quem não gostou muito foi a Rússia, mas ela reclama de tudo que agente faz no setor militar, nem ligamos mais. Eu tenho que fazer a segurança deles a todo momento e acabo não tendo muito tempo para viver a minha vida. Mas como faz tempo que não nos vemos e já que o almoço da minha família com a família real da Dinamarca está seguro, então eu decidi correr até aqui para te ver.

— Então vamos aproveitar cada minuto. — Disse Yan dando uma piscadinha em seguida.

Os dois continuaram conversando até que Yan pegou Visenya um tanto distante da conversa, bem pensativa como se estivesse preocupada com alguma coisa.

— Vis, algum problema? — Perguntou Yan.

— Não, é que… estava lembrando de um sonho que tive a alguns dias atrás, parecia tão real. Fiquei muito assustada e agora me veio a mesma sensação que tive no sonho.

— E como foi este sonho?

— Eu não lembro quase nada, só algumas cenas. O que mais me marcou foi a sensação de que estava perdendo alguma coisa importante para mim.

Enquanto Visenya conta o pouco que ainda lembrava de seu sonho para Yan, sua atenção se voltou para a janela de uma BMW Série 7 onde uma mulher com apenas seus olhos azuis e cabelos loiros amostra passa na rua em marcha lenta. As duas se encararam por algum tempo como se conhecessem de algum lugar, após alguns instantes a mulher misteriosa fechou a janela e seguiu viagem.

— Eu já vi aquela mulher em algum lugar. — Disse Visenya ao Yan.

— Quem? — Perguntou Yan.

— Uma mulher que passou de carro, ela me pareceu familiar… não era ninguém, já passou… A proposito, seu celular vai descarregar. — Disse Visenya tentando mudar de assunto para não estragar o encontro dos dois com suas paranoias.

Alguns minutos depois Visenya ainda estava muito distante da conversa, ela estava desconfiada de que algo estaria acontecendo mas não sabia o que poderia ser, por garantia ela tinha ordenado para seu subordinado para que a informasse caso acontecesse qualquer coisa de anormal no local onde estava sua família. Seu smartphone não tinha registrado nenhuma mensagem ou chamada e isso estava deixando ela ainda mais preocupada.

— Isso tudo está quieto de mais… — Sussurrou Visenya.

— O que você disse? — Perguntou Yan.

— Você ouviu alguma coisa do que falei? — Continuou.

— Claro que sim, você estava falando sobre tirar férias comigo em Orlando na Luisiana. — Disse Visenya se esforçado para lembrar o que Yan tinha dito.

— Visenya, Orlando fica na Flórida… e eu falei isso a dez minutos! — Disse Yan.

— Você está muito distante, no que você está pensando? — Continuou.

— Não, está tudo bem, é só o estresse do trabalho. — Disse Visenya.

— Você precisa relaxar mais, todo esse trabalho está acabando com você. Se você quiser eu posso… te fazer uma massagem para relaxar.

— Desde quando você sabe fazer massagem? Com quem andou praticando enquanto eu estava na Noruega? — Perguntou Visenya desconfiada de Yan.

— Calma, eu só quero sair daqui e ir para um lugar com você mais reservado e mais tranquilo.

Visenya concordou que estava muito estressada e acabou aceitando o convite de Yan, os dois já tinham pago a conta e estavam pegando suas coisas da mesa para sair quando o smartphone finalmente tocou. Visenya se assustou mas rapidamente pegou seu celular  porém ninguém estava ligando.

— É o meu que está tocando Vis. — Disse Yan atendendo em seguida.

— Senhor precisamos de você, alguns terroristas trancaram várias pessoas no prédio Berlin Marriott Hotel, eles estão ameaçando de explodir o prédio caso alguém entre no local e o governador solicitou sua presença para discutirmos a melhor forma de contornar esta situação.

— Ok, já estou a caminho.

— Estamos aguardando senhor.

— Vis, um grupo de terroristas invadiram o Hotel Berlin Marriott e eu terei que me encontrar com o governador para discutir alguns pontos.

— Oi, como assim?

— Eu não sei de muitos detalhes ainda. Teremos que cancelar nosso encontro.

— Certo, eu entendo. Tome cuidado, eu ainda quero terminar esse encontro mais tarde com você inteiro.

