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História That's My Girl - Me and My Girls


Escrita por: CamrenRari

Notas do Autor


Oi meus Amôoooooooooooooooooooo's, como vocês estão?
Finalmente um capítulo postado durante o dia kkkk como está sendo o fim de semana de vocês?
Enfim, peço hoje para lerem com atenção as notas finais, vai ter um recadinho importante e garanto que é do interesse de todo mundo que gosta da minha fic.
Bom, boa leitura a todos e que vocês se divertam lendo.

Capítulo 29 - Me and My Girls


Fanfic / Fanfiction That's My Girl - Me and My Girls

 

 POV Camila
 - Sua mãe disse que eu poderia subir. - disse Dinah naturalmente.
 Eu e Lauren permanecemos intactas nos nossos lugares, ouvisse apenas nossas respirações, eu estava tão sem graça que tudo o que eu queria era me enfiar num buraco e morrer lá dentro, pelo silêncio de Lauren, garanto que ela compartilhava do mesmo pensamento que eu.
 Dinah entrou para o quarto e fechou a porta atrás de si, ela estava sem jeito também e pude notar que seu rosto estava vermelho, ela mal conseguia nos encarar.
 - Tudo bem... - disse Lauren quebrando o silêncio.
 - Eu volto outra hora - falou Dinah virando-se de costas afim de sair porta a fora.
 - Não Dinah, acho que já terminamos - eu disse sem pensar.
 - Safadas! - ela virou-se novamente para nós, em seu rosto já não havia mais aquele ar de quem tinha ficado sem graça. Ela caminhou em passos largos até a cama de Lauren e pulou sobre nós - Suas safadas, eu sabia que não iam aguentar - disse gargalhando nos fazendo rir também.
 - Dinah?! - dissemos eu e Lauren ao mesmo tempo.
 - Aí gente, vocês precisam entender - disse sentando-se na cama, nos ajeitamos também - que o que Dinah Jane junta, ninguém mais separa.
 - Ah meu Deus - falou Lauren revirando os olhos.
 - Sim, só Ele mesmo para separar Camren, e vocês duas, é claro - continuou Dinah - Ally precisa saber disso. - ela falou se levantando da cama, pegou seu celular e ligou para Allyson - Ally, você não vai acreditar...
 Encarei Lauren que ria da situação, vendo-a feliz, senti que tinha tomado a decisão certa de tocar sua campainha. É claro que as coisas não voltariam a ser como eram antes, eu continuaria andando com Normani, mas tentaria ao máximo passar algum tempinho com ela, e com as meninas também, aliás, foram elas que me abraçaram quando cheguei nessa cidade desconhecida. Sorri ao lembrar de como conheci Lauren, seu jeito duro, mas doce de me acolher em seus braços, eu tinha feito morada em seu peito, e ela fez no meu coração.
 Peguei em sua mão instantaneamente, Lauren me olhou sorrindo e eu retribui o gesto da mesma forma, o que será que se passava em sua cabeça? Tinha mesmo gostado da dança? Conhecendo-a como conheço, ela não mentiria para mim, se havia falado que tinha gostado, era porque tinha e ponto. Dinah falava empolgada ao telefone e nem notou quando me aproximei de Lauren e a beijei.
 - Eu te amo - sussurrei quando desencostamos nossos lábios.
 - Eu também te amo - ela disse sorrindo - mas acho que ainda temos muito o que conversar.
 - Eu sei disso e vamos - falei séria encarando seus olhos.
 - Eu me viro para dar um telefonema e vocês já estão se engraçando de novo? - perguntou Dinah.
 - Empata foda - disse Lauren revirando os olhos e a encarando.
 - Lauren?! - a repreendi, que jeito de falar era aquele? 
 - Eu estou brincando, amor - ela respondeu risonha. Amor? Era isso mesmo que tinha escutado? Lauren Jauregui me chamando de amor? Não conseguia desmanchar o sorriso que se formou em meus lábios, eu estava tão feliz, mesmo Dinah tendo atrapalhado nosso momento, Lauren me chamando de amor de uma forma tão natural, foi tudo que eu pedi a Deus. Ganhei meu dia.
 - Sou mesmo! Vocês tem que me respeitar enquanto eu ainda estou aqui - continuou Dinah fingindo estar brava.
 - Foi você quem entrou no meu quarto - Lauren se defendeu.
 - Foi sua mãe que me mandou subir - Dinah rebateu.
 - Agora a culpa é da minha mãe? 
 - O que tem eu? - perguntou Clara, mãe de Lauren, fazendo todas nós levarmos um susto. Ela foi entrando no quarto com uma bacia de roupa nas mãos.
 - Nada! - respondemos em coro. Ela nos olhos desconfiada e apenas respondeu um "tá bom então", abriu o guarda roupa de Lauren e guardou algumas peças lá dentro, permanecemos em silêncio até ela sair do quarto.
 - Bom, acho que eu já vou. - disse me levantando, porém Lauren segurou no meu braço.
 - Não, fica, por favor - ela falou, eu enxergava sinceridade em seus olhos, meu coração se derreteu, eu tinha tanto a falar e principalmente escutar, mas eu também precisava ir ou chegaria muito tarde em casa.
 - Lauren, eu pre... - comecei dizendo.
 - Porque não vai conosco amanhã fazer compras? - perguntou Dinah. Lauren ainda segurava meu braço esperando por uma resposta, porém seu olhar passou de sincero para esperançoso.
 Normani havia me chamado para um almoço em sua casa no dia seguinte, ela queria fazer uma pequena reunião com todas as líderes de torcida. Eu não sabia se demoraria ou não. Eu queria ir com Lauren e com as meninas as compras, eu toparia fazer qualquer coisa com elas, até mesmo se fosse esconder um cadáver, eu sentia tanto a falta das minhas meninas... Mas como dizer a Normani que eu não iria ao seu almoço? Ela provavelmente desconfiaria e eu não queria ser ameaçada de novo.
 - Que horas vocês irão? - perguntei.
 - Provavelmente depois do almoço, umas 15 ou 16 horas... - Dinah respondeu pensativa.
 - Eu não garanto, ok? Mas darei um jeito - falei sendo sincera.
 Lauren me acompanhou até a porta, se despediu de mim com um abraço apertado, ou seria desesperado? Eu não sei, mas senti sua insegurança e a apertei mais forte contra meu corpo. Mergulhei meu nariz em seus cabelos e dei uma bela puxada de ar, eu jamais esqueceria o seu cheiro natural, era o meu cheiro preferido no mundo. Custamos a nos soltar, mas por fim demos um breve selinho e eu fui caminhando até minha casa.

