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História The Bizzle - Capítulo 2


Escrita por: Jileyislifee

Notas do Autor


B
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Capítulo 2 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction The Bizzle - Capítulo 2


Capitulo 2 

Point Of View Kelsey Jones

Morrer definitivamente não estava na minha lista de planos pra hoje a noite.
Meu foco era se divertir, e ficar de olho em Carly para que ela não fique tão bebada pra poder me levar de volta pra casa.
Me livrei dos meus desvaneios e percebi que Carly segurava em minha mão e me puxava entre as pessoas

-Pra onde você ta me levando?_disse já cansada de ser arrastada por ai_

-Pra um lugar_foi tudo o que ela disse enquanto iamos pra parte de fora da casa_

O tempo todo eu o procurava. Bizzle. Eu ainda tinha que descobrir a verdade por trás de Bizzle, embora parte da minha consciência dissesse que eu não precisava saber toda a verdade, a outra parte gritava pela necessidade de saber a verdade.
Soltei da mão de Carly, a mesma se virou me encarando

-Eu preciso respirar_suspirei_-Eu não vim pra cá pra ficar andando pra lá e pra cá, eu vim pra me divertir, se nós viemos só pra ficar andando eu vou embora

Ela abaixou o olhar -Tudo bem, você tem razão...desculpa, eu estou sendo uma idiota

-Não...você não esta sendo uma idiota_tentei amenizar a situação_-É só que...desde que vimos o Bizzle, desde que ele falou comigo você se tornou um radar ambulante, você não fica parada em lugar nenhum

-Me desculpa_repetiu_

-Tudo bem...é só que...desde que o vimos você fica agindo como se eu fosse morrer a qualquer segundo ou como se algo fosse acontecer, mas nada vai acontecer

-Como você pode saber?_arqueou as sobrancelhas_-Ele não é temido por nada Kelsey

-É, tá, mas ele só falou comigo uma vez_bufei_-E você  esta se precipitando, você nem se quer o conhece direito

-Eu sei o suficiente pra saber que ele é perigoso

-Carly, nem todos falam a verdade. As pessoas exageram o tempo todo. Você não pode acreditar em tudo o que ouve por ai, isso não significa que elas não estejam mentindo, e você sabe muito bem disso

Uma vez, um garoto da nossa classe, espalhou um rumor pela escola dizendo que tinha transado com Carly. Disso, os boatos só aumentaram, envolveu gravidez, aborto e tudo mais.
Isso a matou por dentro, porque eram coisas absurdas e não era verdade. Mas ninguem acreditava em Carly.

-É diferente_disse entre dentes_

-O que? Me diga uma coisa que é diferente, eram boatos, mentiras_cruzei os braços_-Vai em frente, estou ouvindo

-É diferente, ok? Todos sabem sobre ele Kelsey

-Exatamente, mas tudo é baseado nos boatos. Não importa quem os começou,  Carly, a verdade sempre vai ser uma. E ninguem sabe a verdade nua e crua. A unica pessoa que sabe tudo é ele mesmo. 

Depois de um momento em silêncio, ela finalmente se pronunciou

-Tudo bem, mas não diga que eu não te avisei_ela disse e se enfiou no meio da multidão_

Engoli a seco. 
 

(...)

Abri outra lata de cerveja e levei até a boca, depois que Carly desapareceu eu estava tentando a encontrar mas sem sucesso.  Mas eu continuava a procurando com os olhos, eu sabia que ela estava por perto. Ela não me deixaria totalmente sozinha, não é? Passei meus olhos pela multidão dançando. Suspirei. Senti meus pés começarem a doer, eu não havia sentado desde a hora em que cheguei.
Bufei, peguei meu celular e mandei uma mensagem para Carly, rezando para que ela me respondesse.

Para : Carly Vadia
Onde você esta? Estou te procurando por todo canto. Me responde, assim podemos nos encontrar. Daqui a pouco preciso ir pra casa.

Olhei mais uma vez ao redor, e vi um lugar pra sentar. Fui até o mesmo e me sentei, respirei fundo e soltei o ar lentamente pela boca. 
Comecei a sentir frio, abracei meu próprio corpo e continuei observando a multidão dançando sem parar. O dia já estava quase clareando. E pelo jeito, ninguém parecia se importar.

