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História Thalia e Harry Potter: Os gêmeos que sobreviveram - O Salão Principal


Escrita por: Lia_Cielo

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 5 - O Salão Principal


Fanfic / Fanfiction Thalia e Harry Potter: Os gêmeos que sobreviveram - O Salão Principal

POV. Thalia 

  A porta abriu-se, revelando uma bruxa alta de cabelos negros e veste verde-esmeralda. 
           - Alunos do primeiro ano, Professora Minerva McGonagall.- informou Hagrid. 
           - Obrigada, Hagrid. Eu cuido deles daqui em diante. - Hagrid saiu do saguão assim que McGonagall terminou de falar. 
          O saguão era muito grande, quase do tamanho da residência Grace. As paredes de pedra estavam iluminadas com archotes flamejantes como os de Gringotes e o teto era alto demais para se ver. Devagar, subimos a grande escada de mármore em frente que levava aos andares superiores. 
          Professora Minerva nos acompanhou com o olhar, o tempo todo pelo piso de lajotas de pedra. Ouvi o murmúrio de centenas de vozes que vinham de uma porta à direita, o resto da escola já devia estar reunido. Mas a Professora Minerva nos levou a uma sala vazia ao lado do saguão. A sala era pequena demais para todos os alunos do primeiro ano, então tivemos que ficar colados um no outro. 
      - Bem-vindos a Hogwarts. O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de se sentarem às mesas, vocês serão selecionados por casas. A seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto estiverem aqui, sua casa será uma espécie de família em Hogwarts. Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre no Salão Comunal. As quatro casas chamam-se Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Cada casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários. Enquanto estiverem em Hogwarts, os seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder. No fim do ano, a casa com o maior número de pontos receberá a Taça da Casa, uma grande honra. Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a casa a qual vier a pertencer. A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam. 
        O olhar dela demorou por um instante no nariz sujo de Rony e na capa mal colocada de um garoto que eu não conheço. Pelo canto do olho, vi que Harry estava tentando deixar o cabelo apresentável. Ri internamente. Ele nunca conseguiria.

- Voltarei quando estivermos prontos para receber vocês. Por favor, aguardem em silêncio. - disse a Professora Minerva antes de sair da sala.

Rony e Harry começaram a conversar sobre a seleção, mas não prestei atenção. Tinha a sensação de que estava esquecendo alguma coisa... HAYLEY! Como pude esquecer-la? Fiquei na ponta dos pés e girei a cabeça, na tentativa de localizá-la. Vi várias cabeças de cabelo escuro e uma de cabelo ruivo, mas nada de cabelo loiro. Espera aí... EU PERDI A ASTRID!

O sentimento de que eu sou uma péssima amiga foi de encontro ao meu nervosismo da seleção. Minhas mãos começaram a suar e minhas pernas a fraquejar. Respirei fundo e soltei o ar devagar. Não podia perder o controle, não agora.

Senti as pessoas da sala agitada e, na tentativa de me distrair, procurei o motivo de tal agitação, o que não foi difícil. Uns vinte fantasmas passaram pela parede dos fundos. Brancos-pérola e ligeiramente transparentes, eles deslizaram pela sala discutindo entre si, pareciam não estar nos vendo. O que lembrava um marshmallow com pernas disse:

- Perdoar e esquecer, eu diria, vamos dar a ele uma segunda chance...

- Meu caro Frei, já não demos a Pirraça todas as chances que ele merecia? Ele mancha a nossa reputação e, você sabe, ele nem ao menos é um fantasma. - esse fantasma usava uma gola de rufos engomados e meiões.

- Nossa, o que é que essa garotada está fazendo aqui? - disse o mesmo fantasma de antes, reparando na gente.

Ninguém respondeu.

- Alunos novos! - gritou o Frei Marshmallow, sorrindo pra gente. - Estão esperando para ser selecionados, imagino?

Alguns garotos da direita confirmaram com a cabeça, mas ninguém falou nada.

- Espero ver vocês na Lufa-Lufa! - falou o Marshmallow. - A minha casa antiga, sabe?

- Vamos andando agora - disse uma voz muito enérgica. Parecia que a pessoa tinha tomado 50 latas de Red Bull. - A Cerimônia de Seleção vai começar.

Em poucos segundos descobri o dono da voz. Era da Professora Minerva  e só foi ela voltar, para os  fantasmas saírem  voando pela parede oposta a ela.

