POV’S Katherine
No outro dia quando acordei, Austin estava dormindo ainda agarrado em mim, e roncando. Espero que não esteja babando em mim!
Com cuidado tirei o seu braço em cima de mim, levantei e fui para o banheiro. Fiz minhas necessidades e depois fui para o quarto da Laura, ela era minha melhor amiga quando eu estava aqui anos atrás.
Bati na porta e ouvi um entra, entrei e sorri. Ela me viu e pulou em cima de mim!
— KATTTTTTTTT TU VOLTOU – me abraçou forte.
— Sim, voltei Laura, e voltei faz um tempo já, tipo ontem de tarde, não ficou sabendo?
— Então era com você que o Mahone estava irritado? – saiu do meu colo.
— Sim, era!
— Nossa nem imaginei que poderia ser você – riu.
— Poxa Laura, ele tava gritando Katherine – ri.
— Tantas Katherines passaram por aqui.
— Sério?
— Sim, uma vez eu o ouvi falando que era pra fingir que você estava aqui.
— O Austin? Por que ele iria querer que eu tivesse aqui?
— Você sabe Kat, pra transar e essas coisas – suspirei triste confirmando — O que foi?
— É que faz muito tempo que nenhum homem me quer por perto se não for para transar – olhei para baixo.
— Desde que fugiu daqui não encontrou ninguém?
— Não, Laura, sabe aquela Mary?
— Sei, a que o Mahone não consegue ficar uma noite sem e já até sonhou com ela?
— Sonhou? – arqueei uma sobrancelha.
— Sim.
— Que tipo de sonho?
— Acho que era sei lá, namorando ela, porque ele chamava ela de amor, e falou eu te amo – riu — Não consigo imaginar o Austin apaixonado, sério – riu alto.
— Eu te amo? – surpresa.
— Sim, você tinha que ter ouvido, dai você poderia entrar para a história “ouvi o Mahone dizer eu te amo uma vez na vida” – rimos.
— Boba! Mas continuando, aquela Mary, sou eu – a olhei com receio e com um pouco de medo.
— Você? Conta outra piada Kat.
— Não é piada Laura, eu realmente sou ela.
— Você se chama Katherine, não Mary – me olhou óbvia.
— Pra vocês me chamo Katherine, para os homens e para todo o mundo, me chamo Mary.
— Não estou entendendo Kat. – me olhou confusa.
— Quando eu sai daqui, não tinha nenhum lugar para ir, e pedi comida pra um cara na rua, e ele disse que pra ele dar eu teria que trabalhar pra ele, e como eu não sabia no que era, eu aceitei pois precisava de alguma coisa, estava morrendo de fome. Ele me levou pra uma boate, e desde ai comecei a trabalhar como uma puta qualquer. Até que vi o Austin entrando um dia, e eu não queria que ele me visse, pois sabia que eu voltaria pra cá, e voltar era a última coisa que eu queria no mundo era voltar pra cá. Então eu conversei com meu chefe, e disse que queria ser chamada de um jeito diferente, e ele disse Mary, e eu como era a única opção aceitei. E depois de muitos treinos e dias trabalhados, me tornei a melhor stripper do mundo, e a mulher mais sexy também, e a mais misteriosa por causa da máscara que eu usava, que era mais usada pra quando era o Austin – expliquei tudo e ela estava com um rosto de quem não estava acreditando.
— Ok, você é mesmo a Mary – disse incrédula — Posso tirar umas dúvidas Kat?
— Claro.
— Primeiro, como vai ficar sua carreira agora que você voltou pra cá? – sentou e me puxou para sentar também.
— Então acho que acabou, já que meu chefe me vendeu pro Austin.
— Como ele te vendeu? Meu deus, que burro, você era a melhor dele.
— Digamos que inteligência não era o forte dele – ri.
— Por que você fugiu? – me olhou com a feição de dúvida.
— Porque eu não aguentava mais ser o pano de chão do Austin, qual ele poderia pisar e pisar sempre que ele quisesse. Eu não queria isso pra mim, mas parece que meu destino não me ajudou.
— Te entendo, não sou vadia particular de ninguém, mas o Robert me trata como um trapo também.
— Ah é, esqueci do seu crush no Robert – ri alto.
— Cala a boca Katherine – me olhou séria.
— Calei – ri — Mas alguma dúvida?
— Sim, como o Austin não adivinha que era você? – riu alto — Porra era só uma máscara, ok que eu nunca te vi com ela, pra saber como você fica, mas não devia ficar tão diferente.
