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História The btch girl next door - Capítulo I


Escrita por: Soier

Notas do Autor


Hello pessoas :D

Então, alguns esclarecimentos dessa fic: Cada capítulo vai começar com um trecho de livro, poema, texto de blog, etc, que tenha a ver com o capítulo (igual em Perfect que cada cap era uma música)

O skydragon está pregado no meu ser, a cada fic hétero que eu imagino o casal que me vem a mente é skydragon (ou topdara), enfim.

Espero que gostem, de coração

PS. fiz essa capa, não me julguem se estiver ruim, estou começando nessa vida

Capítulo 1 - Capítulo I


Fanfic / Fanfiction The btch girl next door - Capítulo I

“Mas quem desejaria perturbar uma menina tão radiosa? Por acaso já mencionei que seu braço nu trazia a marca em oito da vacina? Que eu a amava perdidamente? Que ela só tinha quatorze anos?[...]

‎Eu te amei. Era um monstruoso pentápode, mas como te amava. Era desprezível, brutal, torpe – tudo isso e muito mais, mais je t’aimais, je t’aimai! E houve momentos em que sabia como você se sentia, e era um inferno sabê-lo, minha menina querida.”

-Lolita

 

–JiYong. – a voz da garota cortou o silêncio. Quase de imediato um par de olhos se virou para a direção do rosto pálido e redondo da garota deitada sobre o gramado.

–Sim? – a voz, mesmo que sussurrada pareceu alta demais para o momento. O garoto JiYong voltou a encarar o céu enquanto esperava Chaerin voltar a falar. Ele adorava ouvi-la, ela sempre parecia muito mais inteligente, muito mais madura que ele, apesar de ser mais velho.

–A dona Rosa beija outro homem que não o próprio marido. – JiYong pressionou os lábios ao ouvir a voz de Chaerin – Vi isso no outro dia... Por que será que as pessoas fazem isso?

–Vai saber... Às vezes, bem... Beijar outras pessoas deve ser bom. – Chaerin riu com a resposta do amigo. JiYong sentiu o rosto esquentar e cobriu os olhos com as mãos.

–Como você sabe? Já beijou alguém? ­– Chaerin se remexeu no chão ficando de bruços encarando o rosto inocente de JiYong. Quando a resposta não veio Chaerin sorriu – Já sabia que não.

–E você já? – JiYong olhou para o rosto iluminado de Chaerin que fazia um bico com os lábios e erguia os ombros. – Mentira! Com quem?

–Sabe o garoto que mora na casa 13 da sua rua? – os olhos de JiYong se arregalaram.

–Mas ele tem quinze anos... E você só dez!

–E daí? Você tem treze, são apenas números. – novamente o silêncio se instalou entre os amigos, desta vez por longos minutos. Viram a luz se acender dentro da casa e se apagar logo depois – Quer tentar? – JiYong encarou a mais nova com um olhar curioso e então viu que ela se esticava rastejando de forma demasiado provocativa pelo gramado do jardim.

–O-o que? – gaguejou quando viu o rosto da amiga perto de mais, pensou que se erguesse a cabeça um milímetro sua testa encostaria a dela e a respiração fria de Chaerin contra seu rosto não colaborava em nada para que ele pensasse com clareza. Até que então assentiu fechando os olhos.

JiYong era maduro o suficiente para compreender o que um beijo significava, maduro o suficiente para compreender o que os lábios macios de Chaerin abraçando os seus significava e principalmente para se sentir constrangido pelas sensações que a língua macia e pequena da amiga provocavam em seu corpo.

Chaerin, apesar da pouca idade tinha uma longa bagagem de experiência. Era curiosa e não sabia conviver com a dúvida. Sempre ia atrás de suas respostas, sejam elas quais fossem. E, tendo apenas dez anos, já era extremamente criticada pelas senhoras de sua pequena cidade. “Pacto com o demo essa ai tem”, “Essa garota já nasceu perdida, não tem nenhum costume”, “Onde já se viu uma garota atrevida desse tanto?”, “Boca suja, boca suja, Chaerin deveria ir para um convento para tomar jeito”. Essas frases a acompanhavam por onde quer que fosse e odiava. Claro que não deixava barato, claro que não “Claro dona Han, vou chamar o capeta em pessoa para ensinar a senhora a cuidar da própria vida”. Aquela cidade não estava pronta para o furacão Chaerin Lee, e ela sabia disso.

