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História The btch girl next door - Capítulo IV


Escrita por: Soier

Notas do Autor


Geeente primeiramente quero me desculpar por não ter postado domingo passado, mas eu passei mal e fui parar no hospital, mas não era nada de mais, é só uma amigdalite e já estou tratando com antibióticos.

Quero me desculpar também pelos erros de digitação dos capítulos anteriores, tenho postado sem revisar e isso é um erro da minha parte, então qualquer coisa que encontrarem, por favor, me falem para que eu possa corrigir.

AAAAAAAAAAAAAH Sabe as tretas? Então, nada a declarar!

Boa leitura

Capítulo 4 - Capítulo IV


Fanfic / Fanfiction The btch girl next door - Capítulo IV

“Eu acredito em grandes amores, porque já tive um.

Eu tive esse amor que tudo consome. O amor do tipo ‘eu não posso acreditar que isto existe no mundo físico’. O tipo de amor que irrompe como um incêndio incontrolável e então se torna uma brasa que queima em silêncio, confortavelmente, durante anos. O tipo de amor que escreve romances e sinfonias. O tipo de amor que ensina mais do que tu pensaste que poderias aprender, e dá de volta infinitamente mais que recebe.”

–Nem sempre ficamos com os amores das nossas vidas. (Já foste)*

Quando Chaerin partiu foi como se uma enorme fenda se abrisse no peito de JiYong, o garoto de dezessete anos sabia melhor que qualquer um o que o amor queria dizer, sabia como era ter o amor de sua vida nos braços em um dia e no outro não ter nada além da saudade. JiYong tentou ser forte, tentou superar por mais tempo que achou que conseguiria, chorou, gritou, bateu, se culpou até que um dia acordou com o peito aliviado.

Fácil assim. Como se sua alma finalmente tivesse se conformado com a partida e ele pudesse voltar a respirar conforme a necessidade da sobrevivência. Seus amigos até mesmo estranharam quando ele chegou na sala de aula na manhã da quinta-feira com o semblante calmo e até mesmo riu de uma das tão famosas piadas de Breno.

Choi Seunghyun, quem sempre fora o mais próximo dentre os amigos, foi o primeiro a se pronunciar e perguntar o que estava acontecendo. A resposta não poderia ser mais honesta que a que JiYong deu: “Não faço ideia”.

Era exatamente como ele estava naquele minuto. Porém, ao invés da paz e tranquilidade no peito, ele era um vulcão em erupção. Não fazia ideia do que estava acontecendo, mas ainda sim estava temeroso.

E deixar Kiko sozinha na loja de eletrodomésticos não ajudou em nada, já que ela não parava de ligar e mandar mensagens nada agradáveis para ele. Ele tentava ignorar a maioria delas até que a porta de seu apartamento começou a ser esmurrada e ele não precisou nem mesmo caminhar para abrir, já que Kiko sabia que ele nunca trancava e acabou entrando com o demônio nos olhos.

JiYong teve certeza que iria morrer no momento em que ela caminhou até ele no sofá com as mãos na cintura e os cabelos curtos batendo nas bochechas. Ela abriu a boca, mas ao invés de gritar, xingar, reclamar, esmurrar JiYong ela apenas riu. Riu com raiva, dessas risadas que precedem uma morte lenta e dolorosa, que arrepia todos os pelos do corpo.

–Não preciso falar nada, sua cara já te entrega. – ela disse tentando conter a raiva.

–Me entrega?

–Você saiu com uma vadia qualquer e nem mesmo lembrou que tinha deixado a porra da sua noiva sozinha!

–Não estava com uma vadia qualquer. – disse num tom baixo e desanimado.

–ENTÃO ESTAVA COM UMA VADIA!

–O... Ah Kiko, já me cansei! Eu fiz errado, fiz, mas daí você começar a agir assim...

–Você me largou sozinha, animada... Você... – ela, antes de terminar de falar começou a chorar compulsivamente. Sem saber o que fazer, JiYong se levantou do sofá e a abraçou.

–Me desculpe, eu passei mal e... Não pensei direito, eu juro que vou compensar isso. – Nem mesmo suas palavras acalmaram o choro da noiva, mas ela o abraçou de volta e o beijou.

–Você tem que jurar, JiYong, você tem que jurar. – disse em meio a soluços olhando para o noivo – Que não estava com ninguém.