- Agora façam fila e me sigam.

Em uma fileira que parecia do maternal, saímos  da sala, atravessamos o saguão e as portas duplas que levavam ao Grande Salão, mamãe já me falou sobre ele.  Seu teto tinha sido enfeitiçado para parecer o céu - o mesmo que estiver lá fora -, uma coisa muito bonita de se ver.

O salão era iluminado por milhares de velas que flutuavam no ar sobre quatro mesas compridas, onde o resto dos estudantes já se encontravam sentados. As mesas estavam postas com pratos e taças douradas. No outro extremo do salão havia mais uma mesa comprida em que se sentavam os professores. A Professora Minerva nos posicionou na frente das quatro mesas e de costas para os professores.  

Todos os alunos e fantasmas distribuídos pelas mesas ficaram nos olhando, fazendo meu nervosismo voltar, mas não na mesma intensidade que antes.

A Professora Minerva colocou um banquinho de quatro pernas com o chapéu seletor em cima  diante da gente, Harry abaixou os olhos rapidamente quando ela fez isso

Depois de alguns segundos, o chapéu se mexeu. Um rasgo junto à aba se abriu como uma boca e o chapéu começou a cantar:

 

Ah, vocês podem me achar pouco atraente,

Mas não me julguem só pela aparência

Engulo a mim mesmo se puderem encontrar

Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui.

Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,

Suas cartolas altas de cetim brilhoso

Porque sou o Chapéu Seletor de Hogwarts.

E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.

Não há nada escondido em sua cabeça

Que o Chapéu Seletor não consiga ver,

Por isso é só me porem na cabeça que vou dizer

Em que casa de Hogwarts deverão ficar

Quem sabe sua morada seja a Grifinória,

Casa onde habitam os corações indômitos.

Ousadia e sangue-frio e nobreza

Destacam os alunos da Grifinória dos demais,

Quem sabe seja na Lufa-Lufa que você vai morar,

Onde seus moradores são justos e leais

Pacientes, sinceros, sem medo da dor,

Ou será a velha e sábia Corvinal

A casa dos que têm a mente sempre alerta,

Onde os homens de grande espírito e saber

Sempre encontrarão companheiros seus iguais,

Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa

E ali estejam seus verdadeiros amigos,

Homens de astúcia que usam quaisquer meios

Para atingir os fins que antes colimaram.

Vamos, me experimentem! Não devem temer!

Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos!

(Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos)

Porque sou único, sou um Chapéu Pensador!

 

O salão inteiro se encheu aplausos quando o chapéu terminou de cantar. Ele fez uma reverência para cada uma das quatro mesas e em seguida ficou muito quieto outra vez.

A Professora Minerva se pôs do lado direito  do chapéu, enquanto segurava um longo rolo de pergaminho.

- Quando eu chamar seus nomes, vocês colocarão o chapéu e se sentarão no banquinho para a seleção. - Senti uma mão segurando a minha, eu não precisava olhar para saber que era Harry - Ana Abbott!

Uma garota de rosto rosado e marias-chiquinhas louras saiu tropeçando da fila, pôs o chapéu, que cobriu seus olhos de tão grande e se sentou. Uma pausa momentânea...

- LUFA-LUFA! - anunciou o chapéu.

A mesa à direita deu vivas e bateu palmas quando Ana se sentou nela. Vi o fantasma Marshmallow  acenar alegremente para ela.

- Hayley Benson. – olhei para a loira que se dirigia ao banquinho e senti a culpa bater em mim novamente.

- CORVINAL!

Ela levantou animada e se dirigiu a mesa de azul – que comemorava. Senti meu coração pesar. E se eu ficasse sozinha? Hayley tinha acabado de ir para a Corvinal e eu não tinha qualificação para lá, mas Astrid é uma nerd não assumida, ela pode ir para Corvinal.

Como se lê-se meus pensamentos, Hay se virou na minha direção e lançou um olhar de “Vai ficar tudo bem”. 

- Susana Bones!

- LUFA-LUFA! – o chapéu anunciou, e Susana saiu quase que correndo e  se sentou ao lado de Ana.

- Darling Charming!

- GRIFINÓRIA!

- Justino Finch-Fletchley!

- LUFA-LUFA!

- Hermione Granger!

Uma garota de cabelo crespo saiu correndo até o banquinho e enfiou o chapéu.