-Droga Carly..._sussurrei_

-Hey_Jason, um garoto da minha classe parou na minha frente, ele só falava comigo pra pedir lápis ou borracha emprestado_

-Não, eu não tenho uma borracha pra te emprestar Jason

Ele franziu o cenho e em seguida riu -Não estamos na sala de aula Kelsey

-Ah...claro, desculpa

-Sem problemas_sorriu, e começou a se aproximar mais de onde eu estava sentada_-Então, você esta sozinha?

-Não,  estou com a Carly. Aliás, você a viu por ai?

-Não...desculpa...talvez ela esteja no vale de árvores lá em baixo_apontou pro lado de fora da casa e em seguida suspirou_-Eu não sabia que você frequentava esse tipo de festa

-E eu não frequento

-Então porque...

-Olha eu não quero parecer rude nem nada mas eu realmente preciso ir_me levantei_-Se você ver Carly, pode falar pra ela me ligar?

-Ahm...claro

Sorri e comecei a ir em direção a parte de trás da casa, já que antes eu estava dentro da mesma. Decidi ir até o enorme vale de arvores que conduzem até a floresta, onde Jason havia falado. 
Empurrei alguns galhos que estavam no caminho, comecei a sentir um pouco de tontura, mas a ignorei. Eu ficaria bem.

 

 

Quanto mais o tempo passava, mais minha tontura aumentava. Eu não deveria ter bebido tanta cerveja. Era como se eu estivesse entrando e saindo de consciência, ficando mais confusa sobre onde eu estava indo. Vi um grupo de pessoas não muito longe.
Pensei em chamar um deles, esperando que eles sejam úteis pra me ajudar em algo. Comecei a me aproximar mas parei assim que vi uma arma sendo apontada pra cima e em seguida um disparo, acabou por ser o primeiro e unico tiro. Engoli a seco e comecei a dar passos pra trás. Era ele. Bizzle e sua gangue. Meu coração estava completamente acelerado, parecia que eu estava sendo sufocada, e eu tentava buscar ar a todo custo. Senti algo bater contra minhas costas, uma árvore. Me agachei e continuei assistindo tudo de longe

-Você está ferrado, Parker_sua voz rouca se pronunciou_

Eu sentia meu estomâgo dando cambalhotas, enquanto minhas mãos soavam e tremiam.

-M-me desculpa_o homem disse claramente nervoso_

-Desculpas não adiantam mais. Você teve suas chances, eu te dei varias chances, não dei?

Chances? Do que ele estava falando? 

-S-sim, mas eu....

-E ainda continua com nada. Você quer que eu tome outras providências?

-Não! Claro que não, por favor. Minha familia nem se quer sabe...

-Isso me parece um problema pessoal.  Eu te dei mais três semanas. Três semanas. Eu não costumo dar prazos longos como esse.  E o que você fez ? Você simplesmente as desperdiçou 

-Eu sei, eu sei.  Eu...eu só preciso de mais tempo

-Ah é?_Bizzle franziu o cenho e gargalhou_-Mais tempo? Bom tenho uma boa noticia pra você. Não precisa mais se preocupar quanto a isso

-Espera_gritou desesperado_

Bizzle levantou seu braço e atirou. Acertando em cheio a cabeça de Parker, e no mesmo instante seu corpo sem vida foi ao chão.

 

Deus realmente tinha outros planos pra mim nesta noite porque não era pra nada disso acontecer. Tudo o que eu queria era sair com Carly e me divertir, mas não foi isso que aconteceu.

Eu nem se quer piscava. Eu ainda tentava entender o que acabara de acontecer. No momento em que vi aquele sangue e seu corpo indo de encontro ao chão sem vida, eu entrei em choque. Provavelmente eu estava gelada. Minhas mãos estavam soando, e meu estomago se revirava. 

No momento em que tudo aconteceu, levei minha mão até minha boca contendo um grito.  E desde então, estou paralisada. Em silêncio e encolhida.  O que não adiantou muito. Pois no mesmo instante Bizzle levou o olhar até o lugar onde eu estava e eu imediatamente senti meu coração parar.

