Saímos logo dali, sem dizer nada, sem ao menos uma explicação lógica para aquele pronome tão pouco conhecido por mim, eu não consegui entender o que aconteceu dentro do meu estômago ao ouvir aquelas palavras. Dentro de mim uma parte sabia, que aquilo que Chaz disse foi só para não deixar que Peter se aproveitasse da situação, outra parte queria que fosse verdade, não que eu esteja afim de Chaz, mas ultimamente estou um tanto quanto solitária, o que eu não acharia ruim agora seria um "namorado", a outra parte de mim, a sobrinha que restou ali dentro, estava com uma vontade enorme de voltar na sorveteria para pegar meu milk shake afinal, sou filha de Deus também.
Sorri brevemente, por até em meus pensamentos sérios se misturarem a fome.
— Afinal, quem era aquele cara? - Chaz disse me tirando de meu devaneio faminto
— É... e... ele... - gaguejeie Chaz encostou o carro em um parque e me olhou — Uma longa história - disse por fim.
— Temos um longo parque - Chaz disse sugestivo e eu assenti
Descemos do carro e andamos um pouco, estava de tênis então ne me importe, fazia um pouco de sol, prendi meu cabelo em um coque no alto da cabeça.
Contei a Chaz sobre Peter e o que ele me fez passar, contei também sobre como eu consegui as melhores amigas do mundo.
Sentamos em um banco, em baixo de uma árvore, afastado do parquinho cheio de crianças. Ficamos ali conversando nada com nada, só jogando papo para o ar, até que ali, o silêncio pairou, era como se só houvesse eu e Chaz naquele enorme parque no centro de San Diego, nossos olhos não se desgrudavam, era como se precisassem um do outro, até que ele encostou seus lábios delicados contra os meus, e sua língua chegou de mansinho, como se pedisse permissão para brincar com um vaso de porcelana, nossas línguas dançam em um ritmo suave sincronizado, como se o mundo fosse cair mas ao mesmo tempo como se não houvesse ninguém no planeta, nossas respirações foram ficando falhas, até o ponto em que temos que nos afastar, e por um instante quando Chaz desgruda seus lábios dos meus eu imagino Justin sentado ao meu lado naquele banco . Ainda não consegui tirar aquele garoto da minha cabeça. Balancei a cabeça negativamente e pisquei os olhos algumas vezes tentando, em uma tentativa falha devo acrescentar, fazer desaparecer a imagem de Justin da minha cabeça e Chaz pigarreou ao meu lado. Poxa esqueci que ele estava aqui.
— Beijo tão mal assim?
— Não, é... que... hãn, entrou um cisco no meu olho - menti
— Deixa eu ver isso - Chaz disse me puxando para si novamente, e soprando meu olho direito para qual eu apontava, sabendo que não havia nada ali
Ficamos mais algum tempo ali, não posso negar que nos beijamos mais uma vez ... ok, foram mais de uma. Quando fomos embora pedi para Chaz me deixar na casa de Demi.
— Eu não acredito que aquele verme voltou - Demi dizia já irritada ao saber de Peter — e também não acredito que você fico com o Chaz, o Bieber estava tãaao perto - disse se lamentando e eu dei um soco, de leve é claro, em seu ombro.
— Eu nunca, nunca, nunca, vou ficar com o Justin.
— Nunca diga nunca senhorita Gomes.
"Never break a sweat for the other guys
When ya come around, I get paralyzed
And everytime I try to be myself
It comes out wrong like a cry for help
It's just not fair"
( Nunca derramei uma gota de suor por outros caras
Quando você surge, eu fico paralisada
E toda vez que tento ser eu mesma
Dá tudo errado como um grito por socorro
Isso não é justo)
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