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História Terras selvagens - Ele


Escrita por: JaneDi

Capítulo 6 - Ele


 

Seth a olhou com expectativa, a mulher que estava na sua frente estava quieta e pálida. Ele já havia visto ela antes e sabia que não era assim. Na frente das outras pessoas sabia que Mist era comunicativa e extrovertida, algo que ele nunca fora, então ver seu silencio resoluto só o fazia pensar que algo não ia bem.

Ele desejava que a visão da casa deles abrisse o seu ânimo.

 

“Irei morar aqui?” ela perguntou num sussurro. Seu coração palpitou com um orgulho involuntário ao observar que ela tinha ficado impressionada com a chegada.

“sim, pelo menos a maior parte do ano” ele apontou. E a guiou em direção a entrada.

Ali era a casa de campo dele. Havia pertencido ao seu bisavó e tinha ganhado quando se tornou um adulto aos 12 anos. Era pequena se comparada ao de seu irmão, mas ele tinha gostado.

A casa era num estilo clássico composto por uma fachada imponente e arcos e torres de concreto e granito. Toda branca, harmonizava-se perfeitamente com o verde das colinas ao redor. Havia um exuberante jardim de ambos os lados. Dentro, o ambiente era composto por espaços abertos e afrescos em azul, roxo e dourado.

Sabia que as diferenças eram muitas se comparadas a arquitetura do sul e desejava, por todos os meios, que ela gostasse do novo lar.

Já era noite escura, mas ainda os servos os aguardava para receberem a nova senhora.

Após apresenta-la, eles se curvaram e levaram as suas coisas para seus aposentos.

Ele respirou fundo. Sabia o que viria a seguir e estava nervoso, podia sentir a tensão no ar e mal podia respirar perto dela que seu corpo vibrava como por tocá-la.

A lareira tinha sido acesa e após uma breve palavra com o chefe dos servos, ele seguiu para seu quarto. Ela o esperava em pé, da mesma maneira que tinha deixado um momento antes.

Ele se aproximou com cuidado. Sem saber o que fazer com as mãos, colocou atrás das costas.

“Você precisa de algo?” Perguntou, tentando esconder o próprio nervosismo.

Ela negou com um movimento simples. Em todas as vezes que eles estavam juntos, Mist recuava, como uma gata constrangida, sempre a um passo mais longe dele. Ele nunca podia se aproximar, mas agora ela permanecia imóvel.

Seth a tocou com ambas as mãos seu rosto pequeno e suave. Ela exalou e fechou os olhos. Ele se abaixou e capturou os lábios que tanto havia sonhado.

Ela respondeu deixando-se ser puxada por ele. Após o breve e simples toque, Seth se afastou para olhá-la, em um pedido silencioso de permissão. Azul e marrom se encararam por um breve momento e ele a viu traçar os próprios lábios com a ponta da língua e então ele a tomou para si.

O beijo foi profundo, lento e o assumiu com uma miríade de sensações que ele nunca havia sentido. Seu corpo reagiu imediatamente e ele levou sua mão para embalar sua nuca, enterrando em seus cabelos trançados, enquanto a outra deslizava por sobre seu vestido enterrando em cada curva que encontrava. A onda de desejo era tão poderosa que seu corpo exigiu imediatamente que se fundissem, pressionando seus quadris com movimentos involuntários contra o corpo dela, para que ficassem mais próximos, mais juntos.

Ele nunca imaginou que seu mais sombrio sonho se tornaria realidade. Sem a soltar ele dirigiu a ambos para a grande cama que preenchia o quarto, com o objetivo de aliviar aquela fome que sentia, seu desejo que escapava de sua racionalidade e de toda lógica. Ele queria ela, precisava dela.

Foi quando repentinamente ela se soltou. Ofegante e enrubescida, Mist deu dois passos para traz enquanto recuperava o folego. Ele não iria permitir que ela se afastasse, não quando estava sentido aquilo. Céus, ele iria morrer, caso ela negasse seus avanços.

“não...por favor, espere” ela disse com uma mão o mantendo distante. Seth parou imediatamente onde estava, também ofegante. “eu preciso de um momento... apenas isso, preciso me preparar...” ela explicou como se envergonhada.

O ritual de acasalamento. Ele havia completamente esquecido.

Ele acenou e ela fugiu em direção a porta que dava ao banheiro.

