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História Tesouros Ancestrais - Lembrete


Escrita por: GuttoSouza

Notas do Autor


Então... esse é o capitulo 2, essa história ta meia sem sal, mas vai melhorar

Capítulo 2 - Lembrete


A noite ainda estava fria e o vento gelado batia no rosto de Karina assim como batia no rosto de Gabriel. Aquilo era inacreditável de qualquer maneira. Mas mesmo tentando pensar que não era nada verdade, estavam flutuando. O colar... o colar fez aquilo tudo. Aquele escudo impenetrável e agora dava a Karina o poder de voar.

Eles flutuavam pela cidade e a noção do tempo foi perdida por causa do medo. Quando enfim, Gabriel se queixou de dor nos braços por estar pendurado, Karina começou a descer e pousou no terraço de um prédio alto. Gabriel colocou os pés no chão e se agachou abraçando as pernas afim de se esquentar. Karina também pousou e no momento em que colocou os pés no chão o colar parou de brilhar.

-Diz que isso tudo é um sonho e que nós vamos acordar achando graça de ter sonhado com algo tão estranho assim.

-Eu queria, Biel. Queria que fosse mentira, mas... meu avô...

Karina não conseguiu falar, apenas se jogou ao lado do amigo e encostou a cabeça no ombro dele.

-Eu estou tão assustada quanto você.-Ela disse. –Esse colar é isso tudo, meu avô sabia e não me contou nada.

-Karina, ficar remoendo isso agora não vai adiantar. Você está tremendo muito.

-Eu... eu sei.

Gabriel então passou o braço pela cintura da amiga e a envolveu em um abraço que para ele era tudo, mas para Karina era apenas uma forma de se manterem aquecidos.

Karina então olhou por cima do ombro do amigo e viu uma porta, ela dava passagem para dentro do prédio. Eles se levantaram rapidamente e foram em direção a porta, Gabriel pegou na maçaneta e a forçou para baixo. A porta abriu sem fazer barulho e os dois amigos entraram para dentro do prédio.

Dentro de um carro de luxo, estavam amarrados o senhor George e Felipe, pai de Gabriel. Olhando para eles estava Nestor, que dava a impressão de estar muito nervoso.

-Nestor... eu não pude deixar de notar que você atirou contra aquela arvore...

-Calado velho. Não me obrigue a atirar em você.

-Não se parece nada com o Klaus...

-Meu pai está morto.

-Mas você ainda está fugindo do assunto. Por que gastou balas com uma árvore.

-É algo que você não entenderia, tio George. É algo ligado pessoalmente a mim.

O pai de Gabriel não estava entendendo nada daquela conversa. O cara rico e bandido estava chamando o senhor George de tio, mas pelo que ele sabia o George não tinha nenhum parente, mas também não era de sempre que ele o conhecia.

George então perguntou a Nestor quantas horas e ele apenas respondeu que era tarde e a temperatura estava amena, que os garotos teriam que aparecer mais cedo ou mais tarde.

Enquanto isso, Karina estava sentada em um degrau da escada e Gabriel no abaixo, eles estavam tremendo, o frio estava cortando o rosto deles.

-Ká, não tem como você fazer aquele troço de fogo não?

-Quer queimar esse lugar todo? Mesmo assim, Biel, eu não sei como fazer. Aquilo só aconteceu por que eu estava na mira daquele revolver.

-Isso ta tão estranho. Quem era aquele cara estranho? E parecia que seu avô conhecia ele.

-É verdade... temos que salvar meu avô.

-Salva-lo? –uma voz estranha ecoou. –Não há como tirar das mãos do Nestor aquilo que ele toma.

-Quem está ai?-Karina se levantou e procurou em volta. –Responda!-ela olhou para baixo. –Ande. Quem está ai?

Mas em vez de respostas, o que se ouviu foi sons de passos subindo as escadas, e depois de vozes. Karina queria voltar para o terraço, mas Gabriel se queixou de estar sentindo muito frio e antes que ela pudesse ao menos sequer convencer-lo a se levantar, dois homens apareceram no vão dos degraus de baixo.

-Quem são vocês?-um deles perguntou. –Como chegaram aqui?

-Não... não importa, mas olhe meu amigo. Ele está passando mal. Ele tem pneumonia e ficou nesse frio. Me ajudem por favor.

Os dois homens olharam para Gabriel e viram que ele estava realmente mal. Eles levaram os dois para um quarto vazio, e falaram para eles passarem a noite lá. Que de manhã, iam conversar sério com eles, seus pais ou quem sabe a policia.

Dentro do quarto, Karina estava sentada ao lado de Gabriel.

-Logo de manhã, nós vamos embora entendido?

-Sim. Mas esses caras vão estranhar.

-Nós é quem devíamos estranhar eles. Nunca vi tanta hospitalidade assim. Biel, eles querem alguma coisa da gente...

-Ok, ok. Durma. Toma aqui esse cobertor.

Eram mais ou menos quatro e cinqüenta da manhã, quando Gabriel acordou sentindo algo se movimentar ao lado dele.

Quando ele se virou, um vulto correu para o banheiro, fazendo barulho ao correr, assim acordando Karina. Ela se levantou segurando o colar e foi para direção do banheiro junto com Gabriel. Ambos segurando algo na mão, caso precisassem se defender.

Eles pararam na porta, quando escutaram a porta do Box se abrir e depois fechar. Quando perderam o medo entraram e abriram o Box, mas não havia ninguém ali. Nem mesmo qualquer rastro que indicava que alguém esteve lá.

-Que merda é essa?

-Biel... vamos embora.

-É de madrugada ainda. Vamos esperar amanhecer. Deve estar frio.

-É... mas se sairmos agora podemos não ser notados, mas de manhã, aqueles caras vão querer satisfações.

