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História The Beginning - Como um Deus Foi Parar na Minha Privada?


Escrita por: Sargent e philtatos

Notas do Autor


☀️CAPÍTULO ATUALIZADO☀️

Nos julguem, nós sabemos que estamos atrasadas, mas.. Ontem foi um dia mt corrido para nó duas. Aqui está mais um cap e esperamos que vocês gostem.

(Créditos da imagem ao autor)

Capítulo 8 - Como um Deus Foi Parar na Minha Privada?


Fanfic / Fanfiction The Beginning - Como um Deus Foi Parar na Minha Privada?


  POV WILL

  - Olá, mortal. - Hades, o Deus do Submundo, pai de Nico Di Angelo e provavelmente, meu futuro sogro, gesticulava um cumprimento com as mãos de dedos longos incrustados por anéis de prata e sentado na privada do banheiro do Chalé de Apolo. Nada fora do comum. - William, certo? - O Deus deu uma risadinha enquanto levantava as sobrancelhas duas vezes. Eu só posso estar alucinado. - Sabe, quando me disseram que eu seria o Deus do Submundo, não imaginei que acabaria dando conselhos homossexuais para semideuses excitados.

Ainda atordoado, e sem entender nada, apenas encarei os olhos de Hades. Eram iguais aos de Nico, duas orbes negras e profundas, mas enquanto os do filho sempre me olharam com carinho, o pai me olhava apenas com curiosidade e divertimento.

Me desesperei, eu só posso estar ficando louco, é isso, totalmente maluco. Tomei fôlego, pronto para gritar por Austin e Kayla, qualquer coisa para não enfrentar sozinho o deus do Mundo Inferior sentado na minha privada. Ou talvez a alucinação dele que minha mente perturbada materializou.

- Nem se incomode. - A voz dele era calma, como se nunca tivesse tido que lidar com uma preocupação sequer. - Seus irmãos sentiram uma súbita vontade de dar uma volta. Somos só você e eu, querido genro.

- Por que você está na minha privada? Quer dizer, o senhor. Vossa majestade. - Coloquei as mãos na cabeça, e olhei aflito para o teto de telhas acima de mim. - Socorro.

Ouvi Hades rir do meu desespero, enquanto eu, bom, só buscava uma maneira de me afastar ainda mais e me fundir com a pia, tarefa impossível pelo tamanho daquele maldito cubículo que chamavam de banheiro.

Meus pés estavam a menos de dois passos de distância do manto negro e perturbador que ele usava.

Meus pensamentos iam de "SOS" para "NICO APAREÇA E TIRE SEU PAI DO MEU BANHEIRO" e ainda "AAAAAAAAAAA".

- Temos um assunto a tratar, mortal. - Hades passou a língua pelos lábios como se estivesse saboreando meu medo evidente.

Meu estado era tão critico que só faltava eu me jogar contra a porta e sair correndo, gritando de uma maneira nada máscula pelo colo da minha mãe. Deplorável.

- T-temos? - Gaguejei vergonhosamente. - Olha, se é pelos semideuses que eu não deixo ir para o seu reino, é o meu trabalho, sabe? - Tentei me justificar. - Ninguém gosta de mortes aqui, sabe? Quer dizer, gostam de sangue mas não de morte. - Eu nem sei mais do que estou falando. - Acho que vou desmaiar.

- Cale a boca, Raio de Sol. - Abri a boca espantado com aquele apelido sendo dito por ele. - Estou aqui para falar sobre o meu filho. O cercado de escuridão, espantosamente pálido e meio emo. - O Deus fazia gestos exagerados enquanto descrevia o filho. - Vou impor apenas uma regrinha antes de prosseguimos com essa conversa: não diga a ele sobre ela.

- C-certo. - Eu não tinha muito o que fazer, de qualquer forma.

- Quais são as suas intenções com o meu filho, Will Solace?

Aquela pergunta me acalmou, mesmo que quase nada. Hades não derrubaria a ira dos Deuses sobre mim. Aparentemente era só um pai preocupado, e aquela pergunta era algo que eu respondia toda vez que via o meu Lorde das Trevas.

