História Texting - Jimin - Teu sobrenome é anta ou é trouxa?

" O amor é vermelho como fogo. Então sopre o vento de maneira que faça ele crescer.

Isso é um remédio ou um veneno? Nem minha mãe sabe.

Há um ladrão no meu coração, mas por que a polícia não sabe?

Derrame seu óleo no meu coração ardente, beije ele até ter uma conclusão.

Eu não sei, mas sinto falta dele.

Este é o vício passado, esse amor é rachado.

A cor do meu coração é preto. "

Uma semana depois. 

— Aigoo, Brooke! O que você colocou dentro dessa mala? De certo fora a América e a Ásia inteira. — Hoseok reclamava, enquanto carregava minha mala até o ônibus que nos levaria ao acampamento. 

— Meu filho, oque mais tem aí dentro é comida. Aish, deixe de ser frouxo! — rebati, roendo minha unha. 

Estávamos em frente ao colégio, a espera da chegada dos nossos amigos. O dia do acampamento havia chegado, e com a insistência de meus amigos, eu acabei cedendo e resolvi ir acampar com minha sala e a sala do lado. 

— Aigoo! — exclamou Hoseok, quase me matando de susto, pelo tom elevado de sua voz.  — Você nem me contou como foi essa semana com o stalker. — ele me lembrou do homem. 

Aliás, lembrou não. Até porque eu não conseguia esquecer o anônimo, ou stalker... Como o cara havia sido apelidado. 

— Uh, essa semana mal nos falamos. Ele estava ocupado, acho. Enfim, não nos falamos direito, e talvez, isso seja algo bom. — murmurei, observando alguns alunos conversarem próximo ao ônibus. 

— Ah, claro. Como se você tivesse realmente achando isso bom. — o encarei confusa. — Brooke, eu te conheço tempo o suficiente para saber que você está se remoendo de saudades de falar com ele. — cerrei meus olhos ao ouvir Hoseok dizer tudo aquilo, ainda rindo de minha cara. 

— Eu devo ser muito trouxa mesmo. Jesus Cristo, não é possível. Eu estou aliviada por não estar falando com ele, sério. Qual é? O cara me ameaçava, ameaçava pessoas que eu amo... — fui interrompida por Hoseok.

— Ele te fez gozar. Brooke, hoje em dia isso é algo muito importante. É muito difícil encontrar alguém que te dê prazer. — ele relembrou este ocorrido, me fazendo corar.

— Aish, cale a boca. Eu não gostei do que aconteceu, só para esclarecer. — falei, tentando parecer séria. Mas quando Hoseok começou a rir, deduzo ser da minha cara, eu não me aguentei e danei a rir também. 

— É, você é trouxa mesmo. — o mais velho bagunçou meus cabelos. 

-

— Meu cabelo 'tá muito esquisito? — Jungkook perguntou, sentando ao meu lado no ônibus. 

— Não, está lindo, como sempre. Aliás, você está muito arrumado, mais do que o normal. Você está ligado que nós vamos para o meio do mato, não é? — eu disse, rindo de como ele teimava em arrumar seu cabelo. 

— Eu sei, infelizmente. — fez um bico. — Na verdade, estou assim porque quero conquistar uma pessoa... — ele me olhou com um sorriso de lado. 

— Ai. Meu. Deus. — falei pausadamente. — É uma garota?

— Lógico que é! — exclamou alto, mas com certeza ninguém no ônibus reparou em seu tom de voz, a maioria gritava ao invés de falar em um tom normal. 

— Aish, Jungkook! Você não precisava ter enrolado tanto assim para se declarar para mim, olha, nós já poderíamos estar namorando. Altos sexo á noite. — brinquei o fazendo gargalhar. 

— Opa, baby. — ele entrou na brincadeira, passando a mão em minha coxa descoberta.

— Argh, para com isso, eu sou menina e sinto certas coisas com esse toques. — tirei sua mão de minha coxa, ele apenas riu olhando para trás.

— Caralho, o Jimin chegou! Vou sentar com ele. — Jungkook fez menção de se levantar, porém o segurei com força. — Ai não, Brooke. Ele vai sentar perto da Lisa, é ela quem eu quero conquistar. — o olhei surpresa, mas em seguida deixei o mesmo ir. 

Olhei para trás, e vi Jimin cumprimentar várias pessoas, inclusive os meninos que foram se sentar lá atrás. Eu estava a uns quatro bancos á frente de onde os garotos estavam sentados, me senti na solidão, mas isso logo passou quando vi Taehyung ocupar o lugar que antes era de Jungkook. 

— Se importa se eu me sentar aqui? Os meninos irão fazer muito barulho, e eu estou com dor de cabeça. — ele falou, totalmente fofo. 

Parei de secar o Jimin e passei a olhar para o garoto ao meu lado. 

— Claro que não me importo, Tae. — sorri doce para o mesmo. 

