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História Thalia e Harry Potter: Os gêmeos que sobreviveram - Isso nem é matéria do primeiro ano!


Escrita por: Lia_Cielo

Capítulo 6 - Isso nem é matéria do primeiro ano!


Fanfic / Fanfiction Thalia e Harry Potter: Os gêmeos que sobreviveram - Isso nem é matéria do primeiro ano!

POV. Narradora

Thalia abriu os olhos, mas fechou-os rapidamente por causa da claridade. A morena se remexeu na cama e virou para o outro lado, na tentativa de voltar a dormir, porém ela sabia que não daria certo apenas por dois motivos. 1: Agora que estava acordada não conseguiria dormir tão cedo. 2: Ela não poderia ficar enrolando na cama até pegar no sono, pois tinha aula em uma hora. Ignorando os protestos de seu corpo, levantou da cama e seguiu para o banheiro com os olhos semi-abertos.

- Bom dia para você também. – Astrid resmungou enquanto arrumava seu cabelo em uma trança. Porém o cérebro de Thalia estava tão sonolento que não conseguiu processar a frase e quando estava quase lá, desistiu, pois começou a lhe dar dor de cabeça.

A morena entrou no banheiro e automaticamente o trancou. Lentamente tirou sua roupa e entrou no boxe. O contato da água fria com seu corpo quente lhe causou um choque térmico. Depois de alguns minutos, não foi só a água que foi embora pelo ralo, mas também o seu sono. E uma vez que seu cérebro não estava bêbado de sono, a morena se pôs a pensar nas duas semanas que se passaram.

Apesar de não gostar da maioria das aulas, sua estadia em Hogwarts estava sendo melhor do que o esperado. A morena ficou mais próxima de Rony, Darly – mas não faziam parte do mesmo “grupo” - e, principalmente, Harry. Seus pensamentos vagaram pelos bons momentos que teve com seus amigos até parar em uma conversar que teve com Astrid.

 

Apertei os olhos e abaixei a cabeça ao sentir alguns raios de sol, que conseguiram passar pelas folhas, em meu rosto. Era terça-feira, quatro da tarde, e eu estava com Astrid em baixo de uma árvore no jardim da escola, aproveitando o tempo livre. Rony estava no Salão Comunal tentando, inutilmente, ensinar xadrez bruxo a Harry e Darly estava na biblioteca fazendo o trabalho de História da Magia.

Ficamos alguns minutos em silêncio até eu me lembrar de uma coisa.

- Você não terminou de me contar a “sua história”! – Acusei.

- A relação dos meus pais não estava boa, a única coisa que os mantinha juntos era meu irmão, que na época tinha um ano. Aí veio a notícia da gravidez e a relação deles começou a melhorar. Eles fizeram planos, seus pais seriam meus padrinhos. Porém quando minha mama estava com seis messes de gravidez, ela estranhou o fato de não ter barriga e foi ao curandeiro, ele disse que a criança que ela carregava estava morta. Essa notícia destruiu toda a relação que meus pais tinham, os levando ao divórcio. – Falou sem tirar os olhos do Lago Negro. – Os familiares de Remo se meteram no divórcio e o pouco afeto que avia sobrado entre meus pais foi extinto, os fazendo lutar com unhas e dentes pela guarda total de Peter. No final, Remo ganhou e mama, arrasada, foi para o país que ela mais amava, a Itália.

“Ela estava lá há duas semanas e tinha conseguido construir uma nova vida com a ajuda de Maia Lestrange, uma das ex-amantes de nonno. – O avô de Astrid, Cronos Jackson, é casado com Reia Jackson desde que eles tinham dezenove anos, mas isso não impediu Cronos de ter várias amantes e em todos os casos foi gerado ao menos um filho, e diferente da maioria das famílias, isso não os separou. Todos são muito unidos, tanto Reia e as ex-amantes de Cronos quanto os filhos gerados e os filhos dos filhos, os fazendo ser uma grande família. - Depois de um mês, mama passou mal e foi para o hospital. Lá ela descobriu que a criança que ela carregava, vulgo eu, não estava morta. Os meus batimentos eram tão fracos que parecia que eu estava morta...