- GRIFINÓRIA! - anunciou o chapéu. Rony gemeu ao lado de Harry

- Astoria Greengrass! – ouve um pequeno tumulto entre as mesas, mas eles se silenciaram quando uma garota se dirigiu ao banquinho. A garota ficou com o chapéu por um longo tempo. Tive a impressão de que o chapéu estava tentando a convencer de alguma coisa.

- SONSERINA!

Reparei que ás vezes, o chapéu anunciava logo o nome da casa, mas outras – como a de Astoria - levava um tempo para se decidir.

Quando Neville Longbottom, o menino que não parava de perder o sapo, foi chamado, levou um tombo a caminho do banquinho. O chapéu demorou muito tempo para se decidir sobre Neville. Quando finalmente anunciou “GRIFINÓRIA”, Neville saiu correndo com o chapéu na cabeça, e teve de voltar em meio a uma avalanche de risadas para entregá-lo a Professora Minerva.

-  Olivia Longbottom!

- GRIFINÓRIA! - Ao contrario de seu irmão, Olivia não saio correndo com o chapéu na cabeça.

- Astrid Lupin! – Começou um tumulto maior do que o de Astoria.

- Lupin? – perguntou um lufano.

- Mas não existe nenhuma Astrid na família Lupin. – disse uma garota da Grifinória, era Eadlyn.

Ao seu lado havia um garoto paralisado. Arfei baixinho, ele era parecido com a Asty. Deve ser o irmão dela... O irmão que não sabe de sua existência.

O salão se silenciou. Virei-me para descobrir o motivo e vi Astrid andando de forma delicada e confiante até o banquinho. Os professores se entreolharam quando a viram mais perto. Acho que eles mataram a charada por trás dela, ou pelo menos suspeitam.

Asty ficou quase um minuto com o chapéu. Eu podia sentir a ansiedade no ar.

- GRIFINÓRIA! – a mesa vermelha rompeu em gritos e aplausos. Essa foi a recepção mais animada até agora.

Quando o silêncio voltou a predominar o salão, a seleção continuou.

- Draco Malfoy! - um loiro metido que conheci no Beco Diagonal se dirigiu ao banquinho.

- SONSERINA! -  o chapéu mal tocou a cabeça de Draco e já anunciou.

 A cada minuto que se passava o numero de alunos ainda não selecionados ia diminuindo.

Moon..., Nott..., Parkinson..., depois duas gêmeas, Patil e Patil...

- Harry Potter!

Harry me olhou nervoso, apertei sua mão na tentativa de lhe passar confiança. E acho que funcionou. Ele soltou minha mão e caminhou até o banquinho. Durante todo seu trajeto, ouvi coisas do tipo:

- Potter, foi o que ela disse?

- O Harry Potter?

- Será que Thalia Potter também veio?

Não querido! Imagina! Nós somos gêmeos, mas eu só vou entrar no ano que vem.

Ele colocou o chapéu e depois de um longo minuto o mesmo anunciou.

- GRIFINÓRIA!

A mesa da Grifinória fez mais barulho do que nunca. Porém, Harry parecia estar em uma bola de isolamento, pois pareceu não perceber a recepção que recebia. Quando chegou à mesa, um ruivo  se levantou e apertou a mão de meu irmão com energia. E percebi que perto de Eadlyn, 2 ruivos idênticos gritavam “Ganhamos Potter! Ganhamos Potter!”. Ao se sentar, o fantasma que discutia com o fantasma Marshmallow lhe deu uma palmadinha no braço, ou pelo menos tentou, pois sua mão atravessou o ombro de Harry. E pela cara do meu irmão essa não é uma boa sensação.

Assim que a mesa se acalmou, Minerva chamou o próximo aluno.

- Thalia Potter! 

Andei até o banquinho e antes do chapéu cobrir metade da minha cabeça ouvi coisas parecidas com o que falaram no trajeto de meu irmão.

- Potter, foi que ela disse?

- A Thalia Potter?

- É a Thalia Potter! Ela veio também!

Não! É apenas uma ilusão, por que eu estaria aqui?

“Você se irrita com muita facilidade.” disse uma vozinha na minha cabeça. O chapéu.

- Sério? Nem percebi. – retruquei mentalmente.

