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História The Angel of Death - Encruzilhada


Escrita por: Zenauis

Notas do Autor


Metade do capítulo estava pronto há mil anos atrás, mas só conseguir finaliza-lo agr... D:

~Link de música para ouvir enquanto ler o capítulo nas notas finais ~

Capítulo 19 - Encruzilhada


Fanfic / Fanfiction The Angel of Death - Encruzilhada

O amor é um feitiço com difícil desencanto...

Quando correspondido faz milagres, mas se não é recíproco a dor toma a parte.

 

Ter a coragem de me enfrentar não é para um qualquer. Viktor definitivamente não é um qualquer. Cada dia que passa, mais fico encantada com sua persistência, gosto disso, mas não quero grude. Ele estava lá o tempo todo e não percebi, como pude ser tão imprudente? Isso me intriga, me faz repensar do que ele pode ser capaz de fazer, ou o que ele quer fazer. Por qual razão ele me seguiu, melhor dizendo, por que ele vem me seguindo? Há algo bem maior que me amar por trás disso. 

Deveria seguir a linha de frente. Iria tentar decifrá-lo, teria que ser agora, antes que ele me deixasse sem resposta novamente. Não esqueci de quando ele apareceu no parque de diversões me alertando sobre os arcanjos. Eu estou ciente que está acontecendo em minha volta, não preciso de uma babá. Olhei no fundo dos olhos dele, conseguia ver em sua íris escura com reflexo das chamas, o teor de sua vida sempre foi ser quente, este parecia ser o cenário que mais combinara com ele.

 

— Com medo, querida Morte? — O deboche era bem nítido em sua fala.

— Tenha mais respeito por mim, sou eu que tiro seus pacientes deste inferno que é viver. 

— Está certa, entretanto — Ele estalou a língua em descaso — ainda não me respondeu. 

— Ter medo para mim, é proibido, não posso me deixar ao luxo. — Quanto mais a conversa se estendia maior era o peso das palavras ditas. — Isso vem se tornando repetitivo, então, não deve ser necessário dizer qual é a minha pergunta, não é mesmo?

— Acredite, você definitivamente está passando dos limites. — Viktor foi direto, nem precisou responder minha pergunta oculta, ele sabia exatamente onde era o ponto em que eu queria chegar — Incendiar um colégio apenas para aniquilar um corpo? Esperava algo melhor de você, Samaele. Às vezes me esqueço que você criou um jogo que o objetivo é matar uns aos outros. O que vai acontecer quando finalmente ter um ganhador nessa loucura? 

 

Se houvesse um boato que a Morte, levou um sermão da Vida tornara-se a piada do ano. Dessa vez eu senti algo semelhante à culpa, porém, eu sei que isso pode ser uma confusão causada por causa de outros sentimentos que tenho.

 

— Não se intrometa no jogo, cada um aqui tem seus próprios assuntos para tratar. Você sabe o que vai acontecer, a pessoa terá o meu legado e eu finalmente poderei morrer. — Minha voz saiu ríspida, quase rasgando a garganta com a raiva. Eu não entendia essas emoções diferentes, eu não costumava ser assim.  

— Estou preocupado, gosto muito de você para deixá-la refém dos arcanjos, e outra... Como tem certeza que te deixarão morrer? Já te contei o que houve com o antigo anjo da morte. Vai mesmo querer sofrer tanto?

— Viktor, você nunca consegue me entender por mais que tente. Meu único sofrimento é viver. Eu quero aproveitar o que tenho e sei fazer da forma que mais me encha de alegria. A resposta para essa alegria que procuro está na sua volta, esse jogo é o meu único entretenimento que no fim me renderá bons frutos. 

— Você realmente não se importa com o que sinto... — Pelo visto, aquilo não era o que ele esperava que eu respondesse. Não vou mentir, fui honesta com minhas palavras. Estava estampado em seu rosto que ele também vivia uma confusão de sentimentos. Ele abriu as asas, me espantei, não iria deixá-lo partir com uma visão errada, então, abri as minhas também.

 

Naquele corredor cheio de chamas com armários caídos e teto desabado ao chão havia dois anjos brigando. Dois anjos querendo dizer seus princípios e formar uma opinião relativa. Um era a morte, e outro a vida. 

 

— Viktor, eu te amo, mas não o suficiente para te colocar em primeiro lugar nos meus planos. — Pela primeira vez, teria que admitir, eu tive medo de perdê-lo por causa da minha sinceridade. O quão estúpido isso poderia ser? Estou sendo covarde demais, não posso permitir estes sentimentos desnecessários. 

— Um dia ainda irei mudar seus planos, e ele chegará mais breve do que possa imaginar. — Falou com determinação, e no mesmo instante que deu fim à sua frase saiu voando deixando-me para trás.

 

Quando decidi sair do colégio, era tarde da noite. Nunca demorei tanto tempo parada para refletir e eu nem estava na cabana, Viktor me abalou de uma maneira que eu não compreendia. Depois dessa curta folga, já imaginava na quantidade de trabalho que iria ter ao redor do mundo. O jogo da morte está atrasado e isso não poderia ficar assim, comigo eu segurava um papel quase destruído pelo fogo, nele eu escrevi uma pequena nota para Lynn Merman. Entrei no quarto da garota, ela tentava dormir, mas a insônia atrapalhava, coloquei o papel em cima de sua cômoda e saí.

