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História The Beginning - Escapamos por Pouco da Fúria Brasileira de Paulo Montes


Escrita por: Sargent e philtatos

Notas do Autor


☀️ CAPITULO ATUALIZADO ☀️
Olá pessoal!
É o seguinte, a história se passa pouco tempo depois da guerra contra Gaia, no final de Os Heróis do Olimpo.
Will e Nico estão começando a se conhecer melhor, e a fic vai retratar o início do relacionamento deles, até o namoro sério e todas as coisas fofas e pervertidas até os acontecimentos de As Provações de Apolo.
Estou escrevendo essa fic com a ajuda e supervisão da minha irmã grega e também Parabatai ~NearlyWitch.
Espero muito que gostem e acompanhem, Beijos, boa leitura ;) <33

Capítulo 1 - Escapamos por Pouco da Fúria Brasileira de Paulo Montes


Fanfic / Fanfiction The Beginning - Escapamos por Pouco da Fúria Brasileira de Paulo Montes

POV NICO

  Eu não era exatamente um amante da natureza, mas tinha que admitir que aquele dia estava muito bonito.

  A preguiça me definia naquele momento, tanto que foi mais fácil admirar as folhas das árvores do que me atentar ao que realmente acontecia ao meu redor, quase dava para ouvir o canto dos pássaros através dos gritos de dor e agonia constantes.

  Fazia cerca de 15 minutos desde que viajei pelas sombras para uma distância segura do confronto entre as equipes dos chalés de Hermes, Ares e por fim Apolo - minha equipe, por não ter outros do chalé de Hades com quem fazer a Captura da Bandeira -.

  Infelizmente, parecia que meus colegas de equipe haviam me encontrado, não que eu fique muito surpreso, sorte e segurança é tudo o que um semideus não tem.

  - Di Angelo, é melhor você levantar agora se não quiser uma dessas flechas atravessadas na sua garganta. - Will rosnou, me estendendo a mão.

  - Não me mostre o seu lado maligno ainda, Will. Não se esqueça que você teria que cuidar de mim. - Eu disse, ainda relutante, enquanto me levantava do chão empoeirado e me agarrava à mão estendida do filho de Apolo.

  Como eu disse, sorte é um dos privilégios que não são dedicados aos semideuses e assim que me levantei com a ajuda de Will senti me pé pisar em falso sobre uma raiz e acabei tropeçando.

  A perda de equilíbrio foi obviamente à viagem pelas sombras e o total descaso do universo quanto a minha pessoa e não ao contato quente com a palma macia e bronzeada de Solace.

  De jeito nenhum.

  - Apenas corra Nico, estamos na dianteira. - Kayla gritou enquanto se afastava em um vulto de cabelos ruivos e verdes sendo seguida por um Austin com um arco carregado em mãos.

  Já que eu não tinha muita escolha me concentrei em correr junto aos filhos de Apolo, Kayla e Austin corriam lado a lado, enquanto eu corria atrás de Will.

  Em algum momento Will levou a mão à testa para tirar o suor acumulado ali, e olhou em minha direção, verificou se eu ainda estava respirando e não com uma flecha atravessada na garganta sangrando miseravelmente no chão daquela floresta.

  Mas quando ele afastou os cabelos dos olhos e me encarou, foi como se algum anemoi¹ tivesse me atacado e sugado todo o ar dos meus pulmões.

  Como a sorte nem o equilíbrio pareciam estar do meu lado, eu caí novamente, dessa vez sentindo uma dor nauseante no tornozelo esquerdo.

  - O que foi agora, Nico? - Perguntou Austin, rindo. Um riso que sumiu de seus lábios ao me perceber caído no chão com as mãos segurando o tornozelo de forma vergonhosa.

  - Eu acho que ele torceu. – Will que já estava ajoelhado analisando meu tornozelo, disse. – Ele não vai conseguir continuar assim... - Ele murmurou a última parte, mais para si mesmo do que para os outros.

  - Não, eu posso continuar. – Meu tom era resignado. – Já passei por coisas muito piores. - Eu disse já tentando me levantar porém Will me segurou no lugar me olhando de forma acusatória.

  - É exatamente por isso que não vou te deixar dar nem mais um passo. Você já usou a viajem nas sombras quando eu disse para não usar. Nem pense em me desobedecer novamente seu cabeça dura. - Ele disse autoritário e até arrisco dizer que um pouco bravo. Não me restava mais nada a não ser aceitar.- Vão e consigam a bandeira o chalé de Hermes não é lá essas coisas apesar de seu grande número, vocês dois conseguem sem tanto esforço... e evitem o chalé de Ares, vou cuidar de Nico e levá-lo para a enfermaria. - Will se dirigiu a Kayla e Austin com sua voz arrastada, como se ele estivesse frustrado com algo... provavelmente meu estado deplorável.

