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História Thalia e Harry Potter: Os gêmeos que sobreviveram - Eu non sou um demônio!


Escrita por: Lia_Cielo

Notas do Autor


FELIZ NATAL!

Capítulo 4 - Eu non sou um demônio!


Fanfic / Fanfiction Thalia e Harry Potter: Os gêmeos que sobreviveram - Eu non sou um demônio!

POV. Thalia

 

Terminei de conferir minha mochila e virei-me para o espelho. Eu trajava blusa lilás, calça jeans de cintura alta e all star cano médio preto. Meu cabelo estava preso pela metade e havia cinco pulseiras no meu braço direito.

Respirei fundo. É agora!

Peguei a mochila e segui para a sala de estar, onde minha família me aguardava com Amy, minha coruja. Estranhei o fato de Zeus estar presente.

- Você não deveria estar no Ministério? – perguntei a ele.

- Eles podem sobreviver uma hora sem mim. Você é mais importante. – sorri. Eles pararam sua rotina por mim, são nesses momentos que fica provado que a família de sangue não é a única família verdadeira que existe, não é a única que tem amor.

Fui até meus irmãos. Jason me abraçou e sussurrou em meu ouvido:

- Se cuida, baixinha. – e gargalhou quando lhe respondi com língua.

- Faça pegadinhas por nós dois. – Fellipe disse apontando para ele e Henry.

- Pode deixar. – baguncei o cabelo dos dois e dei um abraço bem apertado em Sophia.

- Você nunca estará sozinha. – sussurrei em seu ouvido antes de me afastar.

Hera me estendeu o braço e pela minha visão periférica, vi papai pegar Amy e meu malão. Entendi o recado. Dei o braço a Hera, que rodou e desapareceu, me levando junto. Eu não conseguia ver nada e a sensação de rapidez me fazia ficar leve. A cada vez que uso, mas eu amo aparatar.

Quando minha visão voltou ao normal, me deparei com uma plataforma cheia de gente e no meio delas havia uma locomotiva vermelha a vapor. No centro de uma parede, tinha um grande relógio que informava que eram 10:45.

- Não temos muito tempo. – Hera disse, me fazendo olhá-la. A mesma me abraçou – Se comporte, não quero mais que cinco reclamações por mês. – Só cinco? 

Ela se afastou e foi a vez de Zeus me abraçar. Hoje é o dia do abraço!

- Se divirta. E não importa o que aconteça, nunca pare de ser você mesma. – depositou um beijo no topo de minha cabeça e se afastou. Ele e Hera deram os braços, me olharam uma ultima vez e desapareceram. Agora eu estou por minha conta...

- Vou sentir saudades, minha demoniazinha. – Ou nem tanto assim.

Segui na direção que a voz vinha e encontrei duas pessoas muito conhecidas por mim.

- Mama, para de me chamar assim! Você não tem motivos para usar esse soprannome!

- Você é baixinha e parece um demônio. Eu tenho motivos para esse apelido, Astrid. - Dorcas disse divertida. Ela vestia um simples e bonito vestido azul escuro, sobretudo azul quase preto (que no momento estava aberto), bota preta de cano alto e salto agulha. Em suas costas, seu cabelo descia em uma linda cascada de cachos loiros, e os diamantes em suas orelhas brilhavam com o gracioso balançar de sua cabeça. Uma vez, ouvi papai dizer que a maternidade caiu bem a tia Dorcas, e eu concordo. A cada dia que se passa, ela fica mais bela, beleza essa, que Astrid não saiba disso, foi passada para sua filha.

Asty usava calça preta, blusa com listras em preto e verde, e tênis branco. Uma mecha de seu cabelo estava enrolada e presa, de modo que a fazia parecer uma tiara, e o resto de seu cabelo loiro estava solto. Um colar com pingente de tridente cravejado de diamantes pendia em seu pescoço.

A loira mais jovem abriu a boca para protestar, mas eu a interrompi:

- Ela está certa, Astrid, você sabe disso. – as duas me encararam com seus incríveis olhos azuis. Sério! Se você encarar aquela imensidão azul, vai achar que está olhando o mar, que, dependendo do humor, vai está em calmaria ou revoltado. É por isso que não se pode prender um Jackson, o mar não pode ser controlado.

