1. Spirit Fanfics >
  2. Thalia >
  3. Capítulo 1

História Thalia - Capítulo 1


Escrita por: CaioHSF

Capítulo 1 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction Thalia - Capítulo 1

[...] Lesbos, lugar dos beijos tais como as cascatas,

Que se atiram sem medo em abismos sem fundo,

E correm, soluçando e a gemer agitadas,

Procelosas, secretas, múltiplas, profundas;

Lesbos, lugar dos beijos tais como as cascatas!

 

Lesbos, onde as Frineias uma a outra se chamam,

Onde nunca um suspiro sem eco ficou,

Assim como de Pafos astros te proclamam,

E Vênus, com razão, de Safo se enciumou!

Lesbos, onde as Frineias uma a outra se chamam,

 

Lesbos, terra das noites quentes, langorosas,

Que fazem que ao espelho, estéril cupidez!

As jovens de olhos fundos, de corpo amorosas,

Acariciem os frutos da nubilidade;

Lesbos, terra das noites quentes, langorosas, [...]

 

Lesbos, As Flores do Mal, Charles Baudelaire

 

O interior escuro do carro na noite silenciosa e iluminada pareceu criar uma atmosfera romântica perfeita. Depois de tanto tempo, tanta dor e tanto amor, isto é, amizade, agora houve um momento que talvez nunca mais existiria no universo. Mas por ironia diante de todas as leias abaixo do céu, Ann pode ver dentro daqueles lagos verdes-negros, que uma grande tensão dentro de sua vida, diferente de todas as outras, era recíproca. Nunca pensou se beijar uma menina seria bom, mas Thalia era diferente. Nunca se sentiu tensa interiormente diante dela, ainda que seu coração estivesse implorando para estar com ela. Mas isso foi há muito tempo, e tão automático quanto o por que das folhas caíram no outono, Ann e Thalia se entregaram uma a outra.

Lentamente, Ann se aproximou com os olhos fechados e a beijou intensamente. Dos lábios, foi descendo de devagar até seu pescoço, colo e parou nos seios. Levantou a blusa e encarou com atenção seus seios ainda cobertos pelo sutiã.

Thalia afastou o sutiã, pegou a mão de Ann e levou até seu seio e segurou, encaixando bem apertado a mão em seu seio. Todo seu corpo se arrepiou enquanto aproveitava a gostosa sensação.

Ann deitou o banco em que Thalia estava e posicionou-se sobre ela. Usava um perfume muito bom, doce como morango, doce como Thalia.

Ann afastou os cabelos e bem devagar, foi sentindo o aroma atrás da orelha rosada de Thalia.

Thalia suspirou profundamente, e Ann percebeu então que ela estava gostando do que acontecia. Ann tirou sua blusa e com muito carinho começou a passar seus lábios suavemente, bem suavemente por seu pescoço, saboreando o gosto doce de sua pele de açúcar. Passou a língua ao redor da orelha, bem devagar e chupou sua nuca, e Thalia começou a suspirar um pouco mais alto. Bem intenso. Estava ficando bastante estimulada.

Ann continuou com os afagos carinhos, beijando seu pescoço, indo em direção a sua boca bem lentamente. Seus lábios eram finos e delicados, branco-rosados e úmidos. As línguas se enrolaram, e o beijo foi ficando mais intenso.

Ann sentia as mãos de Thalia percorrendo sua barriga, só sentindo o toque, o relevo liso de sua pele, depois em seus cabelos, e ela também afagava os de Thalia com bastante carinho.

Thalia suspirava e se contorcia em espasmos, a esta altura ambas já estavam muito excitadas.

Ann voltou a beijar a boca da garota, enquanto facilmente removia sua calça preta e massageava suas coxas, levando as mãos para cima e para baixo com certa pressão, tentando deixa-la relaxada. Suas coxas eram bem finas, lisinhas, e muito pálidas. A mão subia devagar em direção à calcinha enquanto penetrava intensamente a língua em sua boca, nunca perdendo o controle, e Thalia se deliciando no sentimento estimulante.

