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História The Birth of an Angel - Uma Sombra à Espreita.


Escrita por: YukariKitsune9

Notas do Autor


Bom antes de começar o capitulo queria avisar que andei sumindo por conta da faculdade, e por ter trocando de notebook semana passada.
Foi tudo tão corrido que mal consegui editar esse cap :'v

Enfim agora indo pra historia, o capitulo será narrado pelo Nagisa no começo.

Boa leitura a todos o/

Capítulo 67 - Uma Sombra à Espreita.


Acordo me sentindo estranho, com uma sensação de perigo e tomando todos os meus instintos.  

Olho para os lados e vejo que Shinji já tinha acordado, e agora estava na cozinha preparando algo para comer. Sora estava andando sobre a mesa de centro, parecendo bem interessado em uma meia velha. Tento me levantar da cama, porém começo a sentir meu peito a pressionar meu núcleo de uma forma muito desconfortável. A sensação de perigo que estou sentindo hoje está começando até mesmo a afetar parcialmente meus movimentos, e isso já está me deixando ainda mais nervoso. 

-Nagisa? – Shinji me chama assim que percebe que acordei. – Aconteceu algo? 

-Não sei, me sinto meio estranho. – respondo um pouco inquieto antes de finalmente conseguir ao menos me sentar no colchão. 

-Algo te machuca, está passando mal? – ele pergunta agora parecendo entrar em pânico. 

-Não nada disso, só me sinto...assustado. – digo franco enquanto faço um gesto para que ele se aproxime de mim. 

Assim que Shinji se senta ao meu lado eu o abraço com força e escondo meu rosto sobre seu ombro direito, assim conseguindo já sentir um aroma de sabonete que sua pele estava exalando, o que significa que deve fazer pouco tempo que ele saiu do banho. 

Consigo sentir parte da tensão de meu corpo se desfazer graças ao fato de estar tão próximo dele, sentindo seu calor e carinho. Shinji agora já retribuía meu gesto e acomodava suas mãos sobre a minha cintura, enquanto apoiava a lateral da sua face sobre o topo da minha cabeça. 

-Teve algum pesadelo? – ele pergunta num tom de voz meio doce, apesar de ainda estar um pouco preocupado. 

-Não....mas sabe...tenho um pressentimento de que alguma coisa está para acontecer. – respondo antes de erguer meu rosto devagar e encarar ele um pouco nervoso ainda. – Não sei porque, mas não consigo parar de sentir como se alguma coisa estivesse para acontecer....algo perigoso. 

-...se são seus instintos dizendo isso não duvido de nada. Tem alguma ideia do que possa ser? – Shinji questiona enquanto usava sua mão esquerda para me acariciar nos cabelos. 

-Nenhuma....lembro que tem a consulta com a doutora Akagi hoje, e meu irmão ia sair para investigar aquele templo, mas fora isso não me recordo de nada que vai ocorrer hoje que possa estar me deixando assim. – falo de forma séria enquanto me afasto um pouco dele, embora ainda esteja o abraçando. 

Shinji me olha parecendo estar ficando bastante preocupado e ao mesmo tempo sério. Seu olhar se move para o próprio colo por um tempo, como se estivesse tentando pensar em qualquer coisa que pudesse estar me causando isso, mas depois de vários segundos estando assim ele acaba erguendo o olhar de novo e suspirando, indicando que não conseguiu imaginar nada.  

-*Suspiro* bom por hora vamos apenas ficar atentos a qualquer coisa que possa parecer suspeita. Irei te acompanhar até a enfermaria para evitar qualquer risco. – ele afirma enquanto Sora pulava em seu colo, se acomodando sobre suas coxas. O gato mia de modo meio fraco, mas parecia querer nos fazer companhia. - *Riso* parece que ele também quer vir conosco. 