- Pode até parecer leviano, mas meu maior desejo é fazê-lo feliz. Nico já passou por muitas coisas, ao mesmo tempo que não passou por várias delas, quero mostrar o quanto ele é especial e amado.

Meu coração disparou e perdi um pouco das forças é estranho colocar o que eu sinto em palavras, ainda mais quando elas são ditas em frente ao pai da pessoa que você gosta, e ainda mais quando ele é o responsável por seu destino pós morte.

- Vou cuidar dele, quer ele queira ou não. Nico é teimoso e difícil de lidar quando o assunto é sobre o próprio bem-estar dele, ele simplesmente parece não se importar em se por em risco, e isso me deixa extramente frustrado - Meus dedos tremiam levemente em uma demonstração de ansiedade e nervosismo. - Seu filho é o motivo pelo qual eu tento ser a melhor versão de mim mesmo todos os dias, porque eu quero que ele também seja, quero curá-lo de suas dores físicas e emocionais, porque Senhor Hades. – Disse olhando em seus olhos profundos, sem gaguejar, pois eu sabia de tudo aquilo tanto quanto sabia meu próprio nome. Eu já tinha certeza sobre meus sentimentos há algum tempo.

Vi Hades cobrir a boca com a mão para tentar esconder o menor dos sorrisos que nascia em seus lábios. Percebi meu ego inflar ao entender que de certa forma, ele me aprovava minhas palavras e como parceiro de seu filho.

- Eu fiquei sabendo que vocês queriam transar.

Engasguei com minha própria saliva e minhas pernas fraquejaram. Santo Zeus que estás no Olimpo.

- O quê? – Minha voz saiu fraca e finíssima enquanto eu tossia e sentia meu rosto queimar.

Como ele conseguia dizer algo assim de forma tao despudorada?

- Ah, vocês são tão jovens. – Disse ele de pernas cruzadas, colocou o cotovelo nos joelhos e apoiou o queixo com a mão. – Não precisa ter vergonha disso, William. Vi vocês dois dando uns amassos perto do meu Chalé. - Ele fez o gesto com as sobrancelhas novamente, e cruzou as pernas fazendo a toga ondular como água em um poço de escuridão. - Hormônios. Minha inteligência superior supõe que vocês queiram fazer amor.

- Não queremos fazer amor.

Por que minha voz continua a insistir em sair fina desta forma?!?!?

- Chame como quiser, garoto. Transar, sexo, coito, foder com força, afogar o ganso. Já fiz tudo isso. - Eu só quero que as Parcas entendam minha situação é cortem a linha sainha vida nesse momento, não dá mais. - William, preciso que você entenda que estou na porcaria de um banheiro apertado no Chalé de outro Deus, para te ajudar. - Os dedos finos fizeram um movimento circular indicando o espaço em que estávamos. - Sou sua única chance de entender esse assunto.

- Ah... Bom... Eu quero fazer amor com ele... Só não sei o que fazer, ou como fazer... - Maldita voz esganiçada que insiste em continuar alojada em minha cordas vocais!

Meu rosto ardia e eu estava quase em lágrimas. Seja forte, Will. Seja forte.

- Vou te contar uma história. - Estranhamente ele parecia querer me acalmar um pouco. - Não lembro quando foi, mas uma vez conheci um cara. - Um sorrido desleixado surgiu nos lábios vermelhos do Deus e ele colocou uma mecha dos cabelos negros e longos atrás da orelha. - Ele era bonito demais, a pele escura como o pecado em sua forma mais pura, daqueles que até os Deuses quebram o pescoço para olhar. - Ele até deu um suspiro! Meu interesse aumentou horrores. - Por sorte, cheguei nesse mortal antes de Ares. - Deu uma risada diabólica. - Ele ficou puto comigo por umas décadas. - Hades estava claramente orgulhoso de sua conquista.

  Convenhamos que o mortal teve sorte, entre o Deus do Submundo e o Deus da Gurra, Hades é menos babaca.

