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História That XX - I


Escrita por: woozix

Notas do Autor


Eu nunca pensei que iria escrever algo tão grande assim na minha vida. Eu travei e perdi o foco 948584958 vezes. Espero que não tenha ficado chato.
E eu dei uma revisada por cima com a ajuda do Word. Então se tiver algum erro é só avisar.

Capítulo 2 - I


Não tocamos mais no assunto depois que o intervalo acabou.

Eu ainda estava pensando sobre o que ele tinha dito, afinal, nem eu sabia como beijar.

Ele percebeu meu desconforto e logo mudou de assunto, mas isso não queria dizer que eu estaria totalmente livre.

Agora estávamos na sala de aula, tentando a todo custo não dormir durante a aula de história. Uma das poucas coisas que me deixam feliz é o fato de não estarmos na mesma sala de Wonwoo. Seria um inferno agüentar meu melhor amigo suspirando a cada segundo pelo outro.

E falando sobre ele, qual seria o seu tipo ideal? Eu tinha que ajudar Mingyu a chegar o mais próximo possível do príncipe encantado de Wonwoo.

Revendo todos os antigos casos de Jeon, era fácil chegar à conclusão de que ele gostava de caras altos, fortes e bonitos. Algo um tanto quanto superficial. Mas o que seria bom já que meu amigo é mais burro que uma porta.

Mingyu tinha um bom físico. Não era a pessoa mais sarada do Colégio, mas o corpo era bem cuidado com traços fracos de músculos. O que não o deixava menos atraente a meu ver.

Mingyu é lindo. Mas isso estava escondido atrás das roupas largas e esquisitas e daquele corte de cabelo filhinho da mamãe.

E alto. Ah. Mingyu era um poste com seus 1,85cm. Certo. Ele pode não ser tão grande perto de outros, mas eu preciso olhar para cima para conseguir conversar. Afinal meus 1,64cm ficam evidentes ao lado do gigante.

Não seria difícil. Só teria que conseguir ajeitar o visual desleixado e encontrar alguma forma de conseguir um diálogo entre eles.

Fui interrompido de meus pensamentos quando um pequeno pedaço de papel com a caligrafia que eu conhecia bem pousou na minha carteira.

"Quando vamos começar?"

Aquela era uma ótima pergunta.

Nós deixaríamos o colégio na hora do almoço e como era terça, eu não teria minhas aulas de música. Minha mãe estava na cidade vizinha, na casa de sua irmã fazendo uma visita, e meu pai era um policial, portanto passava uma boa parte do tempo fora de casa. Mas é claro que eu avisaria caso eu não voltasse para a casa.

Os pais do Mingyu eram divorciados. A mãe trabalhava muito, mas ainda assim tentava ao máximo dar atenção ao filho. O pai era um advogado um tanto quanto conhecido, portanto dinheiro não era problema na casa dos Kim. Meu amigo recebe uma pensão gorda do pai que vai toda para um cartão de crédito que a mãe deu para ele.

Vendo que não teria problemas, peguei o bilhete e logo escrevi a resposta.

“Hoje mesmo. Trouxe o cartão?”

Deixei o bilhete na mesa do moreno que estava mais interessado nos pássaros do lado de fora que na matéria no quadro. Assim que ele leu o conteúdo do bilhete me respondeu com um leve acenar positivo.

Depois disso não nos falamos mais no decorrer da aula.

 

 

– Finalmente aquela tortura acabou. – Mingyu disse ao meu lado enquanto se espreguiçava. – Para onde vamos? Eu to morrendo de fome...

– Vamos para o shopping. Primeiro vamos mudar suas roupas e esse corte de cabelo ridículo.

– Yah! – Ele me empurrou de leve. – Meu cabelo não é ridículo. Minha mãe gosta.

E foi nesse momento que não consegui conter uma risada.

– E você quer seduzir sua mãe ou o “garoto mais bonito” do colégio? – O empurrei de volta.

Mingyu deu de ombros e logo me abraçou de lado com um dos braços. Meu sorriso sumiu na hora e meu coração bateu mais rápido. Era incrível como qualquer toque daquele idiota conseguia me deixar assim.

Tirei o braço do meu ombro e dei um passo para o lado. Não fazia bem para a minha sanidade tê-lo tão perto. O cheiro dele era o suficiente pra mexer comigo.

Lembro da vez em que ele esqueceu uma blusa em casa e eu aproveitei para me masturbar enquanto cheirava ela. Isso pode parecer um tanto quanto estranho, mas foi inevitável. Eu amo tanto esse estúpido que ele vira tudo de cabeça para baixo.