“Irônica e  debochada também. O que mais temos aqui? Vejamos... inteligente, mas não o suficiente para a Corvinal... leal... astuta, vontade de se provar, mas não o suficiente para a Sonserina... Que interessante. Você tem as mesmas habilidades de seu irmão, porém você tem uma coisa especial... Ah Sim. Sua coragem é maior que qualquer coisa dentro de você. Antes de anunciar sua casa lhe darei um conselho. Não confie em tudo o que lhe digam.

- O que você quer diz...

- GRIFINÓRIA! - senti o chapéu ser retirado da minha cabeça.

Gemi de frustração, queria saber o que ele queria dizer.

Andei em direção a mesa da Grifinória, e a mesma  fez mais barulho  do que  na anunciação de meu irmão (se é que é possível). No meio da barulhada pude ouvir as vozes dos gêmeos gritando “Ganhamos os gêmeos Potter! Ganhamos os gêmeos Potter!“. Assim que me sentei - ao lado de Asty -, o monitor, que se apresentou como Percy, fez questão de ser o primeiro a me cumprimentar, sendo seguido pelos gêmeos, Fred e Jorge.  Quando a mesa se acalmou, eles continuaram a seleção. 

Parei de prestar atenção na cerimônia e comecei a olhar a mesa principal. Hagrid sentava na extremidade mais próxima, quando nossos olhares se encontraram ele me deu um sinal de aprovação, que retribui com um sorriso. No centro da mesa se encontrava Alvo Dumbledore, Harry me mostrou a figurinha dele. E perto dele se encontrava um cara estranho que usava turbante púrpura.

Voltei a atenção a seleção, agora só faltavam três pessoas para serem selecionadas. Lisa Turpin virou uma Corvinal e depois foi a vez de Rony, que estava branco-esverdeado. Cruzei os dedos sob a mesa para dar sorte, sabia para qual casa ele queria ir, e um segundo depois o chapéu anunciou GRIFINÓRIA! Bati palmas bem alto como os demais quando o ruivo se largou numa cadeira ao lado de Harry.

- Muito bem, Rony excelente - disse Percy Weasley pomposamente por cima de Harry – não gostei dele - na mesma hora em que Blásio Zabini era mandado para a Sonserina. A Professora Minerva enrolou o pergaminho e recolheu o Chapéu Seletor.  

Dumbledore se levantou, sorrindo abertamente para os estudantes com os braços bem abertos.

- Sejam bem-vindos para um novo ano em Hogwarts! Antes de começarmos nosso banquete, eu gostaria  de dizer umas palavrinhas: Pateta! Chorão! Destabocado! Beliscão! Obrigado.

Dumbledore era meio maluco... Gostei dele.

Percebi que Harry ficou de boca aberta, segui o olhar dele e entendi o porquê. Os prantos diante da gente, que antes estavam vazios, agora estão cheios de comida. Servi-me de cenoura, ervilha, pudim de carne e rosbife. Enquanto comia, notei que Harry não sabia o que comer primeiro, Rony comia que nem um condenado e a Asty comia como uma pessoa normal que ela não é.

      As conversas voavam soltas pelo salão. Enquanto eu conversava com Asty sobre a diferença entre as comidas americanas e as comidas inglesas, notei que o possível irmão dela não parava de olhar para a mesma. Dei um aceno discreto com a cabeça na direção do dele. Sabia que Asty avia notado, pois no mesmo instante suas pupilas mexeram rapidamente na direção dele e depois voltaram a me encarar. Apesar da discrição, Eadlyn percebeu nossos movimentos e deu um cutucão no “irmão” da Asty, que não voltou a nós encarar.

Terminamos o jantar e voltamos a conversar, mas dessa vez com os outros alunos do 1ºano. Depois de alguns minutos as poucas sobras desapareceram dos pratos, deixando-os limpinhos como no início. Logo depois surgiram as sobremesas. Tijolos de sorvete de todos os sabores que se possa imaginar, tortas de maçãs, tortinhas de caramelo, bombas de chocolate, roscas fritas com geléia, bolos de frutas com calda de vinho, morangos, gelatinas, pudim de arroz...

Quando me servi de  bombas de chocolates, a conversa se voltou para as famílias.

- Eu sou meio a meio. - disse Simas. - Papai é trouxa. Mamãe não contou a ele que era bruxa até depois de casarem. Teve um choque horrível. – confessou, fazendo eu e os outros integrantes da conversa rir.

