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História The Best Friend Of My Brother - Prom


Escrita por: didallas

Notas do Autor


Roupa da Jade nas notas finais.
Quando eu citar a música do James Bay vocês correm pras notas finais pra dar play. Ok? Ok.

Capítulo 33 - Prom


Estranho. Única palavra que definia o que se passava pela televisão de plasma. Aquele acasalamento de ursos estava me dando ânsia de vomito, e eu jurava que a qualquer momento correria dali.

Ao contrário de mim, Nash e Hayes encaravam o canal Animal Planet como se vissem algo absurdamente normal.

Eu simplesmente não aguentava mais ter que ficar ali, a preguiça para sumir dali era grande, mas não tanta quanto me arrumar para o baile, que aliás seria hoje.

Não estou psicologicamente preparada para isso, eu nunca fui a nenhum baile, e esse seria meu primeiro. A ansiedade me corria de um modo surreal, que conseguia sentir as famosas borboletas no estômago. Ansiedade chegou mais cedo hoje.

Quando enfim, não aguentei nem por mais um segundo, resolvi anunciar a estranheza que aquilo me causava.

— Nash, dá pra você tirar isso? – o indaguei.

Ele continuou focado naquilo, e só me olhou por algum tempo, voltando a atenção a aquela coisa.

— Você não devia estar se arrumando? – ele perguntou.

Apenas balancei a cabeça em afirmativa. Já se fazia algum tempo que esperava por Alissa e Lola, que estavam demorando para vir aqui. Resolvemos nos arrumar todas aqui em casa, mas elas podem ter mudado de ideia.

Aquilo acelerou meu coração, afinal, como eu, uma pessoa sem noção de maquiagem me arrumaria?

— Sim, mas estou esperando Ali e Lou.

Ele não se importou com isso. Eles voltaram a assistir enquanto eu preferia encarar o carpete felpudo do que observar aquela cena.

Tudo foi impedido quando avistamos uma presença diferente vinda da porta. Nós três direcionamos nosso olhar para a porta de entrada, onde a mesma foi aberta, revelando Lola e Alissa com os vestidos guardados em um pano preto, enquanto tinham algumas malas pequenas em mãos. Conclui ser de maquiagem.

— Alguém disse os nossos nomes? – perguntou Ali, já indo de encontro à Hayes que estava com um sorriso imenso. Nunca o vi tão feliz como ando o vendo.

A expressão de surpresa por elas aparecerem de repente ali, não foi deixada nem por um segundo.

— De onde vocês brotaram?

Depois de Lola ter dado um aceno geral, se jogou no sofá ao meu lado, mas Alissa continuou no sofá onde Hayes se encontrava.

— O John está lá fora aparando a grama, então, abriu para nós. – concordei com a cabeça, rindo assim que vi Lola encarando a televisão de cenho franzido. Finalmente alguém que achava aquilo estranho. – Isso é sério?

Nash apenas a encarou sem expressão e revirou os olhos. O mau humor estava nítido naquele garoto de olhos azuis. Quando isso acontecia o mais plausível a se fazer é se esconder dele, e correr, muito.

Não podia entender como ele, alguém que finalmente atingiu seu objetivo, o qual era chamar April para o baile, pode estar mau humorado desse jeito. Cuidado com o grosso.

Comecei a contar sobre Columbia para Lola que esteve o final de semana todo fora, porque viajou para o Brasil junto com sua mãe e seu novo padrasto. Sim, se trata de outro novo cara. Ela simplesmente surtou, e Nash saiu um pouco de seu mundo cinza e decidiu falar o quanto estava orgulhoso.

Nós três conversamos tão animados, que só percebemos que Hayes e Alissa estavam se beijando loucamente quando ouvimos estalos na sala. O que eu fiz pra merecer isso?

— Parem de se agarrar. – pedi para Alissa, que se afastou de Hayes no exato momento.

Ela limpou sua boca com o dorso da mão. Hayes ria maliciosamente, enquanto fazia o mesmo que ela.

— Desculpa, esqueci que você está com abstinência de Matthew. – Hayes disse, me fazendo jogar uma almofada em sua cabeça. Assim que ele recebeu aquilo, passou a mão onde foi atingido. – Por frescura! – ele gritou.

Rolei meus olhos, bufando. Todos me encaravam, buscando por uma resposta. Não me admira Alissa e Hayes se darem tão bem.

— Vou fingir que não ouvi isso e vou subir para me arrumar.

Seguida das duas morenas, subimos as escadas. Adentramos meu quarto e começamos a nossa tentativa de ficarmos deslumbrantes.