  Assim que ouviram os comandos de Will os outros dois semideuses filhos de Apolo desapareceram pela floresta em busca da bandeira.

  Will me levou em direção a uma árvore grande próxima de onde estávamos, já que ela nos mantinha escondidos de possíveis semideuses com sede de sangue.

  Ele levantou a bainha de minha calça preta habitual e já meio gasta para examinar melhor meu tornozelo.

  Ao sentir o leve toque de seus dedos em minha pele um leve arrepio tomou conta de meu corpo... estranho.

  - Nico, o que está acontecendo? Você não é fraco assim, mesmo que tenha usado seus poderes agora a pouco, não foi uma viagem distante, não era para você estar tão fraco. - Ele deixou a atenção que estava em meu tornozelo de lado por um instante e me encarou sério. - O seu tornozelo nem está tão ruim assim, é apenas uma torção leve.

- Eu não quero que você fique bravo, Will. - Eu disse olhando para ele com a melhor cara de de cãozinho infernal arrependido possível tentando amenizar a bronca q com certeza estava por vir. Provavelmente não deu muito certo já que logo em seguida recebi um olhar inquisidor. - Eu viajei pelas sombras ontem à noite... – Falei muito lentamente.

  - Você fez o quê?! Nico eu te falei que você não podia, você ainda está se recuperando! Será que você nunca escuta uma palavra do que eu digo?! – Ele parecia exasperado.

  - Eu sei. Mas ao invés de gritar comigo, você deveria ficar feliz. Desde que saí daquele maldito jarro não tenho comido direito, e ontem me deu uma vontade imensa de comer McDonalds.

  - Você só pode estar de brincadeira com a minha cara, não é possível! Podia ter falado comigo, eu pediria a alguém que fosse à cidade e lhe comprasse um maldito lanche, não precisa ser imprudente, Nicholas! - Ele parecia realmente irritado, até usou meu nome inteiro. - Você tem que entender que você tem amigos e pode contar com eles. Você pode contar comigo. – Agora ele parece preocupado, aquele semblante me fez sentir algo estranho, não sei nomear exatamente o que, era como uma angústia por deixá-lo de certa forma, dececionado comigo.

  - Me desculpa. - Falei em um resmungo, já que não fazia ideia do que mais podia ser dito além disso.

  - Deve mesmo me pedir desculpas, além de ter sido imprudente ontem, há alguns momentos atrás você fez de novo, se não se importa com você mesmo então eu me importo. - Will inesperadamente aproximou seu rosto do meu em um movimento rápido, e não deixando nem que eu raciocinasse direito o que ele havia dito e a manenira como estávamos próximos ele me surpreendeu mais uma vez quando afastou uma das mechas de meu cabelo. - Eu me preocupo com você, por favor, não faça isso novamente. - Ele se aproximou um pouco mais.

  Meu coração estava batendo muito rápido e eu podia sentir o hálito de Will se misturar ao meu.

  Não sei muito bem pelo que eu estava esperando, mas enquanto nossas respirações se misturavam e meu estômago revirava, minhas pálpebras começaram a pesar de repente, e então...

  - BRASIIIIIIIIIILLLLLLLLLLL!!!!!!!!!!

  Will se afastou em uma fração de segundos, tão assustado quanto eu.  

  Paulo Montes surgiu de Hades sabe onde, gritando enquanto balançava loucamente seu lenço com estampa da bandeira do Brasil e corria na direção que Kayla e Austin seguiram há poucos minutos atrás.

  Ele parecia não ter notado nossa presença, enquanto mirava a lança que carregava consigo em algum ponto mais à frente.

  Era informação demais para assimilar.

  Ele estava realmente prestes a me beijar? Não, por que ele me beijaria? Eu só posso estar ficando louco.
 
  Will parecia confuso com o que tinha acabado de acontecer, desde o quase beijo/alucinação da minha mente perturbada, ao brasileiro sedento de sangue que nos interrompeu em seja lá o que estivesse acontecendo.

  - Vamos para a enfermaria. Não dá para concertar esse tornozelo aqui. - Will disse, me ajudando a levantar e me apoiar em um de seus ombros.

  O filho de Apolo estava vermelho, ou era impressão minha?

  Eu estou realmente alucinando, só pode.