Eu me perco em pensamentos quando se trata dele. Imagino as mãos grandes tocando meu corpo com carinho, mas ao mesmo tempo com firmeza. Os lábios bonitos sussurrando que me ama, e os olhos negros brilhando apenas por mim.

Mas ao mesmo tempo dói tanto imaginar ele fazendo isso com o Wonwoo, afinal, ele o ama. E imaginar ele dizendo as três palavras que eu quero escutar tanto, para outra pessoa deixa um nó enorme na garganta e uma vontade de chorar até acabar desidratado.

– Jihunnie, como ele consegue ser tão bonito? – Fui despertado pela pergunta de Mingyu, desviando o olhar para o mesmo local que ele encarava, não me surpreendendo em encontrar Wonwoo.

Bufei irritado e puxei o gigante desengonçado pelo braço.

– Vamos começar essa transformação agora mesmo.

 

 

Chegamos ao shopping e antes de irmos às compras paramos na praça de alimentação. Precisaria de energia para aquela transformação, e também não queria Mingyu enchendo meu saco pra dizer que estava com fome.

Depois de me alimentar e alimentar meu amigo com dois Big Mac’s e uma batata acompanhados de um refrigerante grande, fomos até as lojas.

– Primeiro vamos começar pelas roupas. – Ouvi Mingyu bufar do meu lado e logo lancei um olhar ameaçador. – Pediu minha ajuda e vai aceitar o que eu falar sem reclamar, entendido?

A única reposta que recebi foi um acenar positivo com a cabeça e fomos logos para a primeira loja.  Enquanto Mingyu estava sentado em algum lugar da loja com um bico enorme nos lábios eu procurava por roupas descentes para um adolescente de 16 anos.

Nada de moletons pretos e enormes e nada de calças jeans dois números maiores. Eu sei que o físico de Mingyu pode deixar qualquer um de boca aberta, então iria aproveitar para deixar tudo em evidência.

Peguei algumas camisetas simples, de várias cores e estampas junto das mais diversas calças jeans. Grande parte skinny  para realçar as coxas grossas de Mingyu.

Eu nunca fui muito bom em esconder às vezes em que literalmente babei pelo corpo do meu amigo. Quando ele dormia em casa nos dias quentes e usava apenas uma cueca. Eu até mesmo perdia o sono para observar cada detalhe e cada pintinha de seu corpo. Mas por sorte ele sempre dormia como pedra, então em alguns casos já consegui até alisar de leve a pele quente e alguns tons mais escuros que a minha.

Sai de meus devaneios quando uma atendente da loja me chamava um tanto quanto sem graça pela minha provável cara de besta, oferecendo uma sacola para colocar as peças em minhas mãos.

Agradeci prontamente e vi a moça de afastar. Droga, eu tenho que aprender a controlar meus pensamentos.

Assim que a sacola ficou cheia sai à procura de Mingyu, o encontrando na parte separada para os sapatos. Ele parecia um tanto quanto entediado enquanto olhava algo no... Meu celular?

Corri em disparada até o banco em que ele estava tomando o celular de suas mãos. Ele me olhou um tanto quanto assustado, até porque eu nunca fui de proibir ele de olhar o que tinha ali. Mas dessa vez tinha algo que ele não podia ver de forma alguma.

Percebi seu olhar assustado em minha direção e não demorei em me explicar.

– Ah... É que aqui tem a música que quero tocar no dia do teste. É uma surpresa. Você só vai saber qual é no dia.

Não era segredo que eu queria fazer faculdade de música, e para isso eu teria que fazer um teste eliminatório. Por sorte nunca fizeram vista grossa ao meu sonho, meus pais entendem perfeitamente e nunca reclamaram pelo curso que escolhi. Muito pelo contrário. Eles pagam um professor de música para mim três vezes na semana.

Mingyu disse desde o primeiro momento que aquela profissão era a minha cara, e ainda disse que no dia do teste iria me esperar no final com o buquê de rosas em mãos. E desde então tenho me esforçado ainda mais. Não quero decepcionar ninguém.

– Quanto mistério. Não vai contar até para o seu melhor amigo? – Ele perguntou já se levantando.

Recebeu como resposta a sacola sendo jogada em sua direção.

– Vamos para o provador. O dia vai ser longo.

