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História Thalia e Harry Potter: Os gêmeos que sobreviveram - Não posso impedi-lo!


Escrita por: Lia_Cielo

Notas do Autor


Desculpa a demora. Voltei as aulas essa semana.

Capítulo 8 - Não posso impedi-lo!


Fanfic / Fanfiction Thalia e Harry Potter: Os gêmeos que sobreviveram - Não posso impedi-lo!

POV. Thalia

 

Assim que entrei no Salão Principal, localizei meus amigos no centro da mesa dos leões.

- Vocês sabem o motivo de todo aquele tumulto no quadro de avisos? – perguntei quando me sentei na frente de Harry com a lembrança da bagunça em frente ao quadro de avisos da Grifinória ainda fresca em minha mente.

- Teremos aulas de vôo com a Sonserina hoje. – Astrid respondeu depois de bebericar seu suco de abóbora.  Mais aulas com a Sonserina? Fala sério!

- Quando? – perguntei sem me preocupar em esconder meu descontentamento, o que fez um leve sorriso brincar nos lábios da Asty.

- Hoje às Três e meia.

- Que ótimo! – Eu amava voar, mas só de pensar em ter que passar mais tempo aturando Draco Malfoy e seus seguidores idiotas me dava vontade de azarar todos eles, apesar de eu não saber nenhuma azaração.

Harry ia falar alguma coisa, mas foi interrompido pela chegada do correio. Como as pessoas com quem eu tenho relações moram em outro continente, suas cartas demoravam a chegar, por isso tinha dias que eu não recebia cartas, dias como esse. Harry olhava para as corujas tristemente, ele não recebia cartas e isso me entristecia. Rony recebia cartas de seus pais quatro vezes por semana, eles moravam na Inglaterra.

- São de quem? – perguntei a Asty, que tinha cinco cartas na mão. Ela tem amigos e parentes espalhados pelo mundo todo e recebia carta todos os dias.

- Nonno, mamma, zia Sally, Leo e Giuliana. – A loira estava tão feliz por receber notícias dos lugares onde estavam as pessoas que ela mais amava que nem percebeu que falou em italiano.

- Zia? – meu irmão perguntou, confuso.

- Tia em italiano. – respondi o olhando, mas minha atenção foi rapidamente atraída para Neville, que abria um pacote a duas pessoas de distância da onde estávamos. De lá, ele tirou uma bolinha de vidro do tamanho de uma bola de gude grande, que parecia cheia de fumaça branca.

- É um Lembrol! – explicou ele. – Vovó sabe que sou esquecido. Isto serve para avisar que a gente esqueceu de fazer alguma coisa. Olhe, aperte assim e se ele ficar vermelho, ah... – E ficou sem graça, porque o Lembrol de repente emitiu uma luz escarlate. – Você esqueceu alguma coisa...

Antes que alguém dissesse qualquer coisa, Malfoy arrancou o Lembrol da mão de Neville. Harry e Rony puseram-se imediatamente de pé, prontos para brigar com Draco. Porém foram, infelizmente, impedidos pela chegada da Professora Minerva, que era capaz de identificar uma confusão mais depressa que qualquer adulto que eu já tenha conhecido.

- Que é que está acontecendo?

- Draco pegou o meu Lembrol, professora.

- Só estava olhando. – Malfoy, mal-humorado, falou e saiu de fininho com Crabbe e Goyle na sua cola.

Ia disser a Neville para não ligar pro Malfoy quando me toquei de uma coisa, me fazendo girar a cabeça de um lado para o outro até achar quem eu procurava. Olivia Longbottom estava conversando com Darling na ponta da mesa da Grifinória, totalmente alheia ao que aconteceu ao irmão.

 

Às três e meia, eu, Harry e Rony descemos correndo as escadas que levavam para fora do castelo para a aula de vôo, Asty tinha ido na frente com Hermione. Era um dia claro, com uma brisa fresca e a grama ondeava pelas encostas sob nossos pés ao caminharmos em direção a um gramado plano que havia do lado oposto à floresta proibida, cujas árvores balançavam sinistramente à distância.