Impossível foi não colocarmos uma música, e a mesma foi “Blow Your Mind” da Dua Lipa​. Enquanto passávamos maquiagem, dançávamos e até mesmo para colocar uma roupa resolvemos dançar, apesar de não ser tão fácil assim. Os vestidos nos impediam de fazer uma dança digna.

Mau podia esperar para me olhar no espelho, aliás a maioria da minha produção foi feita por Lola e Alissa. A ansiedade sobre tudo hoje era tamanha, qualquer coisa estava me dando nos nervos. Me prostrei diante do espelho da penteadeira, e ali me vi.

Nunca fui de me achar a garota mais elegante, ou a mais desarrumada, mas naquele momento eu estava completamente bem ajustada. O vestido que eu usava, azul e tomara que caia, é completamente perfeito.

Meus lábios junto ao gloss labial brilhoso, davam um brilho quase que natural aos mesmos. Minhas pálpebras brilhavam pela quantidade de brilho e meu cabelo preso em um penteado deixava tudo ainda melhor. Algumas pulseiras de ouro e prata em conjunto à bolsa azul escura da Channel, completava o traje.

Passando os olhos por Lola com seu vestido vermelho, parecido com o meu, e ao de Lola, que diferente do nosso ia até os joelhos, notei o quão bela nós estávamos.

— Nós estamos maravilhosas. – Lola mexeu em seus cabelos arrumados em alguns cachos.

— Nem parece que vamos de pijama para qualquer lugar. – ressaltei, ainda me encarando no espelho.

— Merecemos uma foto pra marcar esse momento histórico. – Alissa sacou seu celular jogado em cima da cama.

Seu novo celular caiu como uma luva para as fotos saírem perfeitas. Sem editar, postamos logo a primeira foto onde nós sorrimos, agrupadas no espelho. Até parece que somos normais dessa forma.

Quando postamos a foto diretamente ao feed do Instagram, vimos uma foto recente de Cameron junto à Liriel já arrumados para o baile. Os dois estavam concorrendo para rei e rainha do baile, Shawn e Samantha claramente também foram escalados, e pelo incrível que pareça Matthew e eu também estamos na votação. Diferente de Shawn e Sam, nós não sabíamos o que fazer se ganhássemos. O que eu espero muito que não aconteça.

— É tão estranho ver o Cam com outra pessoa. – comentou Lola analisando a foto.

— Eu sempre achei que vocês fossem ficar juntos. – Ali continuou a palhaçada.

Encarei as duas de cenhos franzidos, alternando o olhar entre as mesmas. Questionei amargamente onde estavam aquelas pessoas irritantes que me apoiam com o Matthew, ou apoiavam.

— Eu achei que vocês fossem Team Matt. – comentei rindo. – Se decidam.

Escutei uma música comum. Logo notei que era o toque padrão do iPhone que explodia do celular de Lola.

— Eu vou me decidir depois que atender a ligação do amor da minha vida. – ela disse encarando a tela.

Ela sumiu para o closet, me dando a conclusão que se tratava de Callie. Eu amava a relação delas, mas a única pessoa que eu conseguia me imaginar daquela forma é com Matthew. O que nunca aconteceria, então, preferia ficar sem esse tipo de amor que elas têm uma pela outra.

— Tomara que eu não seja tão melosa quanto vocês quando for namorar.

Ali riu alto de mim. Estranha.

— Você nem namora, e já está aí, morrendo de amores pelo Matthew. – a encarei querendo rir, mas segurei a mesma.

— Pelo menos ele vai ser meu par. – dei de ombros, não pensando direito no que falava.

— Pelo menos? Eu tenho certeza que vocês vão se pegar hoje, Jade. – ela se jogou na cama.

Queria dizer que ela estava errada, que deveria ir tomar seus remédios o quanto antes. Entretanto há uma minúscula possibilidade, quase nula. Quase.

— Eu aposto cem pratas que eles se pegam no baile. – Lola voltou ao quarto de repente, guardando o celular em sua bolsa pequena.

As duas se encararam com olhos semicerrados. Que bela amizade você apostar nas suas amigas.

— Eu aposto que eles se pegam depois do baile. – Alissa lançou.

Intercalei meu olhar entre as duas, que tinham uma das sobrancelhas levantada.

— É sério que vocês estão apostando minha vida amorosa? – cruzei os braços abaixo dos seios.

— Com licença Jade, nós estamos falando sobre negócios. – Lola pediu.

