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História The Big Play - Find Me


Escrita por: LuPetris

Capítulo 35 - Find Me


Find me, here in your arms

Now I'm wondering where you've always been

Blindly, I came to you

Knowing you'd breathe new life from within

Boyce Avenue

 

Apesar de estar ali deitada na cama de Dimitri, completamente entrelaçada a ele, sentindo-o desenhar círculos em minhas costas com as pontas dos dedos, ainda não conseguia acreditar no que havia​ acabado de acontecer.

Eu nunca havia me sentido tão próxima dele como estive naqueles últimos dias. Apesar de termos nos tornado amigos por conta da convivência, o russo sempre se manteve muito reservado, porém algo mudou desde que eu comecei a cuidar dele após a lesão. Dimitri se abriu comigo como nunca fizera antes e me deixou realmente conhecê-lo. E me fez amá-lo mais por isso, o que tornou ainda mais insuportável assistir Tasha cercando-o.

Mas quando Dimitri enfim me explicou sua relação com aquela mulher e deixou obviamente claro que nada havia entre eles senti um alívio tão grande que quase não coube em mim. Nesse momento senti que era chegada a hora de eu lhe dizer o que realmente passava por meu coração.

Só que eu jamais imaginaria que ele diria primeiro. Durante aqueles dias eu via um misto de sentimentos em seus olhos quando nos olhávamos e uma e outra vez eu jurava que o russo estivera prestes a me beijar, porém eu nunca cogitei que Dimitri sofria das mesmas dúvidas que eu. Jamais pensei que ele pudesse me querer com a mesma intensidade que eu o desejava

Então nós finalmente sucumbimos após tantos meses. Paramos de pensar tanto, como ele mesmo disse, e nos entregamos a esse desejo.

Não... Era mais do que apenas isso. Era paixão. E Dimitri sentia aquilo igualmente por mim. Eu podia ver isso claramente refletido naqueles olhos castanhos que me hipnotizavam naquele preciso instante. Era um sentimento tão claro que eu me perguntava como pude estar tão cega por todo aquele tempo.

Enquanto estávamos ali deixando nossas respirações voltarem ao fluxo normal, eu repassava cada uma de suas palavras e de suas declarações e sentia meu coração se inundar de alegria. Eu com certeza era a mulher mais feliz do mundo.

- Um dólar por seus pensamentos – Dimitri sussurrou portando um sorriso que me fez ficar de pernas bambas instantaneamente.

- Estou apenas pensando sobre o que acabamos de fazer.

- Está arrependida? – na mesma hora o sorriso desapareceu de seu rosto e me xinguei por isso.

- Não, nunca! – falei imediatamente para tranquilizá-lo. – É só que eu sonhei tantas vezes com isso que quase não acredito que se tornou realidade.

O semblante dele voltou a se amainar e o russo se moveu de forma a me deitar sobre um travesseiro e se inclinou sobre mim, se apoiando em seu braço direito. Ele ergueu um pouco o canto dos lábios me olhando de forma perspicaz e... Safada. Ah, esse homem.

- Você andou fantasiando comigo, Roza? – perguntou.

- Algumas vezes... – admiti, apesar de não ser a completa verdade. Aquele homem assombrava a maior parte dos meus sonhos naqueles últimos meses.

- E você fez outras coisas pensando em mim?

O russo nem me deu tempo de corar com sua pergunta, pois arranhou levemente a parte sensível de meu pescoço com os dentes e precisei morder o lábio inferior para não gemer alto.

- Isso foi um sim? – ele insistiu e acabei respondendo com um pequeno aceno. – Ah, Roza, essa sim é uma cena que eu quero muito poder admirar um dia.

Dimitri então capturou meus lábios de forma hábil, puxando meu corpo para cima do dele mais uma vez e senti minha pele voltar a arder com aquele contato. Eu o queria tanto e de tantas formas que era quase como uma dor física. Só que naquele momento eu realmente precisava me segurar ou ele acabaria pensando que eu sou uma tarada.

- Que tal um banho? – propus a primeira coisa que me veio a mente para poder manter minha cabeça no lugar, mas percebi que era uma péssima ideia assim que ele lançou um sorriso devasso para mim.

- É um ótima ideia – Dimitri disse se levantando e me dando um visão privilegiada daquele corpo perfeito enquanto dava a volta na cama. – Você não vem?

