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História Texting - Jimin - Vai continuar fugindo, Park Jimin?


Escrita por: Insjiminbanana

Notas do Autor


vrááá

Capítulo 15 - Vai continuar fugindo, Park Jimin?


Fanfic / Fanfiction Texting - Jimin - Vai continuar fugindo, Park Jimin?

" Se eu te dissesse o que eu era, você viraria as costas para mim?

E se eu parecesse perigoso, você ficaria com medo? "

 

— Estejam avisados novamente, nada de cruzar a trilha que leva em direção á floresta. Estamos entendidos? — fora a única coisa que eu consegui entender, vinda da supervisora de classe.

Meus pensamentos voavam e voavam, e não conseguiam de fato chegar á lugar algum. A dor de cabeça já se fazia presente.

— E então eu e sua mãe transamos, e olha... Que coisa foi aquela, hein. — Taehyung tirou-me de meus devaneios, com um sorriso de lado.

— O que?! — esbravejei. Não pelo que V tinha dito, mas sim porque vi Jimin conversar animadamente com Alexia.

— É brincadeira, Brooke. Eu e sua mãe não transamos, eu nunca faria isso... Não que ela não seja bonita, só que... — o interrompi, aflorada.

— Aish, você viu aquilo? — perguntei de um certo modo irada.

Eu não tinha certeza se Jimin é ou não o stalker, então não sabia direito o que pensar. Mas o ver falar com Alexia me fez ter um calafrio.

— Aquilo oque? — V perguntou.

Rolei meus olhos resolvendo deixar isso de lado.

— Deixa quieto. — mordi meus lábios.

— Estão liberados, podem ir para seus devidos dormitórios, logo mais será servido um lanche no refeitório. Então confiram a tabela com os horários, não se atrasem, e... Não sumam. — a supervisora concluiu sua fala, fazendo assim com que todos os alunos começassem a recolher suas malas.

— Cara, eu só quero ir logo acampar. — Yoongi se aproximou de mim e de V, enquanto comentava animado.

— Eu só quero dormir, essa viagem me cansou. — V pegou sua mala com muito esforço do chão.

— Eu achei que fossemos ir direto acampar. — falei, pegando minha mala do chão.

— E iriamos, mas como rolou todo aquele atraso para o ônibus chegar no colégio, e o fato de que já vai escurecer também. Decidiram que vamos amanhã de tarde, acho. — Yoongi me explicou, assenti olhando para a direção de onde algumas meninas estavam indo. Eu não sabia onde era dormitório, então só seguiria adiante.

— Nos encontramos depois? Vou guardar minhas coisas. — eu falei, os dois garotos assentiram, logo me afastei e fui andar ao lado de uma menina que me explicou onde era o dormitório feminino.

Depois que eu quase saí nos tapas com uma garota, por conta de quem ficaria com a cama de cima, Alexia praticamente ditou as ordens, e obviamente obrigou a menina á ficar com a cama de baixo. Eu sorri agradecendo para á morena.

— Nós vamos dormir juntas, certo? — Alexia perguntou, jogando-se na cama de uma das meninas.

— Claro. — respondi animada, tirando meu casaco e o guardando na mala. — Eu vi você falando com o Jimin... Sobre oque falavam? — perguntei como quem não quer nada.

— Ah, nada demais. Ele só queria saber se eu dividiria a barraca com você, eu disse que sim. — disse, assenti me virando para ela.

— E por que ele perguntou isso? — indaguei.

— Parece que os meninos queriam dividir a barraca com você, não sei... Acho que é isso. Só que obviamente, que a professora não é louca de deixar isso acontecer. — Alexia explicou, enquanto ria.

— É, ela não seria. — falei.

Após dizer isso, nós conversamos sobre muitas coisas, ficamos no quarto durante um bom tempo. Certo, nós nos beijávamos mais do que conversávamos. Eu não sabia o que viria dali para frente, tenho receio só de pensar que Jimin seja mesmo o stalker maldito.

-

Assim que eu saí do banheiro que ficava no dormitório, soltei um fino grito ao ver Hoseok jogado em uma das camas. Ele nem se moveu, me perguntei se o mesmo estava adormecido, mas logo ele levantou sua cabeça para me olhar.

— O que faz aqui? — questionei, ainda extasiada por conta do susto.

— Aigoo, você demora demais no banho, cruz credo. — falou o moreno, ignorando minha pergunta.

— Tava pensando na minha vida. Vai, agora me diz oque faz aqui. — fui em direção á minha cama. — Não sei se você sabe, mas aqui é o dormitório feminino, e é proibido a entrada de homens.