 

 

Eu não sei como Mingyu conseguiu me colocar dentro do provador com ele já que não eram permitidos acompanhantes. Mas lá estava eu no último provador de frente para o provador que meu amigo estava.

– Jihoon, a calça não quer fechar. Vem aqui me ajudar. – Escutei a voz do meu amigo vindo do provador e logo congelei.

Eu não tenho sanidade o suficiente para ficar em um cubículo com meu melhor amigo. E principalmente para ajudá-lo a fechar a calça.

Entenda que sou um adolescente que se excita até com o sorriso do amigo. Meus hormônios não estão preparados para se controlar em uma situação como essa.

– Jihunnie? – A voz agora um pouco mais alta me fez voltar à realidade.

Respirei fundo e me levantei para ir até o provador, minhas mãos suavam e minhas pernas estavam fracas.

Precisei segurar na parede quando abri a cortina do provador.

Mingyu estava apenas com a calça jeans ainda aberta no corpo, dando a visão da boxer branca e do abdômen parcialmente definido.

Incrível como a vida pode ser filha da puta.

Procurei por autocontrole no fundo do meu ser, entrando no provador e fechando a cortina atrás de mim. Contei até dez e respirei fundo mais uma vez. Esse deve ser o teste da minha vida.

– V-Você não consegue nem fechar a calça? – Amaldiçoei até a quinta geração da minha família quando minha voz falhou. Cadê a porra da sua – falsa – masculinidade, Jihoon?

Escutei um riso soprado vindo dele e me segurei para não esfregar aquela cara linda na parede.

– Não, ela é muito apertada comparada às que eu uso. Me ajuda, hm?

 Você está fazendo um jogo comigo, garoto?

Não demorei a levar as mãos até o cós da calça para fechá-la, tarefa que não foi difícil. O que fez com que meu olhar logo procurasse Mingyu para explicar aquela palhaçada.

Mas antes mesmo de conseguir abrir a boca fui desarmado com o olhar sério que ele lançava para mim. E para ajudar meu coração a parar de vez, ele se aproximava lentamente em minha direção, curvando o corpo para conseguir ficar com o rosto próximo ao meu.

– Você vai me ensinar a beijar? – A respiração dele estava tão próxima do meu rosto que precisei de mais alguns segundos para focar na pergunta. Meus olhos automaticamente foram de encontro aos lábios rosados de Mingyu, fazendo com que eu precisasse de mais alguns segundos para formular uma resposta.

 – E-Eu... Ensino sim. – Respondi rapidamente, ignorando o fato de ter gaguejado. Aquela situação estava acabando comigo. Eu tinha certeza de que iria acabar fazendo alguma bobagem se continuasse ali, e foi quando eu decidi sair do provador Mingyu se afastou, pegando uma das camisetas que eu tinha separado.

– Ótimo. – Ele sorriu. – Agora vai lá pra fora. Vou sair com o visual completo. – Ele deu uma piscadinha e me empurrou com cuidado pra fora do provador.

Foi quando eu percebi que o clima ali dentro havia ficado extremamente quente. Usei uma de minhas mãos para me abanar de forma precária enquanto a outra ia para minha cabeça, bagunçando meus fios de cabelo em um gesto comum de nervosismo.

Meu coração batia freneticamente em meu peito, pensei até mesmo que iria acabar tendo um enfarte ali mesmo. E o culpado? O gostoso filho da puta do meu amigo.

– Que tal? – Procurei o dono da voz e no exato momento em que olhei para trás, tive certeza de que hoje eu não iria passar.

Chama o SAMU.

Se eu já o achava um príncipe antes, agora estava um príncipe muito gostoso.

A calça era apertada o suficiente para marcar perfeitamente as coxas grossas, os braços ficavam destacados e até mesmo pareciam mais sarados com a camiseta simples levemente colada ao corpo.

Ele percebeu que estava realmente bonito ao ver meu olhar vidrado em seu corpo, acabando por rir.

– Eu sei que estou bonito, Jihunnie... Mas não olha muito ou vai acabar apaixonado. – Eu já estou apaixonado, seu idiota.

Para disfarçar a situação em que eu estava soltei um riso soprado e dei de ombros.

– Ainda falta muita coisa para você me deixar babando. – Mentira. A verdade era que meu coração não agüentava mais transformações por hoje, mas eu precisava dar um jeito no meu coração – e no meio das minhas pernas – se quisesse sair vivo daquele shopping. 

– Então vamos terminar logo isso! – Mingyu ditou animado e logo sorri. O dia seria longo, mas extremamente divertido.