Ele parou em pé ao meu lado e não consegui desgrudar meus olhos de sua meia ereção que mal havia se desfeito, apesar do sexo maravilhoso que havíamos feito. Desde que eu o havia visto apenas de cueca ficava fantasiando com seu possível tamanho e ele não havia me decepcionado em nada. O russo era realmente grande em todos os aspectos.

- Roza, se você continuar me olhando assim, eu juro que não respondo por meus atos – sua voz saiu rouca o que provocou um arrepio por todo meu corpo e não pude me furtar de provocá-lo mais um pouco.

- Ah é? E você pretende fazer o quê? – perguntei, me levantando vagarosamente, vendo-o acompanhar cada gesto meu de forma ávida.

Em um movimento rápido, me vi ser enlaçada por seus braços e estava nas pontas dos pés beijando sua boca deliciosa. Acho que eu poderia fazer aquilo pelo resto de meus dias que nunca iria me cansar.

Dimitri me beijou de forma faminta, me apertando o máximo que podia contra si e senti me afogar novamente naquele mar de luxúria que fazia toda a sanidade se esvair de mim. Senti seu membro responder prontamente e a lascívia voltou a queimar em meu âmago quando suas mãos desceram para meus quadris a fim de me impulsionar para seu colo. Eu quase sucumbi à vontade de sentir sua ereção entre minhas pernas novamente naquele instante, não fosse um último resquício de juízo. Creio que o russo também se deu conta do que estávamos prestes a fazer, pois ambos nos afastamos minimamente ao mesmo tempo, encostando nossas testas.

- Se você quer mesmo um banho é melhor irmos agora ou vou acabar comendo você aqui mesmo e ombro nenhum vai me impedir disso  – ele pediu.

- Vamos – puxei-o imediatamente para o banheiro, mas antes que eu fosse até o box, Dimitri se dirigiu até a banheira.

Enquanto ele abria as torneiras, prendi meus cabelos em um coque com um elástico que encontrei na bancada da pia. Olhei o ambiente à minha volta e não pude impedir uma imagem que se formou em minha mente e comecei a rir instantaneamente.

- O que foi? – Dimitri me olhou com curiosidade.

- Só estava me lembrando de uma vez em que estive aqui tentando dar banho em um certo russo bêbado – comentei e tive o prazer de receber o som de sua risada igualmente.

- E você só me deu um banho ou se aproveitou da minha condição? – ele questionou de forma maliciosa e foi até mim, me abraçando por trás.

- Aquela noite nem se eu quisesse eu conseguiria me aproveitar de você. Você dormiu no meio de uma frase.

- E você não queria mesmo? – Dimitri provocou dando suaves beijos no meu pescoço exposto.

- Na verdade eu estava mais disposta a te sufocar com o travesseiro do que outra coisa – minha voz saiu um tanto entrecortada por conta dos arrepios que ele estava me causando.

- Não pode ter sido tão ruim – ele me olhou de forma divertida através do espelho.

- Ah não? Eu sou obrigada a ir te resgatar num bar no centro de Tampa no meio da madrugada, depois literalmente preciso te carregar escada acima porque você simplesmente decidiu que iria dormir na sala. Aliás...

Eu me virei de frente para ele apenas para desferir um tapa em seu braço.

- Ei, o que foi isso? – o russo me soltou para esfregar o local que acertei.

- Isso foi por você ter transado com aquela vadia no bar e ter me contado isso.

- Então toda essa marra foi apenas por estar com ciúmes de mim? – ele ergueu a sobrancelha, apoiando as mãos na bancada, uma a cada lado meu, me prendendo ali.

 - Bom, se você descontar o fato de que eu quase não dormi porque a Claire chegou logo cedo e não me deu sossego até eu levantar, que você me deixou com um hematoma enorme na perna por ter caído por cima de mim e que você não parava de me culpar por estar naquele estado, talvez eu possa ter ficado com ciúmes.

- Ok, você venceu – Dimitri admitiu conforme nos encaminhava para dentro da banheira. – Acho que eu mereci todo o barulho que você fez no dia seguinte.

- Você acha? – perguntei me sentando à sua frente entre suas pernas.