-Vai ser uma boa ideia leva-lo junto. – digo calmo antes de acariciar o gato de forma vagarosa. – Enfim, vou tentar não me preocupar demais com isso por hora, vou acabar estressando nossa filha. 

-Só não fique muito desatento porque pode acabar tendo o efeito oposto. – Shinji me avisa antes de se levantar da cama, agora segurando Sora nos braços. – Vou terminar de comer o café-da-manhã, então se quiser tomar um banho por hora. 

-Vou deixar isso para depois da consulta, por hora vou só trocar de roupa. – aviso antes de finalmente conseguir me levantar do colchão. 

Vou em direção ao guarda-roupas e pego a primeira muda de roupas que encontro. A visto de modo meio apressado, porém decido não colocar minha blusa de lã por estar quente demais. Prendo meu cabelo com um elástico que costumo deixar guardado no bolso da calça, nem me preocupando muito se estava bagunçado ou arrumado, só queria tirar o excesso de fios de cima do meu pescoço. 

-*Riso* Nagisa, seu cabelo ficou todo desgrenhado no topo. – Shinji ri antes de se aproximar de mim e remover o elástico. 

-Não é como se eu me importasse com isso. – falo meio distraído enquanto tirava Sora do colo dele e agora o segurava apoiado no meu ombro. 

-Sabe que vão ficar te enchendo a paciência se ao menos não o deixar um pouco arrumado. – ele me diz antes de começar a arrumar meu monte de fios acinzentados. 

O modo como ele mexe na minha cabeça é tão suave que quase nem percebo a presença dos dedos dele. Depois de ficar quase dez minutos ajeitando meu cabelo ele finalmente solta tudo e ergue o celular dele para que eu pudesse ver pela câmera frontal como eu tinha ficado. 

Ele havia prendido tudo de forma que segundo os lilins, lembra um rabo de cavalo, o que além de afastar bem os fios de meu pescoço, me deixa um pouco mais “apresentável” segundo o que Soryu já chegou a me dizer antes. Shinji logo desliga o celular e indica para que saíssemos do quarto.  

Assim que trancamos a porta nós começamos a caminhar distraidamente pelos corredores, conversando distraidamente sobre nossa vida atual. Isso até que subitamente Kenji apareceu correndo na nossa frente, estando completamente ofegante e ao que parece um pouco assustado. 

-Kenji o que houve?! – Shinji pergunta preocupado enquanto nos aproximamos dele. 

-....Algo aconteceu com a Hana. – ele avisa quase sem ar. – Hikari encontrou ela desmaiada no jardim hoje de manhã. Precisamos que você venha o quanto antes Ikari! 

-Espera porque eu?! – ele pergunta completamente confuso, e eu também estou afinal não faz nenhum sentido. No máximo chamar meu irmão faria. 

-HIkari pediu a sua ajuda o quanto antes. Soryu e Ayanami estão fora da cidade com a Katsuragi, Makoto também saiu para ver nossos pais, e Kensuke foi com ele. Só sobrou você e o Nagisa para poder ajudar já que todos os adultos estão de folga hoje, e seu pai e a doutora Mari saíram para uma reunião com o governo japonês. – ele diz bastante apressado, antes de se apoiar na parede. – Não sou exatamente o mais atlético daqui nem Hikari então precisamos de ajuda para leva-la a enfermaria. 

-......e agora Nagisa? – Shinji me pergunta preocupado. 

-Melhor você ir, duvido que seria uma boa ideia deixar ela abandonada lá. – afirmo sério antes de verificar os corredores para ter certeza de que não havia mais ninguém que pudesse ajudar, e só para confirmar meu medo, não há um lilim sequer num raio de trezentos metros.  

-Tem certeza? – ele continua insistindo ainda preocupado. 

-Pode deixar que daqui falta pouca para a enfermaria, posso me virar até lá. – confirmo um pouco mais calmo. – Qualquer coisa sabe que te chamo. 

-.......certo, vou indo então. 