— Só estava afim de conversar, os meninos estão espalhados pelo campo, jogando e conversando. Não quis ficar lá. — deu de ombros.

— Uh, o Jimin está incluído? — perguntei simplista, mas no fundo morrendo de curiosidade.

— Sim, quando eu saí ele estava escrevendo um poema que a professora pediu. — riu para si mesmo. — Por que a pergunta?

— Nada, só curiosidade. — respondo, penteando meus cabelos que estavam desgrenhados. — Você sabe alguém que possa hackear um número de telefone? Estou pensando seriamente na possibilidade de pedir para hackearem o número do stalker que me manda mensagens. — falei, terminando de arrumar o meu cabelo.

— O Jimin é ótimo com isso. — Hoseok disse, me virei para ele no mesmo momento. — Ele é um mestre em hackear, pedi uma vez para que ele hackeasse o computador da professora de química, bem... Ele conseguiu e eu garanti dez na prova. — respondeu orgulhoso, rolei meus olhos com isso. Ele se levantou da cama de onde estava deitado e prosseguiu para a minha.

— Tem algo que esse garoto não saiba fazer? — questionei, cruzando meus braços.

— Ele não conseguiu conquistar você. — Hoseok respondeu, fuçando em minhas coisas, logo achou um pacote aberto de sogadinho.

— Como assim? — passei a encara-lo.

— Sério que você nunca percebeu isso? — Hoseok se jogou na cama em que eu estava dormindo. Não era nem para ele estar aqui, no dormitório feminino.

— Percebi oque, Hoseok? — perguntei aflorada.

— Que o Jimin é louco por você, desde o começo do ano. — ele riu, comendo sogadinho.

— Louco? Por... Mim? — sentei na cama, passando minha mão pela testa.

— É, tadinho, ele sempre nutriu um amor por você. Mas você já era bem grudada na Alexia, e todo mundo sabia no que isso iria dar. — ele explicou, ainda comendo.

— Mas... Eu passei a ficar com a Alexia vai fazer três meses. Jimin teve tempo demais para se aproximar de mim, e ele nunca o fez. — falei, ainda pasma.

— Aish, não sei o que tinha com ele. Ele sempre teve umas paranoias de não ser bom o suficiente para você. Mas jurou que um dia faria você ficar aos pés dele. — o moreno falou, mais concentrado ainda na comida.

Minha dor de cabeça parecia ter voltado mil vezes pior, martelando tão forte que por vezes achei que fosse explodir.

— Isso é tão... — Hoseok me interrompeu.

— Estranho? É.

-

Eu deixei o dormitório em passos rápidos, olhei para o céu e pude ver que ainda estava de certa forma claro, logo mais escureceria. Resolvi me juntar ao pessoal no refeitório, mas antes disso eu teria uma conversa com Alexia. Até tentei achar á morena, mas tudo o que consegui foi encontrar um Jungkook se abanando enquanto olhava para o nada.

— Ei! — exclamei, pulando em cima dele.

— Olá. — sorriu para mim, me puxando para sentar ao seu lado.

— O que faz aqui sozinho? — perguntei, olhando em volta.

— Ah, só vim pensar mesmo. — riu. — E você?

— Estava indo para o refeitório, mas te vi aqui e resolvi te fazer companhia. — expliquei, recebendo um sorriso como resposta.

— Estão dizendo que o pessoal irá se juntar á noite, para contar histórias de terror. — ele comentou, pegando minha mão e entrelaçando com a sua. — Você vai participar?

— Não sei. De terror já basta á minha vida. — falei irônica.

Ele riu, mas ficamos em silêncio por alguns minutos, com a minha mão que estava livre peguei meu celular do bolso de meu casaco. Fui na galeria e busquei pela foto de uma máscara idêntica á que o stalker tinha usado, quando invadiu minha casa. Eu baixei a foto para poder mostrar para alguém que viesse á poder me ajudar.

Talvez esse alguém fosse o Jungkook.

— O que acha dessa máscara? — perguntei, entregando meu celular para o garoto ao meu lado. Ele o pegou e avaliou a foto, antes de sorrir.

— Cara, essa máscara é foda. Jimin usou uma vez, para nos assustar. — Jungkook falou animado, devolvendo meu celular.

— Então ele tem uma máscara dessa? — questionei.

— Sim! Acho que ele é o único, pelo menos pela região de onde moramos. — explicou o moreno, simplista.

O ar em meus pulmões pareceu acabar, e tudo a minha volta rodar. Parecia que aos poucos tudo se encaixava.

Respirei fundo e guardei meu celular, tentei me concentrar em algo que não fosse o Jimin e o stalker. Tentei até dizer para mim mesma que não era nada do que eu estava pensando.