–O que achou? Acha que as pessoas fazem porque é bom? – perguntou Chaerin se assentando.

–Sim.

 

JiYong detestava estar no último ano do colégio, detestava todas as provas, todos os trabalhos e toda a pressão de ser o melhor e entrar na melhor faculdade. Ele tinha apenas dezessete anos, como queriam que ele soubesse o que era bom para a vida dele? Como queriam que ele passasse horas e horas trancado dentro de um quarto com a cara enfiada dentro de um livro para entender sobre coisas as quais dentro de pouco tempo não fariam o menor sentido?

Mas continuava ali, olhando o modelo orgânico tentando entender a lógica do “met, et, prop, but”, que pouco lhe diziam. Então ouviu a janela de seu quarto se abrindo. Quase caiu da cadeira, mas se recompôs. Sua janela ficava no segundo andar e alguém tinha conseguido abri-la pelo lado de fora e entrado com uma facilidade invejável.

–Você quase me matou do coração – ele fechou o livro e se virou para Chaerin.

–Não se acostumou ainda? – ela sorriu se assentando na cama do amigo – Estou entediada...

–Deveria estar estudando para os exames de fim de ano – Chaerin revirou os olhos e se recostou na cama dando tapinhas no colchão chamando-o para acompanhá-la.

–Estava pulando muros, isso não tem graça mais há algum tempo. Vi Pansy transando com Mark do terceiro ano, vi Fred bebendo escondido na casa da árvore e vi dona Rosa com o amante. Nada diferente, nada novo, estou ficando cansada.

– Você deveria parar de bisbilhotar por ai, as pessoas não param de falar de você...

–Que falem. – Chaerin recostou a cabeça nas pernas de JiYong e começou a mexer nos lábios com a ponta dos dedos. Era como se o provocasse de propósito, toda vez que puxava um pouco o lábio era uma batida no peito de JiYong que pulava. Ele desviou o olhar e pigarreou tentando afastar o constrangimento. –Estava pensando em várias coisas, JiYongie.

–Como... – ele voltou a encará-la. Toda vez que fazia aquilo sentia que precisava analisar e decorar cada pedacinho naquele rosto, como se fosse a última vez. Encarou os olhos levemente vesgos, o nariz arrebitado e arredondado, os lábios carnudos e sedutores e a pinta do lado esquerdo que ele tanto amava. Chaerin, ao seu ver, era uma perfeita combinação de beleza e aventura que causavam em seu coração uma bela explosão atômica.

 –Você nunca saí comigo para minhas aventuras, tem vergonha de mim? – ela passou a mão pelo joelho de JiYong se encolhendo como uma gata manhosa.

–Vergonha de você? Só se eu estivesse completamente maluco. – riu passando a mão pelos cabelos loiros e sedosos.

–Então me acompanhe. – um brilho desafiador passou pelos olhos da garota que num instante mudara de postura – Por favor!

–Eu tenho... – JiYong olhou para os livros sobre a pequena mesa de seu quarto e então voltou o olhar para Chaerin e seu sorriso.

Uma garota de quatorze anos poderia ser tão atraente assim? Droga! JiYong estava louco só de pensar em poder ficar sozinho com Chaerin por alguns instantes e nem mesmo a diferença de idade dos dois interferia nisso. Ela era a única parte realmente boa de morar naquela cidade. Ela era a única capaz de promover um agito, mesmo que mínimo, naquela cidade minúscula.