(...)

No outro dia, as duas duplas se reuniram, no fim foi proposto uma pequena aliança. Muito ingênuo da parte de Lynn acreditar que isso dará certo. Irão quebrar a cara mais uma vez. Nathaniel já tinha algo em mente, ele irá usar Castiel e Lynn, da mesma maneira como manipula Melody para concordar com os planos dele. Como se não bastasse, Merman tem uma pequena surpresa em frente de sua casa ao encontrar com um amigo.

 

— K-Kentin? Nossa! Você já estava um pouco diferente quando eu saí do Cecilier, mas agora... Uau! — O nervosismo estava evidente em sua fala, Lynn queria apenas entrar em casa e ligar para Rosalya o mais rápido possível. Antes que sua mãe fizesse isso e descobrisse que ela tinha mentido.

— Realmente, vejo que você também. Fez até uma tatuagem, achava que dona Lucia jamais permitisse algo assim. — Falou com  humor, porém, Lynn petrificou ao ouvir, olhou para o pulso notando que seu bracelete não estava ali, seria muito arriscado ficar sem ele num local público, poderia ter outro participante que reconhecesse a marca por perto.

— Ela pirou quando descobriu que eu tinha feito. — Mentir tornou-se um dos socorros de Lynn — É... tenho que entrar, está ficando tarde... — Ele segurou Lynn pelo braço impedindo dela se virar e ir. 

— Lynn, eu soube do incêndio, fiquei preocupado com você. Fico feliz sabendo que aparentemente está tudo bem com você. — A garota sentiu um calor tomar conta de suas bochechas. 

— Sim, no momento foi bastante assustador... Mas agora estou bem. — Lynn parecia querer se auto enganar com o sorriso que ela estampou, se todos os seus problemas resumissem ao incêndio talvez ela estivesse muito melhor. — Bem, eu vou indo.

— Ah, então... Até outro dia?  — Ela fez que sim com a cabeça, e adentrou para a casa correndo. 

 

Assim que Merman saiu, Kentin pegou seu celular, e ligou para à sua dupla no jogo.

 

— Dajan? 

Finalmente, pensei que iria esperar mais alguém morrer para agir. Descobriu alguma coisa útil? 

 — Infelizmente sim. Lynn Merman é uma participante, darei o resto das informações mais tarde.

 

***

Depressa e quase tropeçando em seus próprios pés ela subiu correndo as escadas até passar pelo pequeno corredor e chegar ao quarto. Pegou o celular que estava jogado na cama e ligou para a amiga, Rosalya não atendeu nenhuma das cinco tentativas. Frustrada largou o celular em cima da cômoda e notou o meu bilhete. Lynn começou a tremer, ela tinha muito medo do que poderia estar escrito naquele pedaço de papel ironicamente queimado, como uma curta lembrança do incêndio. 

 

“Mate. Antes que matem você”

 

Suspirou ainda tremendo, repetia várias vezes em sua cabeça que era apenas um aviso. Ela sabia que este aviso valia muito, que o significado por trás dele é bastante óbvio. Lynn Merman teria que matar alguém, esse momento iria chegar, principalmente se ela quisesse permanecer viva. 

O celular dela começou a tocar, Rosalya estava retornando suas chamadas perdidas. Lynn atendeu rapidamente, engolindo a vontade de chorar.

 

— Rosa? E-er — Lynn ouviu soluços do outro lado da linha, tentou controla-se para ficar calma, entretanto, não conseguiu. — ROSALYA? ACONTECEU ALGUMA COISA?

— A Violette! E-ela n-não resistiu — Mesmo com dificuldades de entender oque a amiga disse,  no momento que caiu na realidade, não aguentou, começou a chorar descontroladamente — E-eu acabei de receber a notícia, mas p-parece, que ela se foi pela madrugada. — Lynn não conseguia responder, apenas chorava, para ela, a morte de Violette era bem mais que um acidente. Sentia uma raiva de modo que não via uma maneira para descontar todo esse ódio pelo jogo. Ela poderia contar tudo para a amiga, no entanto, sempre tem um “mas” embutido para atrapalhar seus desabafos. — Lynn? Ei?  

— Justo ela... — Lynn não conseguia aguentar mais, e enfim disse o necessário, mesmo parecesse sem sentido para amiga ela iria dizer, porque sentia a necessidade de falar isso — Me perdoa Rosalya, por favor. Por tudo, se caso um dia eu morrer saiba que te amo muito. Agora eu tenho que desligar. Tchau, fica com Deus e se cuida. — Disse tudo com a maior pressa que podia, e desligou antes que a amiga pudesse responder. Caiu ao chão do quarto, chorando tanto que possibilitou morrer afogada, ela não queria pensar, muito menos possibilitar quem seria a próxima vítima se ela não agisse.  

Uma encruzilhada sem caminho de volta. Quatro duplas vivas, e apenas uma será a ganhadora. Quem será o felizardo? Quem será o novo anjo da morte? Eu não sei, só o futuro poderá dizer.

Continua...


Notas Finais


Música ”In The Woods Somewhere”: https://www.youtube.com/watch?v=ZMk-Nb_viR8

***

Só falta apresentar mais uma dupla do jogo... Peço desculpas pela demora e espero que vocês tenham gostado do capítulo <33

Beijkas e até o próximo!


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