- E você, Neville? - perguntou Rony.

- Bom, minha avó criou eu e minha irmã e ela é bruxa. Enquanto nossa família achava que Olivia era bruxa, durante anos eles achavam que eu era completamente trouxa. Meu tio-avô Algi vivia tentando me pegar desprevenido e me forçar a recorrer à magia. Ele me empurrou pela borda de um cais uma vez, se não fosse por Olivia teria me afogado. – Olivia deu um sorriso envergonhado - Mas nada aconteceu até eu completar oito anos. Meu tio Algi veio tomar chá conosco e tinha me pendurado pelos calcanhares para fora de uma janela do primeiro andar, quando a minha tia-avó Enid lhe ofereceu um merengue e ele sem querer me deixou cair. Mas eu desci flutuando até o jardim e a estrada. Todos ficaram realmente satisfeitos. Minha avó chorou de tanta felicidade. E vocês deviam ter visto a cara deles quando entrei para Hogwarts. Achavam que eu não era bastante mágico para entrar, entendem. Meu tio Algi ficou tão contente que me comprou um sapo.

- Mas e você, Thalia? – Perguntou Olivia.

- Depois do que aconteceu com os meus pais, eu fui adotada por uma família americana. Quando eu tinha 5 anos, meus pais adotivos se separaram. Zeus se casou de novo alguns meses depois e Beryl ficou fazendo turnês pelo mundo...

- Esperai! – Simas me interrompeu – Você está falando de Zeus Grace e Beryl Jones?

- Sim.

- Quem são esses? – Rony perguntou.

- Quem são esses? Quem são esses? – Olivia repetiu exaltada – Ele é apenas o ministro da magia dos Estados Unidos e ela é só uma das maiores cantoras do mundo bruxo, nada demais.

Estava rindo com gosto da explicação de Olivia, quando uma pontada aguda e quente correu pela minha testa.

- Ai! – reclamei ao mesmo tempo que Harry.

- Que foi? - perguntou Asty.

- Nada.

A dor se foi com a mesma rapidez com que viera.

- Hum... Só mais umas palavrinhas agora que já comemos e bebemos. Tenho alguns avisos de início de ano letivo para vocês. Os alunos do primeiro ano devem observar que é proibido andar na floresta da propriedade. E alguns dos nossos estudantes mais antigos fariam bem em se lembrar dessa proibição. - disse Dumbledore. Impressão minha ou ele disse isso para os gêmeos Weasley, Eadlyn, Nicolas e o “irmão” da Asty?

- O Sr. Filch o zelador, me pediu para lembrar a todos que não devem fazer mágicas no corredor durante os intervalos das aulas. Os testes de Quadribol serão realizados na segunda semana de aulas. Quem estiver interessado em entrar para o time de sua casa deverá procurar Madame Hooch. E, por último, é preciso avisar que, este ano, o corredor do terceiro andar do lado direito está proibido a todos que não quiserem ter uma morte muito dolorosa.

“E agora, antes de irmos para a cama, vamos cantar o hino da escola!

Reparei que os sorrisos dos outros professores amarelaram.

Dumbledore fez um pequeno aceno com a varinha como se estivesse tentando espantar uma mosca na ponta e surgiu no ar uma longa fita dourada, que esvoaçou para o alto das mesas e se enroscou como uma serpente formando palavras.

- Cada um escolha sua música preferida - convidou Dumbledore - e lá vamos nós!

 

Hogwarts, Hogwarts, Hogwarts, Hogwarts,

Nos ensine algo por favor,

Quer sejamos velhos e calvos

Quer moços de pernas raladas,

Temos às cabeças precisadas

De ideias interessantes.

Pois estão ocas e cheias de ar,

Moscas mortas e fios de cotão.

Nos ensine o que vale a pena.

Faça o melhor, faremos o resto,

Estudaremos até o cérebro se desmanchar.

 

Todos terminaram a música em tempos diferentes. E no final só restaram os gêmeos Weasley cantando sozinhos. Dumbledore regeu os últimos versos com sua varinha e, quando eles terminaram, foi um dos que aplaudiram mais alto.

- Ah, a música - disse secando os olhos. - Uma mágica que transcende todas que trazemos aqui! E agora hora de dormir. Andando!