 POV Normani
 Me despedi de Camila e subi para meu quarto, tomei um banho demorado e me joguei na cama. Eu ainda estava pensativa com as coisas que Dinah Jane andava falando ou fazendo a mim, porque eu não conseguia esquecer? Porque eu estava tão preocupada?
 Sentei em frente ao meu computador e o liguei, acessei o google e digitei o trecho da bendita música que a idiota tinha cantado ao pé do meu ouvido, me arrepiei novamente em me lembrar da cena de nossas bocas quase se encontrando. E se elas tivessem se encontrado de verdade? O que as pessoas iam pensar de mim?
 Apertei play no vídeo para que a música começasse e ela logo invadiu todo meu quarto. 
 Seu amor me pegou
 Cê bateu tão forte com o teu amor
 Nocauteou, me tonteou
 Veio à tona, fui à lona, foi K.O.

 Escutei a música até o final revirando os olhos a cada palavra que o artista cantava, estranhei ao ver que era uma Drag Queen e mais uma vez respirei fundo, parecia que a comunidade LGBT e simpatizantes, estavam em todos os lugares. Eu nunca me considerei uma pessoa preconceituosa. Mas... e Lauren? E a forma como eu a trato? Gritou meu subconsciente.
 - Eu não a maltrato por ser gay... - disse em voz alta para mim mesma. Ou será que sim? Questionei-me internamente. - Não Normani, você não é preconceituosa! - rebati comigo mesma. E como poderia? Eu era negra! Eu sabia como era sofrer por algo que você não pode mudar. Eu nasci negra e ponto, não podia mudar isso. E se com a sexualidade fosse a mesma coisa? E se as pessoas nascessem dessa forma, sem poder escolher?
 Subitamente abri várias abas diferentes do youtube, eu passaria o resto do meu dia vendo vídeos e documentários sobre a homossexualidade, eu queria entender como aquilo funcionava, queria saber como as pessoas descobriam se eram gays ou não, como eram suas experiências traumáticas e como lidavam com o preconceito.
 Lembro-me perfeitamente do dia que sofri minha primeira agressão verbal por simplesmente ser negra. Minha família sempre teve dinheiro suficiente para bancar uma escola particular para mim e minha irmã, estudávamos em instituições privadas quando morávamos no Texas, e quando mudamos para Miami, não seria diferente, certo?