- Quando você gosta muito de uma pessoa, Will, você fode com ela. - Continuou o Deus. - Foi isso que fizemos. Nos beijamos muito, em todos os lugares que você puder imaginar, acariciei ele como se seu corpo fosse minha posse e trocamos boquetes. - Ok, mais constrangedor que isso não pode ficar. - Você sabe o que é isso, William? Coisa de louco, insanidade pura. Depois disso, eu o penetrei, devagar e com cuidado, já que essas coisas machucam quando feitas sem preparação e calma. Seja cuidadoso e paciente, querido genro. Também dói muito ser penetrado, é preciso ser ainda mais paciente para não mandar seu parceiro para a Hera que pariu por tentar enfiar aquilo em você.

  Eu estava dividido entre querer vomitar, agradecer, desmaiar ou simplesmente sair correndo.

  - O senhor disse isso para o Nico também? - Meu tom foi tão baixo e desastrado que duvidei que ele pudesse ouvir.

  - É claro que não, moleque. - Jogou as mãos para o alto, ultrajado com a minha suposição. - Que tipo de pai eu seria se narrasse o meu sexo e amor por pessoas de séculos passado ao meu próprio filho? Sou um pai decente. - A bipolaridade dele me assusta profundamente. - Estou ajudando ele indiretamente aqui. Escute, seus irmãos vão ficar fora por pelo menos uma hora, e tem um presentinho na sua cama.

  Fiz um gesto afirmativo com a cabeça, já que provavelmente não era capaz de proferir nada no momento.

  - Ah, antes que eu me esqueça, me chame de sogrão, Frank não quer me chamar assim, acredita? - Ele estava realmente indignado - mas uma hora ele vai. - Por um momento senti pena de Frank. - Agora feche os olhos para eu fazer uma saída marcante.

  - OK, sogrão. - Me forcei a falar, trêmulo e ainda me deteriorando de vergonha.

  Quando abri os olhos, tinha apenas um resquício de fumaça negra já se dissipando, onde ele esteve anteriormente, sentado na tampa da privada do Chalé de Apolo.

  Ainda em estado de choque pela visita, lavei o rosto novamente, um lado de cada vez para poder manter pelo menos um olho aberto e garantir que mais nenhum Deus apareceria em meu banheiro.

  Abri a porta lentamente, espiando os arredores de meu quarto para ter certeza que não havia nenhuma entidade divina por ali e fui até minha cama, onde meu notebook estava.

  O aparelho estava aberto e quando parei para analisar o conteúdo exibido na tela, percebi que estava em um site pornô gay, o vídeo selecionado apresentava de dois garotos assustadoramente parecido comigo e Nico. Fiquei encarando a tela sem saber o que fazer por uns dez minutos, mas então lembrei da voz de Hades dizendo que o Chalé ficaria uma hora vazio, coisa raríssima de acontecer já que meus irmãos estavam sempre por perto.

  Era difícil ter que me masturbar na enfermaria toda vez que Nico acendia aquela faísca incontrolável por todo meu corpo.

  - Se está no inferno, abraça o capeta. Se está no Mundo Inferior, assista pornô gay. - Dei um pequeno sorriso com minha própria frase, Apolo ficaria orgulhoso de meus dons poéticos.

  Deitei em minha beliche, olhei para o teto do Chalé e pensei por um momento se realmente iria a diante, mas levando em conta que minha experiência no assunto só se baseava na parte teórica, resolvi tentar assistir o vídeo e absorver como aquilo funcionava na prática. Abaixei a bermuda até os joelhos, coloquei fones e dei play.

  Os gemidos logo preencheram meu ouvidos, eu podia facilmente enlouquecer só por imaginar Nico gemendo daquela forma, gritando meu nome enquanto se inebriava em prazer.

  Enquanto os garotos do vídeo trocavam de posição, eu me imaginava com meu Lorde das Trevas. O quão apertado ele seria ao redor do meu membro? Com quanta força ele me penetraria? Será que ele sequer gostaria? Eu não me importo de assumir qualquer posição, desde que o corpo suado dele estivesse se friccionando contra o meu.