- Thalia! – exclamou me abraçando. Estranhei. Ela não reclamou que eu fiquei “contra” ela – Tenho que te contar uma coisa. – sussurrou. Tá explicado!

- Oi, tia! – cumprimentei quando a loira me soltou.

- Oi, Thalia!... – Ela iria falar mais alguma coisa, mas Asty a interrompeu.

- Se quisermos uma cabine, teremos que entrar ora. Tchau, mama! – e me puxou para dentro do trem. Como ela conseguiu puxar a mim, aos malões e as corujas? Eu não faço a mínima ideia.

Depois de alguns minutos, achamos uma cabine vazia.

- Vai me falar o que é “tão” importante ao ponto de você me tirar de lá daquele jeito, demoniazinha? – perguntei depois de guardamos os malões e soltarmos as corujas.

- Eu non sou um demônio! – gritou, assustando Amy que quase dormia em meu ombro.

- Ok, ok! – me rendi. Com Astrid não adianta discutir, mas ela sabe que estou certa – O que queria me falar.

Ela vez carinho em Blue, sua coruja, antes de falar.

- Descobri quem é mio padre.

- O QUE? – Amy voou para o outro lado da cabine e me olhou de forma repreendora, antes de se aconchegar em seu novo espaço e voltar a dormir. Talvez eu tenha exagerado um pouquinho... Só um pouquinho.

- Isso que você ouviu.

- Tá, mas... O que... COMO?

- Mama me contou.

- EU QUERO DETALHES! – ela riu da minha curiosidade e falou:

- Tudo começou no Beco Diagonal. Algumas pessoas estranhavam meu cognome e olhavam feio pra mama. Ela sabia que eu tinha percebido e quando voltamos, decidiu me contar. Disse algo sobre ser melhor eu saber por ela do que saber por conta própria... Enfim, eu tenho um irmão mais velho, Peter. Ele está no 3º ano de Hogwarts. Meu pa se chama Remo Lupin, ele é...

- Ele é? – incentivei-a a continuar.

- Olha, voi tem que prometer que não vai falar a ninguém.

- Ok, eu prometo. – Se eu achei estranho? Claro!

Ela respirou fundo antes de continuar.

- Ele é um lobisomem. – Uma lâmpada se acendeu na minha cabeça.

- Então é por isso que voc... – ela tampou minha boca.

- Shiu! Vem vindo alguém. – Ué! Eu não ouvi nad...

A porta da cabine foi aberta e por ela passou dois garotos, um era o meu irmão e o outro era um ruivo alto.

Esquece!

- A gente pode ficar aqui? O resto do trem está che... Thalia! – Harry exclamou, me abraçando.

Retribui o abraço. Era reconfortante poder abraçar meu irmão depois de tanto tempo.

Percebi que estava de olhos fechados e os abri. Asty me olhava em uma pergunta silenciosa, "Quem é esse?". 

- Asty, esse é Harry Potter, meu irmão. Harry, essa é Astrid Lupin, minha melhor amiga.

- Prazer. - falaram ao mesmo tempo.

- Lupin? – o ruivo disse, me assustando. Tinha esquecido dele. – Meu irmão tem um amigo Lupin.

- Qual é o nome desse amico, senhor... ?

- Rony Weasley. Mas me chame de Rony. E respondendo a sua pergunta, o nome dele é Peter. – Troquei um rápido olhar com a loira e percebi que o mesmo pensamento passava na cabeça de nós duas. Não pode ser coincidência. - Podemos ficar aqui?

- Claro. - respondi imediatamente.

Eles guardaram seus malões e se sentaram, Harry do meu lado e Rony na sua frente, ao lado de Astrid.

- Então você também tem... Sabe a... – Rony me perguntou, apontando para a própria testa.

- A cicatriz? – perguntei, levantando a franja. Ele a encarou, admirado. Mas logo desviou olhar com as orelhas vermelhas.

Ficamos em um silêncio desconfortável por alguns minutos, até Harry o quebrar.

- Vocês poderiam me falar um pouco sobre o mundo bruxo? Por favor. – Segurei o riso, ele estava vermelho.

Explicamos a ele sobre o mundo bruxo e falamos um pouco de nós mesmos. Ficamos bem próximos durante a conversa.