–Eu não estava com ninguém, Kiko, eu juro. – meio sem jeito, o pobre homem afagou os cabelos da mulher em seus braços até que ela se acalmasse por completo.

Sem nem saber como, eles já estavam bem de novo, do nada. Kiko topara ficar deitada no sofá aproveitando apenas a presença do noivo, assistindo a um filme hollywoodiano ruim bebendo cervejas fortes, estavam muito bem acomodados.

Kiko se virou no grande sofá para poder encarar o rosto de JiYong, e assim ficou até que o noivo perguntasse o motivo dela estar o encarando tão intensamente.

–Você me ama? – a voz de Kiko soara doce e envolvente como uma armadilha de um caçador experiente.

–Amo – JiYong não se atreveu a demorar a responder e retornar para o estado de agitação de momentos antes.

–Independente de qualquer coisa ou qualquer um?

–Por que? – JiYong a encarou curioso mas ela revirou os olhos.

–Apenas me responda.

–Ah... amo.

 

Chaerin, após deixar Sonny no apartamento, decidiu andar pela cidade para reconhecê-la, ou apenas ter o que fazer. À medida que andava reconhecia os pontos que tanto fizeram parte de sua infância, mesmo que diferentes eram iguais, mesmo que alterados possuíam a mesma essência de antes.

A mulher amava caminhar, se dependesse dela carros e outros transportes só existiriam para viagens a longa distância. Em uma das muitas teorias sobre a vida que criara, andar a pé tornava as pessoas menos insuportáveis. A vista, a independência e a tranquilidade que se movimentar traziam eram impagáveis.

E Chaerin caminhou a manhã inteira, a tarde inteira e quando estava perto do pôr do sol de direcionou para o lugar em que ela mais gostava daquela cidade. A colina. Durante todos esses anos de loucuras que Chaerin viveu, adiquiriu alguns hábitos que sabia que deveria deixar de lado e fumar era um deles. Não saía de casa sem ter certeza de que possuía um maço e um isqueiro em seu bolso.

Acendeu um dos pequenos cilindros brancos enquanto caminhava calmamente até o topo da colina mais alta, se tinha uma coisa que Chaerin nunca se esquecera era da vista que aquele lugar tinha de toda a cidade, também de todas as memórias que construíra naquele lugar.

Fumando caminhou tentando se lembrar de alguns espaços, e viu uma figura magra assentada não muito distante, assim que ela se assentou no chão o homem se levantou com as mãos nos bolsos e saiu, Chaerin não deu muita importância, queria aproveitar os momentos de silêncio exterior, queria descansar, queria se lembrar, queria não odiar estar ali. Não pelos motivos que estava, não por uma necessidade tão ruim.

O cigarro novo entre seus dedos a fez pensar na última vez que ela estivera ali, os seus quatorze loucos anos de idade a fez ter uma noite de amor ali mesmo na clareira. Riu quando se lembrou do momento, era tão inexperiente, tão jovem, conhecia tão pouco a cerca do próprio corpo e do ato sexual que chegava ser cômico.

“–Você vai partir amanhã.

–Tenho um calendário em casa, JiYong

–Posso terminar? Quero que me prometa.

–O que?

–Nunca vai deixar de me amar.

–Eu prometo”**

Chaerin suspirou. Era tão nova, não fazia ideia do valor de uma promessa, não tinha noção do poder que as palavras tinham. Sentia-se mentirosa todas as vezes que se lembrava desse momento de sua vida. Todas as vezes que se lembrava que tivera a oportunidade de voltar para sua cidade natal com os pais e não o fizera. Sentia-se vazia quando se lembrava que cruzara os dedos em forma de selar a promessa que nunca cumpriu.

Não que nunca tivesse amado JiYong o amou demais, muito mesmo. Sentia que havia um fogo em seu peito queimando intensamente durante toda sua adolescência, mas sentia como se nunca fosse capaz de se manter pura e quieta esperando até o dia em que eles se reencontrassem. Durante vários anos ela pensara nele, e então se formou no colégio e começou a viver a própria vida, sem ser capaz de prender-se ao passado. Ela sempre fora um espírito livre, e aquela cidade tinha cara de gaiola. E liberdade não combina em nada com gaiolas.