  Acelerei os movimentos da minha mão, com força, com vontade e com desejo. Tão rápido que minha mão era quase um borrão, e eu sorria diante da sensação. Senti que estava perto de chegar ao meu ápice, então lembrei da gota d'água, do membro rígido dele contra a minha bunda aquela manhã e de como eu podia sentir cada centímetro de sua extensão. Lembrei dos gemidos baixos contra a minha orelha, e gozei por toda a minha mão e barriga, além de deixar cair um pouco no lençol.

  Ri do meu próprio desespero.

  É tão difícil aceitar que sinto essas vontades, de me tocar dessa forma, de imaginar essas coisas. Nico e eu ainda nem namorávamos, mas eu sentia essa necessidade avassaladora de tê-lo por toda parte, de tê-lo comigo. Quero senti-lo, adorá-lo, ama-lo... Porque eu amo, e isso me faz ter medo. Não quero perdê-lo, não quero que ele se afaste de mim, e não sei se estou fazendo isso da melhor forma.

  As vezes parece que estou apressando as coisas, pulando certas barreiras que deviam ser escaladas... Sinto-me afobado, e acelerado. Mas eu quero tanto isso, eu o quero mais que tudo que já ousei querer nessa vida, quer isso com ele, e ele parece querer comigo também.

  Então por mais que seja apressado, vou seguir nosso ritmo e demonstrar o que sinto da melhor forma possível. Porque eu amo Nico Di Angelo desde que coloquei meus olhos sobre ele. 

  Quero que ele seja oficialmente meu namorado.

POV NICO

Estava quase no fim da tarde quando decidi dar uma volta pelo acampamento e ver se encontrava o meu médico favorito, queria que fôssemos juntos para o jantar no refeitório, aproveitar esse tempo com ele, conversar um pouco enquanto caminhamos, só nós dois.

Sinto saudades, já que só pude vê-lo durante o almoço hoje, ele disse que teria trabalho na enfermaria a tarde e acabei recebendo aquela visitinha inesperada de meu pai.

  Estava andando tranquilamente enquanto seguia em direção a enfermaria ouvindo alguns sátiros tocarem flauta perto do lado, quando ouço uma balbúrdia animada e sem aviso prévio acabo estatelado no chão com poeira flutuando ao meu redor e três semideusas loucas em cima do meu corpo, me esmagando sem nenhuma piedade.

  - Vocês estão me sufocando... - Tentava respirar a qualquer custo. - Por Hades saiam de cima de mim suas sanguessugas.

  As empurrei, buscando qualquer resquício de ar que fosse capaz de preencher meus pulmões novamente, elas se moveram percebendo minha asfixia e me a ajudaram a levantar. Quando olhei ao redor tentando entender o que acontecia, vi todos os meus amigos ali. Me senti um pouco acanhado com toda aquela atenção inesperada, mas  meu peito foi tomado em alegia ao vê-los depois de tanto tempo.

- O que vocês estão fazendo aqui? - Perguntei curioso.

Quem tinha praticamente me matado ao se jogar em cima de mim eram Hazel, Piper e Thalia. Reyna estava no canto revirando os olhos e Annabeth sorria ao lado de Percy. Frank e Jason ajudavam as meninas a se recompor.

- Nossa Nico, é assim que você recebe a sua irmã? – Hazel falou, um biquinho dramático e as sobrancelhas contraídas compunham sua expressão indignação fajuta.

- Desculpe eu fiquei surpreso. - Falei enquanto ia em direção a Hazel e a abraçava apropriadamente. - Mas agora... o que vocês estão fazendo aqui?

- Tivemos alguns dias de férias no acampamento Júpter, aparentemente vão adotar algumas ideias minhas para melhorar a infraestrutura do prédio da faculdade. – Disse Annabeth animada.