 

 

Acabamos comprando tantas roupas que eu não fazia idéia de como Mingyu iria guardar tudo aquilo em casa. E eu sei que ele não iria deixar tudo jogado pelo quarto porque ele tinha uma chata mania de limpeza.

Mas não conseguimos não dar boas risadas dentro do provador, recebendo alguns olhares reprovadores da atendente da porta.

E agora estávamos no ultimo passo para terminar de ajeitar a aparência dele, o cabelo.

– Você jura que eu não vou ficar parecendo um idiota? – Ele perguntou pela quarta vez desde que deixamos a loja de roupas e fomos comprar um sorvete antes de chegar à frente do salão.

– Não, Mingyu. Já disse você parece um idiota com esse corte atual. Agora entra logo e sem reclamar sobre isso de novo. Só confia em mim.

Ele entrou no salão com certo receio, o que era um tanto quanto estranho já que ele não era lá tão vaidoso, mas decidi ignorar o fato. Ele pediu minha ajuda e eu faria o necessário para deixá-lo apresentável para o Jeon.

Assim que entramos no local fomos diretamente para a mesa da atendente, explicamos que o corte foi decidido de ultima hora e que não tínhamos um horário marcado. Por sorte o movimento no dia não era grande e conseguiríamos cortar o cabelo de Mingyu sem ter que esperar.

Ele foi levado até o lavatório e eu aproveitei que uma das ajudantes começava o processo no cabelo de meu amigo, para conversar com quem iria cortar.

A explicação foi rápida e ele disse que era possível.

Eu queria que o cabelo do Mingyu fosse pintado de preto e o corte simples e prático para um adolescente. Ele poderia usar sem um penteado e também seria possível fazer um topete simples.

Aproveitei e pedi para o cabeleireiro manter segredo do corte e fazer tudo sem que  Mingyu tivesse a chance de se ver no espelho.

A cara do meu amigo quando ele soube que não poderia nem ver o que estavam fazendo foi impagável. Por pouco ele não levantou dali e saiu correndo, mas decidiu ficar na cadeira assim que lancei a ele um dos meus olhares sérios.

Ele decidiu colaborar e ficou quieto, mas com um bico visível, como uma criança fazendo birra porque que não queria estar ali.

Ri brevemente e me sentei em uma cadeira para esperá-lo. As sacolas de roupa agora ocupavam uma cadeira ao meu lado e uma parte do chão próximo ao meu pé. Era tanta coisa que agora eu indagava se ele seria capaz de levar tudo aquilo sozinho.

Antes de ouvir novos protestos do Mingyu, coloquei logo os fones de ouvido e voltei a escutar a música que tocaria no teste.

A melodia calma, posta para repetir várias vezes seguida foram as únicas coisas que escutei antes de pegar no sono.

 

 

Senti meu corpo ser balançado de leve e fui despertando aos poucos. Demorei alguns segundos para abrir os olhos e assim que os abri, me senti em um sonho.

Ainda estava sensível a claridade do local, mas Mingyu estava ali com um sorriso nos lábios. O cabelo agora preto penteado em um topete perfeito.

Fiquei tão incrédulo com a cena que precisei piscar duas vezes até ver que aquilo não era um sonho. Ele estava ridiculamente perfeito.

– Acorda Jihunnie. Precisamos ir embora. – A voz calma tomou conta de minha audição, e automaticamente eu olhei para os lados, ficando extremamente envergonhado por ter dormido no local. Procurei pelo meu celular e o encontrei nas mãos de Mingyu, mostrando que ele havia parado a música para conseguir me acordar.

Após me desculpar com a atendente por ter dormido no local e pagar o corte, deixamos o salão com as sacolas em mãos.

Eu ainda estava um tanto sem graça. Tirando o fato de ainda não ter conseguido superar o novo Mingyu que estava ao meu lado.

– Todas as sacolas estão aqui? – Ele perguntou ao parar a caminhada. Contamos as sacolas e logo nos demos falta de uma. – Eu vou lá pegar.

– Não! A culpa foi minha por não ter prestado atenção. Me espera aqui. – Entreguei as sacolas que estavam em minhas mãos e voltei para o salão.

Em poucos minutos já estava entrando no local novamente, indo logo até a atendente.

– Me desculpe, mas você viu alguma sacola aqui? Meu amigo e eu acabamos esquecendo uma. – Sorri de lado, visivelmente envergonhado. Eu acabei dormindo ali e acabei esquecendo uma sacola. Ela deve pensar no mínimo que sou idiota como o Mingyu.