— Claro que sim. — Disse Yan com um sorriso e uma piscadinha para Visenya.

Yan se despediu de Visenya com um beijo e correu para o carro muito preocupado, alguns terroristas do Isis já haviam ameaçado de atacar a Alemanha por causa de suas ações no Iraque treinando soldados Curdos para a guerra mas ele ainda não sabia a que grupo esses terroristas pertenciam.

Visenya agora estava sozinha com seus pensamentos e sua preocupação com a família só aumentava, ela decidiu pegar seu carro alugado e ir até sua eles para verificar se estava tudo bem. Já no carro pronta para ir a mansão onde seus parentes estavam o celular tocou, o numero era desconhecido mas ela rapidamente atendeu.

— Este celular é restrito às forças de segurança da Noruega, quem é? — Perguntou Visenya.

— Eu sei onde a bomba do hotel Marriott está. — Disse uma voz feminina sussurrando ao telefone.

— Quem está falando? — Perguntou Visenya desconfiada.

— Eu não posso explicar, apenas vá até o hotel e busque pela bomba que se encontrra na cozinha. Ela tem a capacidade para arrasarr todo o andarr onde os reféns estão, então é melhor ir rapido.

— Como você sabe disso, você é um dos terrorista?

— A bomba está próximo ao salão de refeições dos hóspedes,  você tem 40 minutos querrida. — Disse a mulher desligando em seguida.

Assim que Visenya terminou de falar a ligação caiu, ela não fazia ideia de quem era e muito menos se seria uma emboscada ou se a informação era real.

— É claro, é só eu ligar para Yan e ele irá verificar se esta informação procede, assim eu poderei ir até minha família.

A tensão em Visenya já estava aparente, ela ligou para o celular particular de Yan na tentativa de passar a informação que acabara de receber mas a chamada não completava, provavelmente o celular havia descarregado, sem perder tempo ela imediatamente ligou para o outro celular de Yan que ele usava para o trabalho e após algumas chamadas uma voz atendeu..

— Atende logo Yan. — Sussurrou Visenya.

— Oi, eu estou ocupado agora…

— Yan você precisa ir no hotel agora, a bomba…

— … então se for algo importante deixe seu recado e eu retornarei a ligação o quanto antes.

— PORRA! — Gritou Visenya.

Visenya desligou seu smartphone e acelerou o carro na esperança de chegar a tempo no local antes que a bomba fosse acionada. Ela já estava na rua principal do parque tiergarten quando o smartphone tocou.

— Yan é você? — Perguntou Visenya escutando tiros ao fundo.

— Não senhora, precisamos que venha aqui agora, nós estamos sendo atacados… seu pai acaba de… — Em seguida a ligação ficou muda.

— Rainer, o que está acontecendo aí, Rainer?

Visenya tinha que tomar uma decisão entre pegar a esquerda na estrada Altonaer Str. e salvar sua família ou entrar à direita na estrada Hofjageralle e ajudar as pessoas que estavam sendo feitas de refém no hotel. Aquela situação estava acabando com ela mas era necessário fazer uma escolha, ela não poderia deixar sua família morrer sem tentar salvá los mas também não podia deixar aquelas pessoas no prédio morrerem pois ninguém saberia onde estaria a bomba. A estrada era longa e reta, ao chegar próximo a rotatória onde ela teria que fazer sua escolha era possível ver as entradas que ela poderia pegar, em cada uma das entradas ela enxergou uma porta gigante dando acesso á esquerda e a outra para a direita..

— Acho que estou ficando louca, eu estou vendo portas nas saídas da rotatória? — Pensou Visenya enquanto forçava seus olhos para enxergar melhor.

Um flash de memória veio a mente de Visenya e ela passou a lembrar de tudo que tinha sonhado a algumas noites atrás, para seus olhos a estrada em que estava era um longo corredor de madeira que chegavam até as entradas da rotatória que tinham o formato de portas.

— Você terá que fazer sua escolha agora minha menina. — Sussurrou uma voz em seu ouvido.