Só de pensar na possibilidade de encontrá-lo novamente seu estomago se revirava, não sabia o que faria. Talvez ele nem mesmo se lembrasse das palavras, dos momentos, da promessa.

Chaerin se levantou espanando todos os pensamentos da cabeça e pegou o telefone do bolso.

–Minji – disse expelindo fumaça após ser atendida – Você está ocupada?

–Oi Chae! Não, não estou, acabei de chegar em casa, na verdade.

–Podemos sair? Ir a um bar ou coisa parecida...

–Claro, onde você quer ir?

–Em qualquer lugar.

 

Choi SeungHyun estava cansado, sua garrafa favorita de vinho tinha acabado e ainda não estava bêbado para poder dormir. Mesmo assim saiu de casa para comprar algo para beber. Muitas frustrações de sua vida o fizeram não conseguir dormir sem que houvesse um incentivo alcoólico.

Não ficara muito na companhia dos amigos, pois detestava não ter seus momentos a sós detestava saber que estava cercado de pessoas que sabiam de seu segredo e fingiam que nada acontecia, detestava estar junto a Daesung em uma sala. Detestava estar bêbado e se lembrar de Sandara. Detestava tudo em sua vida.

E ainda havia Chaerin, JiYong e Kiko, que mesmo ainda não sendo problema seu sentia que deveria fazer algo a respeito para que pelo menos parte das coisas loucas de sua vida voltasse aos trilhos. Fora o primeiro a se pronunciar sobre o que poderiam fazer para evitar que o casamento não fosse a diante, e todos sabiam que era por vingança. Não de JiYong, mas de Kiko, que fora o pivô para que todas as coisas desandassem em sua vida.

Seung procurava não pensar em Kiko e nas coisas que ela fizera a ele. Ainda mais agora que começava a se reerguer, pelo menos na área profissional. O homem alto pegou duas garrafas na adega da loja e se dirigiu ao caixa.

Preferiu chegar em casa para abri-las e poder embriagar-se para dormir, então caminhou os dois quarteirões e meio o mais depressa que conseguia. E assim que meteu as chaves na porta de seu apartamento suspirou de alivio. Não gostava de dizer que era alcoólatra, isso o assustava demais, mas no fundo de seu peito ele sabia que era aquela a realidade e que deveria procurar ajuda, mas na atual conjuntura a única coisa que o deixava feliz era beber e se livrar de mais uma coisa que lhe fazia bem lhe parecia péssimo.

Não teve tempo de chegar na cozinha, já que assim que abriu a porta seu olhar foi direcionado para o sofá, não para o sofá pura a simplesmente, mas para a figura nele assentada, ambos pareciam surpresos dentro se seus próprios motivos.

Os olhos de Seung passearam pelas roupas brancas que caiam bem na mulher. A calça branca ia até pouco abaixo do meio das canelas, a blusa branca tinha detalhes de tricô nas mangas e uma jaqueta também branca repousava sobre o couro negro do sofá. O rosto delicado parecia cansado e os cabelos presos pareciam precisar serem lavados.

Todos os pensamentos sobre a vida do amigo e o possível não casamento sumiram em questão de segundos e novos surgiram em torno da razão dela estar ali, porém nada foi externado por ele.

–Eu... – a voz doce de Sandara encheu o silêncio da sala – Eu estava esvaziando meu escaninho no hospital e encontrei suas chaves... Bem, vim devolver, mas você não estava.

Como um idiota SeungHyun não conseguiu dizer nada nos quinze segundos seguintes, sua cabeça tentava processar o que estava acontecendo, e relacionar a fala da mulher a um sentido. Aquele era um péssimo momento para não estar sóbrio.

–Por que estava esvaziando seu escaninho? – Sandara se levantou com o rosto confuso, talvez tenha sido uma ideia estúpida ter ido a casa de SeungHyun depois de tanto tempo.

–Só vim devolver as chaves, SeungHyun. – ela agitou as peças metálicas nos dedos e começou a caminhar.

–Não... – Seung parou entre a porta e a mulher – Por favor, fique para podermos conversar. – ele olhou nos olhos de Sandara, ele havia a amado tanto, tinham ficado tanto tempo juntos que parecia estranho a seus lábios ter que implorar para que ela tivesse uma conversa com ele.