[Desenho]Depois de me dar um beijo curto na testa, Shinji sai correndo junto de Kenji, e em pouco tempo eu perco os dois de vista. Suspiro um pouco antes de finalmente retomar minha caminhada em direção a enfermaria, agora sozinho. Sora ronrona calmamente em meu colo, e fica esfregando a cabeça em meu peito também, como se fosse uma forma de conforto. 

Esse gato, desde sempre percebendo meus sentimentos sem eu nem mesmo falar em voz alta. Acho que ele percebeu que apesar de eu ter dito tudo aquilo para Shinji, ainda estou um pouco nervoso só de caminhar todo esse trecho sozinho. 

Mas acho que graças a esse pequeno animal nem mesmo senti muito esse tempo passar, afinal quando percebi já estava em frente a porta da enfermaria da doutora Akagi. Bati nela bem fraco afinal ela sempre está esperando perto da porta. Ou ao menos deveria. 

Não recebo nenhuma resposta mesmo repetindo o ato várias vezes, e quando tento chamar seu nome também não ouço nada. Abro a porta bastante nervoso e entro devagar no local mesmo sem ter sido autorizado. Olho em volta, porém não consigo ver nenhum sinal da doutora. 

Isso até eu sentir minha espinha gelar, quando vi que por detrás de uma das cortinas havia a sombra de alguém deitada nela. Ao olhar para baixo pude ver uma mão feminina pendida, parecendo quase sem vida. 

Foi a última coisa que vi, antes de sentir uma dor horrível na minha nuca. 

 

----------------------------------------------------S----------------------------------------------- 

Kenji e eu corríamos desesperados em direção ao jardim, não podíamos perder nem um segundo sequer agora. Não podia deixar Nagisa sozinho por muito tempo, e Hana não poderia ficar abandonada no jardim também. Depois que finalmente começamos a correr Kenji começou a me passar mais detalhes, inclusive que quando Hikari a encontrou, havia uma enorme poça de sangue por debaixo do corpo dela. 

No fim assim que Kenji concidentemente chegou no local, eles viram que haviam vários ferimentos nas costas dela que pareciam ter sido feitos com uma faca. As linhas telefônicas da base foram cortadas temporariamente então os dois não conseguiram chamar por socorro, sobrando para mim ajudar ela o quanto antes. 

Iriamos a levar até a enfermaria e ver se a Ritsuko-san conseguiria fazer algo, afinal Nagisa provavelmente já vai tê-la avisado de antemão. Pensava nisso quando finalmente chegamos no centro do jardim, bem onde Hikari nos aguardava desesperada, com Hana estando apoiada no colo dela. 

-Até que enfim chegou!! – ela grita desesperada. – A respiração dela está muito fraca, precisamos correr!!! 

-Kenji, me ajuda a colocar ela nas minhas costas!! – digo de forma mais neutra o possível, afinal não posso causar mais desespero ainda demonstrando minha insegurança. 

Ele me ajuda a acomodar Hana nas minhas costas, e depois disso eu seguro ambas as pernas dela nas laterais de meu corpo. Kenji fica segurando a cabeça dela pela nuca para evitar que ela escorregue de cima de mim. E assim que tivemos certeza que estava tudo bem, começamos a correr em direção a enfermaria. 

E durante todo o trajeto, Hikari tentava desesperada contatar sem sucesso, qualquer um dos adultos da Nerv, mas mesmo as ligações para a enfermaria caiam na hora. Esse dia realmente não poderia ficar ainda pior. 

Ou melhor assim pensei. 

Assim que chegamos à porta da enfermaria Hikari começou a bater desesperada tentando chamar pela doutora Ritsuko e Nagisa. Mas ninguém nos respondeu. 

Pude sentir meu coração começar a travar, um pavor horrível me tomando a mente, uma sensação de que algo estava muito errado. Peço para a representante abrir a porta mesmo assim e logo que ela o faz entramos correndo no local. 

