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História Tesouros Ancestrais - A Viajem


Escrita por: GuttoSouza

Notas do Autor


então... que biela mierda

Capítulo 3 - A Viajem


Na casa de sua tia, Gabriel contava tudo o que estava acontecendo, ela meio incrédula, não acreditava, mas Karina ativou o poder do colar e começou a flutuar na sala, fazendo a mulher se jogar no sofá, atônita.

O nome dela era Soraya. Era a irmã do pai de Gabriel, e agora estava morrendo de preocupação. Pois seja lá quem fosse aquele cara que estava perseguindo seu sobrinho e a amiga dele poderia pesquisar sobre seu irmão e chegar até ela. Mas naquele momento o que importava era consolar aquela menina que estava tão abatida quanto seu rosto mostrava.

Ela preparou um delicioso jantar, e chamou os garotos para comer. Praticamente toda a refeição foi silenciosa e Soraya resolveu quebrar o gelo.

-Você tem ao menos uma idéia de quem seja esse cara?

-Nenhuma. Nunca o tinha visto antes, mas parecia que meu...

-Parecia que?

-O avô dela, titia. Parecia que ele conhecia aquele cara. E mesmo assim, ele não pensou duas vezes antes de atirar contra nós. Demos sorte que o colar fez aquele escudo.

-Então, o senhor George sabia de tudo sobre esse colar e nunca tinha lhe contado?

-Sim. Pelo menos é o que parece.

-Meu DEUS... isso é muito confuso.

-Mas titia, a senhora era a melhor amiga da mãe da Karina, e a gente sabe que esse colar era dela. Você não sabia sobre os poderes dele?

Soraya pareceu suar frio com aquela pergunta e foi a partir disso que Gabriel e Karina se entreolharam e depois se dirigiram a ela com uma cara de questionamento.

-Titia... a senhora sabe de algo?

-Eu?... É claro que não.  Por que a pergunta?

-Por que a senhora está nervosa.

-Esse colar não faz você flutuar, nem faz um escudo em forma de pássaro gigante.

Naquele momento Karina se levantou e tirou o colar para fora da blusa e o mesmo começou a brilhar. Naquele instante a tia de Gabriel se levantou e se escorou na parede, amedrontada.

-Pare. Por favor. Eu passei esses últimos anos pensando que o que esse colar faz é apenas ilusão. Que essa coisa não trouxe tanta desgraça para sua família.

-O que? –Karina agora estava confusa. –Soraya... Você sabe algo que eu não sei?

-Tudo bem. Esse colar como você deve saber é uma relíquia de família. Mas ele não era bem da sua família. O que sua bisavó contava para sua mãe, era que esse colar era parte de um tesouro a muito esquecido, e que haviam mais duas peças. Que juntas elas tornam quem as possui, indestrutível.

-E...

-E um dia, um homem chegou do exterior. Ele e seu filho. Seu nome era Van Klaus. Ele tinha um filho chamado Nestor. Esse tal Van Klaus queria juntar os tesouros para fazer desse mundo um lugar melhor. Mas quando viu que os três tesouros estavam espalhados pelo mundo e eram jóias de valor muito estimado, não seria fácil. Ele já tinha dois daqueles tesouros. Mas quando viu que o colar era uma jóia de família, dada para aquela ramificação pelos próprios criadores do tesouro. Van Klaus resolveu deixar para lá esse plano. E se foi, mas o filho dele era bem mais ganancioso e queria os tesouros só para ele, mas o pai não deixou. Mas agora... ele está de volta.

-Então esse cara é filho desse tal de Van Klaus?

-Sim. Van Klaus e o senhor George fizeram uma grande amizade e eram praticamente irmãos e depois nós nos mudamos para cá e a vida ficou sossegada. Até agora.

-Dona Soraya, se não for muito incomodo. Como foi que você soube dos poderes do colar?

-Junto com Katherine. Ela estava grávida de três meses quando o colar a protegeu de um pedaço de viga que vinha caído de uma construção.

-Minha mãe...

-Karina. Eu não sei o que deu nela para fazer o que fez. E depois foi embora. Nunca mais tive contato com ela.

-Não importa. Escuta Biel. Se existem mais dois tesouros, nós temos que encontrá-los. Só assim nós vamos parar esse tal de Nestor.

-Mas, Ká... nós nem sabemos por onde começar.

-Eu tenho uma idéia.

-Fala titia.

-Em São Paulo tem um lugar que uma família vive apenas para contar a história desses tesouros. Talvez ajude vocês a encontrar essas coisas.

-Mas, como vamos para São Paulo?

-Simples. Vocês vão de carro.

-Que carro?

-O pai do Gabriel deixa um carro aqui em casa, e eu por um acaso sei dirigir e tenho carteira. Eu levarei vocês até lá. Mas depois eu não posso me envolver mais.

-Titia, a senhora é irmã do meu pai, e ele é refém. Aquele cara vai vir atrás de você, você já está envolvida.

-Chega de falar. Vamos arrumar as malas e pegar comida. A viajem é longa.

-Eu, não tenho roupas.

-Eu trabalho com um centro de caridade. Tenho algumas roupas que podem ao menos servir em você.

Eles apenas encheram duas mochilas com comida e algumas roupas e levaram dois cobertores para se aquecerem na noite, e então entraram no carro e saíram em direção a São Paulo.

Nestor estava apontado a arma para o pai de Gabriel. Ele já havia ameaçado o velho George, mas o senhor nada disse. Porém quando se encontra alguém com tanto medo da morte é fácil retirar respostas.

