Eu sempre fui um cara que gosta de armar uma, na escola, em casa, na rua. Armadilhas é minha especialidade, principalmente quando fazia com meu vizinho e a fuga era melhor ainda! Minha mãe nunca me deu muita atenção e sim mais meu pai que era um bêbado desgraçado, mas foi ele quem me ensinou essas coisas junto ao meu irmão mais velho. Desde criança eu e meu irmão mais velhos fizemos armadilhas um contra os outros, algumas delas nos fazia quebrar alguns ossos do corpo ou até mesmo fatal. Eramos um tanto...agressivos um com outro e com as outras pessoas. Mas por outro lado, era divertido.
Aquilo era divertido, até nosso pai começar a ficar agressivo com as bebidas e usar essas armadilhas contra nós, mas ao contrário de nós, ele fazia por mal. Por exemplo, quando ele fez eu escorrer com manteiga e quebrar meu braço, ele ria enquanto eu gritava de dor e meu irmão vinha me socorrer. Ah...meu irmão, que saudades ele faz. Faleceu em um acidente de carro depois de beber quinze copos de vodka com whiskey. Meu pai não ligou e apenas ria de sua morte, isso por que ele vivia bêbado. Ele me deixava com ódio.
-Seu irmão morreu por que quis! - Ele ria com a garrafa de cerveja na mão. - Dessa vez não fui eu!
-E ERA SEU FILHO, IDIOTA! - Eu berrava com ele.
-Abaixe esse tom de voz, moleque! Sou seu pai!
-Você é um cretino que ri da morte DO MEU IRMÃO!
Eu criei um certo ódio em meu pai que me fez um dia pegar uma tábua de madeira e lhe dar uma na cabeça o fazendo desmaiar...assim, o amarrei em uma cadeira e o torturei por dias. Aquele velho fedorento.
-Calma pai... - Eu ria em frente a ele enquanto gritava amordaçado com um pano. - Por que você não quer rir? Estava tão contente com a morte de meu irmão.
-Mmnf! - Ele pulava na cadeira tentando sair.
-Desculpa. - Tirei o pano que de sua boca e ele começou a gritar, mas logo segurei seu rosto com força. - Hoje vou colocar um sorriso lindo e permanente no seu rosto.
-Vai para o inferno, Hoseok! - Eu ria e peguei a faca de cozinha. - Lembra do meu vilão favorito, papai? Aquele com uma grande cicatriz na boca. Qual era o nome mesmo, papai?
-Hunf...!
-QUAL ERA?!
-Coringa! O Joker! - Ele virava a cara.
-Bem...Eu gostava dele. - Encostei a faca no canto de sua boca. - Muito. Gostava quando ele perguntava "você sabe como ganhei essa cicatriz?". Ele era a tortura em pessoa. Hoje vou ser ele, mas sem o sorriso cortado. Apenas meu sorriso natural.
Sorri para ele e cortei sua boca. O ódio permitia que eu conseguisse fazer qualquer coisa com esse miserável! Ele já havia agredido minha mãe, mas fazia alguns anos que ela havia ido embora. Melhor assim, posso tortura-lo o quanto quiser no meu porão. Seu gritos eram intensos, eu terminei e ri com seu sangue escorrendo em minhas mãos.
-Agora sim. - Sorri o olhando.
-Hoseok! - Uma voz grave soava atrás de mim e me virei assustado largando a faca.
-O que...?! É a polícia?! - Engoli seco olhando cinco sujeitos em pé na porta do porão.
-Não... - O maior ria e mostrava uma folha com um logo. - Precisamos de você.
-O que querem comigo?!
-Falar sobre seu futuro. Vai poder fazer mais disso. - Ele ria apontando para o bêbado sofrendo. - Vai poder se espelhar mais no seu vilão.
-Quem são vocês...?
-Você verá. Temos dinheiro, ação e bastante trabalho sujo. - Olhou novamente para o velho.
-Aceito. - Sorri de canto. - Mas...temos perigo de ser preso?
-Talvez. Se você for bom o bastante para nos botar para correr. - Ele sorriu e pegou uma pistola Colt mirando no velho. - Esse já foi.
-Me deixe fazer isso.
-Aah! Hoseok! - Ele gritava o implorando. - Me desculpa! Eu não queria rir dele!
-Tudo bem. - O maior rio e me olhou surpreso me entregando a arma. - Vá em frente.
Mirei um tanto trêmulo por nunca ter usado uma arma antes, logo senti uma mão em meu braço levantando minha mira para a cabeça dele.
-Mire sempre na cabeça, a morte é certeira. - Um outro deles dizia. - Dispare.
Disparei e o coice era muito forte, mas segurei e na hora fechei os olhos. Ao abrir os olhos vi o velho morto, comecei a respirar um tanto desesperado, eu matei uma pessoa pela primeira vez.
-Você se acostuma... - O maior tocava meu ombro. - Venha.
Me acostumei com o tempo, meus treinamentos foram rígidos e dentre os outros membros eu era o mais recruta, mas agora...já sou um profissional. Minha área profissional é com armas, fuga, armadilhas e fazer os desgraçados abrirem a boca! Gosto do que faço, é assim que consigo sobreviver agora. Era minha única esperança. Me deram o nome de R.Y.F, é apenas um sigla para "Run for Your Life", eu gosto disso. É desafiador.
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