Comecei a negar com a cabeça, tentando mostrar que eu não havia visto nada, ele falou algo com todos que estavam com ele e em seguida ele começou a vir em minha direção enquanto o resto de sua gangue ia embora dali. Entrei em um conflito interno. Pensando se eu deveria correr ou fazer algo. Mas eu não queria morrer. Pelo menos, não agora

Ele me puxou me levantando, passou o braço pela minha cintura e em seguida me colocou em seu ombro.  Eu não conseguia processar o que estava acontecendo. Ele voltou até a festa, passou pela área da piscina, pela sala, e em seguida ele já estava perto da rua. Ele fazia tudo com naturalidade, o pior era ver todos ao redor olhando e não fazendo nada. Das duas uma : ou estavam bebâdos demais pra se tocar o que estava acontecendo, ou tinham muito medo de Bizzle e preferiram não fazer nada. Francamente eu apostava mais na segunda opção.

Meu corpo foi jogado pra dentro do banco de passageiro do carro. O que parecia ser o seu carro. Ele fechou a porta com força fazendo - me dar um pulo de susto. Olhei em volta do carro e procurei por algo que ele poderia usar pra me machucar. Uma arma? Uma faca? Mas parecia não ter nada ali. A porta do outro lado foi aberta, Bizzle adentrou o carro, fechou a porta e em seguida cantou pneus. 

Ele não parecia muito satisfeito.
 
Quando ele fez a primeira curva com agressividade foi quando decidi falar algo. 
Engoli a seco.

-Pra onde você ta me levando? Você vai me matar?_disse num murmuro e sem olhar pra ele_

-Fica quieta_sua voz saiu alta e parecia estar carregada de raiva, o que me fez calar a boca no mesmo instante_

A tensão dentro daquele carro parecia só aumentar. Comecei a ficar inquieta, eu queria respostas. Eu queria saber o que estava acontecendo

-Ahm...Bizzle_franzi o cenho, eu parecia patética_-Olha, seja lá qual for seu nome, me desculpe por estar incomodando, mas eu preciso ir pra casa. Já ta muito tarde e quando meus pais acordarem e verem que eu sai, eles vão querer me matar

Tudo o que recebi dele foi uma gargalhada. O que me fez franzir o cenho

-O que é tão engraçado?

-Você_ele olhou de relance e em seguida voltou a prestar atenção na estrada_

-Eu? O que eu fiz?

-Você está em um carro, com um cara que você acabou de ver matando alguém, e você esta preocupada sobre estar encrencada....com os seus pais?_ele me olhou dessa vez com atenção, engoli a seco_

-Hum...é...pra você ver, meus pais são mais assustadores que você. Acredite em mim, você não tem nada que eles tem pra deixar alguém assustado.  Mas claramente, você tem seus motivos pra fazer o que faz, então tudo bem

-Você é problematica

-É, e você também parece ser

-Você nem se quer me conhece_ele travou o maxilar e acelerou o carro_

-Conheço o suficiente pra saber que você é perigoso_repeti o que Carly havia me falado_

-Então, você já ouviu falar sobre mim huh?

-Sim, mais do que eu queria. Acredite em mim_me encolhi no banco_

-E você acreditou no que ouviu?_ele enfiou a mão no bolso de sua calça e tirou de lá um maço de cigarro, em seguida tirou apenas um e levou até a boca, e voltou a guardar o maço no bolso_

-Não_murmurei_

-Ótimo_ele pegou um isqueiro e acendeu o cigarro, ele tragou e em seguida soltou a fumaça_-Porque tenho certeza de que a verdade é bem pior
 

Meu estômago se revirou

-Bom...foi muito confortável ouvir isso_disse sarcástica_

-Então, você tem humor..._ele deu mais uma tragada no cigarro_

-É...bom eu gostaria de continuar viva

Ele riu -Não sei se te matar está nos planos

-Como posso ter certeza? Eu estou num carro com um assassino_revirei os olhos_

Ele apenas me encarou com o semblante sério. 

-Desculpe..._engoli a seco_-Vou parar de falar

-Ótimo, já estou de saco cheio de ouvir sua voz

Continuei em silêncio. Agora sinceramente estava com medo de falar algo, ele parecia estar ficando irritado. Mais do que já estava.