–Para que, SeungHyun? Por que eu conversaria com você? Você... Eu não devia ter vindo. – Sandara suspirou, Seung pode ver as olheiras de cansaço sob os olhos da mulher e pensou no quanto ela estaria trabalhando, se estava tendo uma noite decente de sono.

–Você não precisa me odiar... Eu errei... muito... Me perdoe. – nem sabia se seus pensamentos estavam conectados ou se ela entenderia o que ele dizia,

–Não. Se tem uma coisa que eu não consigo é perdoar você, não depois do que você fez... Eu sou tão grata à Kiko... – Sandara apertou os olhos tentando conter as emoções – Se não fosse por ela eu seria motivo de piadas entre vocês até hoje...

–Eu nunca deixei de amar você, Sandara, eu...

–Então por que fez o que fez comigo? POR QUE NUNCA ME CONTOU? – Sandara explodiu em raiva e sofrimento, há um ano eles aguardavam para ter aquela conversa, e mesmo depois de tanto tempo não parecia muito melhor.

–Por que eu também o amo... – SeungHyun nunca conseguira dizer aquilo em voz alta antes, nem sussurrando como fazia naquele momento. Sentia que no dia em que falasse toda a desgraça de sua vida seria liberada.

–É demais para mim, você consegue compreender isso? Saber que meu ex-noivo e um dos melhores amigos tiveram um caso... Isso é demais. Se você é gay não...

–DAESUNG FOI ANTES DE VOCÊ, KIKO MENTIU! Eu ia me casar com você não para manter algum tipo de aparência estúpida, eu ia me casar com você porque eu amava você.

–Suas chaves estão aqui, Seung. – Sandara pegou a mão livre de SeungHyun e depositou o pequeno molho de chaves ali. Seung não se atreveu a ficar no caminho.

A raiva que sentia de Kiko se triplicou no momento em que a porta se fechou atrás de Sandara. A vontade de se vingar, de safar o amigo da armadilha travestida de mulher poderia ser tocada e emanava de cada poro de SeungHyun.

SeungHyun tivera um caso com Daesung escondido de todos os amigos durante um bom tempo, então conheceu Sandara, foi amor a primeira noite. Ela era incrível, tinha um senso de humor sem igual, era espontânea e linda. Ele e Daesung nunca fora algo oficializado, então não se deu ao trabalho de terminar, continuaram amigos. Sandara durou cinco anos, dois anos a mais que Kiko. As duas viraram amigas no momento em que JiYong as apresentou.

Então coisas estranhas começaram a acontecer e SeungHyun achava que era coisas de sua cabeça, afinal a namorada de seu melhor amigo e sócio estaria mesmo flertando com ele? Ele preferiu não acreditar na hipótese, até que em uma noite ela bateu na porta de seu apartamento praticamente tirando a roupa de Seung.

Após rejeitá-la ele sabia que coisas ruins aconteceriam, mas não tinha noção do quão ruins poderiam ficar. De alguma forma Kiko conseguira descobrir do caso que DaeSung tivera com SeungHyun, forjara dados de que Seung estaria desviando dinheiro da sociedade que ele tinha com JiYong e tornou isso público. Contara que Seung e Daesug estavam juntos ainda e mostrou fotos, as quais Seung não tinha ideia de quando ou como foram feitas e tudo desmoronou no mesmo dia.

Não demorou dois meses para que Kiko armasse tudo aquilo, não demorou uma hora para que Seung estivesse falido, com a confiança dos amigos em xeque e o noivado rompido.

Ele tinha que fazer com que Kiko se arrependesse do momento em que apareceu na vida de JiYong. Do momento em que bateu em sua porta. Ela iria perder tudo, assim como ele perdera um dia.


Notas Finais


*O trecho desse capítulo foi retirado do Blog português Já foste, vale a pena dar uma olhada nos textos, amo todos eles >>> http://jafoste.net/
**Parte retirada e adaptada do capítulo I

Geeeeeeeeeeeeeeeeeeeente olha só, olha só! OLHA SÓ!
me desculpem pelo todae+ topdara, mas são os couples da minha vida, não podia ter deixado de colocar

Enfines, o que acharam? Estão de boa comigo né?

AAH a imagem que está na capa é a Kiko, se não estiver muito nítido

Beijos e até


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