Thalia não resistia e retribuía o carinho com sua mão por baixo da camiseta de Ann, roçando em sua pele nas costas, sentindo seu calor e a arranhando com força, deixando Ann mais excitada e criativa.

A mão de Ann se aproximou da calcinha da menina. Suas coxas estavam muito quentes e a calcinha visivelmente úmida. Começou então a toca-la, ainda por cima do tecido, fazendo Thalia se contorcer ainda mais e emanar suspiros profundos.

Enquanto continuava a beija-la, com a ponta do dedo, puxava sua calcinha para o lado. Era branca e se misturava com o tom pálido de sua pele branca, criando um efeito cromático que excitou Ann ainda mais. Estava louca de desejo, viciada em Thalia. Passou o dedo, a acariciando intensamente pelo clitóris com a ponta do dedo.

Thalia suspirava, gemia, se contorcia em espasmos e ficava mais molhada a cada instante, sentindo a intensidade da emoção diluviar sua mente e alagar cada parte de seu corpo com uma excitação que a fazia gemer em gritos intensos de dentro do carro. Então Ann começou a acariciar seu clitóris com ainda mais força e intensidade, aumentando a velocidade e pressão a cada segundo, fazendo o momento durar o máximo possível entre o sexo das duas meninas. Era tudo tão intenso, tão estimulante, prazeroso, profundo... parecia que nunca acabaria.

Eram tantos os gemidos e sussurros que logo todos os vidros do carro estavam nublados como o céu.

Com a mão em um dos seios, Ann girou a pontinha da língua ao redor de seu mamilo, lambendo e sugando. Os seios de Thalia eram bem firmes e fofinhos, macios como toda a sua pele era e mais brancos que papel, lindos, muito pálidos e com os grandes bicos pontudos bem rosados. Mamou deliciosamente neles enquanto a outra mão, entre as coxas brancas, penetrava sua vagina, às vezes com movimentos rápidos e viciantes, ou lentos e torturantes, mas sempre muito intensos, começando devagar e depois aumentando, aumentando, fazendo Thalia soltar sussurros profundos como se sua alma saísse pela boca. Enquanto dava leves mordidas em seu mamilo, com a outra mão esticou os dois braços de Thalia, os estendendo acima da cabeça dela e empurrando suas mãos, como se a mantesse acorrentada, completamente aprisionada em um universo de prazer. Apertou o corpo de Thalia contra o banco, segurando-a, empurrando-a, a deixando imobilizada, sem conseguir chacoalhar nos espasmos da excitação que só aumentava. Ela tentava se mover, mas era difícil com Ann a prendendo em si, e aumentando dez vez mais a cada segundo a velocidade e a intensidade.

– Não...para... – Thalia gemeu. Não dava para saber se era “não para” ou “não, para”. Mas Ann não parou. Só penetrou o dedo ainda mais e com uma delicada violência agridoce que estava fazendo Thalia se elevar sobre o banco, mas Ann a empurrou para baixo, o que a fez soltar as mãos de Thalia, que agarrou com força as costas de Ann entre os cabelos ruivos, a segurando com força como se escalasse uma montanha.

Ann foi diminuindo, se excitando tanto quanto a loira, que acalmou a pressão em suas costas. Ann continuou devagar nos movimentos do dedo, segurando o corpo de Thalia com o outro braço. Os suspiros eram intensos, e os coices diminuíram, até que Ann acelerou cem vezes em um segundo, fazendo Thalia arfar e se segurar em suas costas com toda a sua força, depois de novo, e de novo, mais cem vezes, e ainda mais, até que Thalia gozou em sua mão em um intenso e prazeroso espasmo que arrebatou sua mente para além dos limites da razão.

