História Texting Camren - Norminah/A Entrega/Decisão

Lauren POV

Cheguei em casa pulando de alegria. Meu “encontro” com a Karla tinha sido perfeito e eu acho que eu estou realmente me apaixonando por ela. Minha mãe notou minha alegria já que eu a girei no ar e a abracei bem apertado, dizendo que a amava antes de subir para meu quarto. Peguei meu celular, queria mandar uma mensagem pra ela, mas me lembrei de que ela não tinha um celular.

- Já sei! – disse abrindo meu notebook.

Após ter feito o que queria, fechei a tela e fui tomar um banho. Vesti meu pijama e deitei na cama, dormindo com um sorriso no rosto.

Camila POV

Ainda não conseguia acreditar que tinha tido uma tarde tão maravilhosa quanto essa. Cheguei em casa e quase mandei uma mensagem para Lauren, mas lembrei-me que aquele número era da Camila. Respirei fundo. Por que não falei ainda com ela? Simples. As coisas estavam indo tão bem, não queria colocar tudo a perder. Mas será que adiando eu não estaria só piorando a situação?

- Eu tenho que falar com ela... – sussurrei pra mim mesma.

Assustei quando meu celular começou a tocar. Era Dinah.

- Oi Chee...

- Camila, preciso da sua ajuda!! Eu acho que fiz uma merda muito grande! – falou desesperada.

- Calma, Dinah, respira. Me fala o que aconteceu.

- Eu tava à toa em casa, então decidi ligar para a Mani. Chamei-a para vir para cá pra assistirmos a algum filme, ou coisa do tipo e ela topou. Ela quis assistir Amizade Colorida, tudo bem até aí, mas, quando acabou o filme, ela comentou que queria ter uma amizade desse tipo ainda mais se acontecesse dos dois ficarem juntos no final. Eu concordei com ela, então ficamos nos olhando, num silêncio um pouco constrangedor e eu não resisti e a puxei para um beijo.

- VOCÊS SE BEIJARAM?!?! – gritei.

-Aii Chancho!! Não grita. Bem, eu beijei ela... Não sei, pareceu que ela tinha correspondido uma hora, mas ela interrompeu o beijo dizendo que tinha que ir embora, e saiu.

- Ai meu Deus!! Eu sempre zoei vocês duas, falava que Norminah era real, mas nunca pensei que fosse rolar de verdade.

- Pois é, nem eu, mas rolou e agora eu não sei o que fazer. Não quero perder a amizade dela... – falou com uma voz triste.

- Ô Cheechee, é só vocês sentarem pra conversar. Você não vai perder a amizade dela por causa de um beijo. Foi só por causa do calor do momento, certo?

- É... Claro... – disse com uma voz não muito confiante. – Mas agora chega de falar sobre isso, me conte, como vão as coisas com a palmito?

- Para de chamar ela de palmito! – falei séria.

- Viixi, já não pode nem brincar... – falou soltando uma risada.

- Enfim, ai Dinah... A gente saiu hoje, foi tão maravilhoso. Ela me levou numa lanchonete em que ia com o pai, depois fomos pra praia ver o pôr do sol. Tudo foi tão... Tão, perfeito.

- Pera aí! Camila Cabello num encontro? Camila Cabello vendo o pôr do sol? Olha aqui, não sei quem é você nem o que fez com minha melhor amiga, mas, por favor não a devolva, tá tão bonitinho ver essa versão romântica dela!

- Menos né Dinah, não exagera. Já fui diversas vezes na praia ver o pôr do sol com outras meninas.

- Na-na-ni-na-não... Isso era o que você falava para iludir as pobres coitadas. Você nem chegava a olhar para o céu. Ficava ocupada fazendo... Outras coisas. Não havia romantismo nenhum.

Pensei por um momento e era verdade. Sem falar que era eu que chamava nunca o contrário, eu que abria a porta do carro...

- Mila... Ta aí? – Dinah perguntou acordando-me dos meus pensamentos.

- Oi, tô... Só estava pensando...

- Em como tá virando passivinha?! – falou soltando uma gargalhada logo em seguida.

- Vai se ferrar DJ! Eu, passiva? Pffff – disse irritada.

- Uhum, tá bom, vou fingir que acredito – disse ainda rindo.

- Quer saber, estou com sono. Boa noite, Jane.

- Boa noite, passivinha, beijos.

Desliguei na cara dela. Eu, passiva? Por favor, né. Dinah abusada, ela vai me pagar por isso. Joguei o celular na cômoda do meu lado, deitei na cama e adormeci relembrando da minha tarde com Lauren.

No dia seguinte...

Acordei com o barulho da campainha. Corri até a porta e a abri.

- Encomenda para Karla. – disse o entregador.

- Ué... Não pedi nada. – disse pegando o embrulho.

- Aqui diz que é nesse endereço e que é para uma tal de Karla. Você é ela?

- Sim, sou eu mesma.

- Então não tem erro nenhum. Assine aqui, por favor. - me pediu entregando uma prancheta.

Devolvi a prancheta depois de tê-la assinado e fechei a porta. Sentei-me no sofá da sala e abri o embrulho. Meus olhos se arregalaram quando eu vi o que era. Na hora já soube de quem veio. Lauren havia comprado um celular para mim, e não era um simples celular, mas sim a última geração do IPhone. Junto da caixa tinha um bilhete:

“Para eu poder matar minha saudade de você quando eu quiser...

Com amor,

L.J.”

- Meu Deus! – falei ainda surpresa.

Me senti culpada por ter mentido para ela. Aquele aparelho com certeza não foi barato. O telefone da minha casa começou a tocar e eu, ainda em choque, fui atender.

- Alô?

- Karla? Ei, é a Lauren...

- Laur! – abri um sorriso – Como você tá?

- Tô ótima, e aí? Recebeu meu presente?

- Lauren, sua doida! Por que fez isso?

- Pra poder falar com você com mais facilidade...

- Não precisava, de verdade. Você deve ter gastado uma nota...

- Não me importo com isso, além do mais vai valer cada centavo gasto só por poder trocar mensagens com você agora, te ligar sempre que quiser...

- Muito obrigada, você é um anjo.

- Você que é. – riu. – Er... Então, quer sair hoje? A gente pode ir numa sorveteria aí perto da sua casa que é muito boa e...

- Sim!!!! – a interrompi – 14 horas tá bom pra você?

- Perfeito. Até lá... Anjo – riu novamente

- Tchau, Laur...

Desliguei o telefone e fui arrumar o celular. Coloquei um chip e só não mandei mensagem para Lauren por que quem tinha o número dela era Camila. Já estava mal com essa história toda.

- Vou contar pra ela hoje quando voltarmos da sorveteria! – disse decidida – Só espero que ela não se zangue...

Fiquei o resto da manhã pensando em como revelar isso para a Lauren.

- Hey, Laur, então, meu nome completo é Karla Camila, e por coincidência sou a mesma Camila com quem você troca mensagens...

Não.

- Lauren, não fique brava, mas eu sou a Camila.

Não, muito direto.

E se eu mandasse mensagem do número da Camila?

Não, péssima ideia. Tenho que tomar vergonha na cara e fazer isso pessoalmente.

Já eram 13 horas e eu ainda não sabia como contar pra ela. Decidi ir me arrumar ou então ia me atrasar.

- Vou ter que falar com ela outro dia... – disse mordendo o lábio.

Estava nervosa, não queria demorar a contar, mas eu não sabia como dizer. Só sei que já havia tomado uma decisão, na próxima vez que a visse, eu iria contar toda a verdade a ela.