— Olha, eu pra mim não mudava nada, mas desde que eu sai daqui eu mudei um pouco porque eu fiquei mais velha. Mas não sei o que acontecia, só os meninos daqui não me reconheciam, tipo, na rua eu andava e os caras tudo me reconheciam, acho que foi sorte só eles não, e eu agradeço por essa sorte.
— Imagino que agradeça – ri.
— Mas cadê as outras meninas?
— A Selena deve estar dormindo ou ajudando o Alex a bolar um novo plano para um novo assalto. Dana deve estar atrás de mulher – riu.
— Como sempre, parece a versão feminina do Austin – ri alto.
— Nem tão feminina assim.
— É – ri — Mas agora preciso da sua ajuda.
— Pode falar – sorriu.
— Como eu dou uma vingança no Austin?
— Vingança?
— Sim, acha que eu vou deixar livre todos esses anos apanhando e sendo tratada como lixo?
— É, com certeza não. Hmmmmm, vamos pensar.
— Isso pense.
— Qual é o pior medo do Mahone? – ela olhou pra mim — Você conhece ele melhor, então deve saber.
— pensei um pouco — Olha ele tem muito medo de se apaixonar.
— AHAM!!! Já sei – me animei.
— O que? – pulei me ajeitando.
— Você vai fazer o Mahone se apaixonar por você.
— O QUE? – incrédula.
—Isso mesmo ué.
— LAURA QUE BOSTA, NÃO. – gritei.
— Por que não Kat? É uma ótima ideia.
— Eu quero dar a vingança e ir embora, não ficar aqui.
— Quem disse que precisa ficar aqui?
— Se ele não deixa eu sair daqui me odiando, imagina me amando sua louca.
— Kat, se você fazer ele se apaixonar e ir embora, vai ser uma ótima vingança, ele vai ficar todo acabado e machucado, como nunca.
— pensei — Boa ideia Laura – abracei ela.
— Eu sei, já disse isso – riu — Mas você sabe que isso não vai ser fácil né? O coraçãozinho dele é um gelo.
— Laura, ele já sonhou com a Mary e disse te amo, quem eu sou?
— Mary.
— Ele já chamou meninas para me substituírem – olhei pra ela e dei um sorrisinho convencida.
— KAT ELE JÁ DEVE GOSTAR UM POUCO DE VOCÊ – disse eufórica.
— Não é pra tanto Laura.
— É sim, porra você vai mesmo conseguir deixar o Mahone apaixonado?
— É isso que a gente vai ver. Mas licença que preciso colocar meu plano no ínicio.
Ela concordou e eu sai, desci e peguei um pouco do café da manhã que estava posto na mesa numa bandeja e subi para o quarto do Austin, entrei e ele ainda estava dormindo. Deixei a bandeja no canto da cama e subi e fui me deitando do seu lado.
— Hey – selinho — Acorda Mahone, tenho uma surpresa pra você – tracei caminhos de carinho na sua bochecha e ele sorriu.
— O que te deu pra me acordar assim? – abriu os olhos.
— Nada, não posso? – mordi o lábio dele.
— Claro que pode, e até deve, já que é minha vadia particular.
— Só quis agradar meu chefinho novo – beijei ele e ele retribuiu.
— To gostando disso – foi se deitando por cima de mim.
— Hey, nada de sexo chefinho, eu trouxe comida pra você.
— Comida? – me olhou ainda por cima de mim.
— Sim, olha no canto da cama.
Ele se levantou de cima de mim, e então olhou, ele ficou uns segundos olhando e olhou pra mim de volta.
— Você tá estranha Katherine.
— Só quero te agradar, mas se não quer posso levar pra cozinha de volta.
— Não, deixa aqui, to com fome.
Concordei e ele foi para a beirada da cama e se sentou, olhou pra mim e bateu na perna dele com o gesto de eu sentar. Fui e sentei, ele pegou um pão e me entregou, peguei e comecei a comer, ele também pegou um e comeu, enquanto comida ele passava a sua mão pela minha perna, confesso que estava arrepiando a cada movimento e acho que ele percebeu.
A mão do Austin é grande e muito de arrepiar qualquer uma, seu toque é meio leve com um toque meio grande de safadeza, maravilhoso.
Não sei se esse plano vai mesmo dar certo, mas o que eu tenho que saber é:
Nunca se apaixone pelo Austin Katherine.
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