Se você quer mirar em alguém, mire na cabeça, o tiro e a morte é certeira.
Isso era o que meu pai dizia quando íamos treinar tiros com cervos no local. Meu pai era militar, atirador de elite, vinha nos visitar todos os finais de semana e esses eram meus dias favoritos, eu tinha o sonho entrar no militar e ser o maior atirador de elite do país. Foi isso que aconteceu. Meu pai faleceu aos quarenta e três anos de idade por conta de um tiro de sniper no coração, assim, resultado sua morte ao meu lado e eu o vi tendo seu último suspiro, e quem o matou? Homem de quadrilha, minha mãe disse que ele tinha contas a acertar com uma delas. Eu ainda estava em serviço militar e ainda faltavam três anos para terminar e voltar para casa, mas coisas aconteceram coisas dentro da base nesses últimos anos. Fui expulso e condenado a prisão por dois anos e meio de roubo de armas militares e por ter quebrado a bacia de dois soldados que me gozavam todos os dias, a morte do meu pai resultou na minha mudança de personalidade. Eu tinha ódio. Ódio de quadrilhas e eu estava com sede de sangue para exterminar todas elas.
Ao sair da prisão fiquei trancado em casa, atrás de sombras e apenas saia a noite, pois todos sabiam de minha história e me olhavam estranho. Eu era mau visto, mau falado pelas pessoas daquela cidade idiota.
Lembro de um carro preto que parou em frente a minha casa, abri a porta e três homens saiam de dentro do carro e todos paravam em ao lado do carro alinhados me observando.
-O que querem aqui? - Cerrei o olhar.
-Falar sobre seu futuro, meu caro. - O mais alto sorria.
-Vocês...são de quadrilha? - Abri mais a porta dando um olhar frio.
-Talvez. - Deu de ombros e disfarçadamente peguei minha sniper que ficava ao lado da porta.
-Digam logo o que querem...
-Uma proposta de uma vida melhor. - Mostrava em uma das mãos, uma folha.
-Uma folha? Não vou assinar nada.
-Não precisa...Apenas de uma olhada e largue sua arma. - Falou um tanto frio no final e engoli seco soltando. - Pode se aproximar, não mordemos. Ainda.
-Engraçado... -Sorri de canto forçado e me aproximei, porém guardava uma surpresa. Peguei a folha e abri. - Um logo de quadrilha...
Ainda com a cabeça baixa o olhei mortal e ele apenas sorria de um jeito convidativo.
-Esses são seus capangas? - Eu ria olhando os dois menores. - Que bela família.
-Não zombe deles. Não gostam. - Fez uma careta olhando os dois de cada lado.
-Eu não ligo...!
Em um movimento rápido, peguei a faca que eu guardava na cintura debaixo da blusa, tentei o acertar no pescoço mais ele segurava meu pulso...droga!
-Nunca ataque por cima, meu caro. Achei que era militar! - Virou meu braço torcendo.
-ARGH! Mas que droga! - Ele tirava a faca de minha mão e me empurrou.
-Sabemos já muito sobre você. Seokjin.
-Como sabe meu nome, desgraçado?! - O olhei irritado e me aproximei dele que apenas colocava a folha no meu peito.
-Sabemos de muitas coisas. Agora pense sobre.
Os três entram no carro e saiam de lá, abri novamente a folha e observei logo, abaixo havia um endereço.
Ele tinha razão, esse foi a melhor escolha que pude ter para meu futuro. Dinheiro, sobrevivência e sem falar da ação. Tenho nome de Shot pela minha habilidade profissional de atirador profissional, minha sniper é minha melhor amiga, tanto como outras armas de fogo, mas nada melhor que mirar na cabeça de um inimigo e o ver morrer na hora. Uma morte rápida e certeira. Além de falar que tenho lugar como líder de invasão de bases inimigas e domicílios.
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