Talvez seja só coincidência, é possível.

— Vem, vamos para o refeitório! — Jungkook disse, após todo aquele silêncio. 

-

As mesas repletas de jovens, e o som estridente das conversas, juntamente com o bater dos talheres, não eram páreos para o barulho ensurdecedor de meus pensamentos que pareciam gritar e se auto-colidirem uns com os outros. 

Eu nem se quer prestava atenção no assunto que parecia ser bem animado, já que os meninos á minha volta estavam bem entretidos com o mesmo. Minha cabeça dava voltas e voltas, embora não chegasse a lugar algum. Eu estava perdida. 

Depois de tantos minutos sem comer nada, sem ao menos respirar direito. Meu olhar se chocou com o de Jimin, que estava do outro lado do refeitório. 

Ele batucava seus dedos na mesa, enquanto parecia me analisar. Entretanto, diferente das outras vezes, eu não desviei. Permaneci o encarando de volta, e isso pareceu não abate-lo, pelo contrário, talvez ele tivesse gostando de minha atitude. Um sorriso de lado se formou em seus lábios rosados, e consequentemente, o arrepio em meu corpo fora impossível de evitar.

Aqueles lábios rosados... Por que a impressão de tê-los visto de tão perto? De tê-los sentido em minha pele. 

Oh não, eu estou ficando louca. 

Me levantei de onde estava sentada, ignorando o questionamento de Namjoon sobre meu ato. Caminhei em direção á saída do refeitório, buscando por ar. 

Tudo aquilo estava simplesmente me matando. Sinto que obviamente já descobri tudo. 

— Ei, menina? — uma voz masculina despertou-me de meus pensamentos. Me virei repentinamente, tendo a visão de um garoto alto e magro, era da sala do Jimin. 

— Sim? — me aproximei um pouco. 

— Mandaram te entregar. — ele estendeu um papel, provavelmente um bilhete. Hesitante o peguei, agradecendo-o em seguida.

— Uh, pode me dizer quem mandou? — perguntei, antes de abrir o papel que se encontrava dobrado.

— Só me mandaram entregar, não faço ideia de quem mandou, sinto muito. — o menino sorriu sem mostrar os dentes. 

O esperei sumir de minhas vistas, para assim então poder abrir o bilhete. 

"Me encontre na entrada da trilha, daqui dez minutos". 

Sem assinatura, ou algo do tipo. Embora eu saiba perfeitamente quem mandou. 

Em passos rápidos, caminhei até onde estavam os poemas que a professora de português havia mandado alguns dos meninos escrever. De acordo com Hoseok, Jimin era um desses. É a última prova de que preciso para confirmar minhas suspeitas. 

— Ei, é aqui que fica os poemas que os garotos do segundo ano escreveram? — perguntei á uma menina que tirava foto de algumas pinturas. 

— Sim, só siga um pouquinho mais adiante. — assenti agradecendo e me distanciando em seguida. 

Procurei pelo poema que estivesse assinado com o nome de Jimin. Não demorou para que eu o encontrasse, também não demorou para que minhas pernas fraquejassem e me fizessem colidir com alguns banquinhos que estavam atrás de mim. Os mesmos caíram, trazendo consigo um barulho alto e irritante.

Céus. 

A letra é do Jimin. 

Choraminguei me recompondo, á menina de tempos atrás me olhou confusa. Dei meu melhor sorriso, levantei os bancos que tinham caído. Olhei por uma última vez o poema, e em seguida verifiquei a letra, já não tendo mais surpresa alguma... A letra é realmente do Jimin. 

-

Eu não sabia o que fazer. Literalmente. 

O céu estava nublado, e nesse momento eu caminhava em direção á entrada da trilha, o medo parecia se colidir juntamente com os batimentos do meu coração. 

Eu me perguntava como estava conseguindo andar. 

Afastei algumas folhas que vinham de encontro ao meu rosto, enquanto mantinha meus passos apressados. Me xingava mentalmente por não ter percebido logo que era o Jimin, que me mandava mensagens, que me ameaçava, e que tentou matar minha namorada. 

"Burra, burra, burra!"

"É isso oque você é!"

Como não pude perceber todos os sinais? O inicio das mensagens, a aparição repentina do Jimin na minha vida, sua forma estranha de querer me ajudar a lidar com o stalker. Tudo estava tão absurdamente na minha cara, como eu pude ler as estrelas de forma tão errada? 

"Daddy"

"Baby"

"A voz"

Os olhares que Jimin sempre me lançou, quando me via pelo colégio, desde o começo do ano. 

