História The Art - Chapter Four

A viagem terminou e Jisoo deu seu número à Lisa, logo depois foi embora. 

Lalisa finalmente estava em casa, mas mesmo assim, não iria deixar ser por vencida. Ela ia caminhar até à rua da Rosé para esclarecer as coisas, já que ela não tinha respondido à mensagem, muito menos ligado. Ainda com medo, caminhava, mas se sentia muito melhor pelo fato que conhecia aquela zona, e no outro lugar desconhecido não conhecia nada, nem uma única loja.

Ela ainda estava chateada pelo o que a Roseanne tinha feito, e sinceramente, ela planeava terminar tudo, não dar uma segunda chance nem nada, pois foi vacilo da parte dela deixar a Lisa sozinha onde não conhecia nada. E daí que a culpa fosse da mesma? Ao menos poderia ajudar a Manoban a ir pra casa. Iria servir de muito.

Após um tempinho, finalmente tinha chegado ao desejado ao sítio que tanto queria e bateu à porta. Eram 04:13, ouviu-se um ''JÁ VOU'' bem alto e Lisa ficou triste por saber que afinal, Rosé estava acordada e ignorou de propósito sua mensagem.

Roseanne abriu a porta, com medo, afinal, que tipo de pessoa iria visitar outra a esta hora?.

Só não esperava que no outro lado estivesse a pessoa que mais temia naquele exato momento.

– LISA?! O QUE VOCÊ FAZ AQUI? — falou gritando completamente assustada.

– Vim esclarecer as coisas, e se você não quiser continuar a ser minha amiga depois de tudo, não me importo. Eu não faço questão mais disso qualquer das maneiras, você me desapontou e prefiro estar sozinha. —

– Entendo... entre. — falou Chaeyoung com um olhar triste e uma voz muito em baixo. O que adiantava? Lisa era rancorosa, e de certeza que não ia esquecer aquilo tão depressa.

Manoban observou cada canto da casa e uma coisa notou: Rosé tinha uma excelente decoração nela. Podia ter vacilado, mas se quisesse umas dicas, Lisa já sabia quem chamar. As paredes pintadas de azul claro na sala com outros tons de azul e branco, a cozinha vermelha escura com cores de vinho/brancas.. pelo menos eram os únicos lugares que ela tinha visto até agora. Aquilo era tudo tão lindo, e parecia ser tão caro. Lalisa não sabia que ser responsável por cafés dava tanto dinheiro. 

Mas e afinal, quanto ao trabalho de ser guia no museu? Ela simplesmente abandonou o cargo? Existem tantas perguntas ao qual ela estava curiosa para perguntar, mas não dava mais. O psicológico da Lisa estava muito magoado, e não foi fácil lidar com aquilo que lidou. Deus abençoe Jisoo por ter sido a sua luz naquele momento tão escuro.

– Primeiramente, te devo perguntar: como você se está sentindo? Eu realmente estou nem aí, só faço isso por respeito e porque toda a gente merece um pouco de amor. Ainda mais nesta situação. — disparou Lalisa com cara de nojo. Era tão visível que estava irritada e desapontada...

– E-eu.. estou bem. E você? —

– Não interessa, vamos ao que realmente im- — foi interrompida.

– Me desculpa... eu quero ser sua amiga de novo. Aquilo foi um impulso, eu já chorei durante muito tempo de arrependimento.. mas ainda voltei atr- — falou Rosé e foi interrompida como o fez. Ela estava com lágrimas nos olhos, daqui a pouco era previsível que iria começar a chorar de uma forma extremamente grande.

– Percebi sim, a partir do momento em que você me abandonou e nem à merda de uma mensagem soube responder. — olhou com uma grande cara de nojo novamente – Você pretende fazer uma denúncia? Se fizer, tem de ser comigo. Sofremos pelo mesmo, temos de arcar as consequências juntas também. —

– Sim, amanhã eu vou faltar ao trabalho para fazer isso, se quiser. Ou, daqui a 2 dias, fazemos sem problemas já que estou de folga, não ficaria bem adiar durante muito tempo... o problema tem de ser resolvido o mais rápido possível. —

– Tudo bem. Eu vou indo, faremos daqui a 2 dias. Eu iria faltar ao trabalho amanhã por isso, mas nenhuma merece ficar com parte do seu dinheiro cortado por algo que nem teve culpa. Ainda bem que também estarei de folga. Então... até lá. Vou para casa. — fingiu um sorrisinho e se levantou.