As duas continuaram aquela loucura, antes que eu dissesse qualquer coisa decidi descer para o cômodo de baixo. Antes de sair do quarto busquei por algum vestido que me favoreça na festa após o baile, colocando-o na bolsa. Sai do quarto, deixando as duas fazerem suas apostas loucas. Prostei-me rente a escada, e por conta daquele vestido longo tive que desce-lá com tamanho cuidado.

O que era até engraçado se você pensar que eu estou parecendo uma princesa da Disney, e isso só piorava a situação. Quando já estava no último degrau, minha atenção para a barra do vestido foi tanta que eu não notei que Cameron, Hayes e Nash me olhavam atentamente, como se fossem perder qualquer detalhe importante a qualquer momento.

Os três poderiam ser considerados modelos com aqueles smokings, e penteado bem feito. Todos estávamos tão arrumados, o que na verdade é bem fora do comum.

— O que foi? Perderam alguma coisa na minha cara? – perguntei em brincadeira, acompanhada de um sorriso.

— A Cinderela não trata ninguém assim. Tente de novo. – Cameron me provocou, e como já estava próxima do sofá o suficiente, empurrei seu ombro.

— Palhaço.

A campainha de casa nos atrapalhou, portanto decidi ver quem era. Em passos lentos, segurei a barra do vestido, abri a porta com uma só mão.

Poderia parecer algo como um flerte, mas eu não pude conter encarar o Matt dos pés a cabeça. Notei que minha boca estava semi aberta assim como ele me encarava. Seu smoking preto, sua gravata borboleto e seu cabelo completamente alinhado é algo para ser admirado.

Claro que ele parecia sempre estar bonito e bem arrumado, mas nada se compara á hoje.

— Será que eu confundi a casa e entrei no castelo da Cinderela? – ele perguntou, fazendo-me rir e dar passagem para ele atravessar a porta.

— Já me compararam com ela dezenas de vezes hoje. – curvei a cabeça para o lado, como se estivesse cansada daquilo. – Entra logo. – pedi com a mão.

Ele parou no meio da entrada, desistindo de entrar.

— Só se eu for seu príncipe. – ele piscou um olho para mim.

Maldito. Vamos lá, siga as regras da Dua Lipa.

— Você é o sapo. – ri brincalhona, fazendo-o juntar a mim.

— Ouch. – ele pousou sua mão sobre o peito, como se tivesse se afetado.

Após ele sair do meio da porta, a fechei logo em seguida. Percebi que ele carregava uma Corsage, uma daquelas pulseiras que levam consigo uma flor. Assim que percebi que ele pedira permissão para colocá-la estendi o braço, com um sorriso amistoso.

Ao fechá-la, Matthew entrelaçou nossas mãos. Isso não é bom. Eu preciso fazer regras.

Um, não ouse olhar para o sorriso de Matthew, você sabe que só irá desejar ele ainda mais. Dois, não toque nele, você sabe que sentirá famosas borboletas no estômago. Três, faça com que ele te beije… Não, Jade! Merda!

— O que tanto pensa, Alice? – Matt fez referência à Alice no País das Maravilhas.

Percebi que encarava nossas mãos juntas, então, nós dois sentamos no sofá como se nada de estranho estivesse acontecendo.

— Nada. – neguei com a cabeça, saindo do meu conflito mental. Levantei o olhar até Nash que estava em outro sofá, próximo ao nosso, junto á Cameron e Hayes, os quais estavam fazendo cócegas um no outro. – Nash, você sabe quem vai nos buscar para ir ao baile? Não irá caber todos no carro e eu já cansei de ir espremida naquilo.

— Cameron irá junto com Liriel, e Hayes também irá no carro de Cam junto com Alissa. – ele disse digitando algo em seu aparelho móvel. – Eu irei junto com April, vocês dois e Callie e Lola. – apontou um dos dedos para nós.

Concordei com a cabeça, afinal, não iria apertada como sempre fazemos. Pelo menos por hoje.

A felicidade em saber que Amber, Ashley e Tiffany estavam viajando para Austrália e não teriam tempo para ir ao baile é tamanha. As coisas iriam dar completamente certo hoje, sem que elas impedissem isso.

Percebi que ainda estava de mãos dadas á Matt, mas não as separei. Algo como um imã me puxava para ele. Ok, que se foda, eu preciso encarar a realidade. Não vou conseguir fugir dele hoje, e muito menos nos próximos dias.

Decidi deixar isso de lado, e me juntei á conversa que foi jogada fora quando April, Liriel e Callie resolveram aparecer saltitantes e completamente lindas pela gigantesca porta de madeira.

Elizabeth, que antes estava na cozinha, deu sinal de vida na sala. Ela carregava uma câmera profissional consigo. Essa não!