 Flashback ON

 Era meu primeiro dia de aula na escola nova, eu tinha 11 anos. Sempre fiz amizade muito fácil e pensei que em Miami não seria diferente. Tomei um banho demorado e caprichei em fazer um penteado legal, vesti meu uniforme, calcei os tênis e tomei meu café, conversava animadamente com minha mãe, e deixava meu entusiasmo explícito em minha voz.
 Meu pai me levou de carro até a escola e entrou comigo, todos os alunos já estavam em suas aulas e quando entrei na minha sala a professora me apresentou a todos os meus colegas, lembro-me muito bem daqueles olhares, olhares de reprovação e rejeição, sentei-me ao fundo, não queria que me encarassem daquela forma. Não fiz nenhum amigo no meu primeiro dia de aula, como eu havia pensado que faria.
 Os dias foram se passando e ninguém na escola se aproximava de mim, todos me olhavam como seu eu fosse uma atração, ou melhor, uma aberração.
 Num dia desses, sentei-me em outro lugar, quis ficar perto da professora e resolvi que sentaria na primeira carteira.
 - Você está no meu lugar. - disse Alice, uma colega de classe, atrás dela vinham outras garotas, todas brancas. 
 - Desculpe, mas queria sentar perto da professora hoje, você não pode sentar em outro lugar? - perguntei tentando ser o mais simpática possível.
 - Oi? - ela perguntou com desdém - até parece que eu vou ser legal com você - disse rindo fazendo todas as garotas do seu grupinho a acompanharem na sua gargalhada - o lugar de pessoas como você é no fundo da sala e na senzala né?!
 - O quê?! - perguntei sem entender.
 - Você é negra! - ela gritou na minha cara - por isso não tem amigos!
 Levantei-me correndo daquele maldito lugar. Não assisti a aula naquele dia, passei o resto do tempo chorando sozinha no banheiro, e quando cheguei em casa, implorei para meus pais me mudarem de escola. Chorei durante semanas e inventava qualquer desculpa para não ir as aulas. Isso foi motivo de brigas entre meus pais, minha mãe queria que eu fosse para a escola pública, porque lá eu não sofreria tanto, porém meu pai estava mais preocupado com a minha educação, dizia que escola não era lugar para fazer amizades, era para estudar e ser alguém na vida.
 Depois de muitas brigas, meu pai finalmente cedeu e eu fui para a escola pública, porém eu me empenharia para ser outra Normani, a Normani que vocês conhecem hoje.

