História The Adopted - Fire pt 1

Madison POV

 A aula foi chata como todos os dias, tive uma prova de inglês que quase me matou do coração. Na volta pra casa encontrei Josh,meu ficante.

-Oi gracinha.-me abraçou.

-Oi Josh.-sorri.

-Vai na festa da Lana sexta á noite?-perguntou enquanto acariciava minha cintura.

-Acho que não,tô pensando em ir na casa da Liv.

-Vai dormir lá?

-Provável,por que?

-Posso passar lá depois da festa?-sorriu de lado.

-Claro.-disse e o beijei.

-Vou lá,até depois gracinha.-me beijou,mas desta vez com mais vontade.

Segui para casa indiferente, ao chegar vi meu irmão fumando maconha na varanda. Apenas ignorei e continuei andando. Até que ele gritou:

-A SUA AMIGA TÁ LA NO SEU QUARTO!-disse entre risadas.

-Ok James.-respondi seca.

Não gosto muito do James,tivemos alguns problemas. Desde que eu era criança ele sempre me tratou mal, e com uma indiferença enorme. Mandei ele para a merda e desisti de agradar. Fui para meu quarto e encontrei Caitlin deitada em minha cama mexendo em seu IPhone.

-Achei que não ia vir mais.-disse me olhando.

-Achei que você estudava,sabia?

-Também achei.-rimos.

-Vim te perguntar se você vai querer ir para o passeio da escola.

-É pra onde mesmo?

-Um parque aquático lá. Preciso dos seus documentos pra levar lá hoje.

-Tem que ser hoje mesmo Cait?-disse bufando e me sentando na cama.

-Agora,vai pegar.

***

Procurei pela casa toda,em todas as gavetas mas não achei minha identidade escolar,então fui até o sótão procurar.

Haviam caixas espalhadas, procurei em todas. Até que me lembrei que existe uma estante cheia de gavetas na parte de trás. Procurei em tudo,abrindo cada gaveta e não achei em lugar nenhum. Merda. Quando fui procurar na ultima gaveta,percebi que na parede havia um desenho de um quadrado perfeito,meio aberto. Puxei com cautela, e vi uma caixa pequena de madeira, com uns papéis dentro. Sou curiosa demais e então acabei pegando a mesma.

Haviam documentos extensos, e em um deles vi meu nome. Ao ler o conteúdo meu coração parou por um instante,e então desmontei no chão:Era um documento de adoção,para ser mais exata: DA MINHA ADOÇÃO.

***

-É SÉRIO MÃE,O QUE É ISSO?-gritei enquanto minha mãe chorava.

-Eu posso explicar querida.

-ENTÃO EXPLICA E PARA DE CHORAR!-gritei mais alto enquanto as lágrimas rolavam por minha face.

-Não grita com ela ,porra!-meu irmão esbravejou.

-NÃO SE META!-disse ríspida.

-Querida calma. Eu te adotei...você era um bebê tão lindo,nunca te contei pois não achava necessário. Não sei nada de seu passado meu bem,não sei.-respondeu minha mãe,chorando.

-Não achava necessário?Minha vida não é necessária?Pra mim era. Eu odeio isso aqui,como você faz isso comigo?!Pelo amor de Deus!-gritei-QUERO SABER DE TUDO O QUE VOCÊ SABE!

-Não sei de nada Mad,eu juro! Eu e seu pai te adotamos,você não tinha aonde ficar. Somente te achei...e isso que importa.

Estava com tanto ódio,que fui para meu quarto. E dormi depois de tanto chorar.

***

Havia um cheiro forte em casa,minha mãe estava gritando. Então me vi correndo pelo corredor de casa,aos prantos. 

-MÃE ONDE VOCÊ TÁ?JAMES?PORRA!-gritei chorando.

Então vi,minha casa estava em chamas. Meu pulmão ardia cada vez que eu sugava mais e mais fumaça. Procurei minha mãe em toda a parte, e a achei no final do corredor,deitada inconsciente. Meu irmão não estava lá. Comecei a gritar em desespero, mas o aro começou a ficar cada vez mais pesado, e mais difícil de respirar, então em encostei em uma parede e fui escorregando,até cair...então tudo apagou.

*****

 Minha cabeça doía, eu estava paralisada. Demorei minutos até conseguir abrir meus olhos e me mover. Mas quando o fiz me deparei com um lugar branco e iluminado. Estava em um hospital, com uma forte dor de cabeça as lembranças da noite passada(acho que foi a noite passada) vieram. Uma mulher ruiva apareceu com um sorriso enorme e amarelo,ela vestia uma saia preta e uma blusa florida.

-Querida ainda bem que acordou,vou chamar um médico.

-Cade a minha mãe?-perguntei rouca.

-Depois falamos disso,você precisa descansar.-respondeu.

-Cade a minha mãe porra!-esbravejei.

-Menina mal criada...-resmungou- Eu sou sua Assistente Social,houve um incêndio...não achamos seu irmão, mas sua mãe faleceu. Sinto muito querida.

Um tapa doeria menos,uma facada doeria menos...até um tiro doeria menos que aquelas palavras. Minha mãe,morta...senti uma dor em meu peito,enquanto lágrimas saiam de meus olhos.

-Me deixe sozinha.-disse baixo.

Então é isso...estou sozinha,e a pessoa mais importante da minha vida está morta.