Um grito entalou na minha garganta no mesmo instante. 

No chão Sora miava muito baixo, deitado numa poça do próprio sangue que escorria de suas quatro patas quebradas. Hikari soltou um grito absurdamente alto assim que viu a cena, e por pouco Kenji não acaba solta a cabeça de Hana. Olhei desesperado para os lados, mas não havia nenhum sinal da presença de Nagisa. 

Colocamos Hana numa das macas o quanto antes e começamos a gritar os nomes de Nagisa e da Ritsuko-san, mas não vinha nenhuma resposta. Hikari começou a discar no celular de novo desesperada, e eu só consegui cair sobre meus joelhos. 

Eu nem pensei duas vezes e corri até o pequeno Sora que continuava miando desesperado. Eu o peguei no colo sem nem me importar com todo o sangue, e o acomodei da melhor forma que pude. O coitado mia como se estivesse com muita dor, e me olhava quase que me pedindo para parar com todo aquele sofrimento. 

Não não NÃO. 

POR FAVOR DE NOVO NÃO! 

Minha mente já se enchia de pensamentos ruins, todos os tipos de ideias do que poderia estar acontecendo com ele para ficar desse jeito. Tudo que podia ter acontecido com o Nagisa. 

Ele sabia que algo ia acontecer. 

Eu devia ter sido mais insistente em não deixa-lo. 

Por favor, que ao menos nada ainda tenha acontecido. 

Foi então que meus pensamentos foram interrompidos por uma tosse vindo dos fundos da enfermaria. Nós três olhamos em direção a uma maca que estava coberta por uma cortina, e corremos até lá. E assim que afastamos os tecidos levamos um susto. 

Ritsuko-san estava deitada na maca completamente jogada, como se alguém a tivesse posto de qualquer jeito sobre o colchão. Parecia ainda estar acordando depois de ter sido nocauteada, e de longe eu podia ver que havia um hematoma na base de sua nuca. Alguém a deve ter nocauteado num golpe só, então nem deve ter dado tempo de ela resistir. 

-Doutora acorda por favor!!! – Hikari grita desesperada enquanto balança o ombro dela de forma agitada – DOUTORA POR FAVOR!! 

Ritsuko-san finalmente começa a dar mais sinais de reação, e depois de a representante gritar mais algumas vezes, ela tosse forte de novo e consegue abrir os olhos muito devagar. Aliviada, HIkari finalmente para de se agitar tanto e tenta falar algo, mas nada sai, como se tivesse perdido a fala. 

-O que houve? – a doutora pergunta bem fraca. 

-Alguém atacou a Hana! – Kenji diz desesperado enquanto aponta para a maca em que a deixamos. 

-E agora achamos o Sora ferido no chão. – eu digo completamente nervoso e travado enquanto a mostro o coitado todo machucado em meus braços. 

Na hora a doutora pula da maca sem nem pensar duas vezes, tirando o pequeno Sora de meu colo desesperada. Era como se o instinto protetor que ela tem com relação a gatos tivesse recobrado a sua energia. Ela aparenta ter ficado um pouco tonta, mas logo finalmente consegue se recompor quase que totalmente. 

-Ai.....o que aconteceu aqui. – ela olha espantava ao notar que Hana estava toda ensanguentada na maca. 

-Nós não sabemos, a encontramos abandonada no jardim e nem sabemos que fez isso! Precisa ajudar ela logo doutora!! – Hikari grita ainda mais desesperada. 

-Farei o melhor possível, mas temos mais um problema. – ela diz antes de deixar Sora sobre uma maca ao lado da de Hana. – Onde está o Nagisa? 

-......não sabemos. – digo completamente nervoso antes de cerrar meus punhos. – Tive que...deixar ele sozinho para ajudar a buscar a Hana e....não sei o que houve depois, quando chegamos aqui Sora já estava assim... 