Ela estava desorientada com todas aquelas alucinações, não sabia o que fazer, o carro parecia nunca chegar a rotatória, o trânsito não estava parado mas estava um pouco lento, Visenya tentava sair do lugar e chegar o mais rápido possível aos reféns mas não saia do lugar até que uma luz surgiu em seu retrovisor, era a sirene de uma das duas viaturas da polícia que pedia passagem para os motoristas. Ela tentou fazer sinal para eles pararem e assim passar as informações que tinha para os policiais mas não deram atenção, aparentemente a ocorrência que eles estavam atendendo era muito mais importante que ouvir uma mulher dando sinal no trânsito, então ela aproveitou que as viaturas estavam abrindo caminho para segui los e conseguir chegar mais rápido ao seu destino. Já suando de ansiedade ela fez um rápido cálculo moral e finalmente chegou a uma decisão.

— Eu sempre faço o que tem que ser feito e salvar o maior número de pessoas é o certo a se fazer. — Disse Visenya apertando o volante e pisando fundo indo em direção a entrada a direita para salvar os reféns.

Berlin Marriott Hotel, Berlin, Alemanha

Visenya acabara de chegar ao hotel bem focada em seus objetivos, o local já tinha sido isolado pela polícia para evitar que a multidão que assistia toda aquela situação não atrapalhasse. Ela só tinha mais 25 minutos até que o pior acontecesse caso sua informação estivesse correta.

— Ainda dá tempo, calma. — Pensou auto.

— Onde a senhora pensa que vai? — Perguntou um dos guardas a Visenya.

— Eu tenho que entrar no hotel!

— Senhora, não podemos deixar ninguém Passar, preciso que se acalme e nos deixe resolver o problema.

— Porra, eu estou cama você que não está entendendo…

Quando Visenya tentou explicar uma bomba tinha explodido na porta do hotel, as pessoas gritaram de medo por causa do forte barulho.

Ela varreu a área com os olhos e avistou um homem que aparentava ser o oficial responsável da polícia, ele aparentava ter uns 35 anos, pele clara e estava conversando com um outro policial como se tivesse dando instruções a ele.

— Você é o oficial responsável? — Perguntou Visenya.

— Quem deseja saber? — Respondeu ele.

— O que aconteceu na entrada do hotel?

— Um dos reféns tentou fugir do prédio mas aparentemente os terroristas colocaram um explosivo na entrada. É perigoso ficar aqui senhora, preciso que saia daqui agora. — Disse o oficial empurrando Visenya para fora daquele local.

— Vocês precisam entrar agora no prédio, eles tem uma bomba no andar de refeições prestes a explodir.

— Quem é você e como sabe disso? — Disse o oficial parando e prestando atenção em Visenya na mesma hora.

— Sou chefe da força de segurança da Noruega e recebi está informação através de uma ligação anônima.

— O que você diz não faz sentido, eles não iriam colocar uma bomba relógio quando eles mesmos estão lá negociando conosco. Nosso negociador estava com eles na linha e nos pediram para aguardar…

— 25 minutos? — Interrompeu Visenya.

— Como você sabe disso?

— É justamente o tempo que falta até explodir, eu sei onde a bomba está, me leve até o andar de refeição e eu digo onde é.

— Não vou arriscar a vida dos reféns por causa de uma informação anônima.

Visenya já estava perdendo a paciência com aquele homem e estava se segurando para não ser indelicada, ela sabia que não poderia entrar no prédio sem ser vista já que todo o país estava com os olhos voltados para cada canto do hotel, o apoio do oficial era a única opção no momento e assim ela decidiu tomar uma atitude mais enérgica. Ela agarrou a gola do oficial com uma das mãos e puxou para próximo de seu rosto.

— Que merda você tem na cabeça para nem ao menos mandar um grupo de reconhecimento ao hotel? Eles poderiam confirmar que não tem ninguém lá dentro além dos reféns! — Disse Visenya olhando nos olhos do oficial seriamente.

O oficial fitou Visenya e calmamente removeu a mão dela de sua gola, com um olhar irritado ele a encarava enquanto chamava um policial que estava ali próximo.

— Weber! — Gritou o oficial.

— Finalmente me ouviu, o tempo já está acabando, só temos 14 minutos. — Disse Visenya.

— Prenda essa mulher até que a situação com os reféns seja resolvida, não temos tempo a perder com informações falsas. — Disse o oficial com um tom boçal.

— Como é? Mas que… Porra! — Exclamou Visenya.