-Tudo bem. Tudo bem. Eu tenho uma irmã que vive no centro. Essa rua leva para lá. Eles devem ter ido pra lá.

-Ótimo. Ótimo. Mostre o caminho. E quando chegarmos lá. Você vai os convencer a sair. Eu pego meu colar e ninguém sai morto. Desta vez eu prometo. Pela alma do meu pai.

Dentro do carro, Karina estava com o colar na mão. O examinando.

Ela então olhou para Gabriel e o flagrou olhando para ela de um jeito diferente, algo que ela ficou totalmente sem jeito.

-Biel! O que foi?

-An? Nada. Eu só...

-Vocês dois tinham que procurar descansar. São quatro horas e alguns minutos de viajem sem parada, então é melhor irem dormir.

Ricardo, o pai de Gabriel, bateu na porta da casa da irmã, mas ninguém saiu. Ele então procurou por uma janela e viu que a casa estava vazia. Atravessou a rua e perguntou a uma vizinha o que Soraya tinha feito, e a senhora falou que ela saíra com duas crianças com o carro, e dissera que estava indo para São Paulo resolver alguns problemas. Depois disso, Ricardo voltou ao carro de luxo e contou a Nestor o que a senhora lhe tinha dito. Depois de escutar tudo. Nestor mandou o carro seguir para o aeroporto. Que eles iriam fazer uma viajem para São Paulo. E que se George e Ricardo soubessem de algo, eram bem melhor falar. Pois não precisariam ficar na frente de um revolver.

No caminho para São Paulo, Karina se pegou olhando para Gabriel também, mas ele estava dormindo. Roncando até. E isso permitiu que Soraya falasse com ela.

-Vocês se gostam não é?

-Não. Nós somos apenas amigos. Nada mais. Nada menos.

-Mas, você viu o jeito que ele olhou para você e o jeito que você está olhando para ele agora...

-Isso não significa nada. Eu só estou sendo grata por ele estar passando tudo isso junto comigo.

-Vai por mim garota. Eu conheço o amor de perto...

-Isso não é amor eu já falei. Eu... deixa pra lá.

Karina se virou para o lado e ficou olhando para a paisagem que passava como um borrão na janela do carro.

Ela então se permitiu descansar, só queria acordar quando tivesse a certeza de que tudo que estava vivendo não passava de um sonho. Mas essa era a verdade, aquilo não era um sonho. De forma alguma ela poderia ficar a toa, não num momento como aquele. Tudo poderia dar errado. E não se poderia confiar em ninguém.

Nestor estava em um helicóptero observando o caminho abaixo. Ele fez questão de mandar o piloto seguir a estrada para que Ricardo pudesse reconhecer o carro da irmã. Caso isso fosse possível. Mas era. Pois o carro tinha no teto externo uma espécie de adesivo florescente que se notava de longe. Era um dos caprichos da irmã.

Dentro do carro, Karina estava comendo bolachas junto com Gabriel quando ele olhou para o auto e viu um helicóptero. Aquilo o encheu de medo, pois o helicóptero estava bem acima deles, e parecia baixar mais de tempo em tempo.

-Tia. Olha esse helicóptero. Ele ta assim faz tempo.

-Não posso olhar. Karina, olhe.

No helicóptero, Nestor abriu a porta, estava em uma distancia favorável a seus olhos, e quando ele colocou a cabeça para fora seu olhar encontrou com o olhar de Karina e ele teve certeza de que aquele carro era o informado por Ricardo.

-Dona Soraya! –Karina falou assustada colocando a cabeça para dentro do carro. –É aquele homem! Eu tenho certeza.

-Como sabe? –Gabriel pareceu duvidar. –Você está assustada. Pode ter confundido.

-Eu sei o que eu vi!

-Ele pode ter razão...

Quando Soraya ia terminar de falar, um onda de tiros atingiu o teto do carro, tiros esses que alguns transpassaram a carroceria e atingiram o ombro de Soraya e a perna de Karina.

Ela então deu um grito de dor e o braço da tia de Gabriel perdeu o movimento. Desregulando o carro, o fazendo dar zig-zages na pista.

-Nós vamos morrer! –Gritava Soraya. –É o fim!

-Não, não é.

Falando isso, Karina tirou o colar e o apertou com força, desejando um escudo, e em cima do carro, a forma de pássaro flamejante se formou, protegendo o carro de tudo que fosse jogado contra ele.  

-É, velho, você mentiu, quando disse que ela não sabia usar o colar. Que aquele dia foi apenas sorte. O que você tem a dizer sobre isso?

-Eu... Eu realmente não tenho nada a falar. Ela deve estar aprendendo a usar.

Eles então não esperavam que o carro tomasse um caminho deferente e entrasse em um túnel.

Dentro do túnel, Karina ainda estava em tranze, por causa do que o colar fez. Sua perna ainda doía, assim como o braço da tia de Gabriel.  Mas o garoto as encorajou a abandonar o carro e pedir carona até o resto do caminho. Só assim poderiam sair de lá sem que o Nestor pudesse pegá-los.

E assim fizeram. Soraya pediu para um caminhoneiro parar e mostrou os ferimentos dela e de Karina para ele e falou que devia chegar urgentemente ao hospital, e o caminhoneiro logo os mandou entrar. Depois disso, eles só desceram em um hospital lá em São Paulo, e a retirada das balas foi rápida.

Depois disso, Soraya tirou dinheiro da bolsa e pagou um taxi, ele cobrou caro, pois onde estavam indo era longe. Bem longe.


Notas Finais


vamo lá


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