- Quando Percy me disse que ele e Annie estavam vindo para cá, eu e Piper resolvemos que não podíamos perder essa chance de nos reunir e além de estarmos com saudades do acampamento. - Jason  disse.

- Hum... E vocês. – Falei apontando para Hazel, Frank e Reyna.

- Nós ficamos sabendo da visita deles também e como eu já estava querendo te visitar há um tempo, convenci o Frank a vir comigo. - Ela sorriu ainda abraçada comigo.

- Eu também quis fazer uma visita. - Reyna falou enquanto passava a mão pelo manto roxo, como se isso não fosse lá muita coisa. - Apesar de a minha ser mais diplomática pois preciso discutir algumas coisas com Quiron sobre a interação entre os acampamentos.

- Mesmo que você não tenha perguntado. - Thalia me olhou frio. - Ártemis me enviou em uma missão aqui no acampamento.

- Que tipo de missão? – Perguntei intrigado.

- Um missão confidencial ou seja, não posso falar a respeito.

- Entendo.

Até parece que eu acreditava neles, onde por Hades alguém acreditaria nessas desculpas esfarrapadas deles? Ainda mais quando todos aparecem no mesmo dia aqui no acampamento? Estavam aprontando algo, com toda a certeza. Não sou burro, sei perfeitamente quando alguém está me escondendo algo.

É melhor não dizer nada, vou até quando todo esse complô irá durar.

- Para onde estava indo? – Me perguntou Percy com aquele sorriso de tirar o fôlego.

Ele parecia ter amadurecido durante esses meses, os traços de seu rosto estavam mais definidos e os cabelos negros apresentavam um corte mais sério, ele vestia uma camisa roxa da universidade do acampamento Júpiter, mas os olhos verdes ainda tinham o mesmo brilho selvagem e decidido. Porém, mesmo que ele estivesse estonteante não fui capaz de sentir nada além do carinho fraternal que tenho por todos os meus amigos.

Não era nada como o que venho sentindo por Will.

- Estava indo para a tenda médica ver o Will. – Falei um pouco no automático.

- Quem é Will? – Jason tinha um sorriso sugestivo nos lábios mas eu não consegui captar muito bem o que aquilo significava.

- Meu amigo. – Respondi um pouco rápido demais.

Na mesma hora senti uma mão quente em meu ombro, o toque conhecido enviou um tremor por todo meu corpo e assustado me virei lentamente dando de cara com Will.

MERDA!

- Olá, amigo. – Ele disse com um sorriso sarcástico estampando os lábios vermelhos, fazendo questão em dar ênfase ao pronunciar "amigo".

Senti minhas bochechas esquentarem na hora. Eu faço tudo errado.

- Ah, então você é o Will, agora eu entendo, você é muito bonito. – Disse Frank.

Sem entender muito o porquê, fiz uma careta para ele. Como assim ele achava o meu Will bonito? Isso mesmo MEU. Além do mais, ele namorava a minha irmã. Isso claramente não tem cabimento algum.

- Verdade ele é uma gracinha, parece um anjinho com esse cabelos. – Reyna deu um sorriso na direção dele, que ele retribuiu de forma fácil como sempre.

Mas o que é isso? Tudo bem que o Will era a coisa mais fofa e linda do mundo, mas mesmo assim. Me aproximei dele, tentando tomar a frente para protegê-lo dos olhares de meus amigos totalmente loucos.

- Obrigado...– Disse Will enquanto colocava a mão atrás da cabeça e sorria para todos. – Eu acho...

- Gente, você é mesmo uma graça, se eu não fosse Caçadora de Ártemes... – Thalia soltou um suspiro.

Eu não acredito no que estou ouvindo, meu sangue começou a correr mais rápido, como a adrenalina que me tomava antes de uma batalha, e eu me segurava tanto que possivelmente, meu rosto já estava totalmente vermelho.

- Se você não fosse Caçadora de Árteme o quê? - Minha voz não saiu lá muito calma.