-Porcaria. – ela diz por entre os dentes antes de pegar o aparelho celular do bolso. 

-Doutora as linhas telefônicas não funcionam. – Kenji avisa preocupado. 

-As normais. Tenho uma linha de emergência que posso usar para contatar o comandante. – ela diz antes de começar a discar alguns números. – Hikari preciso da sua ajuda, você chegou a fazer um curso de primeiros socorros certo? 

-S-s-s-sim! – a representante diz bastante nervosa. 

-Ótimo, preciso que tome conta das feridas da Hana enquanto tento contatar o comandante Ikari. Shinji você faz os curativos do Sora por hora. Ninguém sai dessa sala até descobrirmos o que aconteceu. – a doutora diz de forma séria antes de voltar sua atenção para seu telefone. 

-Mas e o Nagisa?!! – grito desesperado. 

-Não podemos fazer nada sem saber a onde ele está, por hora por favor coopere e não saia daqui. – ela diz muito séria enquanto me lança um olhar bastante severo, como se não quisesse que mais nada de ruim acontecesse.  - Se você sair agora só irá atrapalhar.

Só consigo olhar para o coitado do Sora esparramado no colchão da maca, ainda tremendo de dor e miando sem parar. Abaixo meu olhar me sentindo completamente impotente, novamente sem ser capaz de fazer nada para ajudar. 

-Nagisa, esteja bem por favor.  

 

------------------------------------------------N-------------------------------------------------- 

 

Sinto uma dor horrível na nuca, e com um pouco de esforço eu tento erguer minhas mãos. Porém no instante que tentei fazer isso senti algo impedindo meus movimentos. Abri meus olhos com muita dificuldade e depois finalmente conseguir começar a distinguir o ambiente a minha volta tomo um enorme susto. 

Olho para todos os lados e vejo as bancadas de madeira e bancos que eu reconhecia como sendo de nossa escola. Um cheiro característico de vários elementos químicos cobre o ar de um modo nauseante, e a pouca luz que havia no local predominava da janela. 

Continuo confuso por um tempo ate finalmente entender em que sala eu estava. Nesse mesmo instante um mar de memórias daquela semana me dominaram completamente a cabeça. 

Afastei todas elas o máximo que pude, mas ainda eram nítidas demais mesmo que meses ja tenham se passado. Olhei para os lados desesperado, porém so via bancadas e mais bancadas. Tentei me acalmar de novo porém no máximo consegui ao menos tentar focar um pouco em como vim parar aqui. 

Tentei ao menos me por de pé, mas nem mesmo conseguia mover minhas mãos direito, e só depois de tentar forçar isso é que percebo que estava amarrado. Olho de novo para a janela e noto que já estava começando a escurecer, o que significa que passei quase o dia inteiro desmaiado. 

-Ora ora, a putinha finalmente acordou. – ouço uma voz nojenta vindo de trás de mim. 

Movo apenas um pouco a minha cabeça e me deparo com Kuro estando sentado em uma das bancadas, me olhando de uma forma nojenta e sugestiva até demais. Em suas mãos havia o que parecia ser uma arma de fogo de porte pequeno, ao qual eu nem conseguia reconhecer o calibre já que não entendo nada sobre isso. A arma negra parecia ser nova e aparentemente estava carregada. 

-Gostou da hospitalidade? – ele pergunta antes de se levantar da bancada e começar a caminhar na minha direção. 

-Nem morto iria. – digo completamente enojado antes de tentar forçar as cordas de novo sem sucesso. 

-Haaa. Que chato. Desde que ficou sob a proteção daquele seu cavaleiro de armadura enferrujada ficou chato brincar com você. – ele reclama de uma forma irritantemente infantil antes de parar de caminhar. 

Ele se agacha bem na minha frente e segura a força meu rosto, me fazendo olhar para seus olhos mesmo que eu queira mais é queima-lo vivo. Ele sorri de uma forma sádica enquanto ergue a arma em sua mão, a apoiando bem na minha testa. 