Aparentemente o jogo tinha acabado para ela, presa na viatura vigiada por vários policiais ela não poderia fazer muita coisa para ajudar aquelas pessoas do hotel e muito menos sua família. Mas  desistir não era uma opção,  a imagem daquelas pessoas do sonho clamando por sua ajuda ainda estava passando em sua mente e se repetindo por várias e várias vezes enchendo ela de coragem. Da janela foi possível traçar uma rota da viatura em que estava até a entrada do hotel, sua rota estava guarnecida por aproximadamente oito guardas que sem dúvidas iriam tentar impedir de chegar ao hotel  mas isso não importava para ela, ainda restava uma chance.

— É agora. — Disse Visenya respirando fundo e tomando coragem.

Ela estava com a mão na maçaneta da porta do carro quando seu smartfone tocou, a ligação era de Yan retornando a chamada perdida. Visenya respirou aliviada e explicou o que estava acontecendo para Yan que logo se espantou com a atitude do oficial de nem ao menos explorar essa informação tão crítica.

— Passe a ligação para ele agora. — Disse Yan.

O oficial estava planejando uma futura invasão ao prédio com seus subordinados caso alguma coisa desse errado quando uma mão pequena e delicada porém firme segurando um smartphone tocou em seu ouvido, ele olhou assustado para trás e se deparou com aquela mesma mulher que a uns minutos atrás tinha segurado sua gola.

— Acho que o senhor está encrencado oficial. — Disse Visenya com um tom sarcástico.

Ele encarou Visenya com um certo toque de raiva mas atendeu a ligação.

— Oficial Zacharias falando.

Visenya viu o oficial conversando com Yan e presenciou seu rosto mudar de expressão rapidamente, aquilo não tinha preço e ela realmente estava gostando de ver o oficial sendo colocado em seu lugar, mas logo ela voltou seu pensamento aos reféns e sua aflição estava de volta.

— Sim senhor eu entendo… mas senhor… o senhor tem razão mas… de acordo. — Disse o oficial com as veias da testa saltadas de tanta raiva.

— Senhora Schleswig, uma equipe da GSG 9 irão estar a senhora até o andar dos reféns. — Disse Zacharias a Visenya devolvendo seu smartphone e se retirando do local.

Finalmente já dentro do prédio Visenya estava guiando o grupo até o local do prédio onde estava a bomba, o prédio estava vazio confirmando suas suspeitas, a equipe estava percorrendo todo o caminho com muito cuidado caso exista alguma armadilha pronta para explodir qualquer um que tentar entrar ou sair do prédio. Após alguns lances de escadas eles finalmente chegaram ao andar onde os reféns estavam, a porta para o salão de refeições estava trancada, eles usaram uma micro câmera com cabo flexível para verificar se existia alguma ameaça do outro lado da porta antes que eles entrassem no local.

— Precisamos entrar agora, só restam três minutos.

— Calma senhora, não temos como desativar a bomba estando mortos.

Após alguns segundos a equipe de invasão do GSG 9 não conseguiu ver nenhuma ameaça aparente no andar e resolveram entrar, os reféns foram soltos e escoltados para fora do hotel por uma parte da equipe enquanto a outra ficou responsável por procurar a bomba.

— Dois minutos! — Alertou Visenya a equipe.

— Não estamos conseguindo encontrar nenhuma bomba aqui, tem certeza de que a informação é real? Perguntou um dos membros da equipe.

— Tenho. Continuem procurando!  — Disse Visenya.

— Não faz sentido eles prenderem todas essas pessoas para fugirem sem exigir nada ou matar ninguém… com exceção do refém que morreu na porta do prédio, claro. — Continuou.

A equipe não conseguia encontrar em local algum a bomba, o local estava de certa forma limpo, com as mesas e cadeiras em seus devidos lugares, o bar estava intocado, quadros e esculturas estavam todos no lugar aparentemente com exceção de uma única estátua que enfeitava o canto da parede, a escultura era feita de mármore representando a imagem de uma mulher carregando um colar com armação circular de linhas entrelaçadas e um olho entalhado no meio, Visenya encara a escultura e mais uma imagem de seu sonho vem a tona.

— Não é possível… Me ajudem a mover essa estátua, rápido! — Gritou Visenya.