– Ainda bem que você voltou! Eu achei a sacola e guardei aqui no caso de vocês voltarem. – Ela pegou a sacola ao lado da mesa em que estava e me entregou.

Agradeci com uma reverencia e com um obrigado seguido de um sorriso, mas antes de sair do local fui interrompido novamente pela mulher.  

– Me desculpe perguntar isso, mas... Você tem alguma relação com o garoto que cortou o cabelo?  É que uma das minhas colegas ficou interessada nele e me pediu para falar com você, mas quando fui ver você já estava dormido. – Ela sorriu e logo tornou a falar. – Mas eu percebi que ele te olhava com muito carinho e com um sorriso muito bonito enquanto você dormia.  Como uma pessoa apaixonada.

Eu não sou capaz de explicar como meu coração bateu forte com tais palavras. Então ele me olhava com carinho? Que ele parecia apaixonado por mim?

Um sorriso tomou conta dos meus lábios no momento, mas desta vez me lembrei que não estava sozinho e tossi brevemente para disfarçar.

– Nós somos apenas amigos. E infelizmente ele já gosta de alguém.

Foi com um pesar enorme no coração que disse tais palavras, até porque aquele alguém não era eu.

Com breves palavras vindas da atendente eu consegui finalmente deixar o local. Desta vez andei lentamente para digerir todas as palavras ditas por ela.

“Como uma pessoa apaixonada.”

Era possível ele sentir algo a mais por mim?

 

 

– Gostou do meu novo visual? – Mingyu perguntou depois que nos sentamos no ponto de ônibus. Já era quase cinco da tarde quando finalizamos a transformação. Ele agora tinha roupas novas e um novo corte de cabelo. Faltava apenas uma chance de conversar com o Jeon e... Aprender a beijar.

– Gostei. Ficou muito bonito. – Respondi com um sorriso nos lábios. Não era uma mentira para agradá-lo e parece que ele acreditou, pois logo fui agraciado com um de seus sorrisos.

– Obrigado. Eu acho que nunca vou conseguir te compensar pelo que está fazendo por mim.

– Você só precisa fazer uma coisa.

– O que? – Ele perguntou curioso.

– Ser meu amigo para sempre. – Respondi me virando para fitá-lo.

E ele sorriu novamente, aproveitando o momento para passar o braço ao redor do meu corpo.

– Você sabe que eu nunca vou te deixar. – E foi no fim da frase que ele selou brevemente a minha bochecha.

Eu juro que nunca havia sentido tantas borboletas no meu estômago. E a sensação se alastrava por todo o meu corpo, como um incêndio. Sentia que se eu abrisse a boca todas às borboletas sairiam voando, então escolhi ficar em silêncio. Meu olhar estava perdido no dele. Nunca tivemos uma troca de olhares tão intensa como a do momento.

E quando eu pensei que ele diria alguma coisa, ele se levantou e ajeitou as sacolas em mãos. E eu já sabia bem o motivo; o ônibus.

Nós morávamos em direções diferentes, então não pegávamos o mesmo ônibus e como não estava tarde eu poderia esperar mais alguns minutos pelo meu sem problemas.

– Você pode dormir sexta à noite em casa? – Ele perguntou, aproveitando que o ônibus havia parado uma quadra anterior a que estávamos.

– Posso. Por quê?

– Você vai me ensinar a beijar não se lembra? – Ele teve a falta de vergonha na cara de me encarar enquanto dizia aquilo. E eu torcia para não ter ficado como um pimentão.

– Lembro... – Respondi baixo, mas tinha certeza de que ele havia escutado.

– Então eu te espero na sexta. Ah. Eu preciso de ajuda com mais uma coisa. – Bufei irritado. Eu já havia passado o dia todo trabalhando na imagem dele e ainda teria que encontrar uma forma de fazer o idiota conversar com o Wonwoo.

– O que? – Perguntei visivelmente irritado.

E aquele foi o tempo de ele se aproximar rapidamente e surrar em meu ouvido a última coisa que eu queria escutar no momento.

– Sexo.


Notas Finais


Eu estou muito feliz com todos os favoritos e comentários. Sério.
Me ajudaram muito pra atualizar rápido. E vou responder assim que terminar de adaptar o primeiro capítulo para Chanbaek e dormir um pouquinho. Terminei esse capítulo agora agora.
Então muito obrigada mesmo.


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