— Mãe, me fala que você não vai querer tirar fotos nossas. – Nash pediu, de mãos juntas.

— Mas é claro que eu vou! Você só pode estar louco se pensar que eu não guardarei esse momento. – ela riu, fazendo todos rirem junto á ela. – Vamos lá, digam “x”.

Rolei meus olhos. Mesmo contra minha vontade, todos nos juntamos na famosa foto antes da formatura. Todos abraçavam a cintura das garotas, enquanto sorrimos com tal ato.

A luz forte da câmera virada para nós quase me cegou, mas após isso acontecer cinco vezes me senti quase que melhor. Matt após me soltar depois de dezenas de fotos depositou um beijo em minha bochecha, entrelaçando nossas mãos novamente rumo a porta.

Eles não paravam de dizer que teriam que esperar os outros garotos chegarem na formatura para irem. O que rendeu uma baita de uma discussão no jardim, até pararmos, por conta de uma limousine preta prada em nossa frente.

Enquanto tentávamos deduzir de onde aquela coisa surgiu, Sam abaixou o vidro, mostrando a música eletrônica que era estrondosa ali, junto à gritaria e risada do restante dos loucos que chamo de amigos.

— Me diz que você sabe de onde surgiu essa limousine. – pedi para Sam, próxima o suficiente da porta onde ele estava.

— Não faço a minima ideia. – ele riu, aparentemente bêbado.

— Abram alas, o dono da festa tá chegando. – Cameron puxou a porta, entrando junto á todos.

Contra minha vontade, por estar de mãos dadas com Matt adentrei aquela pequena festança. Sentei no banco enquanto, Nash fechava a porta, fazendo a pessoa que estava como motorista nos levasse dali.

— Parece que alguém pediu uma limousine para o baile, mas pararam em minha casa, então eu não disse nada. Só aproveitei as oportunidades que a vida dá. – Gilinsky praticamente gritou mais alto que a música.

Em outra situação eu provavelmente mostraria minha opinião, dizendo “Vocês só podem estar loucos que vou ficar aqui, vendo vocês roubarem uma limusine”, mas hoje é o baile, e me permitiria fazer qualquer coisa que desejasse. Esse é o nosso momento.

Como de costume eles despejaram bebida em copos vermelhos, entregando para nós. Graças à boa mira de Jack, ele derrubou grande parte da bebida no couro do carro.

Não me importei com isso e ingeri o copo de bebida azul, fazendo o líquido arder por minha garganta. Me acostumei com a ardência e em pouco tempo de danças estranhas e risadas mais ainda, paramos sobre a calçada do colégio.

Os garotos não paravam de gritar a música que tocava colégio adentro. Ainda de dentro do carro, pude ver pela janela todos encararem nosso grupo de amigos perplexo. Gilinsky e Johnson estavam pulando com as mãos de um lado para o outro, cantando a música.

Ótimo, todos perceberam o quão bêbados já estávamos.

Depois de nossa cena que fez todos nos encararem – não é todo dia que uma limousine para de frente para o colégio – , entramos todos juntos pela porta do prédio. As paredes estavam decoradas com alguns enfeites, mas a melhor parte seria a quadra onde se passaria o baile.

Os garotos e as garotas esbarravam em algumas pessoas em nosso caminho para a quadra, o que só deixava ainda mais evidente o quão bêbados nos encontrávamos. Entretanto, pudemos chegar no local são e salvos.

— Está na hora de deixar essa festa animada. – Shawn comentou como se estivesse planejando algo maligno.

— Eu vou ficar bem longe de vocês pra não correr o risco de me embebedar. – franzi o cenho olhando para eles.

Decidi me afastar deles, indo até o centro do baile, onde todos dançavam uma música eletrônica. Acho que tratava-se “How Deep Is Your Love”, mas não tinha certeza, pois, minha cabeça estava girando e meu pensar estava tornando-se cada vez mais longe.

Meus passos tortos, me fizeram rir de meu próprio ato. Já estava alterada. Não tanto quanto aqueles loucos, mas estava o suficiente para perder a capacidade de andar.

— Vem aqui, Jay. – Matt me puxou pela mão, me tirando da entrada do meio da pista. Eu parecia perdida enquanto ele fazia eu deixar aquela festa, até estarmos no corredor do colégio. – Você já está bêbada.

Ele acabou rindo disso. Pude notar que onde me levava era para a área restrita do colégio. Tive que subir as escadarias que davam espaço para o terraço do prédio, mas não me importei, pois, assim que pisei meus pés ali me senti como na primeira vez vendo aquele lugar.