-Tudo bem... vamos ver se tem alguma coisa pra tampar o frio.

Ele foram em direção ao armário e não encontraram nada, quando voltaram para perto da cama, notaram que havia dois sobretudos em cima da mesma.

-Mas... Quem colocou isso ai?

-Não sei, mas vamos pegar.

-Olhe cada bolso. Cada centímetro. Vai que tem algum localizador?

-Estamos no Brasil, Karina. Não tem isso aqui.

-É melhor não tentar a sorte.

Depois de examinar os sobretudos, Karina e Gabriel os vestiram e saíram de fininho do prédio. Quando Gabriel ia chamar o elevador, foi reprimido pela amiga, e então foi em direção a escada para descer, mas Karina tinha outro plano em mente, ela o puxou pela manga do sobretudo e começou a subir a escada.

-Por que você quer estar aqui em cima? Temos é que descer.

-Para as câmeras pegarem a gente? Nem pensar. Afinal, temos outro meio de descer. –ela falou mostrando o colar.

-Não vou arriscar cair daqui de cima.

-Vai por mim. Vai dar certo.

-Tem certeza que não vai me deixar cair dessa altura toda? Eu sou mais pesado que você.

-Eu te carreguei até aqui, não?

-E me deu uma baita dor nos braços. Aposto que os seus também estão doendo.

-Nós só vamos descer para o outro lado da rua. Não vou te carregar até o outro lado do mundo. Vamos. Segura meus braços e eu seguro os seus.

Os dois entrelaçaram os braços e Karina deixou seu pensamento fluir até o colar e pensou em estar no chão, ele poderia teletransportar-la? Mas nada aconteceu. Então ela pensou em voar, e o colar começou a brilhar e ela e seu amigo começaram a flutuar, Karina então olhou para o seu alvo e seu corpo começou a se projetar para lá. Estavam descendo para a rua, apenas voando. Pousaram. Gabriel se soltou e se ajoelhou, estava passando mal. Com vertigens.

-Biel? Você está bem?

-Vou ficar. Mas pode sossegar. Vamos Ká, temos que ir embora daqui.

-É... vamos.

Karina e Gabriel começaram a andar de inicio sem rumo, mas depois o garoto lembrou-se de uma tia que morava não muito longe dali, e que poderia ajudá-los a se esconder e a planejar o passo seguinte.

Quando amanheceu, Nestor chegou até um grande prédio, que era um hotel. Ele subiu até o penúltimo andar e se encontrou com dois homens que trabalhavam ali.

-Eles... Eles estão aqui.

-Tem certeza.

-Você é o homem que procura dois jovens, um garoto e uma garota com um colar de pássaro? Então devemos ajudá-lo.

-É claro que deve, foi eu quem paguei muito dinheiro para os grandes donos de hotéis dessa cidade. Eles estão mesmo aqui?

-Sim. Não os deixamos sair.

-Ok.

Quando entraram encontraram um quarto totalmente vazio, e totalmente arrumado, como se ninguém tivesse estado ali.

A cara de Nestor estava cheia de raiva, aqueles idiotas o enganaram e ele caíra. Tolos por causa de dinheiro. Um deles correu dizendo que ia para a sala de segurança checar as câmeras, já o outro ficou sozinho com Nestor no quarto.

-Mas... eu não entendo...

-Eu não estou gostando disso.

Nestor sacou seu revolver e mirou para o homem na sua frente que congelou ao ver que estava na mira.

-Senhor... por favor! Eu não posso morrer agora. Tenho família.

-Eu devo matá-lo por mentir tão descaradamente. Não sabe como eu fico nervoso quando alguém me desaponta ou me faz de idiota.

-Mas não fizemos. Os garotos estiveram aqui. Vieram pelo terraço. –O homem se ajoelhou. –Eu... não sei o que houve.

Quando aquele homem se ajoelhou, permitiu que Nestor visse um papel em cima da escrivaninha.

Ele mandou o homem sair da frente e se sentar. Ele então pegou o papel e o leu :

Olá Nestor. Sim. Eu estive por aqui. Amedrontei aqueles dois para que eles não caíssem nessa sua armadilha imunda. Ah Nestor... Quando você vai perceber que seus ideais não vão a lugar nenhum enquanto as pessoas tiverem medo de você. E outra. Eu ainda lembro da minha promessa. Enquanto eu viver e tiver esse tesouro, eu sempre vou atrapalhar seus planos.

P.S : Aqueles tiros eram realmente para mim? Melhore sua mira! Você pode não me ver, mas eu estou seguindo cada passo seu.

-Desgraçado! –Nestor gritou. –Eu ainda vou matar você...

-Senhor. Tem que ver isso.

-O que?

-As câmeras de seguranças gravaram algo peculiar.

Na sala de segurança, Nestor via nas imagens os dois amigos irem em direção ao elevador, mas Karina fala algo para o amigo e eles tomam o rumo da escada, depois as câmeras da escada não os gravam descendo mas subindo. No terraço não haviam câmeras, mas fora do prédio sim. E uma câmera os flagrou virando uma esquina.

-Como eles chegaram lá eu não sei.

-Mas eu sei. Para onde aquela rua vai?

-Para o centro.

-Tudo bem. Obrigado.

Quando ia saindo, Nestor parou com a pergunta do homem que estava na mira da arma.

-Senhor... posso saber o que estava escrito naquele bilhete que me livrou de um tiro?

-Estava me lembrando que eu tenho mais demônios para me preocupar do que apenas um subordinado como você.

Depois disso, Nestor saiu e entrou em seu carro e mandou o motorista em direção a rua que os garotos tinham ido.


Notas Finais


ok ok, na proxima eu coloco o romance mais acentuado entre esses dois miguxos


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