Concordou sem nem menos mudar a respiração entre as frases e logo foi convencido a pular pela janela para saírem. A primeira parada foi a casa de dona Rosa – Chaerin sempre teve uma curiosidade especial naquela mulher, nunca passava um dia sem entrar nos portões da casa branca no fim da rua e ficar bisbilhotando o que a velha fazia – entraram pelo jardim de trás e olharam pela janela da cozinha, como em qualquer dia normal a família estava reunida na mesa do jantar, os dois filhos sentados um de frente para o outro, Rosa em uma ponta e o marido na outra. A criança mais nova não se parecia em nada com nenhum dos dois, pelo contrário, seus cabelos loiros e feições ovais pareciam em demasia com a do vizinho do lado. Mas isso era assunto proibido na cidade.

–Sabe, admiro dona Rosa – disse Chaerin em voz baixa – ela faz o que quer, vive plenamente e ainda há quem a ame...

–Sempre haverá uma pessoa que te ame – JiYong disse sem nem mesmo pensar, mas isso fez um sorriso brotar no rosto de Chaerin.

–Espero que sim...

Ao saírem da propriedade deram um giro pela cidade. Passaram em mais algumas casas, assustaram casais de namorados que se engoliam dentro do bosque que circulava a cidade e se vingaram de uma garota que chamara Chaerin de vadia na escola mais cedo. A loura fez questão de enviar ao pai de Luna fotos comprometedoras da filha escrito “vejamos quem é a vadia agora”

–Ela vai saber que foi você.

–Isso não vai fazer diferença alguma amanhã.

E realmente não fez, já que o pai de Luna a mandara para um colégio interno para garotas, os boatos que correram pela cidade naquela noite era que a garota apanhou tanto que provavelmente não fosse fazer nem falar nada mais.

JiYong não se lembrava de ter se divertido tanto quanto naquela noite, mas sua alegria foi momentânea, já que no dia seuinte Chaerin contara a ele que estava de mudança e que provavelmente não voltaria tão cedo. Tinham apenas mais uma semana.

Fizeram daquela semana a mais próxima de suas vidas, JiYong sentia como se tivesse nascido novamente. Chaerin o fizera ver um mundo com o qual não estava acostumado. Invadiam casas, iam à colina, observavam o pôr do sol juntos e passavam maior parte do tempo apenas suprindo antecipadamente a falta um do outro.

Mas foi no sábado que tudo mudou completamente para JiYong. Eles estavam no alto da colina, lugar que nenhum cidadão de bem iria, principalmente àquela hora da noite, já que era conhecida por ser um point de encontro entre usuários de drogas. Faltava apenas um dia para Chaerin partir e JiYong não estava se aguentando de saudades.

Ele observava a garota no auge de sua puberdade com o rosto arredondado, seios quase desenvolvidos e barriga levemente pontuda, para ele Chaerin era tudo o de melhor no mundo unidos em uma única só pessoa.

–Você vai partir amanhã – começou lentamente tentando encobrir suas reais intenções.

–Tenho um calendário em casa, JiYong – Chaerin passou os braços por debaixo da cabeça e sorriu com ironia.

–Posso terminar? – ele deitou de lado para poder ver Chaerin um pouco melhor, permitiu-se passar umas das mechas do cabelo pintado de mel para trás para poder ver o rosto perfeitamente –Quero que me prometa.

–O que? – ela sorriu colocando-se de bruços com as mãos sob o queixo.

–Nunca vai deixar de me amar. – Chaerin não esperava por aquilo, e deixou transparecer, já que seus olhos amendoados se arregalaram e um sorriso mínimo se formou nos lábios.

–Eu prometo – ela esticou o dedo mínimo para que ele o entrelaçasse.

–Posso pedir mais uma coisa?

–O que?

–Seja minha nessa noite. – disparou as palavras sem o menor pudor, sem nem mesmo hesitar. JiYong já era um homem e Chaerin seu primeiro amor, precisava dela ardentemente, nem que apenas por uma noite por toda sua vida.


Notas Finais


Então é isso o primeiro capítulo, o que vocês acharam?

Muito obrigada quem leu até sexta que vem ♥.♥


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