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História Teus fios negros - Único


Escrita por: Baeju

Notas do Autor


Olá marilene
Postei e sai correndo
Espero que gostem desse neném,
Boa leitura! <3

Capítulo 1 - Único


Fanfic / Fanfiction Teus fios negros - Único

Tep, tep, tep. O inquieto Jimin batia compulsivamente seus dedos no banco frio e enferrujado da praça. Ah, maldito banco.

 Jimin sabia que não era uma boa ideia. Sabia que não valia a pena, sabia que se quebraria. Sabia, sabia de tudo. 

 E no final, não sabia era de nada.

 

Jimin o achava lindo, com seus olhos castanhos e sedosos fios negros.

Negros como a noite e brilhantes como as estrelas.

Perfeito até demais para esse mundo, Jimin pensava.

 

Eles se encaixavam, era óbvio. 

Tinha que tentar, tinha que se arriscar. Era o que sua mãe lhe dizia todos os dias, afinal.

 

E se arriscou. Deu seu primeiro passo, rumo ao precipício. Estava cego, era inegável. Mas não se importava. 

Quer dizer, estar cego não parecia ter importância.

Não para Jimin, o bravo Jimin.

 

Convidara o jovem para uma volta no parque, sem compromisso. Apenas um encontro, Jimin repetia mentalmente.

Não, 

Não era mais Jimin, era apenas um garoto confuso com um turbilhão de sentimentos em si.

Onde estava o bravo Jimin agora?

 

Tep, tep, tep. As formosas gotas de chuva faziam quando se chocavam contra o velho banco coberto por ferrugem. 

O cheiro de terra molhada dominara a pequena praça. Jimin gostava do aroma. Era perfeito.

Só não tão perfeito quanto o menino de cabelos negros.

 

 O menino chegou, junto com a forte chuva e as lufadas geladas de ar que bagunçavam cabelos alheios. Andar gracioso, expressão serena. Olhar?

Indecifrável.

Perfeito, Jimin repetia.

 

Dedos inquietos de Jimin, creio que foi culpa deles.

É, deve ter sido.

Entregara ao garoto uma rosa negra. Só não tão negra quanto suas madeixas.

 Ah, e que madeixas.

 Perfeito, perfeito.

 

Nervoso? Feliz? Realizado? Jimin nem sabia.

“Eu g-gosto de você.” Sussurrou, olhando seus pés.

Para onde foi o bravo Jimin? 

 

Tão rápido quanto as folhas flutuantes que se prendiam das árvores, Jimin sentira seu rosto formigar.

O menino perfeito, o menino de cabelos negros.

Ele havia lhe acertado um tapa.

 

Tão rápido quanto os carros apressados que passavam pela rua, a rosa negra pousara no chão.

 A linda rosa negra.

 Só não tão linda quanto o rapaz de fios escuros.

 

Tão rápido quanto as pessoas fugindo da raivosa chuva, o menino dos cabelos negros fora embora.

 

Tep, tep, tep. Os sapatos caros do moreno faziam, quando acertavam em cheio as poças d’água.

 

 Jimin estava estático, sem reação.

 Para onde foi o bravo Jimin, uh?

 

Raiva? Tristeza? Ódio? Jimin nem sabia.

Na realidade, não sentira nada, não lhe caíra a ficha ainda. As únicas coisas que sentia eram as grossas gotas de chuva, passeando livremente sobre seu corpo.

 

Jimin catara a rosa negra do chão, em meio as folhas derrubadas pelo vento.

Colocara a flor diante de seu olhos.

A rosa negra era perfeita.

Só não tão perfeita quanto o menino de fios negrumes.

 

Era para ter dado certo, era para ter funcionado, era para ter sido lindo, era, era, era...

E não foi.

 

Uma lágrima. Depois outra, outra e outras...

Seu peito doía. E, droga, doía como inferno.

E olha que Jimin era novo demais para problemas cardíacos.

 

Inconsequente, Jimin pensava.

Afinal, havia esquecido de um detalhe.

Maldito detalhe.

 

Jimin não lembrara:

Amor não tem anestesia.

 

Tep, tep, tep. Faziam às delicadas pétalas negras, quando se chocavam com o solo.

 

Bem me quer, mal me quer, 

Bem me quer, mal me quer, 

Bem me quer...

Mal me quer.

 

Chorava como nunca.

 Mas não ligava. Sabe, o céu também mostrava suas condolências, quando misturava as voluptuosas gotas de chuva com as salgadas lágrimas de Jimin.

O céu chorava em sintonia com Jimin.

 

O garoto olhara para cima, sem sequer se preocupar com as folhas secas e a água despencando sobre si.

 

O céu estava negro.

Como os fios do menino.

 

Jimin abraçara seus joelhos, assim como fazia quando menor.

Para onde foi o bravo Jimin?

 

Estava despedaçado.

Como as folhas negras espalhadas pelo chão, que algum dia já foram algo bonito.

 

Naquela noite,

A escuridão o desalmou.

 A escuridão dos malditos fios negros do menino.

 

Encolhido no pequeno banco, como uma criança com medo do mundo,

Jimin não estava sozinho.

 

Tinha a chuva para lhe fazer companhia.


Notas Finais


Hmmm, eu sinceramente adorei escrever esse OS.
To com uns outros projetinhos aqui, mas eles devem demorar um pouco pra ficarem prontos

Entaum... tchau <3 <3


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