- Mas saiba que você foi culpada sim por meu estado naquela noite – ele disse voltando a me abraçar e me incitando a relaxar, apoiada em seu peito largo. – Você não faz ideia de quantas vezes me levou ao limite. Acho que a pior foi quando Claire inundou esse banheiro.

- Ela me deixou em pânico quando entrei aqui e vi o estrago que tinha feito – comecei a rir ao me recordar da cena.

- Sabe o que me deixou em pânico naquele dia? Ver você toda molhada dentro daquele vestido branco transparente.

- Achei que você não tinha notado – comentei. Ele realmente parecia tão preocupado em resolver a bagunça e cuidar da minha saúde que acreditei que não havia percebido minha situação quase indecente.

- Como não iria? Aliás, eu quero muito conhecer aquela lingerie rosa.

Não tive como não rir. Realmente ele havia reparado em tudo.

- Apesar desse incidente – ele continuou –, naquele dia eu pensei que não poderia ser mais feliz em minha vida. Aparentemente eu estava muito enganado.

Sorri ao senti-lo beijando a minha nuca. Com certeza eu nunca mais pararia de sorrir pelo resto dos meus dias.

- Eu quase fui falar com você depois do Festival Gasparilla – confessei. – Fiquei cogitando sair do quarto e finalmente te contar o que eu estava sentindo, mas eu não o fiz porque tive medo de estragar aquilo que nós tínhamos. Eu não tinha certeza de como você reagiria e não queria me arriscar a perder você e a Claire assim.

- Se você tivesse resolvido sair do quarto ia dar de cara comigo parado à sua porta – Dimitri contou e virei o pescoço um pouco para poder olhá-lo. – Eu fiquei um bom tempo ali parado naquela noite pensando a mesma coisa. Quase bati inúmeras vezes, mas me refreava no último segundo com medo de você sair correndo da minha vida no instante seguinte. Mas eu devia ter feito. Isso teria me impedido de falar tantas besteiras...

- Já passou – falei acariciando seus braços que me rodeavam ao ver seu semblante se tornar um pouco sombrio. – Eu já te desculpei por aquilo e eu também tive minha dose de culpa por não ter te contado a verdade antes.

- Quando Ivan começou a me contar tudo o que te aconteceu e me disse o quanto você se fechou pras outras pessoas depois disso, eu só conseguia pensar no quanto eu havia sido sortudo de que você tivesse confiado em mim e como eu havia acabado de estragar isso – Dimitri franziu a testa levemente.

- Você não estragou – levei minha mão ao seu rosto para afagá-lo. – Eu fiquei magoada por um tempo, mas eu nunca realmente deixei de confiar em você. E eu te perdoei.

- Eu acho que eu não mereço alguém como você – o rosto do russo voltou a suavizar um pouco e ele distribuiu alguns beijos em minha bochecha.

- Realmente você não merece uma pessoa que inferniza a sua vida tanto quanto eu faço – brinquei.

- É, mas pelo menos não existe monotonia no seu lado – ele riu.

- Pois fique sabendo que aquela foi a sua última oportunidade de se livrar de mim. Agora vai ter que me aguentar por muito tempo.

- Eu espero que isso seja uma promessa – Dimitri disse me olhando de forma quase ansiosa antes de beijar meus lábios muito mais brevemente do que eu gostaria. – Aliás, eu preciso te perguntar uma coisa.

- Diga – voltei a me aninhar em seu peito, sentindo suas mãos começarem a passear por minha pele, enviando ondas de desejo por todo meu corpo. Como ele conseguia fazer isso comigo em apenas um toque?

- Quando voltamos do hospital após eu me machucar, nós nos beijamos naquela noite, não é?

- Talvez... – respondi de forma misteriosa, apesar de isso ser o suficiente para confirmar as suas suspeitas.

- Então quer dizer que a senhorita não se aproveitou de mim quando eu estava bêbado, mas não resistiu quando eu estava dopado?

- Em minha defesa, você não me deu muita escolha – me justifiquei.

- Fala a verdade – Dimitri voltou a der leves beijos em meu pescoço. – Admite que eu sou irresistível.

- Não seja convencido, camarada – devolvi. Ele de fato era irresistível, mas eu não iria admitir em voz alta. – Até onde eu sei quem estava fantasiando comigo a ponto de não saber se o beijo era um sonho e ou realidade era você.