Está estátua era a mesma que ela tinha visto em seu sonho, se a bomba estivesse atrás desta estátua, então ela sonhou com o futuro e previu tudo que iria acontecer aquele dia.

— Mas como isto é possível? — Ela se perguntou.

A bomba realmente estava atrás da estátua, exatamente como em seus sonhos, só restavam alguns segundos até que fosse destinada mas o especialista em bombas ainda precisava estudar o sistema dela para não cortar o fio errado.

— Vinte segundos meu amigo. — Informou Visenya.

O especialista estava suando por causa da tensão, o explosivo tinha uma carga de C4 capaz de derrubar metade do andar, todos os civis seriam motor e se ela não fosse desativada todos aqueles policiais também seriam mortos inclusive Visenya.

— Dez segundos… todos vocês, saiam do prédio agora! — Ordenou Visenya a todos os policiais com exceção do especialista.

O especialista ainda estava verificando qual fio cortar sem detonar a bomba mas um dos fios estava bem entrelaçado com outros fios dificultando a visualização dos fios. Cinco segundos para o fim, aparentemente a bomba estava armada em um sistema de acionamento simples mas o fio enroscado mantinha a dúvida se o sistema era simples ou não. Visenya colocou sua mão no ombro do especialista e fechou seus olhos, os dois estavam visualmente com cara de derrotados mas ainda não tinham desistido de lutar.

— Consegui, ela está desativada! — Gritou o especialista.

— Ainda bem, cara você é foda pra caralho! — Disse Visenya aliviada.

— Só restavam dois segundos, não tinha outra opção senão arriscar cortar o fio vermelho. — Disse o especialista.

— Fio vermelho... essa cena só não se tornou um clichê por causa desse segundo a mais. — Disse Visenya descontraído um pouco.

— Só achei estranho eles terem armado a bomba e se mandado sem pedir nada, será que era o Isis? — Perguntou o especialista.

— Eles não seriam inteligente o suficiente para explodir a bomba por um relógio ou remotamente, iriam preferir apertar um botão com ela no corpo. Preciso ir, se cuida.

Visenya finalmente tinha conseguido salvar os reféns do prédio, pouco mais de 50 pessoas tinham ganho a chance de ver o sol nascer mais um dia, agora ela poderia correr para sua família e ver se podia ainda salvá-los.

 

 

Mansão da família Bernstein, Berlin, Alemanha

23 de junho de 2016 — 14:35 hr

 

 

Visenya tinha chego a mansão da família Bernstein que estava recebendo a família real da Noruega e Dinamarca, ela encontrou Yan na entrada da mansão coordenando o isolamento da área.

— Yan? — Perguntou Visenya.

— Oi Vis, vim assim que você me falou sobre sua família,o local já está seguro.

— E porque vocês estão aqui fora, onde eles estão?

Yan contou que a família de Visenya tinha sido atacada por um grupo a alguns minutos atrás e ainda não tinham descoberto quem eram os responsáveis, seus melhores homens estavam incubidos de fazer a investigação.

— Eu perdi todo mundo? — Perguntou Visenya com uma lágrima nos olhos.

— Infelizmente sim, só seu avô Harold conseguiu sobreviver vis, ele está ali. Se precisar de mim estarei aqui.

— Eu já sabia que esse final seria triste, era inevitável.

Ela foi até seu avô e lá eles choraram e se abraçaram, por causa da morte de seu pai, depois de seu avô ela seria a próxima a assumir o trono e tudo que sua família havia conquistado por todos esses anos.

— Eu vou me despedir deles, depois nós falamos. — Disse Visenya.

— Tudo bem, eu… prefiro ficar aqui tomando um ar. — Harold enxugando os olhos.

Alguns minutos depois...

Harold estava em seu carro fechado tremendo com o que tinha presenciado dentro da mansão. Ver sua família toda sendo executada não tinha sido fácil, mas foi um acontecimento necessário para seus planos. Ainda dentro do carro seu telefone tocou e ele atendeu de imediato.

— Você não precisava ter executado todo mundo, você acabou com minha família. — Gritou Harold.

— Melhor você se controlar, acredito que ganhar um novo trono irá te confortar. Não dê para trás agora Harold ou acabarem os com o que sobrou de sua família.


Notas Finais




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