Um vento avassalador que a noite fria trazia, empacou contra meus fios de cabelo loiro que acabaram desprendendo-se do penteado. Sorri para o nada. Adorava as noites que o clima é agradável, como está.

— Sabe o que isso me lembra? – perguntei, encostando as mãos sobre o muro que nos prendia ali.

O muro era pequeno o suficiente apenas para que fossemos protegidos da centenas de metros. Entretanto as luzes que a bela Califórnia carregava é nítida. A cidade vista á noite daqui de cima, consegue ter a vista mais bela. É instantânea a sensação de fascinação.

High School Musical? – acabei rindo alto de sua resposta.

High School Musical, Matthew? Nós somos o que? O Troy e a Gabriela? – perguntei rindo ainda mais.

— Claro que não. Na verdade eu sou a Gabriela. – ele passou a mão pelos seu cabelo loiro. Não me contive e segurei meus braços em volta do estômago, em meio à gargalhada. – E você é o Troy, mas nós somos uma versão mais embebedada e delinquente deles.

Nem ao menos ele se auto levou á sério e se juntou a mim naquela crise de risos. Só paramos para observarmos a paisagem linda que prendia nossa atenção.

Aproveitei o silêncio agradável que se estabelecia ali, aquilo era perfeito. A junção de nós dois juntos é agradável, não importa a circunstância.

Lá de baixo, conseguimos ouvir “Let It Go” do James Bay. Matthew automaticamente sorriu para mim, já sabendo o que ele ia fazer, curvei minha cabeça para o lado esquerdo.

— Me concede essa dança, Troy? – ele fez uma voz afeminada, segurando firmemente em minhas mãos.

— Com certeza, Gabriela. – forcei uma voz mais grossa.

Meu consentimento, fez com que uma de suas mãos puxassem minha cintura, e a outra segurasse minha mão perto de meu busto. Acabei rindo do que fazíamos, enquanto o acompanhava nos passos. Tudo corria bem em nossa dança, pelo incrível que pareça.

Dançavamos calmamente no ritmo da música. Eu sempre gostei daquela canção. Até porque não tem como gostar de algo que nos defina tanto.

“Só deixe acontecer, porque você não fica sendo você mesmo e eu serei eu mesmo”

Aquilo dizia tanto sobre nós, do que nós mesmos. Encostei minha cabeça em seu ombro, enquanto abraçava fortemente aquela região. Fechei os olhos, enquanto dançávamos cada vez mais devagar, deixando a música nos levar.

Estavamos á tanto tempo ali que nem ao menos pensamos em nossos amigos que podiam estar nos procurando na quadra. Por mais que quisesse congelar aquele momento, onde só havia eu e ele, e era só aquilo que me importava, tive de perguntar:

— Nós não devíamos estar lá em baixo? – perguntei dessa vez abrindo os olhos, sentindo-me mal por deixar minhas amigas sozinhas.

— Porque? Pra você ficar com vergonha na frente de todos?

Sua resposta fez eu levantar a cabeça de seu ombro e o encarar incrédula. Pude ver pelos seus lábios em formato de coração, arqueado para um só lado, que ele pretendia rir.

— Eu não iria ficar com vergonha.

— É claro que iria, Jay. Você tem essa pose de durona, mas a vergonha é algo que te acompanha. – neguei com a cabeça, vendo que ainda dançamos. – É tipo nada de vergonha, nada de Jay. Não existe um sem o outro.

— Você é tão bobo.

— Obrigada pela parte em que me toca. – soltei uma risada fraca, enquanto ele sorria para mim. Ficamos por algum momento nos encarando, até ele fazer uma pergunta sem cabimento. – O que você falaria para seu eu do passado se ela nos visse dançando desse jeito, na formatura?

Poderia soar estranho, mas para mim tornou-se uma pergunta normal. Pensei seriamente no que responder, até dizer a verdade.

— Eu pediria para ela correr o mais rápido que pode.

— Porque? – ele perguntou, em meio ao riso.

Não tive de pensar muito em minha resposta. O que foi uma burrice.

Porque ela ainda tem muito sentimentos por você.


Notas Finais


Roupa; https://www.polyvore.com/prom/set?id=223651771
Música; https://www.youtube.com/watch?v=GsPq9mzFNGY
Várias referencias rs
Eu ri escrevendo "cuidado com o grosso"
Socorro. Eu fiquei por uns bons dias preparando esse capítulo porque pra mim nunca ficava bom o suficiente. Majade amorzinho, todo mundo feliz. Nem parece que tretam d+ durante o ano todo. Ainda bem que são minhas crias.


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