-Hm....não se assustou nem um pouco. Tem ao menos noção do que estou fazendo puta? – ele pergunta meio entediado. 

-Sei muito bem. – respondo antes de cuspir na cara dele. – Mas não vai ser você que vai me fazer temer algo tão ridículo quanto uma arma. 

-Hora até que enfim a gazela decidiu tomar atitude!!! – ele grita antes de me agarrar pelo cabelo e depois amassar minha cara contra o chão de madeira. – Pena que isso vai lhe custar caaaaaaaaaro putinha. – ele diz agora meio sombrio antes de voltar a apontar a arma, só que agora na minha nuca. 

-Caro vai ser o que você vai pagar!! – grito enquanto tento mexer as pernas, mas percebo que elas tinham sido acorrentadas a uma das bancadas. 

-Ih acho que não. – ele diz antes de tirar a arma de cima de mim. 

Ele então ergue meu rosto de novo e fica me encarando de uma forma maníaca, enquanto lentamente movia a sua arma. Senti minha espinha gelar ao perceber que ele tinha apoiado a pistola bem na minha barriga. 

-Posso pagar tão caro quanto queira, mas o maior preço virá de você HYAHAHAHAHAHA. – ele ri enlouquecidamente enquanto me encara.  

-Porque...PORQUE TANTA INSISTENCIA COMIGO?!! – pergunto nervoso enquanto tento me livrar das cordas. Nesse ritmo serei obrigado a liberar meu campo A.T. – Porque eu?!! PORQUE NÃO ME DEIXA EM PAZ?!! 

-Tsc tsc. E pra que iria? – ele diz agora num tom mais suave, o que de certa forma me enoja. – Pode não aparentar mas as pequenas diversões que tive com você me agradavam, fazia tempo que não catava uma puta tão obediente hihi. Pior que nem arranjei uma substituta... a única disponível era tão ruim. 

-Nojento. – sinto meus nervos quase explodirem ao entender muito bem a onde ele queria chegar. – Porque faz isso?!! Qual o sentido em me atacar e fazer o mesmo com a Hana?!!! 

-Oras, um ser como você que é artificial jamais entenderia putinha. – ele diz antes de me apertar a mandíbula com sua mão. – O sofrimento humano é algo completamente único, e a emoção mais prazerosa que se é capaz de presenciar. Todos os gritos, olhares de repudio que recebo, as melhores coisas que poderia ter. E de você recebi os melhores da vida. Até por isso descartei aquela inútil da qual nem vale a pena mencionar nomes. A essa altura ela deve ter morrido. 

Sinto meu núcleo começar a ficar pesado assim que começo a raciocinar, Hana estando ferida e abandonada no jardim. Ele que causou tudo isso, foi tudo planejado. Tudo para algo tão nojento e repugnante. E agora mais alguém foi envolvido nisso sem que eu sequer pudesse fazer nada para impedir. Não quero nem pensar como meu irmão vai reagir quando descobrir o que aconteceu, justo agora que ele estava começando a gostar de uma lilim isso acontece.

-Seu merda. Porque fazer isso com alguém que nem sequer tinha nada com tudo isso?!!!! – grito nervoso enquanto tento remover as correntes. - VAI PRO INFERNO SEU DEMÔNIO!!!!!!

-Porque empecilhos devem ser eliminados um a um. – ele diz antes de eu escutar ele começar a puxar o gatilho da arma. – E agora irei eliminar o próximo. 

Não consegui pensar em mais nada. 

Eu simplesmente liberei parte do meu campo A.T. e destrocei as correntes que me prendiam. Chutei Kuro sem dó nenhum, o fazendo voar até o outro lado da sala. Usei a pouca mobilidade que tinha para conseguir finalmente me por de pé, e forcei as cordas do meu braço até romperem. 