Por volta do meio-dia e meia, uma simpática mulher apareceu vendendo doces. Compramos um pouco de cada e voltamos a conversar, só que, dessa vez, mais animados. Às cinco horas, demos uma pausa na conversa para colocarmos o uniforme da escola - os meninos se trocaram na cabine, e eu e Asty em um banheiro. 

À noite, uma voz ecoou pelo trem, interrompendo Rony que falava de quadribol.

- Vamos chegar a Hogwarts dentro de cinco minutos. Por favor, deixem a bagagem no trem, ela será levada para a escola.

Minha ansiedade parecia ter ligado no máximo após ouvir isso.  Levantei-me e com certa dificuldade coloquei Amy na gaiola - ela ainda estava zangada comigo -, Asty fez o mesmo com Blue, ela estava mais branca que o normal. Olhei para os meninos, percebi que Rony estava pálido sob as sardas e que Harry parecia que iria vomitar a qualquer momento.

O trem foi diminuindo a velocidade e finalmente parou. As pessoas se empurraram para chegar à porta e descer na pequena plataforma escura. Quando conseguimos sair, senti o frio gostoso da noite bater em meu rosto e balançar meu cabelo.  No meio da escuridão, apareceu uma lâmpada balançando sobre as cabeças dos estudantes da direita e ouvi uma voz conhecida.

- Alunos do primeiro ano! Primeiro ano aqui! Tudo bem, Thalia e Harry?

O rosto grande e peludo de Hagrid sorriu por cima das cabeças dos alunos.

- Vamos, venham comigo. Mais alguém do primeiro ano?

Seguimos Hagrid por um caminho de aparência íngreme e estreita. Estava muito escuro em volta, mas pode perceber que estávamos rodeados de árvores.

Ninguém falou muito. Neville, um garoto que, de acordo com Harry, vivia perdendo o sapo, fungou umas duas vezes.

- Vocês vão ter a primeira visão de Hogwarts em um segundo. - Hagrid gritou por cima do ombro.

Ouvi um ooooh muito alto.

Virei a cabeça na direção do som e vi o caminho estreito se abrir até a margem de um lago escuro. Encarrapitado no alto de um penhasco na margem oposta, as janelas cintilando no céu estrelado, havia um imenso castelo com muitas torres e torrinhas.

- Só quatro em cada barco! - gritou Hagrid, apontando para uma flotilha de barquinhos parados na água junto à margem. Eu, Harry, Rony e Astrid ficamos no mesmo barco.

- Todos acomodados? - perguntou Hagrid, que tinha um barco só para si. - Então... VAMOS!

A flotilha de barquinhos largou toda ao mesmo tempo, deslizando pelo lago que era liso como um vidro.  Em nenhum momento tirei os olhos do castelo.

- Abaixem as cabeças! - berrou Hagrid, tirei os olhos do castelo e vi que os primeiros barcos estavam chegando ao penhasco. Todos abaixaram as cabeças (todos mesmos, até os alunos que estavam nos últimos barcos) e os barquinhos atravessaram uma cortina de hera que ocultava uma larga abertura do penhasco. Fomos impelidos por um túnel escuro, que parecia nos levar para debaixo do castelo, até uma espécie de cais subterrâneo, onde desembarcamos subindo em pedras e seixos.

- Ei, você ai! É o seu sapo? - perguntou Hagrid, que verificava os barcos à medida que desembarcávamos.

- Trevo! - gritou Neville feliz, estendendo as mãos.

 Subimos por uma passagem aberta na rocha, acompanhados pela lanterna de Hagrid e saímos  em um gramado fofinho e úmido à sombra do castelo. Subimos a escada de pedra, e nos aglomeramos em torno da enorme porta de carvalho.

- Estão todos aqui? Você aí, ainda está com o seu sapo?

Hagrid ergueu um punho gigantesco e bateu três vezes na porta do castelo.


Notas Finais


Não foi no sábado, mas foi quase.
O que acharam?
Looks:
Thalia- http://www.polyvore.com/thalia/set?id=197517557
Astrid- http://www.polyvore.com/astrid/set?id=213545087
Dorcas- http://www.polyvore.com/dorcas/set?id=213543460
OBS: Algumas palavras estão em italiano.


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