Sua obsessão em querer sempre estar perto de mim. 

Sua voz que eu não soube reconhecer, por apenas termos nos falado pessoalmente duas vezes.

Seus gostos!

"O cabelo alaranjado. "

"Amei a cor da sua calcinha, laranja é a minha cor favorita. "

" — Gostei da sua blusa. — Jimin apontou para minha blusa laranjada. Sorri com isso. 

  — Gostei do seu cabelo. — apontei para o cabelo laranjado do menino a minha frente. 

  — Laranja é a minha cor favorita. — ele sorriu travesso. "

Argh! Como eu não pude notar? Sempre esteve na minha cara, todo o tempo.

" — Eu. Não. Sei. — falei pausadamente. — Eu gostei do que aconteceu, mas não posso simplesmente esquecer de tudo o que ele já fez comigo. Foram de ameaças e chantagens, até invasão de domicílio e sequestro. Literalmente. — eu disse, podendo ver os meninos assentirem. 

— E a Alexia com isso tudo? — Suga questionou. 

— Eu tenho medo dele fazer algo contra ela. Vocês viram, Alexia não caiu acidentalmente da escada, alguém a empurrou de propósito. Sei lá o que esse doido é capaz de fazer. — eu disse, arrupiada. 

— Eu não faço ideia de quem possa ter feito isso com ela. Porque o único que saiu momentos depois da Alexia ter deixado a quadra, foi o Jimin. — Yoongi gesticulava com suas mãos enquanto falava. — Mas fora de cogitação ser ele. — ele concluiu, e Jungkook assentiu rapidamente. "

Foi o Jimin que empurrou a Alexia da escada. Ele estava tão feliz tempos depois dela ter se acidentado. 

Filho da puta, desgramado. 

Parei um pouco de andar, quando senti minha respiração acelerada. As lágrimas se formaram, e junta delas estavam o rancor e o ódio por tudo que estava acontecendo. 

Ele me pagaria caro por tudo o que estava fazendo comigo. 

Não demorou muito para que eu chegasse até o local marcado. Eu fiquei escondida por entre as folhagens, isso durou uns cinco minutos, então logo pude ver uma figura se aproximar. Suas vestes eram todas pretas, e a maldita máscara tampava seu rosto. 

É uma pena que a mesma já havia caído, para mim.

Eu fiquei ainda escondida por talvez três minutos, o observando de longe. Como nunca percebi que seu corpo é exatamente igual ao de Jimin? 

Talvez fosse porque nunca o notei com outros olhos, e talvez tenha sido por esse motivo que ele resolveu fazer tudo isso comigo. 

Eu pisei em uma folha seca, e isso fez com que o garoto pendesse a cabeça para o lado onde eu estava escondida. Ele já sabia que eu estava ali, então sem mais esperar, comecei a me aproximar em passos lentos e receosos. 

Ele estava de costas, mas sabia que eu me aproximava.

— Você gosta de me chamar de baby, e tem uma tara por ser chamado de Daddy. — dei um passo curto. — Sua cor favorita é laranja, e é por isso que seu cabelo é laranja, oque aumentou seu desejo por mim, ao saber que eu também idolatrava o laranjado. — minha respiração acelerava. — Sua obsessão por mim vem desde o começo do ano, e você nunca achou que fosse bom o suficiente para mim. Você explodiu de raiva ao saber sobre mim e Alexia, e você tentou mata-la empurrando-a escada a baixo. — cerrei meus punhos, ainda me aproximando em passos curtos. Ele permanecia de costas. — Você conseguiu se aproximar de mim, e por um momento eu achei que pudéssemos ser amigos. Mas isso só era parte do seu plano louco e psicótico de achar que era meu dono. Você invadiu a minha casa. Você ameaçou pessoas que eu amo. Você ameaçou o Jungkook, seu melhor amigo. Você me machucou, e eu não falo apenas de dor física. Você jurou para si mesmo que não pararia até que eu estivesse em seus pés. Você usou uma máscara de terror para poder tapar todos os seus podres, mas é uma pena que não saiba que eu sempre amei filmes de terror, e obviamente que um dia eu descobriria que o vilãozinho mascarado, não passa de um menininho indefeso que estava com o coração quebrado apenas por não ter a atenção da garota que ele tanto ama. 

A distância não era muita, eu estava literalmente colada em suas costas, podia jurar que conseguia ouvir sua respiração pesada. Seus punhos cerrados descreviam a tensão em todo o seu corpo. 

Naquele momento, quem estava na defensiva não era eu... E sim, ele

— Vai continuar fugindo, Park Jimin?

 


Notas Finais


PINTOROLACUBAGUETE


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