Ele ficou quieto, encarei a porta do ônibus e pude ver Alexia entrar pela mesma, ao lado de suas amigas. Um sorriso se formou em meus lábios quando nossos olhares se encontraram. Ela acenou e como sempre, veio saltitando até mim. Sentou-se no banco vazio a minha frente, logo passou a me olhar.

— Ei, saudades. — ela sorriu.

Tão linda, pensei.

— Eu também senti. — toquei seu nariz com a ponta de meus dedos. 

— Argh, o vômito está subindo. — V fez uma careta. Rolei meus olhos com isso. — Vocês são muito lésbicas, pelo amor. — ele fechou seus olhos, ainda com uma careta. Apenas ri com isso.

— V... — Alexia murmurou, toda boa. 

— Nem vem, não vou sair daqui. Se aquiete aí. — ele disse, sorrindo maldoso. 

Alexia bufou, ainda mantendo nossas mãos entrelaçadas, fazíamos carinho uma na outra.

Graças a divindade do meu espelho, o ônibus começou a tomar o caminho do acampamento, seria um longo caminho, então me mantive quieta. De minutos em minutos eu olhava para trás, e meu olhar sempre ia de encontro com o de Jimin, o mesmo retribuía com um sorriso maravilhoso. Sentia meu rosto corar com sua atitude, mas ainda sim gostava. 

Não deixava também de pensar no anônimo, e no último dia que nos vimos. Na noite em que ele dormiu em minha casa, mesmo que na manhã seguinte, quando despertei de meu sono, ele não estava mais lá. Desde esse dia em diante, não nos falamos mais. 

Eu deveria ficar feliz, porém, sentia um certo vazio. 

Argh, odiava isso. Eu nem sei quem ele é. 

A única coisa que tenho dele, é um anel que o mesmo deixou cair, durante sua passagem por meu quarto. 

Ao lembrar disso, peguei o mesmo que estava no bolso de minha calça e comecei a observa-lo. Tinha grafitado no mesmo as letras "P.J", eu não fazia ideia do que era. Mas achava o anel tão bonito, eu passei a andar para todos os locais com ele. 

— O que faz com o anel do Jimin? — Taehyung me assustou, com sua fala. Eu estava concentrada em meus pensamentos, tanto é que nem percebi que a maioria dos alunos dormiam em seus bancos. Isso incluía Alexia. 

— O que? — perguntei assustada. Como assim anel do Jimin?

— Esse anel é do Jimin, Brooke. — ele falou, seu olhar alternava entre o anel e meu rosto. 

Jimin?

Anel?

Dele?

— Não. Não é possível. Não é dele, acho que você está confundindo. — falei rindo de nervoso.

— Teu sobrenome é anta ou é trouxa? — ele ironizou. — Esse anel é único. Apenas eu e os meninos temos. Mandamos fazer quando fomos em uma viajem á Busan. — explicou. — Olha, tem até as inicias do Jimin. — pegou o anel de minha mão, mostrando em seguida as iniciais. 

Céus. 

"P.J" 

É de Jimin.

— Park Jimin. — V falou em um murmuro. — Assim como o meu também tem. Isso é único, não tem erro. Esse anel é do Jimin. — ele me devolveu, ainda sorrindo simplista.

— Oh... Eu achei... Na... Rua. Ele deve ter deixado cair... Eu não sei... — sussurrei, sentindo minha voz sair falha. 

— Uh, normal. Jimin é desleixado assim mesmo. — V riu, mas logo voltou a fechar seus olhos, talvez buscando novamente por seu sono.

Com isso, olhei subitamente para trás. E lá estava Jimin, me encarando com seu típico sorriso de anjo. Ele parecia não ter tirado os olhos de mim por nenhum segundo, se quer. Isso me manteve acordada durante todo o caminho até o acampamento. 

Eu não sabia o que Jimin tinha haver com o stalker. E na verdade, eu sentia medo de descobrir. Temia em descobrir a verdade.

Algo me dizia que isso não era nada bom.

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PRÓXIMO CAPITULO;

— Sério que você nunca percebeu isso? — Hoseok se jogou na cama em que eu estava dormindo. Não era nem para ele estar aqui, no dormitório feminino. 

— Percebi o que, Hoseok? — perguntei aflorada. 

— Que o Jimin é louco por você, desde o começo do ano. — ele riu, comendo sogadinho. 

— Louco? Por... Mim? — sentei na cama, passando minha mão pela testa.

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"baby"

"daddy"

"máscara assassina"

— Cara, essa máscara é foda. Jimin usou uma vez, para nos assustar. — Jungkook falou animado, devolvendo meu celular. 

— Então ele tem uma máscara dessa? — questionei. 

— Sim! Acho que ele é o único, pelo menos pela região de onde moramos. — explicou o moreno, simplista.

"os olhares tenebrosos"

"amei sua calcinha, eu gosto de laranja"

"laranja é a minha cor favorita"

"a voz"

Não. Não, e não!

Não pode ser. 

— Vai continuar fugindo, Park Jimin?