Segui Percy junto com os alunos do 1ºano da Grifinória até o Salão Comunal da Grifinória, que ficava atrás do quadro de uma mulher gorda com vestido rosa, e para ela te deixar passar era preciso lhe dizer a senha correta. Quando entramos no Salão, os meninos subiram as escadas da esquerda e as meninas as da direita, todos em busca de seus dormitórios. Ao encontrar meu dormitório descobri que o dividia com Asty e Darling Charming.

Chamei Asty, que estava procurando na lista da porta ao lado, e adentramos o cômodo. Seu piso era de madeira, as paredes eram vermelhas e tinha um grande brasão dourado da Grifinória desenhado na parede que fica de frente para a porta. Nele avia três camas com reposteiros de veludo vermelho-escuro com detalhes dourados (1 na parede esquerda, 1 na parede direita e 1 bem abaixo do brasão dourado), ao lado de cada cama da lateral havia uma mesa e a cama de frente a porta tinha uma na parte oposta a que estava encostando na parede. Do outro lado de cada cama havia um guarda-roupa branco com detalhes dourados embutido na parede. No lado direito da cama de frente para a porta tinha a porta do banheiro, havia uma janela em uma das paredes e por fim no centro do quarto tinha um cesto de metal que é para colocar a roupa suja.

Uma hora depois...

Eu estava terminando de arrumar minhas coisas quando a porta foi aberta. 

- Oi. - Darling disse rapidamente. 

Ela foi até a cama que sobrou, começou a arrumar suas coisas e não disse mais nada.  Terminei de guardar o último par de sapato e como a Asty ainda não havia desocupado o banheiro, decidi puxar conversar com Darling.

- De onde você é?

- Floresta Encantada. - disse timidamente. Arqueei a sobrancelha direita. - Sou filha do Príncipe Encantado e tenho dois irmãos. Moro lá desde que nasci, ou melhor, morava.

- Se me permite perguntar... Por que veio para Hogwarts?

Ela respirou fundo e olhou fixamente nos meus olhos. Por um momento achei que ela fosse me bater.

- Na Floresta Encantada, nós temos uma coisa chamada "destino". Quando atingimos 16 anos, assinamos um livro jurando que iremos seguir os passos de nossos pais. Mas... Eu não quero ser uma princesa indefesa, nunca quis. E quando eu falei isso para os meus pais, eles acharam que eu tava rebelde e me mandaram para cá, para eu aprender a dar valor a vida que eu tinha.

- Nossa!... Olha Darling, eu sei que eles são seus pais, mas eles são uns idiotas.

- Concordo. - disse, depoia de soltar uma risada baixa.

- Ciao! - disse uma voz animada e eu sabia muito bem a quem ela pertencia.

Asty tinha acabado de sair do banheiro de pijama e cabelo úmido. Ela sempre teve sotaque italiano, em todas as línguas que ela fala. E sempre que ela volta da Itália,  o sotaque fica mais acentuado. 

- Asty, essa é Darling Charming. Darling, essa é...

- Astrid Lupin e você é Thalia Potter. - olhei para Darling sem entender e a risada da Asty só me deixou mais confusa - Sem ofensa, mas vocês causaram na Seleção. 

Agora eu entendi. Não é que eu seja lerda, mas eu também não sou muito inteligente. Tenho  o cerebro de uma pessoa normal, esse negócio de "super inteligência" eu deixo para a Asty.

- Eu vou tomar um banho. Se comportem! - falei.

Entrei no banheiro, sentindo a conversa fluir entre as duas. Sorri, fico feliz que elas estejam se dando bem.

***

Sai do banheiro depois de um relaxante banho morno. O dormitório estava meio escuro e quando eu olhei para as camas entendi o porquê. Asty dormia profundamente em sua cama, seu cabelo estava espalhado pelo traviseiro e balançava lentamente, por causa da janela entreaberta. Com a luz da lua batendo em seu rosto,  Asty parecia um anjo, mas que ela não saiba disso. Uma das coisas que mais irrita a Astrid é ser chamada de fofa ou bonita.

Coloquei a roupa suja no cesto e deitei na minha cama.

- Boa noite! - falei para Darly quando ela estava entrando no banheiro.

- Boa noite! - e fechou a porta sem fazer barulho.

Me aconcheguei na cama e em poucos segundos cai na inconsciência


Notas Finais


O que acharam?
Desculpa a demora.
Ciao- "Oi" em italiano.


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