História The Bitches Story - The love doesn't forgive all

~Anteriormente~

-Hum, meninas- ele falou impaciente- Posso falar com a Sarah?
Elas olharam pra mim e eu apenas dei de ombros. Realmente não sabia o que o deixara meio nervoso. 
Então deixaram o quarto. Brad olhou para mim e disse um pouco mais calmo:
-Porque você não me contou, caralho?- Por mais que a frase tenha soado agressiva, ele estava calmo.
-Oi? Não contei o que?- respondi surpresa
Então ele olhou nos meus olhos e disse:
- Que você está grávida.
 
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– Quer saber? Não estou nenhum um pouco surpresa, como é que falam mesmo? Tal mãe, tal filha. - no momento em que proferi aquelas palavras tive vontade de retirá-las porém a raiva me impediu. O colégio todo já estava a nosso redor querendo saber o motivo da briga.
– Faça me rir Katherine, fica ai se pagando de puritana agora, porém a alguns meses atrás usava a sala do treinador de motel para transar com o Aiden. - virei o rosto a tempo de encarar a expressão de surpresa nos rostos dos meus amigos, voltei a encará-la. – Você não é melhor que eu, Katherine. Na verdade você não é melhor que ninguém. Nem o seu pai aguentou você, ele te abandonou, como todos os outros. 
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Continuei sentada no chão gélido da escola enquanto sentia lágrimas queimarem meu rosto. Naquela altura do campeonato, minha amizade com Kate, antes tão bem cuidada, agora estava estilhaçada. Brad com certeza ouvira aquela briga e se não estava presente, logo estaria sabendo da traição que cometi durante nosso relacionamento. 
Pra piorar ainda tem essa coisa dentro de mim, que foi o motivo da minha vida estar do jeito que está agora. Aborto não é, e nem será uma alternativa, porque apesar de eu não querer e nem gostar da coisa, esse bebê não tem culpa de estar aqui dentro. Eu estava me sentindo vulnerável e exposta após a briga com Katherine. A multidão antes atenta, dissipou -se após Katherine ser levada para longe de mim. Os burburinhos causados pela briga, para mim, pouco importam, já que sempre estive na "boca do povo", mas conheço Katherine e sei como ela odeia estar mal falada, sinto pena dela. Estava tão cansada de tudo! 
Mais cedo, na conversa que tive com Ed, antes de Kate nos encontrar, eu havia me estressado muito, já que não sabia de quem é esse filho que estou esperando. 
Senti alguém se aproximando de mim e levantei o olhar, me preparando para mais um olhar reprovador. Brad estava vindo na minha direção, com cara de poucos amigos, ou melhor nenhum amigo. 
-Sarah - sua voz fria me fez encolher - Temos que conversar.
-Agora? - perguntei limpando algumas lágrimas secas
- De preferência - disse distante.
Levantei meio cambaleante, me apoiando na parede para não cair. Já estava sem saltos e a sensação de pés descalços no chão frio, me provocava arrepios. Brad estabeleceu uma distância razoável entre nós, uma mão meio encostada nas minhas costas me segurando. O que antes poderia ser um toque amoroso, agora era frio e com um certo nojo. Seguimos em direção ao carro dele, onde entramos e fizemos o caminho até minha casa num silêncio mortal. Às vezes eu olhava para ele, os nós dos dedos brancos de apertar o volante, mas a sua expressão estava com um ar de falsa serenidade, em momento algum ousou olhar para o lado e sua frieza estava me deixando mal. Antes de sairmos do carro, ele segurou meu braço e falou:
-Tudo aquilo que estão falando é verdade? Tem chances mesmo dessa criança ser filha do Edward?
- Brad, olha... - Ele me interrompeu
- Eu não quero desculpas Sarah! Só me responde: Sim ou não?
-Sim - respondi cabisbaixa. Então olhei diretamente para ele que disse:
- Eu te amo muito Sarah, mas não dá pra continuar sabendo que você me traía com o meu melhor amigo - disse calmo, olhando para frente. Seus olhos estavam marejados - Saí do meu carro, por favor.
- Brad, por favor me escuta! - Eu disse chorando