– Você só vai para casa quando eu quiser. — falou Roseanne com um olhar assustador, mas sem mover um único dedo – Além do assalto, temos uma situação para resolver e eu quero deixar tudo a limpo, então, respondendo à sua questão, eu não liguei nem respondi porque meu celular está sem bateria e está carregando. —

– Aham, claro. Desculpas esfarrapadas são tão feias, Rosé.. nunca te ensinaram isso? —

– É óbvio que não as dou, também me falaram isso. Basta só olhar ali, para o canto da sala. — Rosé apontou pra tal.

Lalisa foi checar e realmente, o celular estava desligado carregando, mas mesmo assim, era orgulhosa demais e não iria se desculpar por aquele erro que cometeu ao chamar, indiretamente, a outra de mentirosa. 

– Ah sim, realmente você tem razão. — um sorriso diabólico de Roseanne surgiu à cara quando Lisa falou isso, seu ego provavelmente aumentou depois dessa – mas me diga, porque fugiu de mim quando tudo aconteceu? Impulso não é resposta, aliás, as pessoas ficam mais sinceras nesses casos. Talvez você só não queira estar comigo mesmo. —

– Alguma vez você agiu de um modo impulso? Você já experimentou essa sensação? Eu sou impulsiva, e te garanto, é algo muito horrível e difícil. — falou Rosé – Foi um erro tremendo da minha parte te deixar ali, confesso, infelizmente eu achei que a culpa fosse minha porque fui eu que te trouxe lá. Depois daqulo só quis fugir. Eu não importei com mais nada, mas no percurso, me lembrei que você não conhecia aquele lugar, então, eu corri, fui atrás de você, fiz passos grandes de propósito e te vi, mas você ainda correu mais, então simplesmente fui embora. Lembro do seu olhar assustada, mas eu não podia fazer nada. Eu também estava. —

Lisa se calou durante muito tempo, e não conseguiu falar mais nada. Ela se sentou no sofá e ficou refletindo, o orgulho estava ferido, e o ego ainda mais.

– Então eu sou a única que deveria pedir desculpas... por ter sido tão seca e insensível... —

– Lisa, compreenda: eu quero ser sua amiga. Eu não me importo com essas coisas, não quero ter razão, eu só quero que tudo volte ao normal quando eu e você éramos felizes e estávamos construindo uma amizade. —

– Talvez eu só devo ir para casa... eu estou mal demais. Amanhã passo por aqui de novo. — falou Lalisa.

Ela se levantou e foi até à porta, mas logo Rosé a empurrou e a agarrou de uma forma bastante sensual, dirigindo-a até à parede onde estava encurralada pela mesma. Lisa tinha força para a empurrar, mas de alguma forma, não o quis fazer.

– Até te diria para passar aqui a noite, eu iria te acalmar de certeza — falou a Rosé num modo engraçado e de... duplo sentido – mas amanhã você vai trabalhar logo de manhã e não vai dar jeito, levando em conta que tudo que você precisa para trabalhar está em sua casa. Então, te convido a dormir cá, amanhã à noite, já que você depois está de folga e ainda vamos fazer a denúncia juntas. Mas primeiro preciso de saber uma coisa. —

– Cla-claro. Me diga. — Manoban se sentia sufocada e gaguejava, Chaeyoung estava quase em cima dela, pronta para a... beijar?

– Você é tão inocente, esse olhar me faz ficar perdida com tanta pureza que vejo em você... de verdade. Eu só quero saber se você realmente me perdoa. —

Lisa ficou excitada com a voz rouca que a Rosé usou e o olhar que lançou ao falar aquela coisa, mas, precisava de se manter firme. Empurrou de uma forma leve Rosé e abriu a porta, quase saindo de casa.

– É claro que sim. Amanhã eu venho cá preparada para a noite e resolveremos tudo de uma vez, espero. — falou depressa Lalisa sorrindo, timidamente, saindo da casa da Rosé.

E assim foi. Lisa ainda caminhou um pouco até sua casa, entrou e se preparou para dormir. Estava cansada demais e não iria faltar ao trabalho mesmo que entrasse às 10hrs e já eram 5 da manhã. O dinheiro era importante demais para não ter por perto. 

Escovou seus dentes, vestiu seu pijama, penteou seus cabelos, fez a cama e antes de adormecer, ligou seu celular. Ela tinha de colocar o despertador um pouco mais cedo para tomar seu banho que sempre tomara, até que viu uma nova mensagem.

Rosé, 05:07: Eu mal posso esperar para te ver ;)