Ambas estavam tremulas e com as respirações ofegantes. Depois de tanto contorcionismo, Ann estava com o corpo todo doido, assim como Thalia, com uma sensação de melancolia e lassitude, era quase luxuriante. Melancolia profunda essa, que Thalia sempre introduzia na alma de Ann, a fazendo se sentir como se estivesse afundando, talvez perdendo alguma barreira, uma força, um calor nas costas que sentia como mãos a segurando e agora a soltando, a deixando livre em um profundo estado de melancolia e languidez absolutas que deixava seu corpo lânguido e com movimentos mais leves e relaxados, mortos, quase sensuais, e a mente era guiada para vagos pensamentos de morte, semelhante a Thalia. Havia alguma coisa no jeito lânguido e apático dela, sua indiferença e insensibilidades, mas não que ela não tivesse coração, mas era fofo a sua dificuldade de demonstrar emoções e sempre andar de um jeito folgado e pouco feminino, mas para Ann muito sensual. O jeito que ela sempre encarava sem encarar, os olhos distantes mas parecendo esconder uma infinidade de opiniões no interior da mente que não ousaria proferir. A respeito da sensação mórbida de Ann, sua alma aceitava completamente o sentimento, e talvez esse estado de apatia e relaxamento intenso fosse triste, mas também era doce a sensação, doce como Thalia.

Se deitou ao lado de Thalia, que sorria com os olhos para Ann. Acariciou de leve seu rosto, roçando os dedos e deixando marcas avermelhadas em sua pele branca. Não tinha como não sorrir diante daquela coisinha linda, tão branquinha e fofinha, piscando os olhos meigos e dengosos. Só Thalia para conseguir fazer Ann sorrir.

– Isso foi real? – ela perguntou para Ann, os fios loiros caindo sobre os olhos verdes brilhantes em torno do rosto carinhoso de formato de coração e com o nariz mais lindo que já estampou a face de qualquer mulher na história. Ann se aproximou ainda mais e passou o braço em torno de Thalia, aconchegando-a com carinho como um pequeno bebê, tão doce e puro, os olhos fantasiosos e infantis, alguém que faria de tudo para proteger até o último suspiro de sua vida. Relaxou no corpo de Ann e se deixou levar, sentindo o seu calor, completamente relaxada e desligada para o resto do mundo, não pensando em nada além, só sentindo o prazer daquele momento, era desse jeito que Ann queria ver ela. Sua Thalia, doce como morango, fechou os olhos sorrindo e corou sobre as poucas sardas, como se lesse os pensamentos de Ann, seus sentimentos. Alguém que mora no seu coração e você sabe que mora no seu também. Ainda que houvesse universos ou eras de distância, Deus sempre manteria as suas almas unidas por toda a eternidade, porque Deus é o amor. A luz da lua entrava pálida nos vidros ainda embaçados do carro, e o rosto de Thalia brilhava como um anjinho de olhos esmeralda, completamente branca e verde abaixo do longo cabelo macio de fios dourados escuros, quase marrons. Havia uma pequena mancha vermelha em seu olho esquerdo, tão pequena que só estando muito próximo para conseguir perceber. Nunca haveria outra como ela no mundo. A mancha da cor do amor e do lado do coração indicava, aquela não era outra, nem de mais ninguém, era a sua Thalia, agora e por toda a eternidade.

Os olhos entre os longos cílios escuros, se moviam abaixo das pálpebras, finas e delicadas veias azuis na pele clara quase transparente. Poderia ficar assim para sempre, somente ali, dentro de um carro velho e empoeirado em uma noite, ao lado de Thalia, relaxando em seus braços, sentindo seu calor, as batidas de seu coração contra as batidas do dela, acariciando seus seios fofinhos e branquinhos como a neve e nadando em seus olhos esmeralda. Ainda que fosse somente assim, sua vida estaria completa. Era verdade o provérbio da Bíblia que dizia “Há alguns amigos que são mais próximos que irmãos”.

– Isso foi real?... – perguntou mais uma vez, sem abrir os olhos, mas desfazendo aquele sorriso meigo que havia feito. Ann fechou os olhos e a encaixou ainda mais em si, como se quisesse protege-la a todo custo de algo invisível.  Algo que feriria aquele sorriso e terminaria com os paroxísmos da amizade.

– Seria muito bom se fosse real... – Ann respondeu. Mas não soube se Thalia a escutou, pois quando abriu os olhos estava completamente sozinha.

 

“Não te rias de mim, meu anjo lindo. Por ti, as noites eu velei chorando, por ti nos sonhos, morrerei sorrindo”.

Álvarez de Azevedo.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...