- Ah, Roza, com certeza eu fantasiei fazer muitas coisas com você – o tom de voz dele mudou, ficando mais caloroso, e senti suas mãos subirem até meus seios, massageando-os levemente, o que arrancou um gemido de meus lábios. – Só naquele dia em que ficamos aqui enxugando o banheiro eu cogitei mil maneiras de te dar prazer aqui dentro.

- Por que você não me mostra? – pedi com sofreguidão quando Dimitri rolou meus mamilos entre seus dedos e me arqueei ainda mais para seu toque. – Me mostra como você pretende me dar prazer.

Eu não deveria querer ele tão cedo novamente, mas quem eu queria enganar? Desde o minuto que nossos lábios se tocaram pela primeira vez naquela noite eu sabia que nunca iria parar de querer.

- Estava louco pra que você pedisse – senti o sorriso lascivo em sua voz antes dele raspar os dentes no ponto sensível logo abaixo de minha orelha esquerda e mordi fortemente meu lábio inferior para conter um ganido.

Senti ondas de choque percorrerem meu corpo conforme Dimitri beliscava os bicos dos meus seios, deixando-os duros pelo tesão. Eu rebolei levemente, roçando minha bunda em sua ereção e ouvi seu rosnado baixo.

- Eu quero muito sentir o seu gosto, Roza – ele sussurrou. – Aposto qualquer coisa que deve ser viciante.

- Oh, Deus, Dimitri... – soltei de forma incoerente, sentindo as carícias em meus peitos se refletirem no meio de minhas pernas como fogo se alastrando por meu corpo.

- Sente-se na borda – o russo comandou. – Eu quero fazer você gemer meu nome ainda mais alto.

Não tive como não obedecer. Levantei da água e me sentei junto à lateral da banheira de pernas fechadas. Dimitri observava cada movimento meu como um predador e eu não resisti a provocá-lo, abrindo minhas pernas lentamente para ele.

- Com toda certeza essa é a visão mais linda que já vi em toda minha vida – ele ofegou ao se ajoelhar à minha frente, lambendo os lábios enquanto fitava meu sexo de forma faminta.

O russo arrastou a mão pelas minhas curvas, com os olhos brilhando, e eu me derreti quando os seus lábios apertaram sobre o meu estômago, meu umbigo, descendo cada vez mais baixo. Ele levou minha perna esquerda sobre seu ombro direito ao chegar ao limiar e transferiu sua boca para a pele macia de minhas coxas, mordiscando-a, me fazendo gemer pela antecipação.

Eu quase engasguei ao sentir o primeiro mergulho de sua língua em meu sexo. Minhas mãos caíram na superfície de pedra atrás de mim em busca de equilíbrio conforme ele lambia ao longo de todo o comprimento da minha fenda antes de lentamente circundar meu clitóris. Sua língua lambia suavemente meu monte nervoso no início então ele começou a chupá-lo com mais avidez, me proporcionando a sensação mais fantástica de toda minha vida.

Nunca gostei muito de receber sexo oral, pois jamais alguém havia feito um que valesse a pena, mas... Puta que pariu! Dimitri era perfeito naquilo. Espero realmente que ele se vicie nisso, pois eu iria querer que o fizesse muitas vezes mais.

Eu espiei entre minhas pernas e o vi me olhando atentamente, me prendendo naquele mar chocolate enquanto eu arfava sem qualquer controle conforme ele continuava me devorando. De forma inconsciente eu empurrei meus quadris em direção a sua boca, sentindo minha liberação se construindo e levei uma das mãos para os músculos salientes de suas costas, arranhando-o até encontrar seus cabelos.

Quando eu o segurei com força contra mim, Dimitri gemeu me fazendo sentir a vibração em meu núcleo e deixei escapar um som inteligível.

- Meu nome, Roza – ele pediu com a voz rouca e quente. – Geme o meu nome.

Antes que eu conseguisse sequer pensar em protestar por ele ter parado, senti seu dedo grosso me invadindo e roubando completamente meu fôlego. Minha cabeça caiu para trás me fazendo mirar o teto borrado e pequenos soluços quebrados de prazer explodiram de minha boca, misturando-se com seu nome.

Eu me contorci sob o êxtase que ele me proporcionava até que minha pele estava coberta de suor. Chupando meu clitóris, Dimitri empurrou um segundo dedo profundamente dentro de meu corpo latejante e eu comecei a tremer sob o ataque. Ele espalmou um seio com a outra mão, brincando com o mamilo sensível, forçando-me ainda mais para perto do abismo.

