Eu troquei algumas mensagens com Alexia, Jungkook e Yoongi sobre o que estava acontecendo. Infelizmente, eles acharam que fosse apenas uma brincadeira de Hoseok e Jin, que adoravam me zoar.
Resolvi deixar de lado, amanhã no colégio eu conversaria direito com eles, hoje não valeria mais a pena. Já estava tarde, e eu não queria incomodar ninguém.
— Ei, meu bem. — minha mãe apareceu em meu quarto, entrou já que a porta estava apenas encostada. — Eu já estou indo, tens a certeza de que não quer ir mesmo? — indagou, era a terceira vez só naquela noite.
— Sim, mãe. Eu tenho tarefa de física para responder. — respondi, indicando com minha cabeça o local onde meu caderno estava.
— Tudo bem então, eu já vou indo. Me encontrarei com seu pai no cinema. Boa noite meu bem, e tome cuidado, não abra a porta para ninguém. — eu assenti enquanto a via se afastar. Logo já havia sumido de meu campo de visão.
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Uma boa parte da noite se passou, eu alternei entre fazer meus deveres do colégio e ficar ouvindo músicas. Meus pais demorariam para voltar, haviam levado minha irmã de três anos ao cinema, e depois disso ainda iriam jantar. Preferi não ir, não estava muito bem para programas de família.
Eu sinto a sua falta.
Era Alexia, nós não nos tínhamos visto durante o dia todo. Ela passou a maioria do tempo no colégio, no treino para lideres de torcida, enquanto eu fiquei trancada em casa, com medo do desconhecido.
Eu também sinto a sua!
Podíamos fazer algo amanhã... Sei lá, qualquer coisa, só quero passar um tempo com você...
Mandei e segundos depois eu ri da minha gayzisse', eu não era nem um pouco romântica, mas as vezes gostava de mimar quem eu gosto.
Meu celular começou a tocar, o que me causou um leve susto, já que não esperava nenhuma ligação. Peguei o telemóvel achando que fosse Alexia, mas era um número desconhecido. Congelei, mas com uma certa tremedeira eu atendi a ligação.
— Alô? — falei num sussurro. Porém, tudo o que eu ouvi foi uma respiração pesada. — Alô?
Tornei a falar, já sem paciência. Iria desligar, mas a respiração se tornou mais alta, como se a pessoa estivesse sem fôlego.
— Sua voz é bonita, muito bonita. É como um cantar de pássaros. — a voz desconhecida falou. Era um homem.
Me mantive parada, sentada na cama.
Mas que caralhos é isso?
— Quem é? — questionei. — É você quem está me mandando mensagens, não é? — questionei outra vez.
— Você é esperta, mas é bem desobediente. — um arrepio subiu até minha espinha, enquanto o homem falava. — Brooke, querida. Eu só pedi para você ficar longe de duas pessoas, então por que você insiste em me desobedecer? Você gosta de me ver louco, uh? Achei que a surpresa de hoje mais cedo havia sido o suficiente para você entender o meu recado. Mas pelo visto...
— Por favor, eu não sei o que eu te fiz. Mas me perdoe, eu realmente não sei o porque de você estar fazendo isso, mas isso não tem graça alguma. — me levantei da cama em passos lentos. — Você quer dinheiro, é isso? — parei do lado de minha cama.
— Eu quero você, Brooke. É só isso o que eu quero, você não consegue ver? Seu corpo, sua voz, seus gestos... Tudo em você me fascina, eu quero você para mim. — sua voz saía arrastada.
— Por favor... Se você continuar com isso, eu vou até a polícia. — falei. Ele gargalhou irônico, como se eu tivesse acabado de contar uma piada.
— Você não vai até a polícia, eu sei que não. Eu amo você, e sei que você também me ama, meu amor.
— EU NÃO SOU O SEU AMOR! — gritei, sentindo meu rosto esquentar devido a raiva. — Eu não sei que porra de obsessão é essa que você criou sobre mim. Não sei qual é a porra da tua intenção com essa paranoia de me perseguir e me ameaçar. Não sei qual é a porra final de onde você quer chegar com isso. Eu só sei que eu quero que você morra no fogo do inferno. — disse ressentida.
Saí do quarto as pressas, desci as escadas chegando até a sala. Fui até a cozinha e peguei um copo de água, ainda com o celular em meu ouvido. O homem nada falava, mas era possível ouvir sua respiração, como se ela estivesse bem próxima a mim.
— Quem é você? — indaguei, trancando a porta da cozinha, em seguida a janela, reforcei a fechadura com mais duas voltas, e se fosse possível eu teria feito mais vezes.
— O que você realmente deveria estar se perguntando é: você acabou de me trancar para fora ou para dentro?
Deixei o copo com água cair no chão, o baque com o mesmo fez com que vidros se espalhassem por todo o local.
Eu tinha certeza de que morreria agora, sem dúvidas alguma.
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