- Eu não tenho nada para escutar. Agora sai do meu carro. Agora! 
Abri a porta do carro com certa dificuldade e sai do carro. Dei alguns passos em direção ao portão de casa e olhei para trás. Brad estava com a cabeça apoiada no encosto do banco enquanto batia várias vezes no volante. Seu corpo balançava e ele chorava como um bebê. Como eu queria estar lá para servir de consolo e acabar com toda aquela angústia. Mas o único jeito de acabar com a angústia dele era acabando comigo. 
    Entrei em casa sem nem olhar para os lados. Fui direto para o meu quarto e então a raiva mais primitiva me consumiu. Em todo lugar que eu olhava me lembrava Kate ou Brad. Peguei uma foto de nós três que estava no mural,  rasguei em pedaços e joguei para o ar, como confetes. Sentia meu rosto quente de raiva e as lágrimas desciam sem parar. Rasguei outra foto, outra e mais outra. Todas elas tinham uma coisa em comum: A alegria de estar com Kate ou Brad. Coisa que não estava sentindo. 
    Já estava sem ar e de repente senti um enjoo sem igual. Corri para a suíte e ajoelhei - me em frente ao vaso sanitário, mas nada saia de dentro de mim. Sentei - me e coloquei a mão na barriga, pensando em com o aquele troço dentro de mim havia causado tudo isso. Porém, por mais que eu praguejasse esse feto, era fruto do amor entre duas pessoas que se amavam, seja com o Ed ou com o Brad, eu amo os dois e esse bebê é a prova disso. Voltei para o quarto. Olhei para aquele ambiente que me fizera tão feliz um dia, e senti vontade de morrer.       
Uma leve vibração no bolso de trás da calça, me fez dar um pulo, sobressaltada.
Haviam várias mensagens nas minhas redes sociais.Em sua maioria eram xingamentos, palavras rudes e endereços de casas de aborto, na outra parte eram pessoas querendo saber se o boato era verdade, e por fim, uma milésima parte, queria me prestar ajuda. Abri todas elas e as que haviam comentários ruins ou endereços tive o misero cuidado de responder "Obrigada pela sua opinião, mas não lembro de ter pedido". Eu estava triste, mas nada me impedia de ser ácida como sempre fui. 
- É coisinha, parece que agora somos eu e você - Pensei em voz alta.
Tomei um banho e me arrumei. Passei o batom vermelho mais puta que tinha, coloquei roupas de sair e fui pra rua. Era cedo e a luz do sol me incomodava mas não o bastante para me fazer desistir. Entrei no primeiro bar que avistei. Aguentei os caras me comendo com o olhar e mandei um beijo como resposta. Já que era pra ser puta, vamos ser direito.  Fui para o balcão e pedi 3 shoots de tequila, bebi tudo em uma golada, senti o gosto queimar minha garganta. Sabia que beber fazia mal ao feto, mas quem ligava para o feto? Pedi mais três shoots e o menino do bar falou:
-Calma aí gatinha! 
-Calma nada! - respondi jogando o dinheiro no balcão - Desce mais três!
Então os três que havia bebido viraram seis e então nove e depois doze, quando eu já não raciocinava direito e ria pras gracinhas de outros bêbados. Decidi ir dançar com as outras pessoas, mas parecia que ninguém estava dando me a atenção necessária, então subi numa mesa desocupada e comecei a dançar mais sensual beirando o vulgar. As pessoas gritavam e me chamavam de puta se fosse uma mulher ou gostosinha de fosse alguém bêbado, mas assim que eu gostava, com todos os olhares e flashes de celular para mim. Olhei para frente e vi olhos muito familiares vindo em minha direção. Era Brad ou Ed? Era metade Brad e metade Ed. Meus heróis! Então o mutante de BrEd veio até a mesa e me pegou no colo, com uma mão embaixo do meu pescoço e a outra debaixo dos meus joelhos. A voz perguntou:
- Quanto você bebeu, Sarah? 
-Um pouquinho assim - juntei o polegar e o indicador - só um pouquinho!
-Tudo bem meu amor. Eu vou te levar para casa! Agora dorme um pouquinho, pelo seu bem e do bebê ao dentro.
E eu obedeci, fechando os olhos e dormindo nos braços dos homens que mais amei: o estranho mutante BrEd