- Eu com certeza tentaria investir no lourinho, mesmo eu sendo um pouquinho velha para ele. Se bem que algumas pessoas gostam de semideuses que param no tempo. – Isso foi uma indireta? Eu me aproximei mais de Will, não queria que toda essa insanidade o atingisse.

- Eu ainda não entendo nada, então ele é o ti... - Começou Percy confuso, olhando em todas as direções, mas foi interrompido por Annabeth, antes que terminasse a frase.

- Cala a boca cabeça de alga, vê se supera isso. – Annie deu um tapa na cabeça de Percy.

Will apenas ria atrás de mim, como se todos eles tivesse uma piada interna da qual eu não fazia parte, isso me deixou mais bravo, minhas suspeitas aumentaram e fiquei ainda mais intrigado.

- Nico, por que você está escondendo o Will? – Os olhos dourados de Hazel brilhavam como ouro derretido.

- Eu não estou escondendo ele. -  Mas que absurdo.

- Você se coloca mais na frente dele a cada vez que um de nós faz um elogio, até parece que está com ciúmes. - Ao lado dela, Frank tentava segurar o riso, assim como os outros.

- Claro que não estou com ciúmes Hazel. – Cruzei os braços e virei a cara.

Soltei um suspiro frustrado e a contra gosto forcei meus pés a  se distanciarem do meu Raio de Sol, deixando-o exposto aos comentários nada discretos desses filhos do tártaro.

Todos riam e olhava para nós de forma estranha, como se soubessem da nossa relação e estivessem me instigando a revelar algo, o que era impossível porque eu ainda não tinha conversado sobre isso com nenhum deles.

- Vocês estão muito estranhos. - Acusei.

- Não estamos não, somos as pessoas mais normais que você conhece. - Jason falou enquanto colocava o braço em volta da cintura de Piper.

- Creio que você esteja um pouco equivocado meu caro Jason, as pessoas mais normais que eu conheço estão no mundo inferior, pois até Cérebro consegue ser mais normal que vocês.

Não sei porque me olharam daquela forma ultrajada, o que eu disse é a mais pura verdade.

- É bom ver a consideração que você tem quanto aos seus amigos e família. – Hazel cruzou os braços em uma expressão bem parecida a que eu fizera poucos minutos atrás. – Você vê Will? É assim que ele nos trata.

Will sorria abertamente ao meu lado.

- Estou vendo. Ele é realmente um ser horrível e maldoso, apesar de ficar extremamente fofo com essa carinha emburrada. – Os olhos azuis de Will queimavam em apreciação e eu me senti corar instantaneamente.

- De que lado você está? – Resmunguei.

- Do lado da maioria, imagina a carnificina que seria se eu os contrariasse? Seriam pedacinhos de Will por todo lado. – Revirei os olhos, chateado. Ele me abraçou na frente de todos como se não se importasse com os olhares sobre nós. – Não diga para eles, mas eu sempre ficarei ao seu lado. – Ele sussurrou em meu ouvido me fazendo corar ainda mais.

- Meus Deuses, vocês são tão fofos que eu estou quase vomitando arco-íris. - Gritou Jason como se fosse uma fã estérica.

- O-O quê? – Eu perguntei.

- Até eu consigo ver. – Percy disse enquanto fazia gestos com as mão e apontava para nós.

Realmente, o que eu estava escondendo? Eles eram meus amigos, e era de conhecimento geral minha relação com Will, bem, em parte. Pouco me importava, deslizei minha mão para a de Will e apertei com força, enquanto revirava os olhos para os pulinhos de Piper e Hazel e os assovios de Frank. Percy e Annie se abraçaram mais e suspiraram um *ownt* em uníssono, Jason, Reyna e Thalia encaravam Will tirando suas próprias conclusões sobre o caráter dele. Não pude evitar o pequeno sorriso que se formava em meu rosto.

- Certo, chega com toda essa melação eu já estou ficando enjoado, eu e o Will estamos juntos, simples assim. - Falei com firmeza, me colando um pouco mais a ele.

- Ai, estou tão orgulhosa de você irmãozinho! – Hazel nos abraçou feliz da vida. Will parecia irradiar felicidade, me deixando ainda mais alegre.