Olhei na direção de Kuro e percebi que ele já estava se recuperando do chute que dei. Olhei para os lados e avistei uma barra de ferro maciça apoiada na banca um pouco atrás de mim. A peguei sem nem questionar como aquilo tinha vindo parar neste local. 

Olhei para a peste novamente e vi que já estava voltando sua atenção para mim. Ele rapidamente ergue a arma e atira na minha direção. Tudo não durou mais do que milésimos de segundos, mas fora o suficiente para eu reagir. 

Observei a trajetória da bala e utilizei a barra de metal para me proteger do projetil. A pequena bala ficou encravada na estrutura em minhas mãos, ao qual eu propositalmente havia embebido com meu campo A.T. para facilitar minha proteção.  

-O que?!!! COMO FEZ ISSO?!!! - ele pergunta completamente nervoso. 

-Isso não te interessa. - respondo friamente antes de bater a barra numa das bancadas para remover o projetil dela. A bala caiu fazendo pequenos estalos no chão. 

-Seu monstro!!!! - ele grita apavorado. 

-Oras, eu? Pelo que eu saiba o monstro aqui é você Kuro. Pode me dizer o que bem entender, ao menos eu respeito a vida dos outros e não saio estuprando qualquer um que encontro!!!!! - revido sério antes de ficar fazendo malabarismos com a barra só para irritar ele. 

Ele começa a atirar diversas vezes seguidas, e em todas eu consigo impedir que as balas me atinjam, deixando todas elas presas na barra  de ferro. No instante seguinte ele já recarregava a arma e voltava a atirar, e eu continuava me defendendo sem precisar fazer muito esforço. 

Isso até eu começar a sentir uma dor aguda na região da barriga. Acabei me ajoelhando no chão por conta disso, e por pouco não fui atingido por um dos tiros.  

Essa sensação, parece que em algo tentando forçar a sua saída de dentro de mim, machucando não só minha barriga, mas também toda a região inferior de meu tronco. 

-Não agora não. - digo quase sem forças enquanto tento me por de pé de novo, aproveitando que pelo visto Kuro ficou sem cartuchos. 

-Ora ora, pelo visto a filha da putinha decidiu nascer agora. - ele diz como se estivesse completamente interessado no que acontecia agora. Seu corpo se move na minha direção de forma vagarosa e um instinto assassino me toma conta apenas de ver isso. 

-Se afaste. - falo nervoso enquanto tento me afastar dele, mas a dor está começando a ficar quase insuportável. 

-Huhuhu, acho que tive mais uma ideia interessante. - ele fala num tom tão asco que sinto que vou vomitar. - Pelo visto nem vai conseguir se mover por conta da dor então.....vou deixar ela nascer... - ele continua a falar enquanto para de caminhar na minha frente e agarra minha mandíbula. - E depois...a matarei na sua frente. 

Senti minha espinha gelar ao notar a intenção dele. 

Só por cima de meu cadáver. 

Não deixarei de jeito nenhum que isso aconteça. 

Olho para os lados desesperado e noto que já estava escurecendo, e nesse ritmo ficará cada vez mais difícil para me acharem. Meu corpo não corresponde direito aos meus movimentos, e mesmo que eu queira não posso a impedir de nascer agora. 

Preciso fazer algo o quanto antes, e talvez esse seja o único recurso que eu tenha antes de ser forçado a revelar minha identidade. 

Com o pouco de força que tenho eu libero parte do meu campo A.T. 

Agora só posso torcer para que Shinji consiga me encontrar a tempo. 

Antes que nossa filha nasça já sofrendo.


Notas Finais


É TRETAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA \ :v /
Sim Kuro finalmente está mostrando sua crueldade de novo, (e-e)
E a coisa só tende a ficar tensa no proximo cap (e.e)
Preparem as unhas pq elas vão ser bem roidas hehehehe (e---e)

Enfim vejo vocês semana que vem sem falta :3
Até os comentários o/


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