 Flashback OFF
 Eu não gostava de me lembrar desses momentos, porque parecia que a dor que senti quando aconteceu, voltava e acertava meu peito em cheio, meus olhos enchiam de lágrimas e eu não conseguia segurar o choro. Já perceberam que se você deixa a primeira lágrima cair, fica mais difícil segurar as outras? Era o que acontecia comigo.
 Depois de mais alguns vídeos, parei para pensar na forma como venho tratando as pessoas ao meu redor, eu descontava toda a minha raiva e angústia nas minhas amigas. Amigas? Será que você tem alguma amiga de verdade, Normani? Ou será que elas apenas andam com você, porque é popular?
 - Subconsciente idiota. - vociferei fechando os vídeos, chega, já tinha visto o suficiente por hoje. Levantei-me e fui até o banheiro, me olhei no espelho e disse firme - Você não é preconceituosa Normani, apenas trata as pessoas como elas merecem ser tratadas! - disse firme.
 Será? Gritou meu subconsciente.
 Revirei os olhos, estava cansada daquela luta interna. Desci as escadas e sentei-me na mesa da cozinha, minha mãe lavava a louça e ajeitava algumas coisas para começar a fazer a janta. Puxei qualquer assunto e ficamos conversando, acabei me esquecendo do lance sobre preconceito, até minha irmã Arielle chegar exasperada em casa.
 - Você não sabe o que me aconteceu?! - disse ela assim que entrou na cozinha, ignorou totalmente minha presença e depositou um beijo na bochecha da minha mãe. Arielle estudava numa faculdade aqui em Miami mesmo e toda sexta-feira vinha para casa e passava todo o fim de semana conosco, para minha infelicidade. Eu e ela nunca nos demos bem.
 - Como você está minha filha? Senti sua falta. Como andam as coisas na faculdade? Porque não se senta? - perguntou minha mãe ignorando todo o entusiasmo de Arielle, ri internamente.
 - Está tudo bem na faculdade e comigo, mamãe, mas quero contar outra coisa para a senhora. - disse ela pegando algo na geladeira, provavelmente seu iorgout ligth.
 - O quê? - perguntou minha mãe.
 - Lembra daquela garota lésbica que comentei com a senhora? - minha mãe apenas assentiu, me endireitei na cadeira e prestei atenção nas palavras de Arielle. - Me chamou para sair, acredita? Como se eu fosse lésbica também - disse sarcástica. 
 - E qual o problema em ser lésbica? - perguntei me intrometendo na conversa. Arielle me mediu dos pés a cabeça revirando os olhos logo em seguida. - Já pensou que talvez ela tenha nascido assim e não apenas escolhido isso pra vida dela? - continuei, minha mãe me encarou e Arielle fez cara de poucos amigos.
 - O mundo não é mais como antes, esse povo nem é gente pra mim, sinto nojo - disse ela caminhando em minha direção, se apoiou na mesa e me encarou de forma afrontosa, tinha raiva em sua voz - se continuar a defendendo, vou achar que você também é lésbica, Normani.
 - Já chega Arielle - disse minha mãe nos interrompendo e nos poupando de uma briga - porque não leva suas coisas para cima e toma um banho?
 - Tudo bem - respondeu minha irmã pisando em passos firmes para fora da cozinha.
 Respirei fundo diversas vezes, senti raiva quando ela começou a falar da garota que eu nem conhecia, senti raiva do seu preconceito, senti raiva por saber que existem outras pessoas que pensam da mesma forma que minha irmã. Fiquei em silêncio e um clima estranho se instalou sobre a cozinha.
 - Mãe, o que aconteceria se eu fosse gay? - perguntei num impulso. Ela virou para me encarar, seu rosto tinha um grande ponto de interrogação. Eu amava minha mãe mais do que a mim mesma e sei que ela também me amava e continuaria me amando apesar dos apesares.
 - Como assim Normani? - ela perguntou apreensiva.
 - É só uma suposição... - respondi, percebi que ela soltou todo o ar que guardava em seus pulmões e sua feição suavizou.
 - Bom, para ser bem sincera com você, posso dizer que seu pai jamais aceitaria isso. - disse ela voltando a se virar para a pia - Porque acha que Arielle diz essas coisas? Ela teve um péssimo exemplo com seu pai... - desabafou.
 - Porque ainda está com ele?
 - O que quer dizer com isso? - ela perguntou.
 - Dá pra notar que não o ama mais, acho que nunca o amou para ser sincera.
 - Nunca mais diga isso Normani, eu casei com seu pai por amor - disse ela virando-se mais uma vez.
 - Tudo bem, desculpe - disse levantando os braços em sinal de rendição. - mas e você mamãe, me aceitaria?

 POV Lauren
 - Qual o seu problema? - perguntei a Dinah depois que Camila tinha ido embora.
 - Desculpe se atrapalhei sua transa, eu não sabia que ela estaria aqui... - disse Dinah sendo sincera.
 - Eu não sei se mato você agora ou se deixo pra mais tarde - respondi com sangue nos olhos. Dinah tinha se tornado uma grande amiga, eu passei a amá-la e a admirá-la, mas interromper uma quase transa de reconciliação? Puta merda!
 - Deixa para mais tarde, preciso te contar porque vim aqui - disse sentando em minha cama.
 - Precisa mesmo, porque não vou te perdoar facilmente - falei cruzando os braços.
 Então Dinah me contou sobre Su e a vaga da lanchonete, disse que fui a primeira pessoa que passou pela sua cabeça, que adoraria me ter ao seu lado para te fazer companhia e que eu precisava ocupar minha mente. Não tirava sua razão, por mais que Camila tivesse vindo a minha casa, se desculpado e feito a performance mais excitante que eu já vi, nós não tínhamos colocado todos os pingos nos i's, havia muita coisa que eu queria falar e escutar, principalmente escutar. Eu ainda estava magoada. Então ocupar minha mente com qualquer outra coisa, seria perfeito para deixar que o tempo passasse e eu conseguisse a perdoa-la de todo o coração.
 Abracei Dinah como sinal de agradecimento, não pensei duas vezes em dizer que aceitava a vaga, não importava se me pagariam muito ou pouco, eu só queria ter com o que me ocupar, e ficava feliz por ser ao lado de Dinah. 