Os alunos da Sonserina já estavam lá e boa parte da Grifinória também, traduzindo, éramos os únicos atrasados. Por todo o gramado havia vassouras no chão com um aluno do lado esquerdo de cada, nós fomos direto para as três “vazias”.

A professora, Madame Hooch, chegou dois segundos depois de nós. Tinha olhos amarelos como os de um falcão, cabelos curtos e grisalhos.

- Estiquem a mão direita sobre a vassoura – mandou a professora – e digam “Em pé!”.

 - EM PÉ! – gritaram todos.

A minha vassoura pulou imediatamente para minha mão, assim como as de Harry e Asty, porém as de Hermione e Olivia só se mexeram no chão. Já as de Neville e Rony, nem saíram do chão. 

Depois de muito tentar, Rony ficou sem paciência e ao dizer “Em pé” com raiva a vassoura pulou imediatamente do chão. Só que ao invés de ir para sua mão, esta acertou em cheio seu nariz, fazendo-me dar uma gargalhada. Rony me olhou bravo, mas não me importei.

Madame Hooch em seguida, sem se importar com Rony, nos mostrou como montar nas vassouras sem escorregar pela outra extremidade, e passou pelas fileiras corrigindo a maneira de segurá-la. Quase pulei de felicidade quando ela disse a Draco, que vivia se gabando por ser bom em vôo, que ele segurava a vassoura errado havia anos.

- Agora, quando eu apitar, dêem um impulso forte com os pés. – disse a professora. – Mantenham as vassouras firmes, saiam alguns centímetros do chão e voltem a descer curvando o corpo um pouco para frente. Quando eu apitar... Três... Dois...

Mas Neville, nervoso, deu um impulso forte antes mesmo de o apito tocar os lábios de Madame Hooch.

- Volte, menino! – ela gritou, mas Neville subiu como uma rolha que sai sob pressão da garrafa e ficava cada vez mais alto.

- VOLTE, NEVILLE! – Olivia berrou preocupada e...

BUM! 

Um baque surdo, um ruído de fratura e um Neville caído na grama. Sua vassoura continuou a subir cada vez mais alto e começou a flutuar sem pressa em direção à Floresta Proibida e desapareceu de vista.

Madame Hooch se debruçou sobre Neville, o rosto tão branco quanto o dele.

- Pulso quebrado. – Murmurou. – Vamos, menino, levante se.

Virou-se para o restante da classe.

- Nenhum de vocês vai se mexer enquanto levo este menino ao hospital! Deixem as vassouras onde estão ou vão ser expulsos de Hogwarts antes de poderem dizer "Quadribol". Vamos, querido.

Neville, o rosto manchado de lagrimas, segurando o pulso, saiu mancando em companhia de Madame Hooch, que o abraçava pelos ombros.

Assim que se distanciaram e ficaram fora do campo de audição da classe, Draco caiu na gargalhada.

– Vocês viram a cara dele, o panaca?

 Os outros alunos da Sonserina se juntaram a ele nas gargalhadas.

- Cala a boca, Draco. – Olivia retrucou.

- Uuuu, defendendo o irmãozinho? – disse Pansy Parkinson, uma aluna da Sonserina com cara de buldogue. Não sei por que, mas ouvi-la falar isso me irritou profundamente.

 - Olhe! – disse Draco, atirando-se para frente e recolhendo alguma coisa na grama. – É aquela porcaria que a avó do Neville mandou.

O Lembrol cintilou ao sol quando o garoto o ergueu.

- Me dá isso, Malfoy. – Harry falou em voz baixa.  Todos pararam de conversar para espiar, o sorriso de Draco aumentou com uma risada malvada.

- Acho que vou deixá-la em algum lugar para Neville apanhar, que tal em cima de uma árvore?