POV WILL

  Quando chegamos à enfermaria, levei Nico até uma das muitas macas disponíveis, já que as vítimas da Captura a Bandeira ainda não haviam chegado e pedi que ele se sentasse.

  Com certeza hoje seria um dia difícil no trabalho, principalmente com Paulo arremessando aquela lança a torto e a direito.

  Nico se sentou, obediente pelo menos uma vez na vida.

  Ele não havia falado muito durante o caminho. Acho que ele estava envergonhado com aquele clima estranho que surgiu entre nós na floresta.

  Não que eu esteja muito diferente.

  Enfaixei o tornozelo de Nico, já que era apenas uma leve torção e pedi para que ele tirasse a camisa para poder avaliar os danos que a viagem pelas sombras havia causado em seu corpo.

  - E para que, exatamente, você me quer sem camisa, Solace? - Nico resmungou, e pude ver um traço de vergonha em seu rosto.

  - Não é como se eu nunca tivesse visto, e além disso, preciso examinar e ver se a viagem nas sombras não causou nenhum dano mais grave. Da última vez foi como se você tivesse perdido tantas vitaminas que haviam até hematomas roxos pelo seu corpo, você sabe. - Eu também não estava muito confortável com a situação, mas minha preocupação com aquele garoto se sobressaía a qualquer outro sentimento.

  O filho de Hades tirou a camisa, desviando seus olhos dos meus no processo, ato desnecessário pois eu fiz a mesma coisa.

  Ele realmente estava com vergonha, e talvez eu também, aliás, parece que meu dia hoje se resume a sentir vergonha na presença de Nico.

  Nico estava muito magro, embora estivesse melhor do que na primeira vez em que o examinei depois que ele saiu daquele jarro maldito.

  A pele do garoto era tão alva que passava uma forte noção de fragilidade mesmo que eu soubesse que era o extremo contrário.

  Senti uma súbita necessidade de tocá-lo. Não pensando duas vezes em realizar meu desejo sem sentido, decidi pelo menos fazer isso de uma forma profissional é claro.

  - Não há nenhuma hematoma aparente. - Observei seu torso lentamente, não havia nada com o que me preocupar, apenas algumas cicatrizes de confrontos passados e algumas pintinhas adoráveis. - Vou tocar o seu peito e costelas, e preciso que me diga se sentir dor, está bem?

  - Apenas acabe logo com isso, Solace. - Nico disse, virando o rosto para esconder o rubor em suas bochechas.

  Não adiantou muito já que seu pele clara deixava isso bem evidente. Havia algo de inquietante no modo como ele pronunciava meu sobrenome, de forma lenta, como se aproveitasse cada letra.

     Era encantador.

 Prossegui com os procedimentos, enquanto sentia a fragilidade de seus ossos e sua pele macia arrepiar perante meu toque.

  Nico não havia sofrido nenhum dano interno grave mas precisaria de descanso, alimentação balanceada e pelo amor dos deuses, que parasse de viajar pelas sombras por enquanto.

  Disse tudo a ele, já sabendo, mesmo antes de terminar, que ele não me obedeceria, de novo.

  Eu queria estender o assunto e continuar conversando com ele, tentar fazê-lo entender como sua saúde era algo precioso e que ele precisa colaborar para se manter bem.

  Mas naquele momento enquanto encarava seu rosto em uma expressão pensativa formando um vinco entre as sobrancelhas e deixando seus lábios precionados em uma linha culpada, as primeiras das vítimas de Paulo e do Chalé de Ares começaram a entrar.

  Pude notar como Nico se sentiu sufocado, ele nunca foi bom com a presença de tantas pessoas em apenas um cômodo.

  Ele vestiu a blusa rapidamente, levantou e simplesmente saiu, sem dizer nada, com a cabeça baixa.

  Com isso, eu me dirigi então ao meu primeiro paciente que esbanjava um longo corte vertical no braço esquerdo e pingava uma quantidade preocupante de sangue no chão da enfermaria.

  ☀️

Anemoi¹: Nome Grego para "Ventos", eram comandados por Éolo (Deus do Vento). Eles eram em quatro, e a cada um designado um ponto cardeal, sendo eles Bóreas (Vento Norte), Zéfiro (Vento Oeste), Euro (Vento Leste) e Noto (Vento Sul).
Ps: Os Anemoi são citados pelo tio Rick em 'HDO - O Herói Perdido' .



Notas Finais


E então, gostaram?
Deixem suas opiniões nos comentários... E se aprovaram espero que continuem acompanhando.
Reclamações também são bem vindas ;)
Até o próximo capítulo, beijinhos :P


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