 ...
 Acordei tarde no sábado, tomei um banho e desci para o café, minha mãe não estava em casa e eu fiquei assistindo TV com meus irmãos, desde que eu e Camila nos afastamos, comecei a passar mais tempo com eles e me arrependi por sempre preferir outras companhias do que minha própria família. É claro que eu e minha mãe ainda não estávamos tão próximas e eu ainda guardava muitas mágoas dela, mas eu passei a olha-la de outra forma e me colocar mais em seu lugar depois que reencontrei meu pai. Ela tinha passado por maus bocados, criou uma filha sozinha, teve mais dois filhos com pais diferentes e nenhum dos responsáveis quis saber das duas crianças, partiram sem ao menos se importar se minha mãe teria condições de criar mais um filho. 
  Ally passou de carro em minha casa por volta das 15:30, Camila não tinha nos dado certeza de que iria conosco, mas eu rezaria para que sim. A desbloqueei do whats e ficamos jogando conversa fora até dormir, Camila me contou que almoçaria na casa de Normani e daria um jeito de nos encontrar, mas mais uma vez, não me garantiu de que iria mesmo.
 Não quis iniciar uma conversa sobre nosso relacionamento pelo whats, e acho que Camila também não, ambas sabíamos que isso teria que acontecer pessoalmente.
 Entrei no carro e fomos conversando até a casa de Dinah, sentei no banco detrás como de costume, o lugar de DJ no passageiro era sagrado. Ally me contou sobre Shawn, ela falava animadamente e quando iniciávamos qualquer outro assunto, sempre voltávamos para Shawn e a forma como ele a tratava, aquilo já estava me irritando.
 - Dinah me contou que Camila foi a sua casa... - Ally começou. Contei a ela tudo que tinha acontecido, ocultando a dança, isso era uma lembrança que eu guardaria para mim mesma, contei apenas que eu e Camila estávamos nos beijando quando DJ apareceu. - Pagaria para ver a cara de vocês quando Dinah entrou no quarto. - disse Ally rindo depois de eu terminar de falar.
 - Não foi engraçado - falei cruzando os braços e fazendo bico.
 - Claro que não - rebateu Ally irônica revirando os olhos - engraçado mesmo é o Shawn, ele é tão fofo, me faz rir o tempo inteiro... - e mais uma vez ela iniciou seus comentários sobre ele. Revirei os olhos e me afundei no banco detrás, será que faltava muito para chegarmos na casa de Dinah?
 Ally continuou falando de seu romance, era óbvio que estava apaixonada, mas precisava ser tão chata? 
 Dinah entrou no carro e nos cumprimentou, contamos para Allyson que eu logo trabalharia na lanchonete, ela ficou feliz por mim e disse: "agora que eu não saio mesmo daquele lugar". Rimos muito e logo chegamos no shopping.
 Mandei mensagem para a Camila a avisando que já estávamos por lá, mas ela nem visualizou. Eu pegava em meu celular de 5 em 5 minutos, e nada de Camila. Percebendo minha apreensão, Dinah tomou meu celular  e disse que só me devolveria se eu comprasse algo e me divertisse também.
 - Larga esse celular, se Camila tiver que aparecer, ela vai aparecer.
 - Ela está certa Lauren - concordou Ally.
 - Quando foi que vocês começaram esse motim contra mim? - perguntei irritada.
 - Não estamos contra você - respondeu Ally - estamos tentando te ajudar.
 - Isso aí - concordou Dinah batendo sua mão na de Ally no ar.
 Revirei os olhos e fiz cara de sonsa, mas logo sorri e comecei a tentar me distrair. Fomos a várias lojas de roupa e de sapatos, mas Dinah era indecisa e parecia que nada estava bom. Me dei ao luxo de comprar um salto alto preto e uma jaqueta de couro, eu não sei  quando os usaria, mas achei ambos divinos e segundo Ally, eu estava precisando de roupas novas.