E fácil assim, senti alguns caquinhos voltarem ao lugar, me senti completo. Eu estou aqui com todos os meus amigos e meu Rio de Sol. Eu eu me sinto inteiro.

- Certo Hazel, chega de contato físico por hoje, eu ainda tenho que manter minha reputação de filho-de-Hades-obscuro-que-não-gosta-de-demonstrações-de-afeto. – Ela sorriu e se afastou um pouco.

Passamos o resto da tarde conversando, meus amigos faziam piadas a respeito de mim e Will. Eu me sentia um pouco envergonhado mas ele continuou ao meu lado, sorrindo para meus amigos e aceitando as brincadeiras, mão dele na minha enviavam ondas de calma. Eu estou muito feliz.

Também conversamos sobre o que eles haviam feito e vivido enquanto estavam fora do Acampamento Meio-Sangue. Alguns tinham vivido verdadeiras aventuras e missões, enquanto outros, como eu, aproveitavam a calmaria dos últimos tempos.

Passamos a tarde inteira e conversando. Paramos apenas quando todos foram para seus Chalés arrumar as coisas e se trocar para o jantar. Will me acompanhou até a porta do meu Chalé, ainda estávamos de mãos dadas, e essa proximidade, a sensação de meus calos contra sua pele macia era revigorante, começava a se tornar familiar.

- Eu gostei de você ter falado que estávamos juntos aos seus amigos. – Seus olhos brilhavam e ele parecia realmente feliz.

Eu havia percebido esse brilho a mais, à partir do instante em que declarei nossa relação em frente a todos, acho que até eu mesmo adquiri um brulho a mais. 

- Não tenho nada a esconder, e é muito bom que saibam que esse anjinho fofo e muito bonito é só meu. - Sorri para ele, e passei a mão que não segurava a dele, pelos cachinhos dourados de seu cabelo.

- Não tenho o que contestar a respeito disso. – Ele sorriu. Aquele sorriso que me faria libertar todas as almas do submundo apenas para que durasse mais um segundo.

- Já falei o quanto eu gosto desse sorriso? – Dei um beijinho em seu bochecha fazendo com que aquele sorriso se alargasse mais. – Quer entrar? – Perguntei torcendo para que ele aceitasse.

- Eu adoraria, mas se eu entrar provavelmente vamos perder o jantar. - Segurou minha cintura com a mão livre e se abaixou um pouquinho para dar um beijo em minha testa. Meu coração inflou em adoração.

- Eu não me importaria. – Disse em um tom um pouco mais baixo.

- Nem eu, mas você precisa manter uma dieta balanceada, por mais que tenha voltado a comer normalmente, precisa manter as refeições no horário. - E lá está aquele tom sério e profissional que ele usa quando o assunto é a minha saúde.

Eu não reclamo disso, amo o quanto ele se importa e como toma conta de mim. Isso me deixa quentinho e mesmo que não goste de admitir, me sinto protegido, acolhido, talvez amado.

- Doutor Solace ataca novamente. – Revirei os olhos. Ele segurou meu queixo levantando levemente minha cabeça.

- O que posso fazer se me preocupo com você e sou superprotetor ao extremo. – Eu ri e ele depositou um selinho em meus lábios, logo depois os arrastando por minha bochecha e por fim parando em minha orelha. – Também adoro os seus sorrisos.

E assim, sem esperar minha reação, correu em direção ao seu chalé. Fiquei mais um tempinho encarando enquanto seus cabelos dourados desapareciam na curva próxima ao Chalé de Héstia. Suspirei lentamente, absorvendo todos aquele sentimentos bons que me rondaram ao longo da tarde, entrei no meu Chalé e comecei a me preparar psicologicamente para o jantar.


Notas Finais


E então? Essa conversinha de Hades e Will? Hades é o melhor Deus que o Olimpo já viu!! Esperamos que tenham dado mt risada e que tenha superados suas espectativas, até o próximo capítulo 🤗 Beijos 😘


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