Frustrado, Seth se jogou na cama. Passou a mão pelo rosto e soltou um pesado suspiro. Ele já tinha lido a respeito. Sabia que as tribos possuíam um ritual para tudo e cada clã possuía uma variedade imensa para o casamento. A mulher teria que se apresentar ao marido como se pronta para a consumação, envolvia dança e mais algumas artes de sedução que as meninas eram ensinadas pelas mulheres mais velhas de cada tribo.

Perda de tempo, se queriam sua opinião. Por outro lado, ele jurou que protegeria as diferenças culturais entre eles e se ela tinha que se preparar, ele deixaria, mesmo que fosse como um banho de água fria.

Assim, ele esperou, minutos se passaram e Seth começou a ficar preocupado e também não sabia o que fazer. Nos livros, não descreveria o que os homens fariam naquela situação. Será que ele terá que fazer algum tipo de dança exótica? Não, ele era um homem do norte, não faria algo parecido.

Então, sem saber o que fazer, apenas se despiu e deitou na cama, escondendo sua nudez com os lençóis.

E quando ele pensou em procura-la para saber o que tinha acontecido ele ouviu um leve tintinar como o de minúsculos sinos e então a porta se abriu.

Mist saiu timidamente, ela havia trocado de roupa e agora estava com uma longa saia vermelha, porem quase transparente e que se abria em grandes fendas laterais que, a cada passo seu, se abria e mostrava as suas pernas morenas bem torneadas, tinha uma linha de pequenos metais que se pareciam com moedas que ao se balançarem, se chocavam, formando um som ritimado. A parte de cima se limitava a pequeno tecido de azul índigo que enfaixavam e definiam perfeitamente os seios, deixando os braços e a barriga descoberta.

Ele bebeu com a visão.

“oh.. você está...nu..” Mist disse parecendo surpresa.

Seth se aprumou, ela parecia desconcertada, ele tinha feito algo errado? Mas já? “eu... não sabia... você quer que eu?...” perguntou sem jeito em direção as roupas descartadas.

“não...não, tudo bem...” ela pareceu incerta “era que eu era para fazer isso”

Oh!

Ele queria se bater, como ele não sabia disso? Ele pensou ter estudado absolutamente tudo a respeito da cultura das tribos, mas ele não sabia disso. Droga.

Por um momento ela pareceu sem saber o que fazer, mas após um instante onde ela apertou os punhos ao lado do corpo e com uma nova determinação ela disse “certo, por favor sente-se aqui” apontou para a beirada da cama. Intrigado Seth obedeceu,  sentou-se estoicamente e esperou por mais orientações, tentando focar nela e não no seu corpo os nos sons das moedas.

Ela atentou brevemente para seu corpo nu e então soltou um suspiro e se afastou três passos e fechou os olhos.

Mist começou lentamente. Os músculos abdominais flexionando gradualmente, enquanto seus pés descalços deslocavam-se para frente e para trás em pequenos passos, todo o movimento focado no fluxo de seu núcleo. Ela então olhou para ele. Seus grandes olhos marrons o focaram e ela levou as mãos até os cabelos. Desfazendo cada nó da trança em movimentos fluidos e por fim ela caiu, como uma cortina do mais profundo negro, em cachos, sobre ela.

Ele exalou, sentindo-se embebecido com a visão.

Com os cabelos todos para frente, cobrindo seu busto, ela então tirou o corpete que escondiam os seios. Languidamente e sem perder o próprio ritmo, ela desatou o nos das costas e o tecido caiu, libertando-os, mas Seth só podia ter uma breve visão, antes que Mist se arqueava e deslocasse seus quadris em sua direção, em uma cadencia mais acelerada e acentuada, onde a corrente em volta de sua saia adquiria seu próprio compasso.

E ela teria atingido o pico, o clímax daquele movimento feito para lhe roubar o folego, quando suas mãos impacientes tomou-a para si.

“oh” ela foi pega de surpresa, quando sentiu ser puxada para a cama.

E Seth a beijou novamente, completamente perdido.

“mas...mas eu não terminei” ela cortou recuperando o folego.

Relutantemente encostou a testa na sua, tentando encontrar o próprio foco, “faremos isso da próxima vez” disse ele, mal podendo se segurar e então arrostou sua própria boca.

Arfando, ela mesma correspondeu.



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