 Logo esqueci do meu celular e posso dizer que até de Camila. Fomos para a praça de alimentação e comemos no Burger King, colocamos nossas "coroas" e andamos por todo shopping assim, Dinah era engraçada e nos fazia rir, ela me devolveu meu celular enquanto estávamos no banheiro. O peguei e diretamente entrei na conversa de Camila, ela havia visualizado, mas não me respondeu, meu coração deu uma batida errada e se apertou, senti frio na barriga e minhas pernas bambearam. Parece que toda aquela dança sensual, todo o pedido de desculpa, tinham sido apenas um sonho e agora eu estava voltando para a realidade. Normani ganhou e eu tinha que aceitar isso. 
 - Por que não vamos ao cinema? - perguntou Ally.
 - Nossa, você quer fazer de tudo um pouco hoje hein - brincou Dinah.
 - Quero passar um tempo com as minhas melhores amigas - disse Ally jogando um braço por cima de mim e um por cima de Dinah. Sorri com esse ato e com suas palavras, se eu não conseguia ficar feliz por mim, eu tinha que pelo menos tentar ficar por elas.
 - Você está toda melancólica nos últimos dias, o que está acontecendo? - perguntou Dinah - está de TPM?
 - NÃAAAO - gritou uma Ally sem graça - só quero que vocês saibam o quanto são importantes para mim.
 - Está com alguma doença terminal? - continuou Dinah. Gargalhei e Ally depois de uma cara feia, também riu.
 - Não, eu não posso mais simplesmente demonstrar afeto? - perguntou Ally ainda rindo.
 - Pode, mas esse papo está estranho - rebateu DJ - e acho que não vai dar certo se andarmos pelo shopping assim, seus braços e suas pernas são curtas Allyson. - Gargalhei mais uma vez, era engraçado ver as duas discutindo.
 Por fim Ally tirou seus braços dos nossos pescoços e apenas andamos de braços dados como fazíamos no jardim de infância.
 - Nós andamos iguais, nós andamos iguais... - cantarolou Ally, eu e Dinah a encaramos feio - tá bom, parei. 
 Foi uma luta para escolher um filme descente, Allyson queria romance e eu estava sedenta por terror, Dinah se intrometeu e acabamos escolhendo uma comédia. Eu daria tudo para Camila estar ali comigo, seria divertido se fossemos um quarteto novamente, baixei minha cabeça tristonha encarando meus sapatos. Acho que percebendo meu descontentamento ou lendo meus pensamentos, Ally e Dinah me abraçaram simultaneamente.
 - Pelo menos você tem a nós - disse Ally quando nos soltamos. É, estavam lendo meus pensamentos mesmo.
 Apenas sorri fraco e entramos na nossa sala do cinema, Ally sentou no meio com Dinah a sua direita e eu a sua esquerda.
 O filme estava quase começando quando percebi alguém sentar na cadeira ao meu lado, não tinha quase ninguém na sala, então porque alguém escolheria sentar aqui? Virei-me da direção da pessoa para poder ver quem era.
 - Camila? - perguntei assustada, era isso mesmo que meus olhos estavam vendo?


Notas Finais


Oi mais uma vez pessoal kkk tenho uma notícia para vocês. Eu e a Camila, @Emison1907, estamos com um protejo de começar uma fic Camren juntas. Já estamos com algumas idéias e estamos pensando em soltar pra vocês a sinopse. PORÉM, eu tenho essa That's My Girl e ela tem a fic dela também, por isso não prometo que vamos começar a escrever logo, porque nossos focos são nossas fic's pessoais, e temos medo de começar outra história e acabar perdendo o interesse pela outra, ou não conseguir conciliar, etc... então estamos estudando as possibilidades certinho kkkk mas já garanto que NÃO VOU PARAR DE ESCREVER THAT'S MY GIRL, por nada nessa vida kkkk
Mas fiquem ligadinhos aqui, porque se chegarmos a postar a sinopse, eu vou deixar o link aqui para vocês darem uma olhadinha e quando começarmos a postar na outra fic, também deixo o link mais uma vez, ok? Estou muito feliz e animada com esse novo projeto e espero que vocês abracem a nova fic como aconteceu com essa aqui.

Bom, e pra não perder o costume... O que acharam desse capítulo?


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