- E por que a tia Dorcas não tinha barriga? – perguntei sem conseguir me conter.

- Eu era muito pequena, então ela pensou que os poucos quilos que engordou na época eram por causa de seu imenso apetite. Continuando, não era de se surpreender o fato de ser uma gravidez de risco, mas mesmo assim minha mãe quis continuar a gravidez e seguiu todas, sem nenhuma exceção, as ordens do medibruxo, que era o tio Apolo. Naquela altura do campeonato, mama não confiava em ninguém que não fosse da família Jackson.

“Dois messes se passaram e eu nasci. O parto foi complicado e quase levou a minha morte e de mama, mas tio Apolo era, e ainda é, um dos melhores medibruxos que existe e de alguma forma conseguiu salvar nós duas. Enquanto eu estava em sua barriga, mama pensou em falar para Remo sobre minha existência, mas depois que eu estava em seus braços, ela decidiu que não queria ser privada de mais um filho. Mas por insistência do nonno Cronos, mama colocou o sobrenome de Remo. “Para manter os bons costumes!” – Ela engrossou a voz na última frase em uma excelente imitação de seu avô.

Depois de tudo o que ela falou, havia vários pensamentos rondando minha cabeça e eu optei falar o que mais rondava minha cabeça.

- Você realmente não estava brincando quando disse que nasceu morrendo.

- De tudo o que eu falei, você só prestou atenção nisso? – ela tirou os olhos da água e me encarou com a sobrancelha direita arqueada. Seu olhar mostrava divertimento.

- Foi o que mais me chamou a atenção.

A loira deu uma risada e me abraçou.

- É por isso que você é a minha melhor amiga.

 

Thalia foi tirada brutalmente de seus pensamentos com batidas fortes e repentinas na porta.

- Anda logo, Thalia! Falta meia hora “pra” aula começar e eu ainda quero tomar café da manhã! – Astrid gritou. Não sei como ela ainda não ficou gorda!

- Me dê só mais cinco minutos! – Gritou de volta enquanto puxava a toalha do gancho e desligava o chuveiro.

- Para o seu próprio bem, eu realmente espero que sejam só cinco minutos!

 

***

 

A dupla descia rapidamente as escadas em direção ao Salão Principal. Durante todo o trajeto, a caçula reclamou do atraso da melhor amiga, que disse que só demoraria cinco minutos e na verdade demorou cinco minutos e trinta e sete segundos.

- Só foram trinta e sete segundos, Astrid! Eles não fazem diferença! – A morena argumentou, abismada. Tinha se esquecido do quanto a melhor amiga era nerd.

- É claro que fazem! Cada segundo conta! – Reclamou antes de sair batendo o pé. A ignorância da amiga tinha a estressado. 

Esse é o preço a se pagar por ter amigos nerds, pensou antes de ir em direção ao Salão Principal para tomar café da manhã.

 

***

 

A manhã se passou rapidamente, Astrid ficou sem falar com Thalia por uma hora, mas depois agiu como se nada tivesse acontecido, o almoço se passou da mesma forma junto com o intervalo de trinta minutos e logo já era à hora da aula de poções para os alunos do 1ºano pertencentes à Grifinória ou Sonserina.

A aula de Poções era em uma das masmorras. Era mais frio ali do que na parte social do castelo, mas o que realmente dava arrepios em Thalia eram os animais embalsamados flutuando em frascos de vidro nas paredes à volta.

Durante a chamada, Snape fez careta ao chamar Astrid e debochou quando chegou em Harry e Thalia. Quando terminou, encarou a turma com seus frios e vazios olhos negros.

– Sr. Potter! – Disse de repente. – Eu espero que tenha estudado, depois do fiasco da aula passada e que saiba responder minhas perguntas. Se eu lhe pedisse, onde você iria buscar bezoar?