-E qual é mesmo seu nome?_perguntou_

-Kelsey_murmurei_

Ele apenas assentiu e dessa vez continuou quieto e concentrado na estrada e em seu cigarro.

Suspirei e levei meu olhar até Bizzle e o analisei. Não vou mentir, ele era gato. E ficava sexy quando fumava. Reparei que ele tinha duas tatuagens no pescoço.

Ele travou o maxilar

-O que? Tem alguma coisa na minha cara?

Neguei com a cabeça. 

Eu só queria ir pra casa.

-Você viu demais, não posso simplesmente te deixar ir embora_disse como se tivesse lendo meus pensamentos_

-E o que você pretende fazer?

Ele apenas me lançou um olhar e bufou.

Isso foi o suficiente pra eu me calar de vez.

(...)

Os portões de uma enorme mansão começaram a se abrir. Comprimi meus lábios e analisei o lugar por inteiro. Bizzle acelerou e passou pelos portões, e em seguida parou o carro na frente da entrada da mansão. Ele saiu do carro e logo ele abriu minha porta. Sai e o encarei

-Você mora aqui?

Bizzle ignorou minha pergunta e em seguida levou o olhar até a entrada da mansão -Anda

Assenti e fui até a entrada da mansão. Assim que cheguei perto da porta Bizzle segurou em meu braço com força e abriu a porta, e então começou a me puxar com força, provavelmente seus dedos ficariam marcados ali.

Diferente do que pensei, parecia ser um lugar normal. Como um lar de uma família muito rica. Não haviam prostitutas andando por aí, nem armas espalhadas pra todo canto, nada de drogas. Uau. Bem diferente do que eu pensava.

(...)

Assim que terminamos de subir as escadas me deparei com um longo corredor cheio de portas. Ele continuou me puxando pelo braço, subimos outro lance de escada e dessa vez tinha apenas uma porta, e nem se quer um corredor tinha. Ele abriu a mesma e me empurrou lá pra dentro

-Não tente bancar a engraçadinha. Só avisando_suspirou_

Continuei imóvel. Bizzle se aproximou e levou a mão até o bolso de trás da minha calça

-Isso fica comigo_ele puxou meu celular_-Tenha uma boa noite 

Quando percebi que ele ia fechar a porta, corri em direção a mesma mas ele conseguiu a fechar antes. Escutei ela sendo trancada

-Bizzle_comecei a bater na porta_-Abre essa porta_continuei dando fortes batidas na mesma_-Bizzle_disse já com a voz embargada_

Me virei e encarei o lugar. Era minúsculo. Estava empoeirado, não tinha uma cama, nem um banheiro. Absolutamente nada. Parecia ser uma espécie de mini porão.
Fui até a unica janela ali e tentei a abrir, como pensei, estava trancada. Olhei através da mesma e vi que já havia amanhecido, eu me perguntava que horas seriam, me perguntava se meus pais já haviam notado que eu sai, se Carly havia visto a cena de Bizzle me carregando e se ela estava atrás de mim.
 Suspirei, me sentei no canto me encolhendo e afundando em lágrimas
Que bela vida.

(...)

06:15 AM

Me mexi desconfortável, e em seguida abri meus olhos lentamente. Olhei em volta e vi que eu não estava no meu quarto. Eu me sentia quebrada. Eu havia dormido sentada e encolhida no chão. Uma forte dor de cabeça me atingiu e em segundos tudo veio a minha cabeça, desde que sai escondida de casa até agora. 
Me levantei e me aproximei da porta. Coloquei meu ouvido na mesma e escutei alguns gritos. Parecia estar acontecendo uma briga lá em baixo. Tentei abrir a porta mas ela ainda estava trancada. Encostei minha cabeça na mesma e acabei voltando a chorar, como fiz antes de dormir.

Eu só queria ir pra casa. Só queria estar em segurança.

Eu só queria ficar o mais longe possível de Bizzle, porque infelizmente eu sabia que ele era capaz de fazer qualquer coisa comigo.

Qualquer coisa mesmo.

E essa era o meu maior medo.

 

 

 

Point Of View Bizzle


Notas Finais


Pessoal, queria agradecer pelos favoritos e pelos comentários! Sério! Amo muito vcs <3


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