- Por favor... Dimitri... – eu comecei a suplicar em desespero, sentindo-me queimar no fogo da luxúria, completamente sem controle sob meu corpo.

Em um último golpe, o russo deu uma leve mordida em meu monte nervoso me fazendo despedaçar. Eu gritei seu nome quando o prazer explodiu livremente, caindo sobre mim como uma onda de êxtase. Dimitri continuou seu estímulo, lambendo e chupando o meu clitóris enquanto o orgasmo pulsava através de mim até que eu estava de repente em uma sobrecarga sensorial.

- É demais! – ofeguei, usando meu domínio sobre seu cabelo para afastar sua cabeça para longe de mim. – Muito sensível...

Dimitri não reclamou apenas se levantou e passou os lábios sobre a superfície plana de meu estômago, dando pequenas mordidas, e então puxou meu corpo lânguido para dentro da banheira, me colocando sentada sobre suas pernas. Em seguida, ele estava chupando meus mamilos, obviamente, escolhendo ignorar minhas novas queixas. Eu estava extremamente sensível e comecei a me contorcer em seus braços que me apertavam fortemente junto a si.

- Não, por favor! É demais, é demais! – entoei, tentando empurrá-lo, mas eu ainda estava fraca por conta do clímax de derreter os ossos e o russo era extremamente forte. – Se você continuar, eu juro que vou esquecer que você está lesionado e vou te acertar.

Dimitri soltou o mamilo atormentado e levantou a cabeça. Seus olhos se iluminaram com malícia quando ele sorriu.

- Não dá conta, Roza? Por que eu ainda não terminei com você – ele disse isso espalmando meus quadris de encontro a sua ereção que estava firmemente encostada em meu sexo.

- Você é um pervertido, camarada – ri antes de encontrar sua boca em um beijo lento e deliciosamente erótico que roubou o pouco fôlego que eu havia recuperado.

- Eu te disse que cogitei mil maneiras de te dar prazer aqui nessa banheira – ele sorriu para mim. – Faltam novecentas e noventa e nove.

Oh Deus! Como resistir a isso? O russo sem vergonha mais uma vez roçou seu membro entre minhas dobras e ele se esfregou em meu clitóris inchado, me fazendo gemer novamente. Eu levei minha mão por entre minhas pernas e o segurei firmemente, movimentando meu punho de forma a estimulá-lo. Dimitri grunhiu profundamente me fazendo desejar tê-lo de volta dentro de mim o quanto antes então o guiei para minha entrada.

Eu fui ao paraíso pela segunda vez naquela noite ao senti-lo me esticar e me preencher mais uma vez. Era uma sensação tão incrível que não pude esperar até que estivesse totalmente sentada sobre ele antes que começar a movimentar meus quadris, desejando sentir a fricção de nossos corpos se movendo juntos. As palmas largas de Dimitri foram para meus quadris, segurando-me enquanto eu o montava e rodeei-lhe o pescoço com os braços.

O ar entre nós estava elétrico e naquele momento eu sentia como se houvesse apenas nós dois no mundo conforme eu subia e descia lentamente sobre ele. Nossas bocas se encontraram em desespero e ambos suprimimos os gemidos um do outro até estarmos completamente sem ar.

Em meu interior começou a surgir uma sensação de urgência e joguei a cabeça para trás pelo prazer crescente em meu sexo. Dimitri arrastou sua língua ao longo de minha garganta exposta e usou o seu aperto para forçar-me mais para trás, expondo meus seios. Eu gani com o choque elétrico que ele provocou ao sugar um mamilo em sua boca, seus dentes puxando-o levemente. Com seu membro enterrado profundamente dentro de mim, apoiei as mãos em suas pernas esticadas atrás de mim e deixei-o se deleitar em meus seios, subjulgada por sua vontade.

Eu estava tonta com o prazer, sem fôlego pela provocação enquanto a boca de Dimitri passava por meu corpo, correndo de meus mamilos até as curvas dos seios e apoiando no arco sensível de minha garganta. Ele lambeu e me atormentou até que senti um novo orgasmo se construindo dentro de mim, então eu agarrei seus ombros largos e o montei com mais ansiedade.