- Não sei, senhor. – Harry respondeu, envergonhado. Thalia queria ajudá-lo, mas também não sabia a resposta.

A boca de Snape se contorceu num riso de desdém.

- Tsk, tsk, mesmo depois de seu fracasso na semana passada, você não estudou. Vamos tentar de novo. Qual é a diferença, entre acônito licoctono e acônito lapelo, Potter?

- Não sei, senhor.

- O que eu obteria se adicionasse raiz de asfódelo em pó a uma infusão de losna? – Harry estava vermelho, era obvio que ele não sabia e aquilo irritou Astrid.

- Isso nem é matéria do primeiro ano! – Gritou indignada.

- Não grite comigo, garota insolente! – Snape gritou, se aproximando de Astrid. – Eu sou o professor!

- Então aja com um!

- Está duvidando da minha capacidade? – Ele estava tão perto da Lupin que todos na sala acharam que ele a bateria, o que fez Thalia odiar ainda mais Snape. Se ele encostar um dedo na minha melhor amiga, eu não respondo pelos meus atos!

- Estou! Pois se você não sabe, isso é matéria avançada para uma criança de 11 anos! – Era possível ver a fúria nos olhos de Astrid, que no momento pareciam o mar revoltado. – SE está duvidando de mim, chame um professor aqui! Aí veremos quem tem razão.

Snape pareceu perceber que a garota não estava brincando, pois se virou para o resto da sala e fingiu que nada tinha acontecido, mas em seu rosto era visível que ele estava com muita raiva.

 - Asfódelo e losna produzem uma poção para adormecer tão forte que é conhecida como a Poção dos Mortos Vivos. O bezoar é uma pedra tirada do estômago da cabra e pode salvá-lo da maioria dos venenos. Quanto aos dois acônitos são plantas do mesmo gênero botânico. Então? Por que não estão copiando o que estou dizendo?

A turma estava tão atordoada com a cena de alguns segundos atrás que levou alguns minutos para assimilar tudo e começar a escrever. Cinco minutos depois, Snape separou-os aos pares e mandou-os misturar uma poção simples para curar furúnculos.

Caminhava imponente com sua longa capa negra, observando-os pesar urtigas secas, empilhar presas de cobras, criticando quase todos, exceto Draco – de quem parecia gostar – e Astrid, na verdade, ele evitava passar perto da garota e quando passava lhe lançava olhares aborrecidos. Mas a loira não deu bola e passou a aula inteira conversando com Thalia e Hermione, que estava na carteira em frente as duas.

- Vejam a maneira perfeita como Draco cozinha as lesm...

Snape foi interrompido por um silvo alto e nuvens de fumaça ocre e verde. Neville conseguira derreter o caldeirão de Simas, transformando-o numa bolha retorcida e a poção dos dois estava vazando pelo chão de pedra, fazendo furos nos sapatos dos garotos. Em segundos, a classe toda estava trepada nos banquinhos enquanto Neville, que se encharcara de poção quando o caldeirão derreteu, tinha os braços e as pernas cobertos de furúnculos vermelhos que o faziam gemer de dor. A preocupação era visível nos olhos de Olivia, que estava sentada no outro lado da sala com Darling.

-  Menino idiota! – vociferou Narigudo, limpando a poção derramada com um aceno de sua varinha. – Suponho que tenham adicionado as cerdas de porco-espinho antes de tirar o caldeirão do fogo?

              Neville choramingou quando os furúnculos começaram a pipocar em seu nariz.

- Leve-o para a ala hospitalar - Narigudo ordenou a Simas.

Em seguida voltou-se zangado para Harry e Rony, que estavam trabalhando ao lado de Neville.

- Senhor Potter,  por que não disse a ele para não adicionar as cerdas? Achou que você pareceria melhor se ele errasse, não foi?  Você perdeu um ponto para Grifinória.

Thalia abriu a boca para protestar, mas foi cortada por Hermione.

- Não force a barra. – Cochichou. – Ouvi dizer que Snape pode ser muito indigesto.


Notas Finais


O que acharam?
Desculpa a demora.


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