- Me dá isso. – Harry berrou, mas Draco montara em sua vassoura e saíra voando. Ele não mentiu sabia voar bem, e planando ao nível dos ramos mais altos de um carvalho desafiou:

- Venha buscar, Potter!

Harry agarrou sua vassoura.

- Não! – gritou Hermione Granger – Madame Hooch disse para a gente não se mexer. Vocês vão nos meter numa enrascada.

Harry não lhe deu atenção e montou na vassoura.

- Thalia, faça alguma coisa! – Hermione mandou ao constatar que Harry não a obedeceria.

Meu olhar se encontrou com o olhar determinado de meu irmão. Eu conhecia aquele olhar, o via quase todas as vezes que me olhava no espelho. Não posso impedi-lo!

- Tome cuidado. – pedi, fazendo Hermione me olhar indignada. Ele afirmou com a cabeça e deu um forte impulso com os pés.

Para a surpresa de muitos, e orgulho para mim, parecia que Harry já tinha montado em milhares de  vassouras antes por causa de sua facilidade e competência. Puxou a vassoura para o alto para subir ainda mais, arrecadando gritos e exclamações da Grifinória e um viva de admiração do Rony. Virou a vassoura com um gesto brusco ficando de frente para Draco, que planava no ar. O garoto estava abobalhado, ‘tô amando isso!

- Me dá isso! – mandou – ou vou derrubar você dessa vassoura!

- Ah é? – Malfoy retrucou, tentando caçoar, mas parecendo preocupado.

Harry curvou-se para frente, segurou a vassoura com firmeza com as duas mãos e ela disparou na direção de Draco como uma lança, que só conseguiu escapar por um triz. Harry fez uma curva fechada e manteve a vassoura firme. Algumas pessoas do meu lado aplaudiam.

- Aqui não tem Crabbe nem Goyle para salvarem sua pele, Draco – Harry berrou. Mandou bem, maninho. Eu podia ver o medo nos olhos de Malfoy

 - Apanhe se puder, então! – gritou, e atirou a bolinha de cristal no ar e voltou para o chão.

Meu irmão se curvou para frente e apontou o cabo da vassoura para baixo, no instante seguinte estava ganhando velocidade num mergulho quase vertical, apostando corrida com a bolinha. Ele esticou a mão a uns trinta centímetros do solo agarrou-a, bem em tempo de levar a vassoura à posição vertical, e pousou suavemente no gramado com o Lembrol salvo. Tapei meus ouvidos rapidamente, por causa da gritaria dos escandalosos ao meu lado, mas houve um grito que se destacou no meio dos outros.

- HARRY POTTER!

Destampei as orelhas após perceber que não teria nenhum risco de eu ficar surda. Harry não comemorava mais e estava branco.

- Nunca... Em todo o tempo que estou em Hogwarts... – A Professora Minerva quase perdeu a fala de espanto e seus óculos cintilavam sem parar. –... Como é que você se atreve... Podia ter partido o pescoço...

- Não foi culpa dele, professora...

- Calada, Srta. Lupin.

- Mas Draco...

- Chega, Sr. Weasley. Potter me acompanhe até minha sala. – E saiu com um Harry de cabeça baixa.

Olhei com fúria para Malfoy.

- Você vai pagar por isso! – sussurrei de modo que ele pudesse ouvir e sai do gramado batendo o pé.

 Se aquele loiro azedo não fosse tão ridículo, meu irmão não correria risco de ser expulso!

 

***

A última coisa que eu esperava ouvir de Harry quando ele voltasse era que tínhamos um novo apanhador no time de quadribol da Grifinória, ele. Eu não esperava por aquilo, mas não pude deixar de ficar orgulhosa. Nosso pai era um dos melhores jogadores de quadribol na sua época de escola e agora, Harry está honrando o legado dele. O nosso legado.

Apesar de tudo, eu não tinha desistido de me vingar de Draco. Harry pode não ter sido expulso, mas foi por pouco. Draco tem que aprender uma lição.


Notas Finais


O que acharam?
Nos vemos no proximo capítulo ou nos comentários.


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