- Você não vai gozar ainda, Roza – o hálito quente do russo se transferiu para meu ouvido, sua voz baixa e repleta de desejo.

- O quê? – gani.

- Você só vai gozar quando eu deixar, está entendendo? – ele clamou entredentes pelo esforço em me ajudar a manter o ritmo. – Você me deixou louco por todos esses meses, agora é a minha vez de te fazer passar por essa tortura.

- Dimitri... – choraminguei.

- Eu sinto sua bocetinha me apertar cada vez mais forte, mas você vai ter que segurar ou eu vou parar – o russo ameaçou, apesar de sua respiração estar entrecortada por seus próprios gemidos.

Escondi o rosto na curva de seu pescoço, agarrando-me a ele de forma desesperada para me conter, sufocando os gemidos que escapavam de minha boca. Eu estava tão sensível por conta de tudo que já havíamos feito até ali que naquele momento senti como se Dimitri estivesse tocando todos os nervos dentro de mim.

Nossas peles molhadas deslizavam facilmente e senti seu corpo ficar tenso, os músculos sob meus dedos se retesaram à medida que o atrito e a paixão nos empurrou para mais perto da borda. De repente, ele agarrou meu cabelo, forçando minha cabeça para trás, e beijou-me de forma gananciosa. Sua língua empurrou por meus lábios entreabertos, fazendo-me pensar que Dimitri estava à procura de uma fuga do inevitável, mas já era uma batalha perdida.

Meus movimentos sobre ele se tornaram mais duros, mais desesperados e quando ele parou de me beijar foi apenas para lamber meu pescoço e sugar a pele sensível, marcando-a com força. Aquilo teria sido doloroso se eu não estivesse completamente fora de minha mente.

- Você quer gozar, não quer? – o maldito russo soltou uma mão de meus quadris e passou o dedo sobre meu clitóris me levando à beira da insanidade.

- Porra, sim! – gemi sentindo a necessidade de me liberar se tornar uma dor física.

- Me implore – disse ele com um toque de desafio. – Me implore pra eu deixar você gozar, Roza.

- Por favor – eu sussurrei. – Me deixe, Dimitri. Eu preciso disso.

- Então goze pra mim, pequena.

E eu prontamente obedeci, balançando com a força dele e gritando seu nome quando o prazer me atingiu como um trem de carga loucamente fora de controle. Cores explodiram por trás dos meus olhos fechados e eu abri amplamente as pernas, querendo sentir tudo dele quando afundei meus quadris uma última vez. Em algum lugar em meio à névoa ouvi o russo rugir e se endurecer debaixo de mim, seus grandes braços me apertando como um homem se afogando em busca de salvação.

Quando a corrente começou a baixar, deixando-nos entregues sob os tremores secundários, comecei a notar meu corpo completamente fatigado e drenado e senti as primeiras dores por todo aquele sexo, mas eu estava mais feliz do que nunca estive em toda a minha vida. Descansei minha bochecha em seu ombro e corri os dedos sobre os músculos de suas costas largas, apreciando a forma como eles se deslocaram levemente sob meu toque.

Dimitri beijou o meu outro ombro antes de sussurrar:

- Agora faltam novecentas e noventa e oito.

Comecei a rir instantaneamente.

- Deus, você não se cansa?

- De você? Nunca! – Dimitri respondeu com tamanha convicção, fazendo meu coração transbordar.

Eu virei o rosto para olhá-lo e vi tanta paixão em seus olhos que senti que poderia fazer qualquer coisa que ele me pedisse, mesmo que meu corpo se fragmentasse por inteiro no processo.

Aproximei nossos lábios e nos beijamos suavemente em uma doce exploração da boca um do outro enquanto ainda tínhamos nossos sexos conectados. Aquilo era tão íntimo, tão cúmplice, mais do que tudo o que havíamos feito até então. Naquele momento tive certeza que Dimitri não possuíra apenas meu coração e meu corpo. Ele tinha tomado a minha alma.

Lágrimas começarem a se formar em meus olhos pela tamanha emoção que senti. Ali eu soube que eu verdadeiramente o amo. Mesmo que eu tenha tentado fugir disso, mesmo que eu tenha tentado me enganar a esse respeito, não havia mais escapatória. Meu coração era definitivamente de Dimitri e nada jamais mudaria isso.


Notas Finais




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